Terça-feira, 3 de Novembro de 2015
Romanos 12,5-16a: Cada membro está a serviço
dos outros
Salmo 130: Guarda minha alma na paz junto de
ti, Senhor
Lucas 14,15-24: Venham, tudo está preparado
15A estas palavras, disse a Jesus um dos
convidados: Feliz daquele que se sentar à mesa no Reino de Deus!16Respondeu-lhe
Jesus: Um homem deu uma grande ceia e convidou muitas pessoas.17E à hora da
ceia, enviou seu servo para dizer aos convidados: Vinde, tudo já está
preparado.18Mas todos, um a um, começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro:
Comprei um terreno e preciso sair para vê-lo; rogo-te me dês por
escusado.19Disse outro: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las;
rogo-te me dês por escusado.20Disse também um outro: Casei-me e por isso não
posso ir.21Voltou o servo e referiu isto a seu senhor. Então, irado, o pai de
família disse a seu servo: Sai, sem demora, pelas praças e pelas ruas da cidade
e introduz aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos.22Disse o servo:
Senhor, está feito como ordenaste e ainda há lugar.23O senhor ordenou: Sai
pelos caminhos e atalhos e obriga todos a entrar, para que se encha a minha
casa. 24Pois vos digo: nenhum daqueles homens, que foram convidados, provará a
minha ceia.
Comentário
A parábola
do banquete do reino mostra como os que estão empenhados exclusivamente em seus
negócios (compra de terreno), no frenesi do seu trabalho (juntas de boi) ou na
exclusividade do círculo familiar, não pode entrar e participar, plena e
gozosamente da vida comunitária. Esta exige uma disponibilidade generosa e a
aspiração de construir algo maior que os pequenos negócios e trabalhos
familiares. É uma condição deixar tudo para servir o reino de Deus. Por estas
razões aqueles que estão empenhados em suas próprias preocupações sem olhar o
horizonte dos povos, sem valorizar as utopias históricas, não estão aptos para
participar do banquete do reino. Este necessita de uma abertura a todos os
seres humanos e a todos os ideais de humanização. Por isso, os convidados são
aqueles que têm realmente esperança histórica e confiam que podem construir a
nova casa do Senhor. Esta é um projeto alternativo, um mundo onde não há
excluídos e onde o importante não é a produtividade nem o lucro, mas a máxima
expressão da criação: o ser humano que é o centro da ação de Deus no mundo.
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