06 DE JUNHO
"falsidade e hipocrisia no trato das coisas de
Deus”
Por mais que tentemos, muitas vezes, aparentar
uma falsa humildade, Deus conhece o nosso coração e pode perceber que
sentimentos se escondem debaixo das nossas ações. Neste Evangelho nós vimos
Jesus abrir os olhos dos Seus discípulos para que se prevenissem contra “os
doutores da lei” por causa da sua soberba e pretensão, assim como também da sua
falsidade e hipocrisia no trato das coisas de Deus. Assim, Ele dizia: “Tomai
cuidado” “eles receberão a pior condenação”. Do mesmo modo Ele os instruía a
que, além de tomar cuidado com eles, também não os imitassem e não seguissem a
mesma cartilha por onde eles se guiavam. Infelizmente ao longo de todos os anos
essa cartilha permanece servindo de lição para muitos “doutores da lei” dos
tempos modernos que usam das mesmas práticas a fim de chamar atenção para sua “espiritualidade”
e “devoção” de fachada. Por isso, ao mesmo tempo Jesus também fazia alusão
àqueles que depositavam grandes quantias no cofre das esmolas e à viúva que “na
sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”. São duas situações
claras em que percebemos que as nossas atitudes exteriores muitas vezes não
revelam o que se passa no nosso interior. Jesus pôde avaliá-los, pois observava
tudo com os olhos do Espírito e podia sondar os corações das pessoas. A
observação de Jesus não nos dá o direito de fazer julgamentos precipitados
sobre as ações das pessoas, mas nos serve de lição para que mergulhemos dentro
de nós mesmos e avaliemos as nossas reais intenções quando agimos sabendo que
estamos em evidência e que outras pessoas nos veem no trabalho do reino e nas
ofertas que fazemos. Precisamos ter muita consciência quando formos fazer as
nossas ofertas. O muito ou pouco que colocarmos aos pés do altar do Senhor
precisa ecoar de dentro do nosso coração, sinceramente. Não conseguimos enganar
a Deus, por isso poderíamos ser mais sinceros confessando a nossa covardia,
dizendo: “Senhor, eu sei que poderia dar mais, no entanto, sou apegado, (a)
tenho medo de que me faça falta, finalmente, Senhor, eu não estou confiando em
Ti, perdoa-me”! Se agíssemos assim, com sinceridade, talvez um dia nós nos
envergonhássemos das desculpas esfarrapadas e, como a viúva, oferecêssemos a
Deus tudo o que possuíssemos, fosse, muito ou pouco. Não importa a quantia que
depositamos, mas a generosidade com que fazemos as nossas ofertas. Jesus não
delimita as nossas esmolas, apenas nos propõe a experiência de sermos livres
dos nossos apegos para que “não recebamos a pior condenação!” Que aprendamos
com os conselhos do Mestre. Reflita – Com que intuito você faz as suas orações
na assembleia diante de todos? – Você gosta dos primeiros lugares? – O que você
pode dizer a Jesus, agora, em relação às suas esmolas ao tesouro do templo? –
Qual é o entendimento que você tem sobre generosidade? – Como você pode dar
tudo o que possui: você entende isto?
Acesse o site http://www.umnovocaminho.com e leia os comentários das demais
leituras da liturgia de hoje.
HELENA SERPA
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