“Não ficará pedra sobre pedra” - Claudinei M. Oliveira.

 Terça - feira, 27  Novembro  de 2012.

Evangelho: Lc 21, 5-11

             Jesus está no Templo de Jerusalém observando as pessoas e pregando a justiça. Mas todos ficaram admirados com a bela construção do Templo com as doações e promessas do povo. Na verdade era uma bela construção.

            Jesus olha diretamente para o povo  e fala que não ficará nada em pé, ou seja, tudo será destruído, ou não sobrará pedra sobre pedra. Tudo aquela beleza que era admirado com nostalgia não duraria para sempre.

            Quem estava admirando o Templo perguntou a Jesus qual seria então sinal para a destruição. Jesus respondeu prontamente: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo:  'Sou eu!' - e ainda: 'O tempo está próximo.' Não sigais essa gente”!  De certo modo já estava acontecendo. Os doutores das Leis, os fariseus ricos e os saduceus falavam em nome do Senhor e faziam os pequenos acreditarem nas suas palavras. A partir de suas ideologias o povo encantava com as pregações no Templo belo, mas era mutilado  pelos donos do Templo.

            Era necessário destruir toda a sagacidade imperante para construir algo belo e prazeroso, onde o povo seria o protagonista e fizesse parte do novo momento histórico.

            Tanto que entre 66 d. C a 70 d.C os romanos apareceram em Jerusalém e não deixaram nada do Templo como antes. Tudo foi destruído pela arrogância tanto dos poderosos de Jerusalém como dos romanos ávidos pelo poder expansionistas dos territórios.

            Como Jesus havia dito aconteceu, mas a tonalidade da arrogância permaneceu no coração do homem que deveria reconstruir  Jerusalém. Os conflitos são necessários para limpar aquilo que não serveria para Deus. O mundo foi construído pelo confronto, pela destruição e reconstrução e neste movimento os sinais indicam o caminho certo. Jesus já afirmava que “quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados.  É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim.” 

            De uma certeza se funda no encontro com o Pai. Este encontro passará por momentos nada maleáveis, pois  “um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu”.             Portanto, estes sinais não significam que o fim dos tempos está perto, mas aponta sinais de que algo deve mudar para preparar para o reino da justiça. Enquanto os conflitos existirem nada irá acabar para sempre, mas aponta a necessidade do homem encontrar meios necessários para viabilizar a paz e o amor dando a chance da salvação eterna. Que todos encontrem o caminho da reconstrução e faça o reino dos céus acontecer. Amém!

            Claudinei M. Oliveira.