09 de Setembro - Terça - Evangelho - Lc
6,12-19
Jesus nunca subestimou a sua missão. Ele sabia da grande
responsabilidade que era escolher, dentre muitos, os doze apóstolos que seriam
os continuadores da sua obra aqui na Terra. Portanto, Ele subiu à montanha para
em oração ao Pai fazer o discernimento. Quando desceu Ele estava seguro de que
os seus escolhidos eram aqueles à quem o Pai havia destinado para pôr em
prática o seu projeto salvífico. Até Judas teve o seu papel específico no plano
de salvação de Deus Pai. Muitas vezes nós também rezamos, fazemos o
discernimento e no primeiro sinal de que algo não vai muito bem, nós começamos
a duvidar da nossa oração e do direcionamento do Senhor. Fica para nós o
exemplo: Jesus ainda não sabia que entre os escolhidos havia um traidor, mas
nunca duvidou de que fez a escolha certa segundo a vontade do Pai.
Para
muitas coisas na vida nós nos preparamos, nós nos aprimoramos, nós nos
adestramos. Porém, nas tomadas de decisões nós nos confundimos e não temos o
mesmo cuidado. Agimos por impulso, por sentimento, por preferências pessoais.
Jesus veio ao mundo não apenas para nos salvar da morte eterna. Ele veio nos
ensinar a viver a vida em harmonia com o pensamento de Deus e, assim, descobrir
o que é ou não agradável ao Pai a fim cumprir no mundo a missão que nos é
proposta.
Ele
nos instrui sobre o que fazer antes de tomar qualquer decisão, de resolver
qualquer problema, de escolher, de fazer opções, enfim, antes de enfrentar as
multidões. “…foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a
Deus,” a fim de escolher os doze apóstolos a quem Ele entregaria a sua Igreja.
Ao amanhecer Ele já sabia o que fazer: entre muitos Ele escolheu somente doze.
Unicamente depois de escutar o Pai foi que Jesus tomou a iniciativa de reunir
os seus discípulos e fazer a escolha conforme o Pai lhe havia segredado. Será
que Jesus escolheu os melhores, os mais preparados, os mais capazes, os mais
obedientes? Dentre os doze, haviam traidores, descrentes, pretensiosos, nenhum
deles era exemplo de santidade. Porém, Jesus tinha a convicção de que aqueles
lá eram os eleitos do Pai e por isso não relutou em chamá-los.
Muitas
vezes nós também nos prostramos aos pés do Pai e pedimos orientação para a
nossa caminhada. Falta-nos, no entanto, a paciência para esperar o fruto das
escolhas que fazemos sob a orientação do Espírito. No primeiro contratempo nós
já estamos nos decepcionando e nos frustrando, achando que fizemos as escolhas
erradas e culpamos a Deus pelos acontecimentos. Jesus sabia que na sua Missão
Ele teria que enfrentar dificuldades também com os seus escolhidos. Sabia que
estaria lidando com homens cheios de defeitos, mas mesmo assim não desistiu e
foi com eles, até o fim. Precisamos também nós, estarmos firmes e convictos em
tudo quanto nos for revelado pelo Pai, em oração.
A
sua Palavra é a garantia para confirmar o que Ele nos confidenciar durante a
oração. Não tenhamos medo de confiar na força do Espírito Santo quando precisarmos
de orientação. Jesus é o nosso modelo, o nosso Mestre e com Ele nós aprendemos
a viver, sem temor, o que Deus nos mandar fazer.
Quando
nós também subirmos à montanha para orar estejamos certos de que lá o Senhor
nos dará a orientação segura para que possamos descer e enfrentar a multidão e
até os traidores com serenidade e segurança. O que você faz quando tem que
tomar uma decisão importante: pede o conselho dos homens ou o conselho de Deus?
Você se reúne com alguém em oração para fazer suas opções de vida? Você pede
ajuda a pessoas que têm intimidade com Deus? Você costuma orar pedindo
discernimento para suas ações? Quando você reza e as coisas não acontecem de
acordo com o que você esperava, qual é a sua reação? Você confia que o Senhor
sempre dá o direcionamento seguro mesmo que haja algum contratempo em algum
momento? Peça ao Senhor a graça
da perseverança na oração.
O
seu irmão, em Cristo Jesus, envia-lhe a benção do alto.
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