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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

“EU TE LOUVO, PAI, SENHOR DO CÉU E DA TERRA...” - Olívia Coutinho


Dia 03 de Dezembro de 2013-11-27

Evangelho de Lc 10,21-24


Quando nos colocamos diante de Deus como servos, Ele vai nos moldando de acordo com as nossas aptidões e quando nos damos conta, já estamos inseridos no meio do mundo, realizando trabalhos em prol do Reino de Deus, que antes julgávamos incapazes realizar.
É importante termos em mente, que, o que  nos capacita  a trabalhar pelo reino de Deus,   não é o  saber humano, e sim, o Espírito Santo de Deus! De nossa pessoa, basta o desejo de difundir o evangelho, o que podemos fazer até mesmo sem o uso de palavras, simplesmente com o nosso testemunho de vida! Portanto, ninguém precisa sentir fraco incapaz de realizar algo, pois se temos boa vontade e disposição Deus abre caminhos...
 Foi o que aconteceu com os 72 discípulos enviados por Jesus em missão, certamente, eles  não imaginavam que dariam conta de realizar algo de tamanha importância como realizaram. 
O texto que antecede o evangelho de hoje (Lc 10,17) fala da alegria destes discípulos ao  prestar conta à Jesus, da missão realizada com sucesso.
Jesus se alegra, ao constatar que o projeto de Deus começava a se desenvolver através dos pequenos! “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelastes aos pequeninos.”
O testemunho destes discípulos, que se abriram a ação do Espírito Santo  retira o nosso receio de dizer sim ao chamado de Deus por julgarmos  incapazes   de realizar algo em favor do Reino.
Como sabemos, a escolha dos 72 discípulos  não caíra  sobre homens especiais, e sim, sobre pessoas simples, limitadas, dotadas de virtudes e defeitos. O que nos mostra a diferença entre os critérios de Deus e os critérios do mundo: o mundo escolhe pessoas capacitadas para exercer cargos, Deus, capacita os escolhidos,  revestindo -os da sabedoria divina, possibilitando-os a exercer o cargo mais importante de todo o universo: servidor do Reino!
A todo instante, somos chamados a  sermos propagadores do Reino de Deus! Os pequenos, ou seja, os que se esvaziam de si mesmo para se preencher de Deus, são os que aceitam o seu chamado sem questionar,  pois  se colocam na dependência de Deus!
  Quem se deixa iluminar pela Luz de Cristo, dá testemunho de Jesus em qualquer circunstancia, irradia alegria por onde passa,  uma alegria contagiante, que não se resume em um sentimento superficial, inconsistente, pelo contrário, a alegria de quem trabalha pelo Reino de Deus é uma alegria duradora, consistente, de origem divina que nada assemelha as alegrias momentâneas proporcionadas pelo mundo.
A alegria, é a marca de quem se abre a ação do Espírito Santo, é um sinal de sua adesão a Cristo. 
Quando Deus nos convoca para uma missão, o primeiro passo tem que ser nosso, os demais, Ele caminha conosco.

 FIQUE NA PAZ DE JESUS! -  Olívia


O mistério da Encarnação de Jesus - Diac. José da Cruz


Oitava do Natal Santo Estevão 26/12/2013
1ª Leitura Atos 6, 8-10 7, 54-59
Salmo 30 (31), 6 a “Em vossas mãos, Senhor entrego o meu Espírito”
Evangelho Mateus 10, 17 -22

