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Janeiro 2020
III Semana – Quarta-feira – Tempo Comum – Anos
Pares
Lectio
Primeira leitura: 2 Samuel 7, 4-17
4Mas, naquela mesma noite, o Senhor falou a
Natan, dizendo-lhe: 5«Vai dizer ao meu servo David: Diz o Senhor: "És tu
que me vais construir uma casa para Eu habitar? 6Desde que tirei da terra do
Egipto os filhos de Israel até ao dia de hoje, não habitei em casa alguma; mas
peregrinava alojado numa tenda que me servia de morada. 7E, durante todo o
tempo em que andei no meio dos israelitas, disse, porventura, a algum dos
chefes de Israel que encarreguei de apascentar o meu povo: ‘Porque não me
edificais uma casa de cedro?’ 8Dirás, pois, agora, ao meu servo David: Diz o
Senhor do universo: Eu tirei-te das pastagens onde apascentavas as tuas
ovelhas, para fazer de ti o chefe de Israel, meu povo. 9Estive contigo em toda
a parte por onde andaste; exterminei diante de ti todos os teus inimigos e fiz
o teu nome tão célebre como o nome dos grandes da terra. 10Fixarei um lugar
para Israel, meu povo; nele o instalarei, e ali habitará, sem jamais ser
inquietado; e os filhos da iniquidade não mais o oprimirão, como outrora, 11no
tempo em que Eu estabelecia juízes sobre o meu povo, Israel. A ti concedo uma
vida tranquila, livrando-te de todos os teus inimigos. Além disso, o Senhor faz
hoje saber que será Ele próprio quem edificará uma casa para ti. 12Quando
chegar o fim dos teus dias e repousares com teus pais, manterei depois de ti a
descendência que nascerá de ti e consolidarei o seu reino. 13Ele construirá um
templo ao meu nome, e Eu firmarei para sempre o seu trono régio. 14Eu serei
para ele um pai e ele será para mim um filho. Se ele cometer alguma falta,
hei-de corrigi-lo com varas e com açoites, como fazem os homens, 15mas não lhe
tirarei a minha graça, como fiz a Saul, a quem afastei diante de ti. 16A tua
casa e o teu reino permanecerão para sempre diante de mim, e o teu trono estará
firme para sempre".» 17Foi segundo estas palavras e esta visão que Natan
falou a David.
A profecia de Natan vem desfazer as
desconfianças e as reticências perante a monarquia. Até aí o povo de Israel
estava organizado em tribos, que gozavam de certa autonomia. Com monarquia, o
poder foi concentrado nas mãos do rei e em Jerusalém, capital do reino e cidade
santa. Era uma inovação que nem todos aceitavam pacificamente. A profecia de
Natan funciona como um referendo divino à instituição monárquica e, de modo muito
especial, à dinastia de David: «A tua casa e o teu reino permanecerão para
sempre diante de mim, e o teu trono estará firme para sempre» (v. 16). David
está consciente da solidez eterna da sua casa e do seu trono pois, ao morrer,
pronuncia as seguintes palavras: «A minha casa está firme diante de Deus,
porque Ele fez comigo uma aliança eterna» (2 Sam 23, 5). Este pacto de Deus com
David manterá elevada a moral e a esperança do povo nos momentos difíceis.
O oráculo de Natan começa com uma pergunta retórica: «És tu que me vais construir uma casa para Eu habitar?» (v. 5). Esta pergunta faz um todo com a afirmação antitética do v. 11: «será Ele próprio (o Senhor), quem edificará uma casa para ti». Só depois da morte de David o Senhor suscitará o seu descendente (cf. v. 12). Como frequentemente acontece nos oráculos proféticos, são possíveis dois níveis de leitura: a referência imediata a Salomão que construirá o Templo em Jerusalém e a vinda do futuro Messias. O Messias construirá uma casa ao Nome de Deus, o seu reino será eterno, e aplica-se a ele a fórmula de adopção: «Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho» (v. 14).
O oráculo de Natan começa com uma pergunta retórica: «És tu que me vais construir uma casa para Eu habitar?» (v. 5). Esta pergunta faz um todo com a afirmação antitética do v. 11: «será Ele próprio (o Senhor), quem edificará uma casa para ti». Só depois da morte de David o Senhor suscitará o seu descendente (cf. v. 12). Como frequentemente acontece nos oráculos proféticos, são possíveis dois níveis de leitura: a referência imediata a Salomão que construirá o Templo em Jerusalém e a vinda do futuro Messias. O Messias construirá uma casa ao Nome de Deus, o seu reino será eterno, e aplica-se a ele a fórmula de adopção: «Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho» (v. 14).
