Domingo, 25 de maio de 2014
6º Domingo da Páscoa
São Beda Venerável, Presbítero (Memória facultativa), São Gregório VII,
Papa (Memória facultativa), Santa Maria Madalena de Pazzi, Virgem (Memória
facultativa).
Outros Santos do Dia:Adelmo de Sherborne (monge, bispo), Dionísio de Milão (bispo), Genádio de Astroga (monge, bispo), Leão de Troyes (abade), Madalena Sofia Barat (virgem), Maria MacKillop (fundadora), Máximo e Vitorino (mártires da Bréscia), Pasicrates, Valáncio e Companheiros (soldados, mártires de Moésia, na Bulgária), Urbano I (papa, mártir), Zenóbio de Florença (bispo).
Outros Santos do Dia:Adelmo de Sherborne (monge, bispo), Dionísio de Milão (bispo), Genádio de Astroga (monge, bispo), Leão de Troyes (abade), Madalena Sofia Barat (virgem), Maria MacKillop (fundadora), Máximo e Vitorino (mártires da Bréscia), Pasicrates, Valáncio e Companheiros (soldados, mártires de Moésia, na Bulgária), Urbano I (papa, mártir), Zenóbio de Florença (bispo).
Primeira leitura: Atos dos Apóstolos 8, 5-8,14-17.
Impuseram-lhes as mãos, e eles receberam o Espírito Santo.
Salmo responsorial: 65, 1-7. 16-20.
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome glorioso!
Segunda leitura: 1 Pedro 3, 15-18.
Sofreu a morte na sua existência humana, mas recebeu nova vida pelo Espírito.
Evangelho: João 14, 15-21.
Eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Defensor
Impuseram-lhes as mãos, e eles receberam o Espírito Santo.
Salmo responsorial: 65, 1-7. 16-20.
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome glorioso!
Segunda leitura: 1 Pedro 3, 15-18.
Sofreu a morte na sua existência humana, mas recebeu nova vida pelo Espírito.
Evangelho: João 14, 15-21.
Eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Defensor
A palavra de Felipe, um missionário que leva a mensagem de Jesus a
novas fronteiras, é escutada com atenção porque manifesta coerência entre o que
diz e o que faz. A palavra e o poder curador de Felipe são motivo de alegria
para a comunidade samaritana.
Para que uma comunidade se mantenha firme no evangelho é necessário ter
a força e a graça do Espírito Santo, algo que somente se consegue com a oração,
como sinal da herança fraterna, do batismo e da imposição das mãos. O Espírito
Santo é o único que pode garantir o êxito e a eficácia da missão. Discipulado,
Espírito e missão são as marcas que identificam o missionário de Jesus.
A passagem da carta de Pedro convida a comunidade a ser santa. Uma
santidade que está sempre ligada ao seguimento e às consequências que esta
opção missionaria imprime em nossas vidas.
O evangelho de João nos dá a chave do verdadeiro seguimento: Amar. Este
amor é o mandamento que Jesus dá a quem quer segui-lo. Ser discípulo ou
discípula de Jesus implica ter como norma de vida o amor, um amor ativo, libertador
e eficaz. Esta é a essência do Evangelho, este é o coração da vida e da prática
de Jesus, isto é o que identifica a todos aqueles e aquelas que assumem sua
missão.
Jesus teme pelo futuro de seus discípulos. Sabe que as forças do mal
são poderosas e não medem esforços para eliminar os projetos do bem. Reconhece
que seus discípulos não têm ainda a formação e a convicção necessárias para
enfrentar estas forças malignas. Por isso, num gesto de amor profundo, Jesus
pede ao Pai que derrame o Espírito sobre os discípulos de ontem e de hoje, para
que não fiquemos órfãos, para que permaneça sempre conosco na continuidade da
missão.
Enquanto o mundo permanece cego, o Espírito permite aos discípulos de
Jesus reconhece-lo nos irmãos. No amor aos demais se reconhece o verdadeiro
rosto de Jesus. Somente o amor, ao qual somos chamados, é garantia da presença
de Deus em nós e em nossas comunidades.
Se o amor é a chave do seguimento de Jesus, teremos que perguntar-nos o
que estamos fazendo em nossa via e em nossas comunidades para impregnar o mundo
de amor, um amor que tenha a força do Espírito e permita que a verdade, a
justiça e a fraternidade sejam as marcas do Reino no mundo de hoje.
A primeira leitura, tomada do livro dos Atos, apresenta Felipe pregando
na capital da Samaria. É uma noticia inusitada se consideramos a inimizade
tradicional entre judeus e samaritanos, tão presente nos evangelhos, nas
passagens como a parábola do bom samaritano (Lc 10,29-37), ou a conversa de Jesus
com a samaritana (Jo 4,1-42) ou em outras passagens mais breves (Mt 10,5; Lc
9,51-56; 17,16; Jo 8,48). Os judeus consideravam os samaritanos como hereges ou
estrangeiros
(cf. 2Rs 17,24-41), pois ainda que adorem o único Deus e vivam de
acordo com sua lei, não queriam render culto em Jerusalém, nem aceitavam
nenhuma revelação nem outra norma além das contidas no Pentateuco. Os
samaritanos pagavam aos judeus com a mesma moeda, pois foram hostilizados nos
períodos de seu poderio e haviam chegado a destruir seu templo no monte
Garizin. Por isso, parece surpreendente encontrar Felipe pregando para esse
povo, em sua própria capital, e com tanto êxito como sugere a passagem lida,
até concluir com um maravilhoso final: a cidade dos samaritanos “se encheu de alegria”.