O mistério da Encarnação de Jesus, manifestada em Maria e que se torna visível no Dia de Natal, isso é, do seu nascimento entre os homens, trouxe um fato novo na vida do Ser Humano.
No Antigo Testamento o Espírito de Deus vinha sobre algumas pessoas especiais e fica com ela até o final da missão que Deus lhe havia dado, foi assim com os profetas, Juizes e Reis. Ao assumir a nossa frágil natureza humana, as ações Divinas se manifestam nas ações humanas e assim, nas pessoas que professam a sua Fé em Cristo Jesus, o Espírito de Deus o inspira, o que falar e o que fazer.
Na vida de Santo Estevão, o Pró-Mártir, celebrado neste primeiro dia da Oitava do Natal, vemos claramente essa presença real do Espírito de Deus, em seu corajoso testemunho. “Por que não sereis vós que falareis, mas o Espírito do vosso Pai é que fala em vós”.
O Espírito de Jesus, a sua fidelidade e submissão á Vontade do Pai, o seu louco amor pelo ser humano, levado até as últimas consequências, estará também, a partir da encarnação de Jesus, presente na vida de todo aquele que crê, pois só a Fé é suficiente para o testemunharmos, em Palavras e ações, como Santo Estêvão.
E tudo isso, não em um mar de rosas, mas em meio as tribulações, ódio, julgamentos injustos, violência contra os discípulos. Prisões, divisão em famílias. Foi este o caminho percorrido até o fim pelo Mestre, é este também o caminho a ser percorrido pelo discípulo. Diz a palavra “Aquele que perseverar até o fim será salvo”. Naquele tempo a perseguição e a hostilidade aos cristãos vinha de dentro do próprio Judaísmo.

Hoje não falta da parte da sociedade uma ferrenha hostilidade pelo Espírito Cristão. O testemunho cristão deve ser firme, autêntico em todos os momentos e circunstâncias de vida e que não tenhamos medo sobre o que falar e como agir. A nossa Fé nos diz que o Espírito do Senhor está em nós....

NATAL DO SENHOR (missa do dia) -Diac. José da Cruz

NATAL DO SENHOR 
“O VERBO DIVINO SE FEZ HOMEM
E HABITOU ENTRE NÓS” Jo 1, 1-18

Leituras da 3ª Missa
Isaias 52, 7-10 -  SALMO Lucas2,11 -  2ª Leitura Hebreus 1, 1-6.


Mais do que um teólogo, acho que o evangelista João era um poeta dos melhores, essa frase é a palavra chave do seu evangelho, proclamado na Missa do dia de Natal, mais parece uma poesia, coisa de quem sentiu um encantamento com o nascimento de Jesus. O evangelho da missa da vigília mostra-nos como Deus vai se movendo em meio a situações desencontradas na vida de duas pessoas: Maria e José. O noivado com José, a gravidez inesperada, a reação de José, que abre mão do seu direito de denunciar Maria, para não lhe causar nenhum mal e resolve abandoná-la. Um amor que quer o bem da esposa, ainda que isso signifique viver longe dela, um amor que não quer dominar ser o dono da verdade, ter toda a razão, mas um amor que quer preservar a vida de quem ama, ainda que isso lhe traga dores, dúvidas e amarguras. Deus escolheu o homem certo, José era justo, mesmo que não entendesse os fatos envolvendo sua noiva, fez prevalecer o amor. O amor a Deus e aos irmãos não explica, mas aceita e só quer o bem do outro.
E por trás de um amor puro e devotado, está à vontade de Deus, que vai realizar tudo o que os profetas haviam falado – eis que a virgem conceberá e dará a luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa “Deus conosco”. José aceita, não porque compreende racionalmente os fatos, mas porque sabe que Deus está agindo e isso lhe basta.
Costuma-se dizer sempre que “Deus escreve sempre certo, por linhas tortas” e isso é mesmo a mais pura verdade, o grande rei Davi havia nascido em Belém, e seria lá também que o messias haveria de nascer, José e Maria não são pessoas especiais, diferentes das demais, mas vivem em meio a história, dentro das estruturas do mundo, o cristão não pode alienar-se do mundo e fugir do seu destino humano, José e Maria,
Sujeito às leis do império romano, sobem até Belém para serem recenseados, e lá Jesus acaba nascendo em uma estrebaria, nas grandes cidades nem sempre há um cantinho para o migrante que tem de se virar em qualquer canto, no banco de uma praça ou em baixo de uma ponte, nos barracos e favelas e assim, do mesmo modo que os moradores de rua partilham suas alegrias, quando as tem, Deus quis partilhar com uma classe marginalizada a grande alegria do nascimento do seu filho – e assim, os pastores são os primeiros a serem informados. Logo eles, que tinham fama de serem brigões e mentirosos, homens sem palavra que jamais seriam ouvido como testemunhas nos tribunais, foram os privilegiados.
Para gente simples o sinal é também simples, encontrareis um menino envolto em faixas e deitado nas palhas de uma estrebaria. Não é uma criança sobrenatural, mas excluído e rejeitado igual eles, que eram proibidos de entrarem no templo ou na sinagoga.
Deram glória a Deus porque sentiram a alegria de serem lembrados por ele, chegou enfim a salvação, que não vem da corte ou dos palácios, que não vem das pomposas cerimônias do templo, mas de uma criancinha deitada em uma humilde estrebaria.
Infelizmente o natal do consumismo vai por um outro caminho, e só leva boas notícias aos ricos e poderosos, que podem se banquetear na noite de natal, e trocar ricos presentes, pois ainda temos entre nós tantos “pastores” banidos da sociedade e das igrejas, gente desprezada e deixada de lado por um sistema injusto e pecaminoso, gente que não conhece e nem faz idéia de que Deus os ama apaixonadamente e que essa declaração de amor acontece e é renovada na noite de natal. A igreja é por excelência portadora desse anúncio onde os últimos da sociedade deverão ser os primeiros a receber esta boa nova.


