Sábado 02.03.201
Lucas 15,1-3.11-32
Esta
parábola nos leva a refletir na nossa condição de filhos e filhas de Deus os
quais temos à nossa disposição fartura de alimento para saciar a nossa fome de
felicidade e, no entanto, nos apossamos de uma falsa liberdade que nos
impulsiona a procurar no mundo a mesma comida que os “porcos comem”.
Erroneamente, nós achamos que o Pai quer ter conosco uma relação de patrão e
empregado e não percebemos que Ele põe ao nosso alcance, a todo o momento, a
nossa herança para que possamos usufruí-la de uma maneira que nos faça
desfrutar a vida e ser feliz.
Nós, porém, queremos a nossa parte como se
fosse um salário que apenas serve para comprar coisas que não têm serventia e
que alimentam exclusivamente os desejos da nossa humanidade. E, se arrependidos
pensamos em voltar também achamos que seremos recebidos como um empregado que
regressa acabrunhado sem direito nenhum, para somente receber um prato de
comida. Jesus nos dá uma demonstração de como é a mentalidade de Deus. O Pai
sempre sente compaixão pelo filho que se arrepende. O processo da volta começa
com o arrependimento. Quando nos afastamos de Deus querendo ser dono da nossa
vida desejando ter “liberdade” para viver sem restrições e fazer o que nos dá
na telha, sofremos as consequências. Há um momento em que nos sentimos
perdidos, afundados na lama, famintos e humilhados.
O Pai nos
espera! Podemos voltar! Ele nos receberá, porém precisamos estar arrependidos e
humildes, sem razões e justificativas para que o perdão realmente aconteça e
faça sentido para nós. Quem não se arrepende não precisa ser perdoado. Às vezes
nós somos o filho mais velho que não compreende o porquê da misericórdia de
Deus para com os pecadores.
Vivemos na casa de Deus como hóspede que não
se sente à vontade nem se acha com livre-arbítrio de provar de tudo que o Pai
põe ao seu dispor. E quando retorna o “filho pródigo”, nós não também, não
compreendemos a compaixão que o Pai tem para com ele e queremos que Deus faça
tudo de acordo com a nossa “justiça” que é injusta. O Pai, porém quer colocar à
disposição de todos, igualmente, a herança que Ele nos destinou: a nossa
salvação. Reflita – Você já experimentou voltar para Deus arrependido e
humilhado? Como você se sentiu? – Quando você erra volta-se pra Deus com o
coração de filho ou de empregado ? –
Qual a diferença entre ser filho e ser empregado? – Você acha que o filho mais
velho se comportou com a mentalidade de filho ou de empregado?
Amém
Abraço
carinhoso
- Maria Regina
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