FESTA DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
18 de Agosto
Evangelho – Lc 1,39-56
Ap 11,19a; 12,1.3-6a.10ab;
Sl 45;1Cor 15, 20-27a
-ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA - Lc 1,39-56-José Salviano.
Hoje nós celebramos a solenidade
da Assunção de Maria em corpo e alma aos Céus. E foi pela Constituição
Apostólica Munificentíssimus Deus, de 1 de novembro de 1950,
que o papa Pio XII proclamou a Assunção da Virgem Maria como dogma de
fé. Porém é bom lembrar que a devoção em homenagem a Nossa
Senhora Assunta aos Céus já existia bem antes da proclamação desse dogma. E o
ponto mais alto dessas devoções, ocorreu na Idade Média, sendo na França o
principal palco das devoções marianas, principalmente da sua Assunção. O
reconhecimento popular daquela que abrigou por nove meses o Filho de Deus e em
seguida o entregou ao mundo, foi algo muito marcante na Europa medieval,
principalmente entre os franceses.
Maria cheia da graça de Deus, a mais feliz de todas as mulheres do mundo, até o
momento em que viu o bendito fruto do teu ventre crucificado por nossos
pecados. Essa é uma história de dupla entrega, uma história do mais puro
amor que mostra a fusão entre o divino e o humano na pessoa daquela jovem pura,
para realizar o plano de Deus de salvar a humanidade inteira.
Lamentavelmente nem todos os homens e
mulheres da humanidade aceitaram a pessoa de Maria Virgem e Mãe puríssima do
Filho de Deus pela força do Espírito Santo. Nem todos os humanos a reconheceram
como a mãe de Deus! Fato lamentável que aconteceu e acontece com os
participantes de outra religião não criada por Jesus, mas sim por um homem.
Nós, os católicos, festejamos a pessoa de Maria, porque reconhecemos
n'ela a mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho unigênito, que provou
ser o próprio Deus, através de mais de mil milagres, sendo que somente 51 deles
estão registrados nos Evangelhos.
A figura de Maria incomoda muito alguns dos nossos irmãos separados na fé, os
quais têm por ela verdadeira aversão, para não dizer, ódio. Como podemos
ser salvos pelo Filho se rejeitamos e não reconhecemos a sua mãe?
Meus irmãos. Quando nós incomodamos, devemos ficar felizes por que estamos
atingindo o objetivo. Percebo que às vezes eu incomodo alguns leitores,
quando boto o dedo em certas feridas. Como: Celibato x pedofilia, mãe solteira,
redução da maioridade penal, entre outras coisas que não deveriam estar
acontecendo em nossa sociedade, mas, infelizmente estão aí. E por
fazermos vistas grosas diante de tais fatos é que eles estão aumentando.
Não podemos fechar os olhos diante dessa realidade! Por que na qualidade
de imitadores de Cristo, temos de denunciar as imperfeições sociais, mesmo que
isso não agrade a alguns. Foi o que Jesus fez com os erros dos líderes
judaicos, enfrentando-os sem nenhum medo: "Fariseus
hipócritas" "Sepulcros caiados"...
E é importante deixar claro, que
denunciar o erro não tem nada a ver com discriminação. Jesus odiava o
erro, o pecado. Mais amava aqueles que erravam, ao ponto de perdoá-los publicamente,
como foi o caso daquela mulher, que conhecemos pelo nome de Madalena, que
jogaram em seus pés, por ser pega em flagrante de adultério. Discriminar,
é uma coisa, denunciar é outra.
Maria, mãe imaculada, exemplo de castidade e de obediência a Deus, é o nosso
espelho da pura vivência na fé.
Nós temos de nos apegar a ela, a Mãe puríssima, Mãe castíssima, Mãe
imaculada, para que nos ajude intercedendo junto ao seu Filho como no dia do
seu primeiro milagre em Caná, para que tenhamos forças para viver diante de
Jesus em estado de graça, em plena castidade. Porque o mundo que aí está faz de
tudo para que sejamos promíscuos, pedófilos, violentos, desonestos, impuros...
Você já reparou que os filmes nos dão a impressão que a sociedade não pensa em
outra coisa senão no prazer sexual. Por que os personagens ou estão fazendo
sexo, ou estão se preparando para isso, ou estão falando sobre esse assunto.
Você já reparou nisso? Toda essa enxurrada em cima da cabecinha de nossos
jovens, os faz pensar que isso é algo normal e sem a menor consequência, isso
os faz desistir de qualquer proposta que lhes fazemos a respeito do Reino de
Deus!
Maria é como a lua, ela não tem brilho próprio, mas nos reflete o brilho da luz
de Jesus. Maria é aquela que intercede por nós junto a seu Filho e este
intercede por nós junto ao Pai...
Jesus se fez homem para sentir na pele os nossos problemas, porém, Maria, não
se fez, ela era humana. E assim, como qualquer um de nós, ela é capaz de sentir
as nossas dores, nossos sofrimentos com a mesma intensidade que nós.
É claro que Jesus, enquanto homem, pode viver a nossa realidade, porém o
seu lado divino estava sempre presente, o resgatando nas horas difíceis, como
nas tentações do deserto, por exemplo. Não estamos desmerecendo a capacidade de
Cristo assumir a nossa dura realidade, porém, na verdade, Maria já era uma de
nós, de carne e osso, sem nenhum lado divino.
Santa Maria mãe de Deus, rogai por nós e por todos aqueles que não te
reconhecem como a Mãe do Salvador!
Tenha um santo domingo. José Salviano
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