14 de Abril - Quarta - Evangelho
- Jo 3,7b-15
Bom
dia!
Lembro
de uma propaganda que passava na televisão (faz tempo, nem me atrevo a lembrar
quanto tempo faz… risos) onde Caetano Veloso narrava a insistência de um homem
sobre uma bancada ou degrau de uma praça onde tentava convencer as pessoas
sobre as coisas que aconteciam a seu redor que deveriam ser mudadas. Ao ver que
ninguém o ouvia uma pessoa o indagou o porquê não desistia de mudar as pessoas…
Ele respondeu que se ele desistisse era por que as pessoas conseguiram mudá-lo
É
preciso continuar insistindo na mudança. Ser novo não só hoje, mas amanha
também. Não podemos desistir de tornar esse mundo novo, repleto de pessoas
novas.
“(…)
Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso
espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o
que lhe agrada e o que é perfeito”. (Romanos 12, 2)
No
entanto, de forma especial hoje, falo para lideranças, condutores,
coordenadores, pregadores da palavra de Deus: Tenho me empenhado a manter-me de
pé, à frente, liderando sem desistir ou esmorecer mediante as criticas ou ao
desânimo que assolam as pessoas de hoje?
É
fato, só convenço daquilo que realmente acredito se vivo. Estou convencido da
minha espiritualidade? Ela é só na igreja? “(…) O senhor é professor do povo de
Israel e não entende isso? Pois eu afirmo ao senhor que isto é verdade: nós
falamos daquilo que sabemos e contamos o que temos visto, mas vocês não querem
aceitar a nossa mensagem. Se vocês não creem quando falo das coisas deste
mundo, como vão crer se eu falar das coisas do céu”?
Sei
que por maior ou melhor que sejam os argumentos ou exemplos que possamos dar a
alguém, sempre depararemos com uma parede chamada livre arbítrio. Sabemos também
que o que chateia e desmotiva é a vontade que alguns tem de não ouvir e a
outros de atrapalhar. O próprio Jesus deparou com os que não queriam ouvir no
episódio da mulher que seria apedrejada. O silêncio e a sabedoria nas palavras
ditas resolveram a situação. Somos convidados a buscar a sabedoria e ao
silêncio e não a desistir.
Certa
vez Jesus disse que os filhos desse mundo são tremendamente astutos. Somos
convidados a ser ainda mais… Precisamos abusar de novas metodologias de
trabalho, buscar o conhecimento de áreas como filosofia, pedagogia, psicologia,
sociologia, serviço social, gestão de pessoas, gestão e mediação de conflitos,
mas nunca abandonar o bom e velho rosário, pois somos “professores” e
precisamos cultivar o exemplo.
É
preciso entender que somente métodos racionais e intelectuais não surtem efeito
contra pessoas que são “escoladas”. É como convencer um ativista radical de
esquerda a apoiar a opinião e visão antagônica do seu opositor de direita.
Quantas pessoas conhecemos em nossa comunidade que nunca sentaram numa carteira
universitária, mas a vida os fez doutores?
Ser
novo também é buscar por capacitação
Ser
novo também consiste em ter vontade de aprender, ser uma esponja, não negar o
conhecimento, pois quando me fecho a ouvir, me nego por tabela em aprender.
É
importante frisar um segundo lado do conto do primeiro parágrafo: E SE AS
PESSOAS ESTIVEREM CERTAS E NÓS ERRADOS? De cima de um pedestal de vaidades e
orgulho não conseguiremos ver a verdade enquanto não descermos ou “baixarmos nossa
bola”. Esse processo de se declarar superior chama-se arrogância.
Arrogantes
não convencem. Prepotentes também não!
Ser
novo às vezes é ser aluno do seu aluno. É ouvir os mais velhos e respeitar o
talento dos mais novos; é treinar um sucessor; é não ficar perpetuando em um
cargo ou coordenação; é abolir a idéia que “sem você nada acontece”. A esse
tipo de irmão (ã) costumamos chamar de beatos. É PRECISO LEMBRAR QUE OS BEATOS
AINDA NÃO SÃO SANTOS, pois ainda precisam de muito mais que palavras para assim
se tornarem.
Sejamos
novos… Do reboco à pintura, obra completa.
Um
imenso abraço fraterno
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