3º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Dia 26 de Janeiro
2020-Ano A
Evangelho - Mt 4,12-23
-O
POVO QUE VIVIA NAS TREVAS VIU UMA GRANDE LUZ-José Salviano.
O Senhor é minha luz e
minha salvação. Se Ele é a proteção da minha vida, não preciso andar
preocupado com o amanhã, não devo ter medo dos perigos dessa vida, mas sim
terei coragem de anunciar ao mundo a sua glória.
Quando Jesus começou a sua missão, O
povo que vivia nas trevas viu uma grande luz e para os que viviam na
região escura da morte brilhou uma luz. E é essa mesma Luz que deve ser refletida por nós ao
mundo que está nas trevas, ao mundo que rejeitou a presença de Deus!
Jesus disse aos pescadores: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. E aquela Luz brilhou nas mentes dos convidados atraindo-os com o seu imenso e infinito amor. E eles sem questionar nada, deixaram tudo: redes, barcos, família e seguiram a Jesus, numa doação plena de suas vidas pela salvação dos demais irmãos.
A liturgia de hoje nos faz um convite sério, a fazer uma avaliação da nossa
conduta de cristão: O que fizemos até o dia de hoje por um mundo melhor? O que
fizemos pela construção do Reino de Deus na sociedade em que vivemos? Qual foi
até o presente momento a nossa disposição e contribuição missionária para o
mundo? Qual tem sido a nossa disposição real para o seguimento de Jesus?
Caríssimos. Há uma diferença abismal entre ser um cristão prático e ser um
cristão teórico.
O Cristão prático, ou na prática, é aquele que semelhante aos pescadores,
ouviram o convite de Jesus e hoje são pescadores de pessoas...
Já o cristão teórico, é aquele que reza, bate no peito, até medita a palavra e
também frequenta a missa. Só que de segunda a sábado, vive a sua vidinha,
cuidando apenas da sua sobrevivência e dos seus familiares sem se importar com
o chamado de Jesus para ser Luz do mundo, pescadores de homens e de mulheres.
Prezada irmã, prezado irmão. Onde você se encaixa? Você é uma cristã, um
cristão teórico, ou prático? O que está lhe faltando par tomar uma
decisão?
O primeiro passo para sair da inércia a qual você se encontra, é seguir as
recomendações de Paulo em sua carta aos Coríntios 1,10-13.17:,
na qual ele nos exorta a sermos concordes uns com os outros, sem divisões entre
nós, pelo contrário, que sejamos bem unidos não só no pensar mais também no
falar e no agir, é claro. Assim o nosso primeiro passo, é buscar uma conversão
diária mediante a prática da verdade de Jesus a qual já conhecemos mais nem
sempre a vivemos em sua plenitude. Pois vários são os tropeços, os embaraços, os
impedimentos, as tentações que encontramos pelo caminho da nossa vida. Nossa
jornada é um repetir de cair e levantar. Mas o que é maravilhoso é a
disposição sempre presente de Deus em nos dar a mão, para nos reconduzir de
volta ao caminho da casa do Pai.
Pedro, em uma das pescas milagrosas, ajoelhou-se diante de Jesus na praia e
disse: Senhor. Afasta-te de mim pois sou um miserável pecador. Os pescadores
eram homens comuns, pecadores iguais aos outros, mas só Jesus via a diferença
entre eles e os demais homens. A fé deles fazia a diferença. Por isso foram
escolhidos.
Muitas vezes também nós ficamos desanimados quando caímos em pecado, ficamos
pensando o quanto somos indignos de estar fazendo o nosso trabalho
missionário, pois nada mais somos do que miseráveis pecadores. Porém, onde o
pecado é grande, maior é a misericórdia divina. Não vamos continuar no
chão. Vamos segurar a mão estendida de Jesus que sem dizer nada, nos convida
para levantarmos e continuar o nosso trabalho. Jesus sempre providencia a nossa
reconciliação com Ele, a nossa volta, a nossa conversão por meio de uma
confissão. Por isso, é que essa mão estendida de Cristo é a mão do
sacerdote que sobre nós, sobre nossa cabeça, nos absolve de todos os nossos
pecados. E mais uma vez, nos levantamos com mais coragem, com mais
determinação, com mais dinamismo, com mais garra, com mais vontade de incendiar
o mundo com o fogo do amor de Deus.
E
esse fogo é a luz que o Evangelho nos fala na liturgia de hoje. A Luz que sendo
tão forte ela frita, derrete os nossos pecados. Essa Luz transforma as trevas
dos nossos pecados em dia claro de sol e de luz resplandecente. Essa é a Luz
que nos transforma de simples miseráveis pecadores em quase santos. Por que ela
é a claridade que ilumina os nossos passos, nos desviando dos buracos da
estrada, nos mostrando os perigos que estão adiante e nas margens do caminho.
Essa é a Luz que limpa as nossas mentes de toda a sujeira, de toda malícia, de
toda pornografia, de toda maldade, de toda corrupção, e tudo o mais que são
frutos do pecado. Pois todo pecado começa na nossa mente, começa nos nossos
pensamentos.
Nós não somos nada em comparação com o poder de Deus, porém, quando nos
deixamos ser iluminados pela poderosa Luz divina, tudo podemos naquele que nos
dá força. Quando essa Luz bate em nós, ela é refletida nas pessoas, em nossa
volta e até aquelas que estão distantes de nós, dependendo do veículo de
comunicação ao nosso dispor.
Que a Luz de Deus. Luz divina! Desça sobre nós e faça com que iluminemos e
transformemos esse mundo decaído, mergulhado no pecado: no egoísmo, na
vingança, na injustiça, na violência na
corrupção... Que essa Luz faça com que cada um de nós sejamos semelhantes ao
espelho que reflete o brilho do Sol. E assim, nós consigamos iluminar as mentes
e os caminhos dos nossos irmãos que trafegam pelas estradas escuras das trevas
que conduzem à morte do corpo e da alma. Eles estão perdidos na escuridão!
Pai.
Dai-nos o poder de reconduzi-los ao caminho certo. Porém, proteja-nos de
suas possíveis reações contrárias ao nosso trabalho missionário.
Caríssimos. O poder de Jesus é tão imenso que os pescadores até pareciam estar
hipnotizados por Ele. Depois de convidar Pedro, e seu irmão André, os quais
largaram imediatamente as redes e o seguiram, lá mais a
frente, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago e João com seu pai Zebedeu
consertando as redes. Jesus os chamou. Eles, imediatamente deixaram a
barca e o pai, e o seguiram, sem dizer absolutamente nada. Sem perguntar
para onde iam, e o que teriam de fazer. Estavam totalmente confiantes na pessoa
de Jesus, que nem se importaram com mais nada. Até parecia que já estavam
esperando por aquilo que lhes estava acontecendo. E desprendendo
totalmente de si, seguiram Jesus, numa entrega sem igual, sem reservas, sem
questionamentos, sem medo, sem pensar em levar provisões, enfim,
dispostos ao que desse e viesse, pois sabiam que na companhia de Jesus nada
iria lhes faltar.
Meus irmãos, minhas irmãs. É exatamente assim que deve ser a nossa atitude
diante do chamado de Deus para sermos pescadores de gente. É assim que fazem os
seminaristas, as freiras, e que deveriam fazer todo catequista.
E
aí? Então. Vá e faça você o mesmo!
Desejo-lhe
um bom e santo domingo.
José
Salviano
Linda reflexão 👏👏👏
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