-Morrer par si mesmo - Jo 12,24-26-José Salviano.

10 de Agosto de 2019

Evangelho – Jo  12,24-26

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Eles também precisam ser salvos.

 

Naquele tempo, disse Jesus a seus discipulos:
24Em verdade, em verdade vos digo:
Se o grão de trigo que cai na terra 
não morre,
ele continua só um grão de trigo;
mas se morre,
então produz muito fruto.
25Quem se apega à sua vida,
perde-a;
mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo
conservá-la-á para a vida eterna.
26Se alguém me quer servir,
siga-me,
e onde eu estou
estará também o meu servo.
Se alguém me serve,
meu Pai o honrará".
Palavra da Salvação.

 

O grão de trigo, de feijão, de milho enterrado no solo, ele morrerá para dar vida a uma planta  bonita que irá produzir outros frutos, outros grãos.

Aquela mãe que ficava noites e noites sem dormir com a doença do seu filho pequeno,  a mãe pobre que deixava de comer para dar a comida ao sua filhinha que chorava com fome, o sacerdote que negou os seus instintos para servir ao Reino, tudo isso é MORRER PARA SI MESMO,  como o grão de trigo que  morreu para dar vida a outra planta.

Como sempre, Jesus tirava exemplos da vida daquele povo, que tinha como base econômica a agricultura e a pecuária. Isso para que o povo entendesse melhor  a sua catequese. Do mesmo modo, nós também podemos  usar exemplos do nosso dia a dia para explicar as passagens do Evangelho.

Para que possamos fazer um bom trabalho de evangelização, nós precisamos morrer para nós mesmos. Precisamos abandonar certas diversões, certos hábitos de vida, e até mesmo certas amizades que poderão nos atrapalhar. Não se trata de faltar com o amor ao próximo, mas sim, de se prevenir das más companhias.

Aquela mãe que deu tudo de si para salvar a vida do seu filho, descuidou da sua aparência, e hoje está só, pois foi abandonada pelo seu marido, o qual se encantou por uma outra mulher que ele disse que era muito mais bonita. Na verdade, a sua verdadeira esposa, era mais bonita, só que não tinha tempo de se cuidar, e sua beleza não se realçava. Além disso, ela era muito mais virtuosa do que a outra. Porém, a sua solidão será recompensada por Deus. Ao passo que o seu marido que fez algo não agradável aos olhos de Deus, irá pagar por isso.  Pois  quem se apega a sua vida, perde-a.  Mais quem não faz conta de sua vida neste mundo,  há de guardá-la para a vida eterna. Disse Jesus.

Quando servimos a Deus seja ajudando ou cuidando do irmão, ou da irmã, do filho, seja nos dedicando ao serviço do Reino, seremos dignificados por Deus.  Se alguém me serve, o meu Pai o honrará.

Esta parábola do grão de trigo jogado na terra, é muito parecido com a fecundação. Seja no ser humano, seja no reino animal.  É por isso que dizemos que a terra é mãe. É dela que nos vem os alimentos, os frutos, grãos e cereais necessários à nossa subsistência.  Por isso dizemos: Terra mãe!

Quando se fala em morrer para si mesmo, é preciso entender que Jesus não nos pede para odiar a vida, ou mesmo prejudicá-la. Mas sim, Ele nos pede para que rejeitemos um estilho de vida baseada nos padrões  do mundo.  Trata-se de perder aqui, para se ganha lá, na vida eterna.

Este Evangelho nos conduz  a uma outra reflexão muito importante.  Ela nos conduz a refletir, a pensar no poder  misterioso da semente. No poder divino por trás da germinação, a partir da terra, da água, do adubo e da luz e calor do Sol. Assim, é gerada a vida, pelo poder do Criador, aquele que cuida de nós, mesmo os mais injustos dos homens.  Ele manda a chuva e o Sol para todos indistintamente das suas virtudes e das suas maldades.

Este é o amor de Deus transformado em acontecimentos, para nos manter vivos, nos preparando para a vida eterna.

 

 

Fica com Deus. José Salviano.