14 de Setembro - DOMINGO - Evangelho -
Jo 3,13-17
O valor tão elevado que atingem certos
objetos está relacionado diretamente com a importância da pessoa que o usou. Em
si mesmos, seu valor é infimamente menor. Assim, a festa de hoje não teria
nenhum valor para nós, se o Cristo não tivesse se doado por amor e por nosso
resgate, derramando sua vida em nosso favor. Com certeza, haverão aqueles que,
sem entender o verdadeiro sentido, acusar-nos-ão de estarmos adorando um objeto
no lugar de Jesus. A estes irmãos advirto que o lenho da cruz, assim como os
santos e até Maria, não teriam para nós nenhum sentido, se não fosse pelo
Cristo que experimentaram e pelo qual se doaram, deixando-nos o exemplo de que
sim, é possível, que criaturas imperfeitas e pecadoras – pela sua graça –
alcancem méritos diante de seu Criador.
A
festa da Exaltação da Santa Cruz é, portanto, como muito bem colocou frei Caetano
Ferrari, a festa da Exaltação do Cristo vencedor da morte e do pecado por seu
corpo dado e sangue derramado no alto da cruz. Para o Cristianismo a cruz é o
símbolo maior de fé, com cujos traços todos nós nos persignamos desde o momento
do levantar até o deitar a cada dia. Na cerimônia batismal o primeiro sinal de
acolhida à criança recém-nascida é o sinal-da-cruz traçado em sua fronte pelo
Padre, pais e padrinhos, sinalando-a para sempre com a marca de Cristo. Desde
os tempos antiqüíssimos, a Igreja passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz,
inclusive, como símbolo da árvore da vida que se contrapõe à árvore do pecado
no paraíso, e símbolo mais perfeito da serpente de bronze que Moisés levantou
no deserto para curar os israelitas picados pelas cobras porque o Filho do
Homem nela levantado cura o homem todo e todos os homens, o corpo e a alma dos
que n’Ele crêem e lhes dá a vida eterna.
No
Evangelho de hoje Jesus retoma esses símbolos do passado bem conhecidos pelo
povo (serpente, árvore, pecado, morte) para dizer que, no lugar da serpente de
bronze pendurada no alto de um poste de madeira, Ele mesmo é quem seria
levantado no lenho da cruz. Se o pecado e a morte advieram da insídia e veneno
do demônio, nos símbolos da árvore proibida e da serpente do paraíso e do
deserto, a bênção, a salvação e a vida eterna advêm do Cristo levantado no alto
da cruz de onde Ele atrai a si os olhares de toda a humanidade.
Eis
porque a Igreja canta na Liturgia Eucarística da festa: Santa
Cruz adorável, de onde a vida brotou, nós, por ti redimidos, te cantamos louvor! E na Liturgia das Horas: Mais altaneira do que os
cedros, ergue-se a Cruz triunfal: não traz um fruto de morte, traz a vida a
todo mortal.
SENHOR
JESUS, NESTA FESTA EM QUE EXALTAMOS O MADEIRO NO QUAL RESTAURASTES NOSSO
CONVÍVIO HARMONIOSO COM O PAI, TE PEÇO QUE, ENQUANTO CAMINHO NESTE MUNDO,
CERCADO POR PROBLEMAS, DORES E DISTRAÇÕES, NUNCA ME ESQUEÇA DO TEU SACRIFÍCIO
POR MIM E, DA MESMA FORMA, QUE TU NÃO REJEITASTE A TUA CRUZ, MAS A LEVASTE ATÉ
AO FIM. QUE CONTIGO EU APRENDA A NÃO FUGIR DELA MAS, PEDIR FORÇAS À DEUS PAI
PARA ME DOAR AOS MEUS IRMÃOS NAQUILO QUE ESTIVER AO MEU ANCANCE, ATÉ QUE UM DIA
POSSA CONTIGO CANTAR O ETERNO HINO DE LOUVOR LÁ NO CÉU ONDE VIVEIS E REINAIS
COM O PAI NA UNIDADE DO ESPÍRITO SANTO. AMÉM!
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