“Filho de Peixe, peixinho é...” -Diac. José da Cruz

TERÇA FEIRA DA 4ª SEMANA DO ADVENTO 24/12/2013
1ª Leitura  2 Samuel 7, 1-5.8b-12.14-16
Salmo 88(89) “Cantarei, eternamente, as bondades do Senhor”
Evangelho Lucas 1, 67-79

                                        Não se pode pensar em uma ação Divina isolada, que descarte o Ser Humano. Já vi longos e polêmicos debates sobre a ação do Espírito Santo em nossa vida. Ele não age a partir do “Nada”, nem faz cair de repente algo sobrenatural que despenca lá do céu sobre nossa cabeça. Seria muita ingenuidade uma Fé que pense nesses termos.
O Velho Zacarias dá um show de bola, um verdadeiro espetáculo ali no templo, no dia em que levou o filho João para ser circuncidado. O texto afirma que Zacarias, seu pai, ficou cheio do Espírito Santo, ou seja, naquele exato momento tudo o que Zacarias acreditava e praticava em sua vida, veio á tona sob ação do Espírito Santo, ou seja, falava por ele mesmo, mas inspirado por Deus. O Espírito Santo o capacitou para dizer com palavras acertadas, tudo o que já era o sentido e a razão de sua vida: a Fé inabalável no Deus da Aliança e o cumprimento das Promessas feitas aos Patriarcas e anunciado pelos Profetas. A Profecia de Zacarias é consequência de toda uma vida vivida e voltada para Deus.
Zacarias aprimora a mensagem que sempre ouviu e anuncia o sentido pleno da Libertação que Jesus iria trazer. Não inventa um Messias diferente, de uma outra linhagem que não fosse a de Davi, mas explicita que a Salvação será plena e não restrita a uma libertação política e social, que povoava a cabeça de muitas autoridades religiosas, e de uma parte do povo.
Ora, João Batista, Filho de Zacarias, vem como Precursor, e tem a quem puxar, pois herdou do Velho Zacarias essa linhagem de Pregador diferente, que não anuncia o Messias que o Mundo quer, mas o Messias que Deus envia ao chegar a plenitude dos tempos. 
Em nossos tempos a Humanidade deseja ouvir um anúncio que fale de um Cristo da Pós Modernidade, muito mais na linha de um Super Herói, que na hora “H” vai intervir na História colocando as coisas em seus lugares. Um Cristo que não exige nada dos seus discípulos, mas que chama apenas para si, a responsabilidade de dar aos seguidores saúde, segurança e prosperidade. Zacarias transmite em sua pregação, um Messias que vai fazer parceria com os simples e os pobres e estes se alegram imensamente por serem lembrados por Deus, diferente do Sistema Excludente que os afastava de toda e qualquer decisão.
Isso fica notório nas pessoas que dão início a todo esse processo da Obra da Salvação que irá beneficiar a toda humanidade: Zacarias e Isabel, José e Maria, e hoje os cristãos de nossas comunidades. Que sejamos fiéis e coerentes em nosso anúncio, como o foi Zacarias, anunciando o Cristo que o mundo precisa, e não o Cristo que o mundo quer...



