25 de agosto - Segunda - Evangelho - Mt 23,13-22
Alexandre Soledade
Bom dia!
Gostaria de prender sua atenção na colocação de Jesus sobre o que
fazem as pessoas: “(…) Se alguém jurar pelo Templo, não é obrigado a cumprir o
juramento. Mas, se alguém jurar pelo ouro do Templo, então é obrigado a cumprir
o que jurou.” Tolos e cegos! Qual é mais importante: o ouro ou o Templo que
santifica o ouro? Vocês também ensinam isto: “Se alguém jurar pelo altar, não é
obrigado a cumprir o juramento. Mas, se jurar pela oferta que está no altar,
então é obrigado a cumprir o que jurou”…
Mais do que estar muito bravo com a hipocrisia, Jesus demonstrava
nitidamente decepção com que se apegavam aqueles que se diziam seguidores das
leis. Isso ainda acontece muito hoje.
Alguém já se pôs nu lugar daquele que resolve voltar ou se
arrepender de algo, mas ao dar o primeiro passo da volta pensa duas vezes como
será recebido (a)? Quantas pessoas conheço que trocaram de religião ou de
comunidade em virtude dos “santos” que o receberam no seu retorno?
Aprendi ao longo dos anos na RCC e ao participar do Seminário de
Vida no Espírito, que há algo maravilhoso em uma das palestras ou ensinamentos
chamada “o pecado e a salvação”. Afirmo e digo que esse seminário deveria ser
feito por todas as pessoas, pastorais ou movimentos e em especial essa
palestra. Nesta palestra, em especial, tomamos noção que o pecado pode nos afligir
ao ponto de fecharmos os olhos para Deus e para sua bondade em nos perdoar, mas
o que me toca nessa palestra é que sim pecamos, mas muito maior que nossos
erros é a vontade gritante do Pai em nos ter de volta… Ou seja, maior que o
pecado é o amor de Deus.
As pessoas erram. Você já errou e eu também e sempre na volta ou no
fundo do posso encontramos a mão segura de Deus a nos apoiar, mas a pergunta é:
E eu? Eu apoio? Eu ajudo a levantar?
Confesso que me entristeço quando vejo irmãos e irmãos cristãos,
sejam eles ou católicos ou evangélicos, caçando bruxas! Pessoas mal amadas e
mal resolvidas em suas vidas, que tristemente até andam com a bíblia ou terços
nas mãos, que dizem amar o templo, mas sim ao ouro que esta lá depositado.
Trazendo a nossa realidade essa colocação, mais preocupados em ser um poço de
falso moralismo do que bons samaritanos.
Não devemos cansar de perseguir e denunciar o pecado, mas termos a
docilidade de acolher ao pecador. É triste ver que a vida dessas pessoas que
perseguem cristãos geralmente não é exemplo para ninguém e não seria difícil de
ver que elas não conheceram a Deus. Geralmente quase vivem na igreja,
perpetuam-se como coordenadores, perturbam as novas lideranças, não dão espaço
para a juventude e se possível for até celebrariam no lugar do padre se
pudessem…
O evangelho de hoje não é só para mim e sim para todo aquele que se
reveste do poder ou da balança da justiça ao invés do simples e bucólico cajado
do pastor. Se dizer cristão assim é ser superficial. O cristão que Deus quer
deve ir além disso.
“(…) Muitas vezes, temos dificuldades de ver a religião na sua
totalidade e, com isso, a reduzimos a alguns aspectos que julgamos mais
importantes, mas que são frutos na nossa subjetividade. O problema é que, na
maioria das vezes, nos prendemos ao que é acidental no plano da fé, como, por
exemplo, sinais externos ou formas de espiritualidade e nos esquecemos dos
valores que de fato são essenciais à nossa fé, seja no plano das verdades, seja
no campo da espiritualidade, seja no campo da moral ou da virtude, de modo que
a nossa religiosidade fica sendo superficial e unilateral, a religião que nós
queremos viver e não a religião que Deus quer que nós vivamos“. (Reflexão
segundo a CNBB)
Um imenso abraço fraterno.
Parabéns pela belíssima e iluminada reflexão! Obrigado por compartilhar!!!
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