5 de Dezembro de 2015-Evangelho - Mt 9,35 - 10,1.6-8
Jesus,
após ter chamado Seus apóstolos e discípulos, os convida para que sejam; o fazer
será consequência disso. Ser o quê? Íntimos de Cristo, amigos d’Ele; vida
mergulhada na vida do Senhor – é daí que nasce a intimidade. Fazer o quê?
Quanto a isso não devemos nos preocupar, pois o Senhor nos dirá e nos orientará
quanto ao que fazer e como fazer.
Como se não bastasse, o Senhor, além de nos
mostrar o que fazer, na obra da evangelização, nos capacita e nos presenteia
com todos os meios para a missão; meios estes que são os dons, os ministérios,
os talentos, os carismas e frutos do Espírito. A nossa felicidade consistirá em
sermos canais de cura, libertação e realização na vida das pessoas; para isso,
devemos ser íntimos de Deus e fazer, como
consequência disso, a vontade d’Ele.
Para
esta missão tão sublime de discípulos e missionários de Jesus, para a qual
somos chamados, o Senhor nos faz dois pedidos fundamentais, dentre tantos, não
menos importantes:
1º Pobreza evangélica: não
podemos, diante da missão a nós confiada, nos preocupar e perder a atenção, o
foco, daquilo que Deus quer fazer através de nós na vida das pessoas na ação
evangelizadora. O missionário precisa ter como única bagagem de missão, como
único valor, como única riqueza, a vontade de Deus Todo-poderoso, Sua Palavra e
a disponibilidade em servir. Não podemos nos prender a nada e a ninguém, pois
tudo nos será dado, tendo em vista que o missionário é digno do seu sustendo,
do seu salário, como nos ensinam as Sagradas Escrituras. A única riqueza
precisa ser o Senhor. Repito o que sempre afirmo: quem precisa muito fora é
porque muito pouco possui de Deus dentro de si; então o coração precisa buscar
fora o que não consegue encontrar dentro. Dentro de nós, no mais íntimo de nós,
está Deus.
2º Dê de graça o que recebeste
de graça: na vida, tudo é graça, inclusive os
encalços e dificuldades, que não vêm de Deus, mas Ele os permite. Permite para
que venhamos a crescer, a amadurecer. Crescimento e
amadurecimento: eis as maiores graças na vida de uma pessoa. Todos os dons,
talentos, virtudes, a própria vocação, tudo isso Deus nos deu, não porque Ele
necessitava fazê-lo, mas por pura graça e bondade. O Senhor no-los deu, para
que, através disso na vocação, pudéssemos ser felizes. Colocando tudo isso a
serviço dos outros, eis a certeza de felicidade, de santidade. Como é bom
quando nos propomos a servir, com gratuidade, aqueles que o Senhor nos confia.
Isso é evangelizar por excelência.
Para
isso, é preciso que reforcemos o caminho: ser (íntimos de Deus e de Sua
Palavra, vivendo da providência) e servir (de forma gratuita e alegre, pois de
graça recebemos e de graça devemos ser canais da graça na vida dos irmãos).
Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova
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