26- Quinta - Evangelho - Lc 21,20-28
JESUS FALA DA DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM
- Canção Nova
Estamos vivendo o tempo que precede o Advento,
tempo de espera e arrependimento. Ocasião propicia para que estejamos
conscientes das nossas ações e atentos ao que podem significar as coisas que
acontecem ao nosso redor. Jesus nos adverte dos fenômenos que acontecerão no
mundo e com as pessoas antes da Sua vinda gloriosa. Se prestarmos atenção,
muitos sinais já se fazem notar hoje, no mundo. A maioria das pessoas se
apavora quando ouve falar desses prognósticos, porém, os que têm a percepção
dos ensinamentos evangélicos, compreendem que as palavras de Jesus vêm nos
edificar e nos ajudam a manter a esperança na nossa libertação.
O
mundo à nossa volta se angustia e sofre. Muitas pessoas passam por dificuldades
e se sentem perdidas, no entanto, isto é prenúncio de libertação. Jesus mesmo
nos esclarece quando diz: “Quando estas coisas começarem a acontecer,
levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”. Jesus
já veio como homem e chegou para nós por meio do seio de Maria, se entregou por
nós, foi crucificado, morto e ressuscitado para a nossa Salvação. Não podemos
mudar os prognósticos de Jesus, todos esses fatos já estão acontecendo. Porém,
o que nós podemos fazer é assumir o nosso posto de guardiões da fé sem temor,
na certeza de que o tempo da libertação se aproxima e deixando que a
manifestação da vida de Jesus aconteça no nosso coração primeiro.
Expressão
retomada por todos os Evangelhos Sinóticos numa retomada da profecia de Daniel
9,27 sobre as 70 Semanas. Cremos que este mundo, conforme a profecia de Jesus
está caminhando para o fim? O que Jesus fala sobre o fim dos tempos, o dia do
julgamento e a destruição de Jerusalém não era novidade para os judeus. Jesus
alerta sim para a iminência da destruição de Jerusalém pela rejeição do
Evangelho. Segundo o historiador Josefo mais de um milhão de pessoas morreram
quando os romanos destruíram Jerusalém com seu templo no ano 70. A ruína de Jerusalém
deveu-se à sua indiferença diante da visita de Deus, na pessoa do Senhor Jesus
Cristo (Lc 19,44).
A
abominação é o termo específico para condenar os ídolos, como também a
profanação e a apostasia que eles trazem consigo. Por isso, Jesus fala também do
julgamento do fim do mundo. Só a cegueira espiritual nos pode impedir de
reconhecer os claros sinais que anunciam o dia do julgamento para os que
recusam a palavra de Deus a respeito da graça e da salvação. S.Cipriano e S.
Agostinho afirmam que neste dia final não se salvarão os que carecem de fé,
embora permaneçam na comunidade dos fiéis e participem dos sacramentos. Aliás,
a palavra desolação, segundo a etimologia da palavra grega, significa tornar um
deserto, vazio da vida de Deus.
Jesus
tinha dito aos discípulos o que lhes custaria segui-lo. E prometeu que jamais
os deixaria sozinhos, mesmo no tempo de tribulação. Os santos e mártires que
foram submetidos aos tormentos e à morte fizeram da prisão um templo de oração
e acesso para o trono da glória de Deus. Eles reconheceram a presença salvadora
de Jesus em suas vidas em todas as circunstâncias. O discípulo que seguia Jesus
podia perder sua vida corporal, mas não sua alma.
O
maior dom que nos é dado é o de nossa redenção e de adoção como filhos de Deus.
Jesus nos redimiu da escravidão do pecado, do medo da morte e da destruição
final. Somos gratos porque nossa esperança está no céu e na promessa que Jesus
retornará para estabelecer seu reino de paz e de justiça. Sua segunda vinda
será marcada por sinais que todos reconhecerão. Seu julgamento é um sinal de
esperança para os que confiaram nele.
Qual é a percepção que você tem das palavras de
Jesus? Você se atemoriza quando ouve falar desses acontecimentos? As
coisas que você vê acontecer no mundo, hoje, já confirmam isto? – Jesus já veio
para você?
Senhor,
enchei meu coração de gratidão pelo dom da redenção e aumentai minha esperança
em vosso retorno na glória. Que aquele dia me traga alegria e paz. Ajudai-me a
servir-vos fielmente, e que eu faça o melhor uso de meu tempo agora à luz do
tempo que virá!
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