TERÇA FEIRA DA 20ª SEMANA DO TEMPO COMUM 19/08/2014
1 ª Leitura Ezequiel 28, 1-10
Salmo Dt 32 “Sou eu quem tiro a vida, sou eu quem faz viver”
Evangelho
Mateus 19, 23-30
“Riqueza,
concorrente do Reino dos Céus”
Dá-se a
impressão de que o Jovem mencionado no evangelho anterior, ainda estava se
afastando muito triste, quando Jesus começou a falar com os Discípulos "Em
verdade vos declaro, é difícil um rico entrar no Reino dos Céus... É mais fácil
um camelo passar pelo buraco de uma agulha. Como já refletimos anteriormente,
não é proibido ter Fé e ser Rico, o único problema, é que a tal Riqueza é forte
concorrente do Reino dos Céus, a riqueza me faz pensar que posso ter tudo e
fazer tudo. Tive um amigo de Fábrica muito equilibrado, íntegro e de boa
índole, ele acabou fazendo fortuna fácil, por conta da loteria, e algum tempo
depois, quando já tinha saído da Fábrica para tocar seu próprio negócio, chegou
até mim a informação de que não era mais o mesmo, separara da esposa, deixou a
Família para ir embora com uma jovem que dele se enamorou, e ainda aumentou
seus rendimentos com alguns negócios ilícitos.
O Dinheiro
nos garante tudo, temos todos os desejos alcançados, e desfrutamos de todos os
prazeres, mesmo aqueles proibidos, pois nossas ações se baseiam na falsa
segurança que o poder econômico nos dá e em um caso assim, o Reino dos Céus
nada representa, e a religião não passa der uma prática religiosa sem nenhum
comprometimento de nossa vida. Há também ricos que tentam comprar Deus e
aliviar suas consciências, participando de projetos sociais ou Filantrópicos,
onde fazem uma espécie de investimento a longo prazo para comprar um
"lugarzinho" nesse Céu que Jesus promete.
A
indagação do Apóstolo Pedro parece meio interesseira: Nós que tudo deixamos
para te seguir, o que havemos de ganhar, em outras palavras, que vantagens levamos?
Em nosso contexto de uma Sociedade que faz apologia do Consumismo exacerbado,
essa pergunta não cai bem, mas no tempo de Jesus a Realidade era outra, Pedro
quer saber se estão no caminho certo, se a escolha que fizeram de serem
seguidores de Jesus, traria a eles alegria e satisfação interior.
Só pode julgar se as
escolhas estão certas ou não, quem tem uma referência segura, e os Discípulos
tem em Jesus Cristo a única referência, por ele tudo deixaram e por isso, a
alegria que lhes está reservada, ainda nesta vida, não dá para ser
dimensionada. Retomando o evangelho anterior, o jovem que no final da história
ficou triste, não queria trocar a alegria imediata desse mundo, pela posse dos
bens materiais, por uma alegria escatológica, alimentada pela Esperança de algo
que ainda virá, e que nem toda riqueza do mundo poder é nos dar... Que os Bens
materiais e os poderes desse mundo, nos dá alegrias, isso é indiscutível, o
único e maior problema é que lá um belo dia, ela se acaba no Nada....
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