Segunda-feira, 23 de Novembro de 2015
Daniel 1,1-6.8-20: Não se encontrou nenhum
como eles
Interlecional Dn 3: Bendito sejas, Senhor,
Deus de nossos pais
Lucas 21,1-4: Essa viúva deu tudo que tinha
para viver.
1Levantando os olhos, viu Jesus os ricos que
deitavam as suas ofertas no cofre do templo.2Viu também uma viúva pobrezinha
deitar duas pequeninas moedas,3e disse: Em verdade vos digo: esta pobre viúva
pôs mais do que os outros.4Pois todos aqueles lançaram nas ofertas de Deus o
que lhes sobra; esta, porém, deu, da sua indigência, tudo o que lhe restava
para o sustento.
Comentário
Jesus
ensina no templo. Observa como as pessoas depositam suas oferendas no cofre do
templo. Certamente chamam a atenção os donativos dos grandes ricos. O templo
era para os judeus o motivo máximo de seu orgulho nacional. Representava, nos
tempos de Jesus, a identidade e resistência do povo contra a dominação romana.
A grandeza desta instituição fundamental dependia, em grande medida, das
doações das personalidades ricas. Por isso, as grandes doações eram muito
apreciadas e louvadas. Jesus observa e anuncia um fato insignificante para
aqueles critérios, porém maravilhoso: uma viúva pobre lançou no tesouro mais
que todos. Os ricos deram do que lhes sobrava, a viúva, ao contrário, deu tudo
o que tinha para viver. Jesus questiona a grandeza e o poderio nacionalista do
templo a partir da debilidade de uma pobre mulher sem nenhuma amparo e
proteção. O Mestre inverte a ordem estabelecida: essa mulher, débil e
marginalizada da vida social por diversos conceitos, deu mais do que os ricaços
e poderosos. Que damos nós? Do que nos sobra ou do que temos para viver? Muitas
vezes passamos por egoístas e somente damos simbolicamente algumas moedas que não
nos fazem falta, ou ainda pior, levamos ao templo o que não presta mais para
nós. Que mérito tem esses gestos? Dar é sinônimo de entregar. É entregando do
que necessitamos que acumulamos um tesouro no céu. Valioso diante de Deus é dar
de forma desinteressada, sem esperar nada em troca e menos ainda o aplauso do
público: “É preciso dar, custe o que custar”, dizia aos católicos tíbios de seu
tempo Santo Alberto Hurtado, o grande apóstolo do Chile.
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