REFLEXÃO
DO EVANGELHO DIA -04/11/2018
-Mt5,1-12a
DOMINGO-
SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS
Somos
criaturas de Deus que retornam ao Criador. A certa altura, Jesus Cristo nos
elevou à categoria de filhos de Deus. E é com olhos de filhos que contemplamos
hoje a cidade santa do céu, habitada por milhões e milhões de homens e
mulheres, de todas as raças, línguas e tempos, que glorificam a Santíssima
Trindade e gozam da mais perfeita e íntima comunhão de amor e vida divina com o
Senhor. É uma festa de louvor e de esperança. De louvor a Deus que, aceitando-nos
como filhos e filhas, nos tornou herdeiros do céu, da bem-aventurança
eterna. De esperança, porque, apesar das tentações, dificuldades e
pecados da vida terrena, temos um destino eterno.
Celebramos os nossos santos, mas celebramos também seu caminho à
santidade, que é o mesmo caminho que percorremos nós. Estamos na mesma
estrada e isso nos enche de confiança, alegria e coragem.
O Evangelho da liturgia deste domingo nos propõe as
bem-aventuranças proferida por Jesus ao abrir o Sermão da Montanha. Elas são,
por um lado, o retrato de Jesus. Por outro, um ideal a nosso alcance. Um ideal
que não se mede por critérios humanos, mas pelos novos critérios divinos com os
quais se avaliam as coisas e os fatos do Reino de Deus. Por isso mesmo, por
mais concretas e atuais que sejam as bem-aventuranças, só serão alcançáveis
pelos que crêem na pessoa e na mensagem de Jesus. Os santos creram e foram
capazes de medir sua vida por elas, ora se penitenciando para alcançar
outra.
A felicidade proposta por Jesus é diferente da felicidade imaginada por
muitos, que pensam ser felizes quando têm muito, ou quando se
livraram de contrariedades ou quando têm multidões a seus pés para servi-los. A
felicidade que Jesus prega envolve o passado, porque se enraíza na doutrina
que ele deixou; o presente, porque é dinâmica e exigente; é o futuro,
porque é base do Reino dos Céus, que começa aqui e plenifica-se na
eternidade.
As criaturas foram criadas para a felicidade, não para a desgraça.
Isso equivale a dizer que fomos criados para Deus e não para o inferno. O
desejo de felicidade dá-nos de entender que, iniciou antes do nascimento
das criaturas humanas e sempre continua. As bem-aventuranças proclamam a
felicidade perfeita que, com toda a certeza, não se radica em bens materiais e
glórias esfumadas. Felicidade que abarca em primeiro lugar a vida presente. A
plenitude da felicidade depende da vivência feliz nesse mundo, porque o Reino
dos Céus, começa e se constrói na vida presente. Jesus de Nazaré é o modelo de
quem viveu na terra a plenitude das Bem-aventuranças. Por isso é ele
também o modelo da felicidade eterna.
O discurso das Bem-aventuranças apresenta as contradições da vida. De
fato, encontramos e vivemos situações absurdas, mas reais: sucessos e
fracassos, fartura e fome, tristeza a alegria.
As palavras de Jesus no Evangelho que nos é apresentado,
concentram-se em torno do "porquê" da vida. Para que vivemos?
Qual é o fim do homem? Quais são as coisas essenciais de nossa vida?
Todos
nós necessitamos de uma meta na vida, de um valor supremo que possa dirigir a
nossa visão e a nossa ação no mundo. Enfim, o homem não é Deus, e só se sente
bem quando for ao seu encontro, buscando nele proteção confiança e solução para
os seus inúmeros problemas.
Para Jesus o acúmulo de riquezas não é o que importa, isso pode até
contrariar o destino humano. E as riquezas não consistem apenas em dinheiro,
mas também no poder, prestígio, fama, competições humanas, etc.
Ao contrário, Jesus nos exorta a reunir "tesouros nos céus",
tesouros que se identifiquem com os valores evangélicos, os quais ele proclama
no sermão da montanha.
"Bem-aventurados sereis quando os homens vos rejeitarem, insultarem vosso
Nome como infame, por causa do Filho do Homem." Há nesse relato uma
oposição entre pobres e ricos. De um lado temos os pobres, não só no sentido
financeiro, mas os que estão abertos para a graça que vem de Deus e são capazes
de partilhar o que possuem.
Nem toda a pobreza é relativa. Existe pobreza absoluta: não ter o que
comer, o que vestir, onde morar, não ter os meios mais elementares de
subsistência, não podendo participar dos bens da cultura, da vida social e
política.
Do outro lado, há uma crítica muito forte aos ricos, porque muitas vezes
se fecham no seu eu, no seu mundinho, o seu deus é o ter, o dinheiro, o poder
e, às vezes, oprimem os outros.
Na medida em que o Reino De Deus é graça, corresponde melhor à pobreza do
homem do que à sua riqueza.
Meus irmãos e irmãs. Jesus nos ensina a sermos cada vez mais simples, humildes,
sinceros. Esta linguagem nos torna aptos a divulgar no dia a dia o
comportamento de Jesus, no esforço de uma imitação concreta que reveste nossos
anseios para a santidade.
PERMANECEMOS
NA SANTA PAZ DE DEUS
-Adélio
Francisco.
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