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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Não pensamos como Deus mas como os homens - Helena Serpa

DIA 20 QUINTA - Evangelho - Mc 8,27-33

Tiago 2, 1-9 - “juízes com critérios injustos,”

Quando lemos esta mensagem de São Tiago, podemos também apreender muitas lições para a nossa vida em comunidade e em família! Nós nos dizemos cristãos, seguidores de Jesus Cristo, achamos que vivemos os mandamentos da Lei de Deus e esperamos entrar nos tabernáculos eternos, no entanto, a Palavra de Deus é clara quanto ao tratamento que damos aos nossos irmãos. A fé em Jesus não admite acepção de pessoas, distinção entre os mais ou menos, ricos, bonitos, sábios, poderosos, saudáveis, agradáveis. Na comunidade, na família, isto é, nos nossos relacionamentos, todos merecem atenção. Os que têm o anel no dedo, isto é, os graduados, os mais bem vestidos, os que sabem falar bem, cantar bem, tocar bem, não devem ser destacados dos demais que no silencio e no anonimato estão no mundo a serviço do reino e para a missão também específica de amar e receber amor. Todos devem ter direitos, ao amor, à acolhida, à atenção e vez para falar, questionar, opinar. Agindo ao contrário, nos tornaremos juízes com critérios injustos, isto é, contra o desígnio de Deus, e desajustados da Sua vontade. Precisamos ser colunas edificadas igualmente dando chance para que todos cresçam e se tornem fortes, construtivos e participantes. O Espírito Santo é quem manifesta em todos, a inteligência e a sabedoria de Deus. A Palavra nos afirma que agimos bem quando amamos nosso próximo como a nós mesmos. - Faço distinção no tratar com as pessoas? Como é a minha maneira de “apreciar” o próximo? A beleza, o poder, a riqueza, a cor, fazem alguma diferença no tratamento que eu dou ao meu próximo? Faço diferença entre os “meus próximos”? Sou cristão (ã)?

Salmo 33 – “Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido”

Na nossa humildade nós também, como o salmista, reconhecemos que o Senhor não discrimina ninguém que se volta para Ele e recorre à Sua Misericórdia. Quando fazemos a experiência de gritar por socorro nós comprovamos a eficácia da oração que é feita de coração. Sentimos a alegria de contemplar a face do Senhor e de ter recebido Dele amparo para as nossas fraquezas. Então, o Senhor nos liberta de toda angústia.

Evangelho - 8, 27-33 – Marcos 8, 27-33 -  Não pensamos como Deus mas como os 
homens

Neste episódio, Pedro expressa a dubiedade de sentimento que existe no coração de todo ser humano. Primeiramente, ele, inspirado pelo Espírito, proclamou que Jesus era o Messias, mas logo que foi tocado na sua fraqueza humana quando Jesus lhe falou de sofrimento e de dificuldade ele teve uma reação rebelde de quem está contra o pensamento de Deus. Há momentos na nossa vida em que nós também percebemos claramente o pensamento de Deus e entendemos as coisas que Ele nos segreda aos ouvidos. Outras vezes, porém, somos levados pela nossa humanidade fraca e precária, e, assim, expressamos o pensamento do mundo: rejeitamos o sofrimento, repudiamos toda mudança de planos, não aceitamos ser humilhados querendo que tudo ocorra sem nenhum contratempo. Precisamos estar atentos (as) com o que os nossos lábios pronunciam e perceber a fonte que gera os nossos pensamentos, palavras e ações. Somos anjos (mensageiros de Deus), ou satanás (adversário, acusador), na medida em que escutamos o Espírito Santo ou as falsas sugestões da nossa humanidade. Somos assim, da nossa boca saem bênção e maldição. Não aceitamos ser humilhados e o nosso orgulho logo se exaspera quando alguém nos acena com esta perspectiva. Jesus veio para nós justamente porque somos imperfeitos, por isso não podemos esmorecer diante da decepção que temos de nós mesmos (as), mas permanecermos vigilantes reconhecendo a nossa fragilidade. Assim como falou aos discípulos Jesus hoje, também, quer saber de nós concretamente o que temos a dizer sobre Ele. Quem é Jesus para nós? Precisamos ter consciência de que Jesus é Aquele Enviado do Pai que veio ao mundo para, concretamente, nos fazer entender e experimentar que todos podemos passar por qualquer dificuldade de vida ou morte, confiando no Seu poder e na graça do sustento de Deus. Ele é a Mão de Deus que nos ampara, por isso, não precisamos nos inquietar nem nos angustiar diante dos desafios. – Quem é Jesus para você?– Você costuma pensar antes de falar e de agir ou segue o impulso do seu coração? – Alguma vez você percebeu também que o Senhor não ficou nada satisfeito com o que você disse? – Você admite que passar por sofrimento e dificuldade é fato comum à nossa missão? - Você percebe quando fala o pensamento de Deus e quando fala o pensamento do mundo?

Helena Serpa

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