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quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Jesus deseja curar a nossa “mão seca” e nos colocar no centro-Helena Serpa


22 DE JANEIRO DE 2020

4ª. FEIRA DA 2ª. SEMANA DO

TEMPO COMUM 

Cor Verde
1ª. Leitura – I Sam 17,32-33.37.40-51

Leitura do Primeiro Livro de Samuel 17,32-33.37.40-51
Naqueles dias: 32Davi foi conduzido a Saul e lhe disse: 'Ninguém desanime por causa desse filisteu! Eu, teu servo, lutarei contra ele'. 33Mas Saul ponderou: 'Não poderás enfrentar esse filisteu,
pois tu és só ainda um jovem, e ele é um homem de guerra desde a sua mocidade'. 37Davi respondeu: 'O Senhor me livrou
das garras do leão e das garras do urso. Ele me salvará também das mãos deste filisteu'. Então Saul disse a Davi: 'Vai, e que o Senhor esteja contigo'. 40Em seguida, tomou o seu cajado,
escolheu no regato cinco pedras bem lisas e colocou-as no seu alforje de pastor, que lhe servia de bolsa para guardar pedras.
Depois, com a sua funda na mão, avançou contra o filisteu.
41Este, que se vinha aproximando mais e mais, precedido do seu escudeiro, 42quando pôde ver bem Davi desprezou-o, porque era muito jovem, ruivo e de bela aparência. 43E lhe disse:
'Sou por acaso um cão, para vires a mim com um cajado?' E o filisteu amaldiçoou Davi em nome de seus deuses. 44E acrescentou: 'Vem, e eu darei a tua carne às aves do céu
e aos animais da terra!' 45Davi respondeu: 'Tu vens a mim com espada, lança e escudo; eu, porém, vou a ti em nome do Senhor Todo-poderoso, o Deus dos exércitos de Israel que tu insultaste!
46Hoje mesmo, o Senhor te entregará em minhas mãos, e te abaterei e te cortarei a cabeça, e darei o teu cadáver e os cadáveres do exército dos filisteus às aves do céu e aos animais da terra, para que toda a terra saiba que há um Deus em Israel. 47E toda esta multidão de homens conhecerá que não é pela espada nem pela lança que o Senhor concede a vitória; porque o Senhor é o árbitro da guerra, e ele vos entregará em nossas mãos'. 48Logo que o filisteu avançou e marchou em direção a Davi, este saiu das linhas de formação e correu ao encontro do filisteu. 49Davi meteu, então, a mão no alforje, apanhou uma pedra e arremessou-a com a funda, atingindo o filisteu na fronte com tanta força, que a pedra se encravou na sua testa e o gigante tombou com o rosto em terra. 50E assim Davi venceu o filisteu,
ferindo-o de morte com uma funda e uma pedra. E, como não tinha espada na mão, 51correu para o filisteu, chegou junto dele,
arrancou-lhe a espada da bainha e acabou de matá-lo, cortando-lhe a cabeça. Vendo morto o seu guerreiro mais valente, os filisteus fugiram. Palavra do Senhor.



Reflexão - “precisamos nos apossar das pedrinhas que o Senhor põe em nossas mãos”
Não é pela espada nem pela lança que o Senhor nos concede a vitória, mas sim pelo nosso desvelo e dedicação em amá-Lo e servi-Lo e, principalmente, em confiar e estar em sintonia com Ele. A história de David e Golias é um referencial para nós quando tivermos que enfrentar os gigantes que ameaçam a nossa vida, no dia a dia. A juventude e inexperiência de David, aos olhos de todos, inclusive Saul, eram um empecilho para que ele pudesse vencer o tão temido Golias. No entanto, Davi resolveu enfrentar aquele monstro, não confiando nele mesmo, mas sim no Deus que já o “livrara das garras do leão e do urso”. Por isso, ele estava firme de que seria salvo das mãos do filisteu, inimigo de Deus. Davi, no entanto, não ficou apenas na dependência de Deus, mas também fez a sua parte e “escolheu no regato cinco pedras bem lisas e colocou-a no seu alforje de pastor” e seguiu confiante de que o Senhor estava com ele. David nem precisou usar todas as pedras que havia no seu alforje, e venceu o Golias com uma pedra só! Na luta contra as dificuldades, tempestades e dificuldades da nossa vida, nós precisamos somente nos apossar das pedrinhas que o Senhor põe em nossas mãos e estão à nossa disposição. As nossas cinco pedrinhas são escolhidas por nós para usá-las como armas de Deus no combate da vida. Cada um de nós pode procurar e selecionar as coisas que mais agradam ao Senhor para viver a batalha da fé: a oração, a adoração, a meditação da Palavra, o serviço no reino, a Eucaristia, a oração do terço.  São pedrinhas ao nosso favor, assim como também, as nossas ações, as nossas palavras, os nossos pensamentos, intenções, bons sentimentos. O perdão, o diálogo, a compreensão, a aceitação, a renúncia. A confiança, a esperança, a convicção, a firmeza de propósitos são também armas que o Senhor nos concede para que enfrentemos o “inimigo”. Todas estas ações podem, no momento preciso, ser uma pedra certeira que se encrava na testa dos Golias, que, a cada momento, desejam nos dominar. O Golias é o Inimigo de Deus que nos tenta tirar do caminho certo, no entanto, o Senhor, que muitas vezes já nos salvou das garras do leão e do urso, salvar-nos-á quando, confiantes, pedirmos em oração que Ele seja “o árbitro da guerra da nossa vida”. – Você tem medo de enfrentar os Golias que o (a) perseguem? – Como você costuma enfrentar os gigantes que aparecem na sua frente? – Quais são as cinco pedrinhas que você tem mais usado para enfrentá-los? – Você já detectou qual é o inimigo que lhe ronda?

