REFLEXÃO
DO EVANGELHO DO DIA 29/08/2019
-Marcos
6,17-29
MARTÍRIO
DE JOÃO BATISTA
Anunciar
a Palavra de Deus aos irmãos, sempre foi uma tarefa difícil, principalmente no
mundo em que vivemos, pois temos que denunciar o erro e anunciar a verdade. Mas
é tarefa de todos nós.
Vivemos,
hoje, um tempo privilegiado na Igreja. Tempo de movimentos religiosos que têm
trazido benefícios à religião. Por toda parte está havendo retomada de consciência.
Cada um vai assumindo o seu papel. Cresce sempre mais o sentido de comunidade.
Vamos descobrindo o que significa ser povo de Deus.
O Povo de Deus é composto pela hierarquia; o clero, e pelos leigos: os cristãos
em geral. Tanto os membros da hierarquia, como os que não fazem parte dela,
todos são, de um mesmo modo, Povo de Deus.
Bispos, padres e leigos receberam um mesmo batismo. Todos, por esse mesmo
batismo, foram chamados por Cristo. Responsabilizados em uma só obra: a obra do
Reino.
Os dons de Deus são derramados sobre todo Povo. A edificação do Corpo de Cristo
é obra comum de todo o Povo de Deus. E para isso todos recebem as graças
necessárias.
Quem zela pela Igreja, zela por si mesmo. Cada um tem uma tarefa. Por
pequena que ela seja, diante de Deus, cada serviço é importante. Nada é pequeno
no Reino de Cristo. Tudo tem sentido: o sábio e o analfabeto, o rico e o pobre.
Todos têm um serviço importante.
Existem os profetas de hoje: mais estamos falando não dos profetas, que
aparecem por aí, com adivinhações. Os profetas no qual falamos, são todos
aqueles que Cristo chama para seu serviço. Todos os chamados são
responsabilizados por suas funções. Os dons que recebemos acarretam para nós
grandes responsabilidades.
E ninguém é substituído por ninguém. A missão é de cada um. Se não a
faço, ninguém a faz. A responsabilidade é totalmente minha.
O profeta possui a missão que lhe foi dada por Deus. Profetas existiram.
Hoje existem profetas. E sempre haverá profetas. Deus nos criou e nos
valorizou. Deus quer que nosso aperfeiçoamento seja realizado através de nós
mesmos. Não podemos esperar de braços cruzados. A obra de Deus é nossa também.
Somos profetas do Reino de Deus.
Profetas são os que falam em nome de Deus. Os porta-vozes de Deus. É
através deles que Deus comunica sua mensagem. Ninguém deve esperar uma
comunicação extraordinária do céu. E, sim, ouvir o que dizem os profetas de
Deus neste mundo.
Deus, em sua a paciência eterna, levou muitos séculos preparando seu povo para
receber Seu Filho, o Messias. O nascimento de Jesus não se deu por acaso. E nem
de uma honra para outra. Muitos anos antes, já a Escritura falava dele.
Mesmo assim, Jesus nasce e não é percebido. Certamente que não iam pensar
que um Deus pudesse vir ao mundo daquele modo. Jesus passou, aos olhos de
todos, simplesmente, como o filho do carpinteiro.
O povo começa a se movimentar. Um pregador estranho anuncia a chegada do
Salvador. Ele diz que o Messias já está por aí. Bem aí no meio do povo.
Ele diz que é preciso preparar a chegada do Messias. Essa preparação não
consiste em festas. Gastos. Banda de música, etc. É questão de limpeza. Mas
limpeza do coração. Limpeza interna Trata-se de revisão de vida.
Este pregador estranho no qual estamos falando é João Batista, também era
profeta designado por Deus. Era profeta do Antigo e do Novo Testamento. Com a
presença DELE, fecha o Antigo Testamento, e abre o Novo Testamento.
João era chamado BATISTA, porque administrava um BATISMO de penitência.
A pregação de João durou alguns meses. Ele não fez milagres e nem
anúncios extraordinários, que pudessem atrair a curiosidade do povo.
E, no entanto o povo foi a ele. A pregação de João comoveu, porque ele vivia a
Mensagem que pregava. O batismo que ele pregava, era convite à mudança de vida.
Que cada um começasse em si mesmo a limpeza interior.
A chegada de Cristo não seria preparada com uma conversa, mas com ação.
Por isso ele levava seus ouvintes arrependidos a entrarem dentro dágua. Assim o
penitente se sentia mais comovido. A pregação assim lhe falava mais claro.
O batismo, ou entrada na água, tem dois sentidos: o de morrer ao pecado e
o de reviver para Deus.
Os ouvintes de João eram convidados a tomar um proposito: começar dali
para frente, uma vida nova. Uma vida mais justa. Este propósito deveria nascer
de um arrependimento profundo de todo mal praticado.
A sua pregação foi dirigida no deserto. Mas não era só no deserto "
área" pois não tem sentido pregar num lugar que não tem gente, o
povo ia até Ele. Ainda bem que nem tudo era deserto. Havia quem escutasse
a voz do profeta. Muita gente se arrependia e fazia penitência. E foram muitos
que receberam o batismo do arrependimento. Muitos se purificavam na água do
Jordão. Não apenas no corpo. Por isso, eles começavam dali uma vida totalmente
nova. Uma purificação por dentro.
João era parente de Jesus. João e Jesus tiveram um encontro antes de nascerem.
Maria, prima de Izabel, foi a casa dela e dirigiu-lhe a saudação. "Ora,
apenas Izabel ouviu a saudação de Maria, a criança saltou no seu seio; e Izabel
ficou cheia do Espírito Santo ".
João batizava mais estava convencido de que seu batismo era puro simbolismo.
Ele sabia que seu batismo era passageiro. Que seu único efeito era o de
convidar o povo à conversão. João não tirou partido das circunstâncias em seu
favor. Não escondeu a verdade. Falou tudo como era.
Meus irmãos(a) Celebramos hoje o martírio deste grande homem. Primo e
precursor de Jesus. Ele se destacou como homem íntegro, honesto, singelo
e autêntico. Não suportava a imortalidade e a mentira. Dedicou sua vida a
anunciar a presença de Jesus, o Salvador.
No texto do Evangelho de hoje que a liturgia nos convida a refletir,
vemos que João não teve medo de enfrentar o rei Herodes, cujo comportamento
moral deixava a desejar. Estava com 31 anos quando foi degolado. Sua cabeça,
colocada numa bandeja, foi entregue à amante de Herodes. Mas João Batista vive
no céu e continua dizendo à humanidade: "Convertei-vos e crede no
Evangelho..."
PERMANECEMOS
NA SANTA PAZ DE DEUS !
Adélio
Francisco.
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