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quarta-feira, 21 de agosto de 2019

“... E OS PRIMEIROS SERÃO OS ÚLTIMOS.” – Olivia Coutinho



Dia 21 de Agosto de 2019

Evangelho de Mt20,1-16ª

O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, vem nos falar, através de uma longa parábola, da  generosidade do Pai, do seu amor igualitário para com todos! Nesta parábola, o patrão simboliza o Pai, a Vinha, o Reino de Deus, e os trabalhadores contratados pelo o patrão, somos nós. Provavelmente, o que levou Jesus a contar esta parábola, tenha sido o ciúme dos discípulos, que sentiam incomodados, com o seu acolhimento aos pagãos. Os primeiros seguidores de Jesus, tinham muitas dificuldades em aceitar os pagãos em pé de igualdade com eles diante de Jesus. Tanto os discípulos, quanto os  judeus, que passaram a seguir Jesus, desaprovavam a proximidade de Jesus com os pagãos, o povo estrangeiro. 
Por ter sido o povo escolhido para receber o Messias, os judeus, reivindicavam exclusividade, não se dando conta, de que ser os primeiros a receberem  o Messias, não significava privilegio, e sim, maior responsabilidade, pois seriam, eles, os encarregados de tornar Jesus conhecido no mundo! Excluídos pelos os judeus, os pagãos, encontravam muitas dificuldades para chegar até Jesus, pois os discípulos, querendo reter Jesus só para eles tentavam impedir esta proximidade,  sem sucesso, pois Jesus, acolhia a todos.
É bom lembrarmos: os maiores testemunhos de fé, partiram deste povo, os pagãos, como a mulher Cananéia, o soldado romano e tantos ouros. Este povo excluído, sem identidade, representa os últimos a conhecerem a proposta de Jesus, mas os primeiros a colocá-las em prática. Na parábola, estes, são simbolizados pelos os últimos a serem contratados para trabalhar na vinha, e classificados por Jesus, como os primeiros.
Esta parábola chama a nossa atenção, sobre a importância da igualdade entre irmãos! Ninguém deve se considerar maior, com mais direito do que o outro, pois para Deus, todos são iguais, Deus ama todos por igual, independente do seu credo, da sua nacionalidade, da sua condição social. A parábola deixa claro, a diferença entra a justiça de Deus, e a justiça dos homens. No Reino de Deus, todos têm os mesmos direitos, independente do tempo de serviços prestados!
Como operários mais antigos da vinha do Senhor, não temos o direito de reivindicar privilégios, pelo o contrário, devemos privilegiar acolher com carinho, os novos trabalhadores que vão se somando a nós, e a tantos outros, no cultivo da vinha!
Todos nós, somos convidados a trabalhar na Vinha do Senhor, uns acolhe este chamado no alvorecer de sua vida, isto é, no auge da sua juventude, outros, já mais maduros, e outros ainda, na idade avançada. O importante para o dono da vinha, (Deus) não é quando acontece a sua adesão, e sim a resposta que se dá ao seu chamado, que pode acontecer, até mesmo, nos últimos momentos de sua vida. Muitos irmãos, tem muito a oferecer, no cultivo desta  vinha, mais ainda vagueiam por aí, ao invés de barreira, sejamos caminho, para que estes irmãos, encontrem trabalho na vinha do Senhor, onde todos tem salário justo, e ninguém é demitido, onde a recompensa, é igual para todos: um lugar reservado na casa do Pai! Para Deus, o que é creditado a nosso favor, não é o tempo trabalhado, e sim, o amor colocado naquilo que fazemos, afinal, tudo que temos, tudo que somos, nos foi dado por Deus! 
Nunca esqueçamos: Deus é um Pai amoroso, Ele está sempre pronto para nos acolher, sem considerar o nosso tempo de "casa" isto é, o tempo da nossa adesão a sua proposta de vida nova, anunciada por Jesus!
A Salvação é graça de Deus, não a alcançaremos por nossos méritos, e sim, pela a sua misericórdia! 
Onde se cultiva o amor fraternal, não há concorrência, não há inveja, ciúme, pois existe igualdade, um querer bem a todos.


FIQUE NA PAZ DE JESUS: Olivia Coutinho

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