Salmo - Sl 143 (144), 1. 2. 9-10 (R. 1a)

R. Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

1Bendito seja o Senhor, meu rochedo,
que adestrou minhas mãos para a luta, *
e os meus dedos treinou para a guerra!R.

2Ele é meu amor, meu refúgio, *
libertador, fortaleza e abrigo;
É meu escudo: é nele que espero, *
ele submete as nações a meus pés.R.

9Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos, *
nas dez cordas da harpa louvar-vos,
10a vós que dais a vitória aos reis *
e salvais vosso servo Davi.R.

Reflexão - É o Senhor Deus Todo Poderoso quem adestra as nossas mãos para a luta da vida e, ao mesmo tempo nos protege das investidas do inimigo. O Senhor nos exercita quando nos capacita com o poder do Seu Espírito Santo e nos concede a vitória. Por isso, o nosso espírito se rejubila e a nossa alma canta um canto novo de vitória. Assim também nós podemos nos sentir como um rei ou uma rainha que vive a serviço do reino do céu aqui na terra.

Evangelho - Mc 3,1-6

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 3,1-6
Naquele tempo: 1Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. 2Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3Jesus disse ao homem da mão seca: 'Levanta-te e fica aqui no meio!' 4E perguntou-lhes: 'É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?' Mas eles nada disseram.
5Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: 'Estende a mão.'
Ele a estendeu e a mão ficou curada. 6Ao sairem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra  Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo. Palavra da Salvação.

Reflexão - “Jesus deseja curar a nossa “mão seca” e nos colocar no centro ”
Jesus não se deixou intimidar pelas acusações daqueles que o observavam e curou o homem da mão seca, em dia de sábado, pois sabia que salvar a vida do homem e tirá-lo da escravidão do pecado era a missão que recebera do Pai. Os fariseus e os doutores da Lei, por sua vez, davam mais importante o cumprimento das normas estabelecidas, mesmo que alguém tivesse acorrentado e preso às circunstâncias. Aquele homem chamava a atenção de todos: de um lado os julgadores da Lei, do outro lado o Autor da Lei, o próprio Deus feito homem, Jesus Cristo.  A situação do homem da mão seca representa para nós a mesma de alguém que está no meio de outras pessoas, mas sente-se cabisbaixo porque não se acha digno de estar no mesmo lugar que os outros. É também o estado de espírito de quem está marcado pelo pecado, pelo erro, e por isso, se esconde para que não se perceba nele um homem perdido, um caso liquidado. É aquela pessoa a quem ninguém dá mais crédito e de quem ninguém quer se aproximar porque acha que é perda de tempo. Foi justamente a este homem que Jesus se dirigiu, embora soubesse que os fariseus o espreitavam para acusá-Lo de burlar a lei. Os fariseus representam os homens e mulheres que procuram sempre “algo” para que o amor não prevaleça nas ações humanas e sim, a lei, o convencional e o que já foi formalizado como de praxe.  Muitas vezes, nós, pelas conveniências da vida deixamos “morrer” alguém que precisava de tão pouco para sobreviver. Apenas uma palavra de coragem, um incentivo, uma ajuda; “Levanta-te e fica aqui no meio!”  Quantas pessoas precisam sair do anonimato, do desalento, do complexo de inferioridade e nós nem percebemos que estão presentes no meio de nós, porque elas se mantêm escondidas! Jesus nos deu o exemplo para que agora, quando chegarmos na “sinagoga”, isto é, na Igreja, na Comunidade, no nosso Grupo de Oração, possamos também, olhar ao nosso redor em busca daqueles que têm a “mão seca” e se escondem com vergonha de mostrar o seu defeito. Às vezes somos nós também os homens e mulheres da “mão seca” quando nos refugiamos sob uma capa e não reconhecemos as nossas deficiências, por isso, não conseguimos cura e continuamos perdidos no meio da multidão. Cada um de nós tem em si alguma coisa do que se envergonhar, no entanto, Jesus deseja nos colocar no centro, bem à vista de todos e nos manda estender a mão, a fim de que a nossa “mão seca”, seja vista e aceita pelos outros e assim sejamos curados (as) e libertados (as) dos complexos e dos traumas que nos deixam defeituosos.  – Você também se esconde para que percebam a “sua mão seca”? - Você costuma discriminar alguém por causa da sua vida errante? – Você reconhece que é enfermo (a) e que precisa de aceitação e de cura?  – Você acha que precisa de  cura? – O que seria a sua “mão seca”?

 


2 comentários:

  1. José Maria Nascimento22 de janeiro de 2020 às 04:09

    Obrigado Senhor, Obrigado Helena!!!

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  2. DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado p/ reflexão.
    Santa Maria, Rio Grande do Sul.

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