Domingo, 11 de agosto de 2019.
Evangelho de São Lucas 12, 32-48.
A liturgia desse domingo nos alerta para a vigilância e para o
serviço, guiando o nosso coração para Deus, cujo Reino é o nosso verdadeiro e
inesgotável tesouro.
Jesus confiou o Reino de Deus aos seus discípulos, os quais Ele
compara a um pequeno rebanho. Jesus aconselha viver os valores do Reino que são
o amor, a justiça, a partilha, a fraternidade, o perdão, a união, a paz... Esse
é um tesouro que o ladrão não rouba e a traça não destrói. É um tesouro que nos
levará para o céu. Viver os valores do Reino de Deus é possuir um tesouro
inesgotável e seguro, diferente do tesouro de bens materiais, que se não for
usado em benefício dos irmãos, da comunidade, não levará ao céu e sem valor aos
olhos de Deus. Por isso Jesus diz: “onde estiver o seu tesouro, aí estará o seu
coração”. A qual tesouro você dá valor?
O
verdadeiro tesouro que não será tirado é o Reino dos céus, por isso Jesus convida seus
discípulos à vigilância e ensina-os por meio de parábolas, que são pequenas
histórias tiradas da vida cotidiana do povo, que é preciso vigiar, estar de
prontidão porque ninguém sabe a hora que o dono da casa vai chegar e nem quando
o ladrão vem para saquear.
No tempo de Jesus os judeus
usavam a túnica e o manto, eram roupas largas e amplas. Para trabalhar ou
quando caminhavam costumavam prender as vestes com um cinto comprido e largo
para terem melhor desempenho, ou seja, para que a túnica não atrapalhasse ao
andar. A túnica solta indicava que o serviço estava pronto, indica descanso.
Por isso Jesus diz para estarem com os rins cingidos, isto é, de prontidão, com
o cinto amarrado e as lâmpadas acesas, prontos e vigilantes para desempenharem
seu serviço. É assim que deve estar os seguidores de Jesus, pronto para o
trabalho, de prontidão para servir.
Havia o costume antigo dos empregados ficarem esperando o patrão, a
noite com as lâmpadas acesas, para que quando ele chegasse, estivessem prontos
para abrir a porta, recebê-lo e servi-lo. Se não estivessem de túnica arrumada
e com as lâmpadas acesas, não poderiam ir logo abrir a porta, causando
aborrecimento ao patrão. Os empregados não sabem a hora que o patrão vai chegar
da festa. Não importa a hora, o que importa é estar de prontidão esperando seu
patrão para bem servi-lo.
Com essa parábola Jesus quer ensinar a seus discípulos que todos
devem estar preparados para receber o Senhor, que vem para o julgamento. Devem
estar sempre preparados, revestidos da paz, que vem do alto, glorificando e
louvando sempre a Deus. Preparados para assumir a vontade de Deus sempre que
ela se manifeste.
Essa parábola se refere à hora da morte, pois ninguém sabe a hora
que vai partir desse mundo. Por isso é preciso estar vigilante e preparado para
esperar o Senhor que vem. Cada um de nós
deverá receber o Senhor e prestar-lhe contas de nossos dias, como tem sido a
nossa vida, assim como os empregados da parábola, não sabemos a hora em que o
patrão virá.
Jesus nos aconselha praticar as virtudes, não nos deixar levar
pelas coisas do mundo que nos atrapalham viver os valores do Reino de Deus
como: as paixões, as ocasiões de pecado, o comodismo, o orgulho, a vontade
própria, o egoísmo... Jesus ainda fala do ladrão que sempre chega de surpresa,
quando menos esperamos. Por isso, toda vigilância é necessária. A morte sempre
chega de surpresa, portanto só nos resta vivermos preparados e vigilantes.
A vigilância cristã deve ser atitude constante, rotineira. Devemos
ocupar o nosso tempo com qualidade. Viver sempre com equilíbrio, buscando
cumprir bem os próprios deveres, nossos gestos e ações deve fazer bem a nós e
ao próximo, precisam ser gestos de amor. É necessário vivermos o momento
presente com consciência, que é o tempo que temos para realizar a vontade e
ensinamentos de Jesus. A hora de amar é agora, de perdoar, de ser responsável,
de ser justo, fraterno, de valorizarmos o próximo. Aproveitemos, pois, o nosso
tempo gastando-o com os valores do Reino de Deus.
Jesus confiou a todos nós responsabilidades, temos que ser fieis e
prudentes, servidores do Reino, a exemplo do Senhor que serviu até a morte. Precisamos
ser no mundo a sinalização viva de que as riquezas materiais se consomem e
acabam, mas que os bens vindos do Senhor aumentam mais, à medida que são
partilhados e oferecidos.
Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes
Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo, Adélio Francisco) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo continue iluminando a todos. Abraços fraternos.
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