Evangelho: Mc 4, 1-20
1De novo começou a ensinar à beira-mar. Uma
enorme multidão vem agrupar-se junto dele e, por isso, sobe para um barco e
senta-se nele, no mar, ficando a multidão em terra, junto ao mar.
2Ensinava-lhes muitas coisas em parábolas e dizia nos seus ensinamentos:
3«Escutai: o semeador saiu a semear. 4Enquanto semeava, uma parte da semente
caiu à beira do caminho e vieram as aves e comeram-na. 5Outra caiu em terreno
pedregoso, onde não havia muita terra e logo brotou, por não ter profundidade
de terra; 6mas, quando o sol se ergueu, foi queimada e, por não ter raiz,
secou. 7Outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram, sufocaram-na, e não
deu fruto. 8Outra caiu em terra boa e, crescendo e vicejando, deu fruto e
produziu a trinta, a sessenta e a cem por um.» 9E dizia: «Quem tem ouvidos para
ouvir, oiça.»
10Ao ficar só, os que o rodeavam, juntamente com os Doze, perguntaram-lhe o sentido da parábola. 11Respondeu: «A vós é dado conhecer o mistério do Reino de Deus; mas, aos que estão de fora, tudo se lhes propõe em parábolas, 12para que ao olhar, olhem e não vejam, ao ouvir, oiçam e não compreendam, não vão eles converter-se e ser perdoados.»
13E acrescentou: «Não compreendeis esta parábola? Como compreendereis então todas as outras parábolas? 14O semeador semeia a palavra. 15Os que estão ao longo do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; e, mal a ouvem, chega Satanás e tira a palavra semeada neles. 16Do mesmo modo, os que recebem a semente em terreno pedregoso, são aqueles que, ao ouvirem a palavra, logo a recebem com alegria, 17mas não têm raiz em si próprios, são inconstantes e, quando surge a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, logo desfalecem. 18Outros há que recebem a semente entre espinhos; esses ouvem a palavra, 19mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e as restantes ambições entram neles e sufocam a palavra, que fica infrutífera. 20Aqueles que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, a recebem, dão fruto e produzem a trinta, a sessenta e a cem por um.»
10Ao ficar só, os que o rodeavam, juntamente com os Doze, perguntaram-lhe o sentido da parábola. 11Respondeu: «A vós é dado conhecer o mistério do Reino de Deus; mas, aos que estão de fora, tudo se lhes propõe em parábolas, 12para que ao olhar, olhem e não vejam, ao ouvir, oiçam e não compreendam, não vão eles converter-se e ser perdoados.»
13E acrescentou: «Não compreendeis esta parábola? Como compreendereis então todas as outras parábolas? 14O semeador semeia a palavra. 15Os que estão ao longo do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; e, mal a ouvem, chega Satanás e tira a palavra semeada neles. 16Do mesmo modo, os que recebem a semente em terreno pedregoso, são aqueles que, ao ouvirem a palavra, logo a recebem com alegria, 17mas não têm raiz em si próprios, são inconstantes e, quando surge a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, logo desfalecem. 18Outros há que recebem a semente entre espinhos; esses ouvem a palavra, 19mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e as restantes ambições entram neles e sufocam a palavra, que fica infrutífera. 20Aqueles que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, a recebem, dão fruto e produzem a trinta, a sessenta e a cem por um.»
O reino de Deus é proclamado pela palavra.
Marcos, na secção que hoje abre, oferece-nos uma teologia da palavra do reino.
Jesus começa a falar «em parábolas». Era o método usado pelos rabinos. As
parábolas são «histórias» aparentemente simples, mas com um elemento-surpresa e
uma conclusão inesperada que convidam a procurar um segundo significado, para
além do imediato.
A parábola começa por estar orientada para o semeador, extremamente generoso na sementeira. Mas logo centra a nossa atenção na semente. Vem, depois, a tipologia dos terrenos que recebem a semente. Há um evidente exagero ao falar da «boa terra». A imagem da colheita sugere o fim dos tempos. A parábola, ao fim e ao cabo, diz-nos que o Messias está próximo e descreve a abundância de graça do Reino messiânico.
No diálogo com «os que o rodeavam», a semente é claramente identificada com a Palavra, e os terrenos correspondem às diferentes reacções suscitadas pela pregação dos apóstolos.
A parábola começa por estar orientada para o semeador, extremamente generoso na sementeira. Mas logo centra a nossa atenção na semente. Vem, depois, a tipologia dos terrenos que recebem a semente. Há um evidente exagero ao falar da «boa terra». A imagem da colheita sugere o fim dos tempos. A parábola, ao fim e ao cabo, diz-nos que o Messias está próximo e descreve a abundância de graça do Reino messiânico.
