24/11/2015
- 3ª feira XXXIV
semana comum – Daniel 2,31-45 – “os homens passam e a história continua ”
Às vezes
pensamos que os fatos que estão acontecendo no mundo ocorrem exclusivamente
pela vontade do homem, no entanto, nós percebemos que há um propósito de Deus
para cada episódio que constatamos aqui na terra. O sonho do rei interpretado
por Daniel nos remete a uma reflexão sobre a nossa existência humana sujeita a
mudanças e transformações. Assim, a partir do que aqui se expõe, percebemos com
bastante clareza que Deus está na retaguarda de todos os eventos humanos e que
nenhuma “pedra” cairá sem que Ele o tenha permitido. Nenhum reino, nenhum poder
humano está seguro e completamente impenetrável. Os homens passam e a história
continua com outros. Deus está no controle dos eventos da história humana. O
nascimento e a queda de impérios ocorrem como se estivessem acontecendo pela
vontade do homem, mas Daniel nos revela claramente que Deus está por trás de
todos os eventos humanos. Nada acontece sem que Deus já tenha consentido ou
tenha impedido, pois o Seu poder é exclusivo e soberano e a Sua onisciência
extrapola a nossa capacidade de compreensão. Na interpretação do sonho, Daniel
identifica Nabucodonosor como a “cabeça de ouro”, a quem Deus havia concedido
todo o poder, inclusive o de levar consigo o povo de Israel para o exílio na
Babilônia. Mesmo assim, ele prenuncia a extinção do seu grande reino e a
chegada de um reino inferior ao dele, exatamente o rei que libertaria o povo de
Deus do exílio, Ciro, rei da Pérsia. O último reino a que Daniel se refere é
justamente o reino que veio para
acontecer e permanecer para sempre, o reino de Deus. “No tempo desses reinos, o Deus do céu suscitará um reino que nunca será
destruído, um reino que não passará a outro povo; antes, esmagará e aniquilará
todos esses reinos, e ele permanecerá para sempre.” É o reino dos céus que
tem como Rei Jesus Cristo, Seu Filho Unigênito. Por aí, nós temos consciência
da transitoriedade da nossa vida como também a nossa insegurança em relação a
status, condição social, poderio econômico, fama, sucesso, etc... Portanto,
tenhamos prudência ao enaltecer e lisonjear os “reis da terra”, isto é, aqueles
que têm o comando provisório das rédeas do poder, porque, como a palha miúda das eiras, no verão, que o vento varre sem deixar
vestígios, eles desaparecem. O reino que nunca acaba é o reino de Deus,
porque é eterno e está dentro do nosso coração. Em todas as circunstâncias da
nossa vida Ele nos acompanhará. Seja na pobreza, na riqueza, na alegria ou
tristeza e até na morte do nosso corpo, ele seguirá junto da nossa alma. - Você
tem desejos de ser uma pessoa poderosa e conhecida? - Você faz alguma distinção
entre o rei e o empregado do rei?- Você acredita que Deus tem as rédeas e o
governo de todos os acontecimentos? - A sua vida é consagrada a Deus? - Você
tem algum ídolo? Você costuma lisonjear os homens?
Salmo –
Daniel 3, 57-61 – “Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
É justo
que, as obras, os céus, os anjos, as chuvas e as potências louvem o Senhor,
porque tudo a Ele pertence. O louvor de Daniel e seus companheiros na fornalha
ardente é um reflexo de todos os sentimentos que trazemos dentro do nosso
coração quando experimentamos o Seu livramento.
Se Deus é o Senhor de tudo e de todos, quem mais nos poderá salvar? Os
reis da terra fazem jus ao nosso respeito e obediência à sua autoridade, porém
nenhum deles merece ter o nosso coração e a nossa exaltação. Que o nosso louvor
permaneça pelos séculos sem fim!
Evangelho
– Lucas 21,5-11 – “Os sinais de hoje
nos servem de alerta”
Jesus
exortava as pessoas que admiravam o Templo pela sua beleza exterior, porque
tinham uma visão superficial do mundo e das coisas que as atraíam. Assim sendo,
Ele fez ver a elas que o material que enfeita o Templo e até mesmo, aquele que
o construiu pode ser facilmente destruído. “Dias
virão em que não ficará pedra sobre pedra.” Os sinais de hoje nos servem de
alerta, não para que fiquemos apavorados, mas para que estejamos vigilantes. Guerras,
revoluções, terremotos, fome, peste, miséria, dissensões, separações,
homicídios, uns se voltando contra os outros, etc, etc.. Jesus Cristo não nos
prometeu nenhum sinal especial para nos livrar dos acontecimentos que tiram a
normalidade da nossa vida, porém, ele nos adverte para que estejamos atentos
(as) em relação às coisas que têm significado para nós. “O sinal das coisas que estão para acontecer”, nós o percebemos,
justamente pelas “coisas que já estão acontecendo”, no mundo, em nós e nas
pessoas ao nosso redor. O valor que as coisas têm é inerente à maneira como nós
as enxergamos, ou seja, elas valem para nós conforme a nossa visão interior e
subjetiva. O que é valioso para um poderá não ser para o outro dependendo do
amadurecimento de cada um em relação ao valor das coisas criadas. Porém, apesar de atentos, necessitamos de
serenidade e prudência para atravessar esse campo minado e não podemos nos
apavorar. O nosso testemunho deve ser de
confiança absoluta nas palavras de Jesus: “é
preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”. Enquanto
as coisas acontecem e enquanto não chega o fim, ainda temos chance para uma
mudança radical na nossa mentalidade medíocre que valoriza somente o que é
atrativo e nos encanta. Os grandes
sinais que serão vistos no céu já se manifestam dentro de nós quando entramos
em comunhão com Deus, e, pelo poder do Espírito Santo, acolhemos os
ensinamentos de Jesus e temos intimidade com Ele. A Palavra de Jesus nos
recomenda a que não sejamos enganados (as) dando ouvido aos “arautos” do
terror, portanto, escutemos atentamente ao que o Senhor nos revela e façamos
tudo de acordo com o que Ele nos disser. - Você se apavora diante dos boatos em
relação aos acontecimentos ruins?- Qual é o sinal que o Senhor tem manifestado
para você?- Jesus tem lhe falado de conversão, de mudança de mentalidade? -
Você tem dado ouvido, isto é, tem seguido, ao que Ele tem lhe manda fazer?
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