SEXTA – DIA 02 Evangelho Lc 2,22-40
Padre Antonio Queiroz (In memorian)
Luz para iluminar as nações.
Hoje celebramos com alegria a festa da
Apresentação do Senhor. O Evangelho narra a cena. É o que nós contemplamos no
quarto mistério gozoso do terço.
Nós admiramos a fidelidade da Família de
Nazaré em cumprir os mandamentos religiosos.
Maria e José foram ao Templo e entregaram o
filho para Deus. Foi como se dissessem: “Senhor, tome este menino, ele é do
Senhor. Pode fazer dele o que o Senhor quiser”.
Esse mesmo gesto os nossos pais fizeram
conosco no dia do nosso Batismo, consagrando-nos a Deus. Dali para frente,
passamos a ser propriedade de Deus. Nós não pertencemos a ninguém, nem a nós
mesmos, mas exclusivamente a Deus. Não podemos fazer da nossa vida o que bem
entendermos, pois ela não é nossa.
Entretanto, infelizmente acontece com
freqüência de nos esquecermos da nossa consagração batismal, e passamos a
conduzir a vida como se ela fosse só nossa!
Por isso que dois de fevereiro é o dia em que
nós acendemos uma vela e recordamos o nosso batismo, renovando os nossos
compromissos batismais.
Conforme disse o Profeta Simeão, chegou a Luz
que veio iluminar as nações. Essa Luz nos iluminou no Batismo e nos tornou um
reflexo dela, para iluminar o mundo. Somos como uma antena de televisão:
recebemos de Cristo as mensagens e as transmitimos para as pessoas. Hoje é dia
de regular a antena, a fim de que esteja bem sintonizada em Cristo. “Cristo, a
luz do céu, em ti quer habitar. Deixa a luz do céu entrar!”
“Eu me entrego, Senhor, em tuas mãos”. Ou
como disse Maria Santíssima: “Eis aqui a escrava do Senhor. Faça-se em mim
conforme a tua Palavra”. A espada que atravessou o coração de Maria foi
conseqüência da sua fidelidade a Deus.
Certa vez, uma professora primária deu um
trabalho diferente para seus alunos. Pediu que, no dia seguinte, cada um
pegasse um vasinho qualquer, tipo potinho de margarina vazio, colocasse terra
nele e trouxesse para a escola.
No dia seguinte, ela levou um punhado de
feijão bom para semente, deu um grãozinho para cada criança e disse: “Enterrem
o feijãozinho, ponham o vasinho na quarto de dormir, reguem todos os dias, mas
não mexam no vasinho”.
Algumas semanas depois, todas as crianças se
surpreenderam com o mesmo fenômeno: o pezinho de feijão crescia, não reto para
cima, mas inclinado para a janela. É a lei da botânica chamada heliocentrismo:
o crescimento em direção à luz do sol.
Como as plantas precisam da luz, nós também
precisamos da Luz de Deus, que é Cristo. A diferença é que nós somos livres, e
devemos procurar por nossa iniciativa essa Luz, e formar as crianças e jovens
em direção a ela.
Todas as mães e todos os pais têm muito a ver
com o futuro dos seus filhos e filhas. A família é a formadora das pessoas. Não
basta levar os filhos ao batismo, é preciso educá-los na fé cristã. “O menino
crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com
ele”.
Luz para iluminar as nações.
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