22 de Outubro - Terça - Evangelho - Lc 12,35-38
Felizes os
empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar.
Neste Evangelho,
Jesus nos faz um apelo à vigilância. “Que vossos rins estejam cingidos e as
lâmpadas acesas”. Os orientais usam roupas largas, precisando então, para o
trabalho, amarrá-las à cintura. Portanto, o sentido é a espera atenta e já
preparado para trabalhar. Lâmpadas acesas é a graça de Deus, na qual precisamos
sempre andar, pois não sabemos o dia nem a hora da chegada do Reino de Deus.
A redenção é
comparada com uma festa de casamento, na qual Jesus, como Deus, é o noivo e nós
a noiva. Mas este casamento (a redenção) só acontece concretamente para nós se
estivermos atentos e sempre preparados.
Na parábola, quando
o senhor bate na porta, não dá mais tempo de se preparar. O mesmo acontece
conosco: quando o Senhor Deus bater à nossa porta, não haverá mais tempo de nos
prepararmos. Daí a necessidade da vigilância constante, nas vinte e quatro
horas do dia, nos sete dias da semana, nos 365 dias do ano, sempre.
Isso não é fácil,
mas compensa, porque, se o Senhor nos encontrar preparados, a situação vai se
inverter: nós seremos os “senhores” e ele o servo nosso. “Ele mesmo vai
cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá”. Que coisa
bonita! Mostra que Jesus não está interessado em nada, a não ser na nossa
salvação. Como ele mesmo disse: “Quem é maior, o que está à mesa, ou aquele que
serve? Não é o que está à mesa? Eu estou no meio de vós como aquele que serve”
(Lc 22,27).
Existem até
religiões que dizem saber quando o Senhor virá, ou quando será o fim do mundo.
Mas Jesus disse várias vezes que ninguém tem condições de saber isso. O que
precisamos é atender ao seu apelo e viver sempre preparados.
Não podemos ficar
nem um minuto com a nossa lâmpada apagada, pois a qualquer momento poderá
acontecer a chegada do Reino de Deus. O nosso encontro com Deus acontece não só
na nossa morte, mas de muitas outras formas. A vida é cheia de momentos altos,
em que devemos dar um forte testemunho. E isso acontece de repente. Por isso
que os santos diziam: “Eu temo o Senhor que passa”. Ou “Quando Jesus passar eu
quero estar no meu lugar”.
A nossa vida futura
é muito mais importante que esta, por isso precisamos pensar um pouco nela e
viver sempre preparados.
A vigilância é
também atitude própria de quem ama. É a lâmpada acesa do amor que nunca se
apaga. Quantas mães, esposos e namorados passam o dia e a noite olhando pela
janela para ver se seu amado ou a sua amada está chegando! O nosso amor a Deus
vai nessa linha, e muito mais.
Havia, certa vez,
uma casa bonita, mas o quintal deixava muito a desejar. Era um terreno
abandonado, maltratado, oferecendo um aspecto desolador.
Numa manhã de
feriado, o marido, sem ter o que fazer, pensou: Já que minha esposa foi visitar
seus pais, eu vou melhorar esse quintal. Pegou a enxada, cavou fundo, revirou a
terra, quebrou os torrões, misturou com adubo... No dia seguinte, ao voltar do
trabalho, traria sementes de verduras e estaria pronta a horta.
A esposa voltou à
noite e nada viu. Mas no outro dia cedo, ao ver o terreno preparado, teve uma
idéia: plantar flores. Correu ao mercado, plantou sementes e as plantou. O
marido, por sua vez, plantou as sementes de verduras. Sem saber os planos um do
outro, ficaram esperando os resultados.
Quando as verduras
começaram a pintar de verde a terra, apareceram os pesinhos de flor. O marido
pensou ser uma praga, por isso arrancou tudo. Com igual raciocínio, a mulher
arrancou as verduras. E continuaram esperando... mas nada!
No lar em que o
casal não tem diálogo acontece isso de muitas formas diferentes, principalmente
na educação dos filhos. O que um faz o outro tira, dando tudo errado. E o
prejuízo é muito maior que perder umas sementes.
O amor matrimonial
é como uma plantinha, que deve ser regada todos os dias pela oração e pelo
diálogo. Que o Senhor não nos pegue de surpresa!
Maria Santíssima
era vigilante; ela tinha a atenção amorosa de quem se prepara para o encontro
com um grande amor. Por isso, no fim de sua vida terrena nem precisou morrer e
já passou direto para a convivência com a Santíssima Trindade, já que ela é
filha de Deus Pai, esposa de Deus Espírito Santo e mãe de Deus Filho. Vamos
pedir a Maria que nos ajude a ser vigilantes.
Felizes os
empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar.
Padre Queiroz
Muito gratificante saber que existem coisas boas que podem ser lidas a qualquer hora.
ResponderExcluirOs evangelhos da semana passada ensinaram os fariseus, mas nem todos ouviram.
Quero estar bem atento quanto as censuras, para não cometer os mesmos erros.
Que Deus o abençoe e nossa senhora te proteja.
Abraço
João Carlos Teodoro
Comunidade Sto. Afonso Paróquia São Geraldo SBC-SP