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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Eis minha mãe e meus irmãos-Pe.Queiroz

21-        Sábado - Evangelho - Mt 12,46-50
Padre Antonio Queiroz

E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos”.
O Evangelho de hoje narra que um dia Jesus estava falando para muita gente dentro de uma casa, e sua mãe estava lá fora querendo falar com ele e não conseguia. Certamente eram coisas de mães, tipo avisar que o almoço estava pronto.
Jesus aproveitou o fato para nos evangelizar. Estendendo a mão para os discípulos, disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. Portanto, nós como Igreja somos da família de Jesus. Mas não basta receber o batismo, precisamos fazer a vontade de Deus, obedecendo aos mandamentos.
A cena não insinua qualquer desprezo de Jesus à sua mãe, pois isso seria até contra o quarto mandamento. Jesus amava muito a sua mãe; basta ver o seu gesto, na cruz, pedindo a João que cuidasse dela.
A família humana está na ordem da criação. Ela foi criada por Deus, logo após criar o homem e a mulher (Cf Gn 2,24). Jesus criou a família espiritual, que é a Igreja. Foi a esta família espiritual que Jesus se referiu, sem desmerecer a família humana, evidentemente.
Nós, que amamos a nossa família carnal, vamos amar também a Comunidade cristã, que é a nossa família espiritual, ou Família de Deus. Nela, somos todos irmãos de Jesus e entre nós.
Isso não diminui, mas consagra a consangüinidade, e a faz atingir a sua maior dignidade, que é ser Igreja doméstica, imagem da Família divina, a Santíssima Trindade.
Esses irmãos de Jesus, de que fala o Evangelho, são seus parentes mais próximos, que, na língua hebraica, são chamados também de irmãos. No Antigo Testamento aparecem várias provas disso. E Mt 13,55 apresenta os nomes desses “irmãos de Jesus”, inclusive citando as mães deles, que não era Maria Santíssima. Também não daria para compreender como Jesus, na Cruz, iria entregar sua mãe aos cuidados de João, se ela tivesse outros filhos.
Maria Santíssima fez a vontade de Deus desde criança. Por isso foi escolhida para ser a mãe carnal do Messias. E ela se envolveu tanto na obra do Filho que se tornou também a Mãe espiritual da nova Família que ele criou. Mãe da Igreja, rogai por nós!
E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos”.




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