Sexta feira 08.02.2013
Marcos 6,14-29
Todos se
perguntavam quem seria aquele no qual os “poderes agem” e ninguém conseguia
identificar Jesus como o enviado de Deus. Seria Ele, Elias? Seria João Batista?
Herodes confundia Jesus com João Batista, a quem mandara matar. O remorso
talvez lhe tirasse a capacidade de enxergar a verdade. Apesar de continuar no
pecado, Herodes gostava de escutar João Batista, porém na sua fraqueza, na sua
miséria ele não seguia os seus conselhos e por isso, foi até as últimas
consequências. Nós também só gostamos de escutar o que nos agrada. A Palavra de
Deus que alguém nos ensina, preenche o nosso coração até o momento em que ela
coincide com os nossos interesses.
Quando a Palavra
vem de encontro à nossa mentalidade, nós a matamos, a deixamos de lado e
simplesmente a ignoramos. Sofremos, pois, as consequências e não vivemos em
paz. A pessoa de Jesus ainda hoje é manipulada de acordo com os interesses e os
temores. Fazemos de Jesus um fantasma a mercê da nossa imaginação. Uns, achamos
que Ele veio para nos condenar por causa das nossas culpas, outros ainda
achamos que Ele foi apenas um homem bom que veio aqui para nos dar bons
exemplos. E a maioria de nós não confia verdadeiramente que Ele é o Filho de
Deus que tem poder para nos livrar de toda e qualquer situação em que nos
encontremos. Nós confundimos a imagem de Jesus com a nossa própria imagem e
medimos a Sua capacidade de acordo com a nossa fraqueza e debilidade.
Algumas vezes também nós agimos como Herodes:
para sustentar a palavra empenhada nós chegamos até a mandar cortar a cabeça de
pessoas, porque elas nos atrapalham. Cortar a cabeça de alguém poderá ser
também, tirar a pessoa da nossa vista, cortar relações, cortar a vez, tirar as
pretensões de alguém ou fazê-lo desaparecer para ficar livre. Queremos ver
realizados os nossos projetos e para isso, fazemos qualquer coisa. Cometemos
crimes dos quais levamos o peso na consciência, e, por isso, caímos no medo.
Dessa forma, a figura daquela pessoa nunca sai do nosso pensamento e ela
torna-se para nós um pesadelo, nós a vemos em tudo. Jesus tem uma identidade
própria. Ele é o nosso Salvador e ressuscitou para que tenhamos uma vida nova,
coerente com a nossa dignidade de filhos e filhas de Deus. Portanto, não
podemos mais nos confundir quando nos perguntarem quem Ele é. Reflita – Quem é
Jesus para você: Salvador ou algoz? – Você tem a consciência pesada por alguma
cabeça que você mandou cortar? – Há alguém que atrapalha os seus planos? – O
que você deseja para ele? – Qual é a sua reação quando alguém lhe adverte e
mostra o seu pecado? – Você acolhe de coração toda a mensagem da Palavra de
Deus, mesmo quando vem de encontro ao seu modo de enxergar as coisas? O que não
lhe agrada?
Amém
Abraço
carinhoso
- Maria Regina
E você tem sido Herodes ou João Batista?
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