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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

3o Domingo do Tempo Comum-Jorge Lorente


Evangelhos Dominicais Comentados
26/janeiro/2020 – 3o Domingo do Tempo Comum
Evangelho: (Mt 4, 12-23)
(...)O povo que estava nas trevas viu uma grande luz e para os que moravam na região escura da morte, levantou-se uma luz. Desde então Jesus começou a pregar e a dizer: “Convertei-vos, pois o reino dos céus está próximo”. Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus lhes disse: “Vinde comigo, e eu farei de vós pescadores de gente”. Deixando imediatamente as redes, eles o seguiram. Indo mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago filho de Zebedeu, e João, seu irmão. Juntamente com seu pai Zebedeu, consertavam as redes no barco. Jesus os chamou. Eles prontamente deixaram o barco e o pai, e o seguiram. Jesus percorria toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando toda doença e enfermidade do povo.

Ao saber que João Batista estava preso, Jesus muda de residência. Deixa Nazaré, onde viveu por trinta anos e vai morar às margens do mar da Galileia, em Cafarnaum que, apesar de ser uma grande cidade, não era habitada pela classe nobre dos israelitas.

Seus moradores, o povo galileu, era formado por pessoas de pouca instrução, com pouco conhecimento das leis e, por isso era um povo excluído e marginalizado pelos judeus. No entanto, esse povo que vivia na escuridão da ignorância, teve a primazia de ver surgir uma Grande Luz.

Podemos dividir este evangelho em três partes. A primeira fala de Jesus fazendo suas pregações bem ao estilo de João Batista. Jesus reforça as palavras de João, fala com vigor e, como o Batista, adverte o povo para a necessidade de conversão, dizendo que o Reino dos Céus está próximo.

A segunda parte relata o chamado dos primeiros discípulos. Jesus sai a procura de auxiliares. Ele quer ser ajudado, quer dar para cada um de nós a oportunidade de servir e evangelizar. Carinhosamente, porém de forma objetiva, Jesus chama seus seguidores. E por fim, o evangelho apresenta um resumo das coisas que Jesus fazia por toda região da Galileia.

Este evangelho é muito rico em sua mensagem. Teríamos assunto para conversar por horas e horas, porém vamos nos ater apenas em dois momentos. Um que fala de conversão. Jesus adverte sobre a necessidade imediata de conversão e em outro momento, Jesus nos leva a refletir sobre nossa própria vocação.

Primeiro vamos analisar as palavras de Jesus pedindo conversão. A conversão que Jesus prega é uma conversão para valer. Não é aquela só da boca para fora, cheia de aparente entusiasmo. Conversão não se resume em participar de Grupo de Oração e Missas dominicais. E, muito menos, trocar de religião. A conversão que Jesus espera é radical, tanto na maneira de pensar, como na maneira de agir.

Converter-se significa sair da escuridão do egoísmo que não nos permite ver a nós mesmos, as pessoas, e até mesmo a vida com os olhos de Deus. A conversão deve levar-nos a assumir o Projeto de Salvação, supõe coragem para denunciar injustiças, a lutar por igualdade e pelo direito à vida.

O Reino de Deus está próximo, disse Jesus. Quem quiser pertencer a esse Reino precisa, acima de tudo, aceitar Jesus e sua proposta. Essa aceitação chama-se conversão. Não é fácil trilhar o caminho da conversão, porém é o único caminho que afasta as trevas e nos leva a encontrar a Verdadeira Luz.

Agora vamos falar de vocação. Como dissemos, Jesus sai em busca de pessoas dispostas a dividir com ele a difícil tarefa de evangelizar os povos. Convida para isso pessoas simples, humildes pescadores. Vocação não tem relação com escolaridade, por isso Jesus não está, nem nunca esteve, preocupado com o nível cultural de seus seguidores.

Os primeiros a serem chamados são os irmãos Pedro e André, Tiago e João. Jesus encontra neles disponibilidade, a única coisa que esperava encontrar. Bastou um único chamado, bastou um “siga-me” para que deixassem tudo e o seguissem. Isso se chama vocação.

É importante relembrar que todo cristão é um vocacionado, pois vocação se traduz em disponibilidade, aceitação e renúncia, marcas registradas do verdadeiro cristão.




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