SEXTA - 6 de Junho de 2014 - Evangelho - Jo 21,15-19
Bom dia!
Ao recordar o que escrevi ontem, esse
evangelho acaba me fazendo refletir muito nossas respostas ao convite de Deus,
pois cada um de nós, sem exceção, por vezes também fomos questionados por Deus
sobre nosso o amor que temos a Ele e a seu projeto.
Esses dias me peguei reclamando de
coisas pequenas e corriqueiras na lida com meu filho, que a idade (4 anos) e a
máxima curiosidade o fazem insistentemente desobedecer os pedidos nossos. Puxa
vida! Como brigamos com aqueles que nós amamos?
Ver meu filho fazer algo que eu e minha
esposa já o alertarmos que não deveria ser feito nos deixa extremamente
irritados. A curiosidade de ver como um brinquedo funciona por dentro valia a
pena a bronca que levaria em seguida. Talvez!
Nem tudo que a curiosidade nos convida
nos dará um feedback positivo. No caso do meu filho, sobrou um canto de sofá,
um castigo e um sermão. Foi nesse momento que me perguntei: E Deus? Como Ele
responde minhas “curiosidades”?
“(…) Tú me amas”?
Refleti que por vezes, no relacionamento
com os outros, nos comportamos como o administrador infiel. Pedimos perdão a
Deus de nossas falhas, mas não temos a mesma tolerância nas falhas dos outros.
Noto também que nos comportamos como
crianças “birrentas” daquelas que adoram dar escândalo em supermercado, de se
jogar no chão na frente das pessoas, dar faniquito, quando não conseguimos o
que desejamos. Comportamo-nos como crianças de quatro anos, imaturas, que
desejam tudo, mas não tem o mesmo empenho para trabalhar para se obter o que
tanto deseja. Por vezes queremos um “Deus” avô ou avó que fará tudo que eu
quiser e que estragará a educação que os pais lutam para dar
Peço muito a Deus e com certeza
continuarei a pedir, mas o que realmente preciso pedir?
“(…) Tú me amas”?
Conheço um senhor que me ensinou sua
filosofia família. Dizia ele: “Se preciso, luto para ter, se apenas quero, dá
par esperar”.
“(…) Pedi e se vos dará. Buscai e
achareis. Batei e vos será aberto. Porque todo aquele que pede, recebe. Quem
busca, acha. A quem bate, abrir-se-á”. (Mateus 7, 7-8)
Amar a Deus “da boca pra fora”, como
Pedro o fez antes da tríplice negação, fazemos todos os dias quando me cerco de
desejos egoísta e fúteis. Se coordeno e não formo novos que me sucedam, não
trabalhei direito. Se meu orgulho vale mais que o bem maior e coletivo, não sou
cristão; Se sou padre, ministro ou catequista e realizo minha atribuição de
cara amarrada, dando trabalho, sendo contra tudo, criticando os diferentes, por
que raios digo que faço o que Deus quer?
“(…) Tú me amas”?
Sem o Espírito Santo não dá para amar!!
Domingo é pentecostes, faça uma prece!
Peça uma nova efusão na sua vida! É só abrir a porta do coração. Deus vai
entrar…
“(…) Eis que estou à porta e bato: se
alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos,
eu com ele e ele comigo”. (Apocalipse 3, 20)
Não há tempo e nem idade. Comecemos a
pedir o que precisamos e depois o que queremos.
Um Imenso abraço fraterno. Bom fim de
semana!
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