No diálogo com «os que o rodeavam», a semente é claramente identificada com a Palavra, e os terrenos correspondem às diferentes reacções suscitadas pela pregação dos apóstolos.
Meditatio
Quantas vezes concebemos, como David, grandes
projectos de acção em favor de Deus e do seu Reino. Mas Deus baralha-nos quando
nos faz perceber que é Ele que tem grandes projectos em nosso favor, e que,
antes de manifestarmos o nosso a
mor, é Ele que quer manifestar o seu amor por nós: «não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou e enviou o seu Filho» (1 Jo 4, 10). A David, Deus disse pelo profeta: «És tu que me vais construir uma casa para Eu habitar? … Eu próprio edificarei uma casa para ti» (cf 1 Sam 7, 5.11).
Se pusermos a nossa generosidade à frente da generosidade de Deus, se pusermos o nosso amor antes do amor de Deus, invertemos a ordem das coisas e manifestarmos a pretensão de sermos os primeiros a amar. O primado do amor pertence a Deus, como ficamos a perceber se escutarmos e acolhermos a sua palavra, que, em primeiro lugar, uma promessa. Deus quer cumular-nos de dons. Iniciou uma relação e um diálogo connosco para nos encher de dons.
A fecundidade da palavra que Deus manda transmitir a David é extraordinária: produz verdadeiramente trinta, sessenta, cem por um. E a palavra que Deus dirige a cada um de nós? Somos terra boa? Que fazemos com a nossa vocação cristã e com a nossa vocação específica? Terra boa foi Maria, foram os apóstolos, foram os mártires e os santos. Terra boa foi o Pe. Dehon. Mas o fruto da palavra não depende apenas com o nosso esforço, das nossas obras, talvez grandiosas aos olhos dos homens. Tudo o que fazemos está nas mãos de Deus. Só Ele pode tornar estável a nossa «casa» e fecundo o nosso «terreno», muito para além dos nossos desejos e projectos. De facto, os projectos de Deus são bem mais maravilhosos, amplos e profundos do que podemos esperar. Basta-nos abrir-lhe o coração.
A primeira bem-aventurança que ecoa no Evangelho é dirigida a Maria: “Feliz d´Aquela que acreditou no cumprimento das palavras do Senhor…” (Lc 1, 45). É a bem-aventurança da fé, que acolhe a Palavra de Deus e adere a ela com toda a vida. É a bem-aventurança que o próprio Jesus, um dia, proclamará: “Felizes… aqueles que escutam a Palavra de Deus e a põe em prática!” (Lc 11, 28). A Palavra de Deus é, em primeiro lugar, um dom do seu amor ao qual havemos de corresponder com uma vida de amor a Deus: “Sede daqueles que põem em prática a palavra e não apenas ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tg 1, 22
mor, é Ele que quer manifestar o seu amor por nós: «não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou e enviou o seu Filho» (1 Jo 4, 10). A David, Deus disse pelo profeta: «És tu que me vais construir uma casa para Eu habitar? … Eu próprio edificarei uma casa para ti» (cf 1 Sam 7, 5.11).
Se pusermos a nossa generosidade à frente da generosidade de Deus, se pusermos o nosso amor antes do amor de Deus, invertemos a ordem das coisas e manifestarmos a pretensão de sermos os primeiros a amar. O primado do amor pertence a Deus, como ficamos a perceber se escutarmos e acolhermos a sua palavra, que, em primeiro lugar, uma promessa. Deus quer cumular-nos de dons. Iniciou uma relação e um diálogo connosco para nos encher de dons.
A fecundidade da palavra que Deus manda transmitir a David é extraordinária: produz verdadeiramente trinta, sessenta, cem por um. E a palavra que Deus dirige a cada um de nós? Somos terra boa? Que fazemos com a nossa vocação cristã e com a nossa vocação específica? Terra boa foi Maria, foram os apóstolos, foram os mártires e os santos. Terra boa foi o Pe. Dehon. Mas o fruto da palavra não depende apenas com o nosso esforço, das nossas obras, talvez grandiosas aos olhos dos homens. Tudo o que fazemos está nas mãos de Deus. Só Ele pode tornar estável a nossa «casa» e fecundo o nosso «terreno», muito para além dos nossos desejos e projectos. De facto, os projectos de Deus são bem mais maravilhosos, amplos e profundos do que podemos esperar. Basta-nos abrir-lhe o coração.
