30 de Outubro - Quarta - Evangelho - Lc 13,22-30
Fazei todo esforço
possível para entrar pela porta estreita.
Neste Evangelho,
alguém pergunta a Jesus sobre o número dos que se salvam. Na resposta, Jesus
vai ao mais importante, que são as exigências para se salvar. É preciso esforço
e uma vida austera, simbolizada pela porta estreita.
A salvação depende
da nossa vontade, uma vez que Deus dá a todos as graças suficientes para que se
salvem. Mas precisamos colaborar e fazer a nossa parte, o que não é fácil. O
Reino de Deus não é para os acomodados ou covardes, mas para os esforçados e
corajosos.
Precisamos lutar
contra os desejos imoderados, e os nossos instintos, que nos puxam para o mal,
pois a nossa natureza foi ferida pelo pecado.
Precisamos lutar
contra o egoísmo, que bate de frente com o mandamento do amor. Lutar contra o
comodismo, vivendo como se o céu já fosse aqui na terra. Tudo isso é “porta
larga”, que não conduz à salvação.
“Então começareis a
dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti...’ Ele, porém, responderá: ‘Não sei
de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!’”
A prática da
justiça é fundamental para se salvar. A virtude da justiça consiste em
respeitar o direito dos outros, dando a cada um aquilo que é seu. Não adianta
comermos e bebermos diante de Jesus, nem ouvi-lo nas praças, se não somos
justos, honestos e verdadeiros, e se não cumprimos os nossos deveres. Esta é a
porta estreita que nos leva ao Céu.
A vida cristã é
realmente uma porta estreita. Por exemplo, as suas leis sobre o casamento, o
uso do sexo, o perdão, o amor aos inimigos, a ajuda aos que precisam, a
partilha dos bens com os necessitados... Não é fácil praticar a justiça e a
honestidade, vivendo em um mundo que segue o caminho contrário.
Viver em
Comunidade, junto com pessoas às vezes difíceis e complicadas, é também uma
porta estreita.
Há pessoas que,
atendendo ao apelo da Santa Igreja, tornam-se “discípulas e missionárias de
Jesus Cristo, para que as pessoas tenham mais vida nele.”
“Há últimos que
serão primeiros e primeiros que serão últimos”. Vamos “entrar pela porta
estreita”, a fim de não termos decepções mais tarde.
Edel Quim nasceu na
Irlanda, no começo do Séc. XX. Era uma garota muito bonita.
Desde que fez a
primeira comunhão, ela recebia freqüentemente a Eucaristia. Ainda bem jovem,
entrou na Legião de Maria, onde caminhou a passos largos na fé e na santidade.
Apesar de cobiçada
por muitos rapazes, Edel decidiu não se casar, a fim de se dedicar tempo
integral à Legião de Maria.
Em 1936, quando
tinha 29 anos, Edel foi enviada para a África, a fim de difundir por lá a
Legião de Maria. Conseguiu implantar o movimento em seis Países africanos:
Quênia, Tanganica, Uganda, Niassalândia, Zanzibar e na ilha Maurícia.
Depois de dez anos
na África, quando se preparava para iniciar a Legião em Nairobi, Edel contraiu
a Tuberculose, que naquele tempo não tinha cura. Mesmo doente, a sua alegria e
o seu entusiasmo não diminuíram.
Após sua morte, os
legionários do Kênia foram a Nairobi e, com muita facilidade, implantaram a
Legião naquele País.
Podemos dizer que
Edel Quim assemelhou-se muito a Jesus, dando também a vida pelos irmãos.
Aconteceu com ela o que Jesus disse: “Quem me come viverá por mim”.
Ela imitou também a
Mãe de Jesus, já que o seu grupo chama-se Legião de Maria. Maria Santíssima e
Edel Quim, rogai por nós!
Fazei todo esforço
possível para entrar pela porta estreita.
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