Dia: 19/02/2013
Mt 6,7-15
Bom dia!
Esses dias ficou enfatizado a
importância do Jejum, hoje falaremos da oração.
Comecemos pela primeira leitura de hoje
:
“(…) Isto diz o Senhor: assim como a
chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e
fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a
alimentação, assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim
vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos
que pretendi, ao enviá-la. (Isaias 55, 10-11)
Como rezar? Como saber se nossa prece
chegou ao Senhor? Como saber? Saibam que esse é um dos maiores dilemas dos
cristãos. Sabemos que Ele nos ouve e que suas palavras não voltam sem cumprir
seu destino, mas não sabemos se o tocamos. Como suprimir essa angustia?
Nossa humanidade requer respostas.
Viramos o volante, esperamos que o carro mude de direção; pisamos no freio,
esperamos que pare; compramos um bilhete de rifa, esperamos pelo menos saber o
número sorteado. Precisamos dessa alimentação, que chamam de feedback para
saber se a atitude que tomamos correspondeu ao desejado. Importante salientar:
tudo isso faz parte de um conjunto de atos instintivos, primitivos e bem
normais.
Um bebê chora esperando assim chamar
atenção para algo; uma criança rola no chão esperando a mesma coisa; rezamos
esperando ser ouvidos… Será que somos ouvidos?
É claro que sim! Mas essa angústia é tão
remota que os mais antigos queimavam suas ofertas, imaginando assim, ao ver a
fumaça subir ao seu, levava consigo as suas preces. A fumaça era um sinal
visível da oração. Ela reforçava a sua fé. Ela ainda é muito usada ainda hoje
só que na forma de incenso, mas em nossas orações diárias não vemos fumaça
(graças a Deus! risos), mas então o que nos faz ter a certeza que elas chegaram
a Deus? Uma resposta simples – A fé!!
Jesus nos deu a matiz de todas as
orações – O Pai Nosso – partindo dela saem e originam as outras orações.
Decoradas ou espontâneas o que as diferencia é a fé de quem as proclama. Celina
Borges sintetizou numa canção como devemos evocar a Deus em nossa oração:
“(…) Vou te buscar com todo o meu
coração. E além do véu te encontrar. Face a face te ver, te tocar te sentir. E
dizer tudo aquilo, que eu tenho em mim. Hoje eu vou tocar no Senhor, COM MINHA
FÉ, VOU RASGAR O CÉU COM A MINHA ORAÇÃO E te ver face a face”. (Hoje eu vou
tocar no Senhor – Celina Borges)
A oração é uma busca por Deus. É não se
contentar de vê-lo passar sem o tocá-LO. Portanto O FOCO DA ORAÇÃO NÃO É O
PEDIDO OU O QUE É VISÍVEL E SIM A CONVERSA.
O Apostolo Paulo alertava que não
sabemos pedir e em virtude disso o Espírito Santo vem para pedir por nós
(Romanos 8, 26). Esse mesmo Espírito faz-se agitar pela fé, confiança esta que
fez o cego saber que Jesus passava por ali mesmo sem vê-lo ou quando moveu a
mulher que sofria de Hemorragia a enfrentar as cotoveladas e empurrões da
multidão para pelo menos tocar a orla de seu manto.
Saiba que a oração termina, mas a
amizade não! Ele não é um Deus injusto ou insensível (Romanos 6, 10);
precisamos ter paciência, não precisamos ver a fumaça, os sinais, os milagres…
A confiança daqueles que crêem esta, como diz o Dunga da Canção Nova, em se
aproximar corajosamente do Trono de Graça.
“(…) Nenhuma criatura lhe é invisível.
Tudo é nu e descoberto aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.
Temos, portanto, um grande Sumo Sacerdote que penetrou nos céus, Jesus, Filho
de Deus. Conservemos firme a nossa fé. Porque não temos nele um pontífice
incapaz de compadecer-se das nossas fraquezas. Ao contrário, passou pelas
mesmas provações que nós, com exceção do pecado. Aproximemo-nos, pois,
confiadamente do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar a graça
de um auxílio oportuno”. (Hebreus 4, 13-16)
Como já afirmei o PAI NOSSO é a matiz
das orações, mas ele muda de acordo com a fé de quem reza. Vamos tentar
novamente?
Pai Nosso que estais no céu…
Um imenso abraço fraterno!
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