Esta obra evangelizadora que rompe fronteiras nacionais, que supera
ódios e rivalidades ancestrais, provocando uma mudança na unidade e na
concordia dos crentes, é obra do Espírito Santo, como comprovam os apóstolos
Pedro e João que com sua presença na Samaria confirmam o trabalho de Felipe.
Trata-se de uma espécie de Pentecostes, de vinda do Espírito Santo sobre estes
novos cristãos procedentes de um grupo tão desprezado pelos judeus. Para o
Espírito divino não há barreiras nem fronteiras. É Espírito de unidade e de
paz.
A segunda leitura continua sendo, como nos domingos anteriores, uma
passagem da primeira carta de Pedro. Escutamos uma exortação que com frequência
é repetida e lembrada: que os cristãos devemos estar dispostos a “dar razão de
nossa esperança” a todo aquele que a pede.
Por que cremos, por que esperamos, por que nos empenhamos em confiar na
bondade de Deus em meio aos sofrimentos da existência, das injustiças e
opressões da historia? Porque temos experimentado o amor do Pai e porque Jesus
Cristo padeceu por nós e por todos, para dar-nos a possibilidade de chegar à
plenitude de nossa existência em Deus.
Por esta mesma razão o apóstolo exorta a que mostremos paciência nos
sofrimentos, contemplando aquele que é modelo perfeito para nós, Jesus Cristo,
o justo, o inocente, que em meio ao suplicio orava por seus verdugos e os
perdoava. A breve leitura termina mencionando o Espírito Santo por cujo poder
Jesus Cristo foi ressuscitado dentro os mortos.
A quinze dias do término do tempo pascal, a Igreja começa a
preparar-nos para a grande celebração de conclusão deste tempo: o dia de
Pentecostes, a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos, a manifestação
pública da Igreja. Poderíamos dizer que é a inauguração da Igreja, mais no
sentido teológico que histórico. Na leitura do evangelho de João, tomada dos
discursos de despedida de Jesus, nos capítulos 13 a 17, o Senhor promete a seus
discípulos o envio do “Paráclito”, um Defensor ou Consolador que é o mesmo
Espírito de Deus, sua força e energia, Espírito de verdade porque procede de
Deus, que é a verdade plena, não um conceito, nem uma fórmula, mas o mesmo Ser
divino que deu a existência a tudo quanto existe e que conduz a historia humana
à sua plenitude.
Os grandes personagens da historia permanecem na lembrança agradecida
de quem é seu herdeiro, talvez nas consequências benéficas de suas obras a
favor da humanidade. Cristo permanece em sua Igreja de uma maneira pessoal e
efetiva: por meio do Espírito divino que envia sobre os apóstolos e que não deixa
de alentar os cristãos ao longo dos séculos. Por isso pode dizer-lhes que não
os deixará sozinhos, que voltará com eles, que pelo Espírito estabelecerá uma
comunhão de amor entre o Pai, os fiéis e ele mesmo.
O “mundo”, na linguagem de João, não pode receber o Espírito divino. O
mundo da injustiça, da opressão contra os pobres, da idolatria do dinheiro e do
poder, das vaidades das que tanto orgulham os humanos. Nesse mundo Deus não
pode ter parte com esse mundo porque Deus é amor, solidariedade, justiça, paz e
fraternidade. O Espírito dá alento a quem se compromete com estes valores,
esses são os discípulos de Jesus.
Esta presença do Senhor ressuscitado em sua comunidade há de
manifestar-se em um compromisso efetivo, em uma aliança firme, no cumprimento de
seus mandamentos por parte dos discípulos, única forma de tornar efetivo e real
o amor que se diz professar ao Senhor. Não é um regresso ao legalismo judaico,
de modo nenhum. No evangelho de João já sabemos que os mandamentos de Jesus se
reduzem a um só, o do amor: amor a Deus, amor entre os irmãos. Amor que se
mostra criativo, operativo, salvífico.
Oração:
Ó Deus e pai nosso, que em Jesus de Nazaré, nosso irmão, fizeste
renascer nossa esperança de um novo céu e uma nova terra, nós te pedimos que
nos tornes apaixonados seguidores de tua causa, de modo que saibamos transmitir
a nossos irmãos, com palavras e com obras, as razões da esperança que sustenta
nossa luta. Por Jesus Cristo nosso Senhor. Amém!
Perfeito... O verdadeiro sinal de que o "Paráclito" estás vivo no nosso meio e reina para sempre em nós!
ResponderExcluir