A primeira bem-aventurança que ecoa no Evangelho é dirigida a Maria: “Feliz d´Aquela que acreditou no cumprimento das palavras do Senhor…” (Lc 1, 45). É a bem-aventurança da fé, que acolhe a Palavra de Deus e adere a ela com toda a vida. É a bem-aventurança que o próprio Jesus, um dia, proclamará: “Felizes… aqueles que escutam a Palavra de Deus e a põe em prática!” (Lc 11, 28). A Palavra de Deus é, em primeiro lugar, um dom do seu amor ao qual havemos de corresponder com uma vida de amor a Deus: “Sede daqueles que põem em prática a palavra e não apenas ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tg 1, 22
Oratio
Senhor, ensina-me a submeter os meus projectos
aos teus. Ensina-me a deixar-me amar por Ti, antes de pretender amar-te.
Ensina-me a acolher a tua palavra, antes de querer falar-Te. Ela é um dom do
teu amor, que deve encher a minha vida. Que, nos momentos difíceis, seja para
mim um rochedo de salvação. Ensina-me que ela é sempre eficaz, mas não do modo que
eu pretendo.
Dá-me um coração disponível e acolhedor. Lança generosamente em mim a tua palavra e torna-a fecunda pelo teu Espírito. Amen.
Dá-me um coração disponível e acolhedor. Lança generosamente em mim a tua palavra e torna-a fecunda pelo teu Espírito. Amen.
Contemplatio
O grande semeador é Deus, é Jesus. Deus semeou
os seus benefícios desde a criação. Cristo semeia as suas graças e semeia-as
quotidianamente desde a sua incarnação. E muitas destas graças e destes
benefícios não encontraram nem gratidão nem fidelidade.
Mas reflectirei sobretudo nas graças que recebi pessoalmente: o baptismo, a primeira comunhão, a vocação, os retiros, as confissões, as comunhões, as leituras espirituais, os acontecimentos providenciais, a minha vocação especial de amigo do Sagrado Coração.
O divino semeador semeou sem descanso o bom grão no campo da minha alma, mas que é que daí resultou? – Há grãos que caem sobre os caminhos e as aves apoderam-se deles. É demasiadas vezes o que me acontece. A minha alma é um grande caminho pela dissipação, pela a curiosidade, pela ligeireza. O bom grão não consegue ter aí raiz. – Outros grãos caem sobre uma terra pedregosa ou cheia de espinhos. É ainda a minha alma, endurecida pela tibiez e ocupada pelos espinhos dos cuidados materiais e terrestres, estranhos à minha vocação. Estes grãos não produzirão nada de durável. – Há, finalmente, boas terras que produzem o cêntuplo. A minha alma deveria ser destas. Como hei-de fazer para a dispor? É-lhe necessário o labor profundo da penitência e do retiro, a guarda da modéstia e do recolhimento, a emenda da reparação e do sacrifício. Que farei?… Ó minha alma, dispõe-te a receber as sementeiras do bom grão, as sementeiras da graça fecunda do Sagrado Coração (Leão Dehon, OSP 3, p. 57s.).
Mas reflectirei sobretudo nas graças que recebi pessoalmente: o baptismo, a primeira comunhão, a vocação, os retiros, as confissões, as comunhões, as leituras espirituais, os acontecimentos providenciais, a minha vocação especial de amigo do Sagrado Coração.
O divino semeador semeou sem descanso o bom grão no campo da minha alma, mas que é que daí resultou? – Há grãos que caem sobre os caminhos e as aves apoderam-se deles. É demasiadas vezes o que me acontece. A minha alma é um grande caminho pela dissipação, pela a curiosidade, pela ligeireza. O bom grão não consegue ter aí raiz. – Outros grãos caem sobre uma terra pedregosa ou cheia de espinhos. É ainda a minha alma, endurecida pela tibiez e ocupada pelos espinhos dos cuidados materiais e terrestres, estranhos à minha vocação. Estes grãos não produzirão nada de durável. – Há, finalmente, boas terras que produzem o cêntuplo. A minha alma deveria ser destas. Como hei-de fazer para a dispor? É-lhe necessário o labor profundo da penitência e do retiro, a guarda da modéstia e do recolhimento, a emenda da reparação e do sacrifício. Que farei?… Ó minha alma, dispõe-te a receber as sementeiras do bom grão, as sementeiras da graça fecunda do Sagrado Coração (Leão Dehon, OSP 3, p. 57s.).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Não fomos nós que amámos a Deus; foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho» (cf. 1 Jo 4, 10)».
«Não fomos nós que amámos a Deus; foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho» (cf. 1 Jo 4, 10)».
| Fernando Fonseca, scj |
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