03- de Junho - Quarta - Evangelho - Mc 12,18-27
Quarta-feira, 03 de Junho de 2015
Carlos Lwanga e Companheiros, mártires (1886)
Tobias 3,1-11a.16-17a: O Deus da glória escutou suas orações
Salmo 24: Lembra-te, Senhor, de tua eterna misericórdia
Marcos 12,18-27: Deus não é o Deus dos mortos, mas dos vivos.
18 Eis o meu servo a quem escolhi, meu bem-amado
em quem minha alma pôs toda sua a afeição. Farei repousar sobre ele o meu
Espírito e ele anunciará a justiça aos pagãos. 19 Ele
não disputará, não elevará sua voz; ninguém ouvirá sua voz nas praças públicas. 20 Não
quebrará o caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda fumega, até que faça
triunfar a justiça. 21 Em
seu nome as nações pagãs porão sua esperança (Is 42,1-4). 22 Apresentaram-lhe,
depois, um possesso cego e mudo. Jesus o curou de tal modo, que este falava e
via. 23 A
multidão, admirada, dizia: Não será este o filho de Davi? 24 Mas,
ouvindo isto, os fariseus responderam: É por Beelzebul, chefe dos demônios, que
ele os expulsa. 25 Jesus,
porém, penetrando nos seus pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si
mesmo será destruído. Toda cidade, toda casa dividida contra si mesma não pode
subsistir. 26 Se
Satanás expele Satanás, está dividido contra si mesmo. Como, pois, subsistirá o
seu reino? 27 E
se eu expulso os demônios por Beelzebul, por quem é que vossos filhos os
expulsam? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes.
COMENTÁRIO
Continua a controvérsia entre Jesus e os que procuram desacreditá-lo
para condená-lo. Agora a pergunta refere-se à ressurreição dos mortos. Quem
pergunta são os aristocratas saduceus, que não creem na ressurreição. Com
certeza, o objetivo é fazer Jesus cair na armadilha. Apresentam um exemplo da
vida matrimonial, relacionado com a chamada “lei do levirato” (de “levar”:
irmão do marido), levado ao ridículo. A resposta de Jesus é que a mulher do
caso não pertence a ninguém. Porque na ressurreição dos mortos as condições da
vida anterior mudam substancialmente. A ressurreição abre a porta para uma
dimensão diferente da nossa. Pela ressurreição se passa a participar da vida de
Deus em uma comunhão que supera toda relação humana. Jesus argumenta sobre a
ressurreição apelando à identidade do próprio Deus: ele não é um deus morto ou
de mortos, mas vivo e de vivos; é o Deus da vida. Quando pretendemos apelar as
tradições religiosas e chegamos a ocultar o verdadeiro rosto de Deus, estamos
desconhecendo sua própria identidade. Confessar o Deus vivo, Senhor da vida, é
comprometer-se em cuidar e defender a vida em todas as suas formas como um dom
seu. Ele é a origem e destino da vida. Nele a vida encontra sua mais plena
realização.
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