“A Salvação dispensa Formalismos...” -Diac. José da Cruz


SEGUNDA FEIRA DA 4ª SEMANA DO ADVENTO 23/11/2013
1ª Leitura Malaquias 3, 1-4.23-24
Salmo Lucas 21,28
Evangelho Lucas 1, 57-66


Nada pior que uma religião “enlatada” e totalmente fechada dentro do seu quadrado, onde a Instituição é maior que o Reino e a ação Divina fica restrita ao formalismo e ritualismo estabelecido. O nascimento de João Batista , o Precursor do Messias, mostra que Deus vai escrever certo por linhas tortas, seu modo de agir irá causar surpresa e admiração, pois não se submete aos caminhos humanos. Isabel, a Mãe de João Batista, já estava fora do contexto, pois era idosa e estéril, entretanto, Deus a coloca como “Sinal” da sua ação sobrenatural, para Maria Santíssima, em uma anciã idosa e estéril Deus sinaliza o futuro da humanidade. Na sociedade de hoje, os idosos são descartados do sistema...
Na circuncisão do menino, que era o rito iniciático correspondente ao nosso Batismo, outra confusão armada, para se cumprir a Vontade de Deus...O costume e a tradição determinava que o nome tinha que ser familiar, preferencialmente em homenagem aos patriarcas da Família, avós, bisavós ou Tataravós. O nome de “João” era no mínimo esquisito e estranho, entretanto, a Bíblia está repleta desse rico simbolismo de se carregar no nome, aquilo que se irá ser, na missão cofiada por Deus, e João significa “Aquele que anuncia”.
Na consulta ao Pai Zacarias, a confirmação de que se trata de uma ação Divina, pois ao escrever o nome do Filho em uma taboinha, comprova-se esse fato, a pessoa  missão e o nome do escolhido, não provém da boca do homem, isso é, da vontade humana, mas sim de Deus, Lembrando que foi também desta forma que Deus manifestou-se ao Povo sua Santa Lei, que Moisés gravou na pedra.
E assim, o que era temor e estranheza, manifestada pelo povo, transforma-se em uma explosão de alegria, manifestada na Glória e Louvor de todos os que vivenciaram o fato. O Povo acolhe com incontida alegria a intervenção de Deus na História, contrastando com as autoridades religiosas, que o rejeitaram. No coração de todos aquela esperança viva de que algo novo estava para acontecer e que inicia-se naquele momento com o nascimento de João Batista, o anunciador por excelência dos tempos messiânicos que haviam chegado.

Todos os dias, em grandes ou pequenos acontecimentos, Deus inicia algo novo no coração de quem crê e vive com sinceridade a sua Fé. Prestemos atenção porque o agir de Deus é sempre novo e surpreendente. Dentro e fora da comunidade ele continua agindo, em pessoas ou situações que nem sempre se enquadram em nossos padrões de espiritualidade.

Uma Virgem conceberá... -Diac. José da Cruz

4º DOMINGO DO ADVENTO 22/12/2013
1ª Leitura Isaias 7, 10-14
Salmo 23(24)” Do Senhor é a terra e tudo o que ela contém”
2ª Leitura Romanos 1, 1-17
Evangelho Mateus 1, 18-24


Uma das grandes alegrias na minha adolescência, foi a de ter participado na construção da Igreja São João Batista. Por aqueles tempos eu me juntava com alguns congregados marianos, entre eles meu pai, e íamos aos domingos ou feriados, trabalhar em um mutirão na construção da Igreja de São João Batista em Votorantim, para tirarmos terra do sub solo, onde hoje é presbitério, em um trabalho de formiguinha, que exigia esforço e paciência de todos os voluntários. Evidentemente, quando olhávamos para toda aquela estrutura de ferragens e vigas de concreto, madeiramento, tijolos e pedras espalhados por todo canto, não conseguíamos vislumbrar a beleza da obra acabada, mesmo assim, no final da jornada de trabalho, não deixávamos de comemorar com um bom gole de vinho que o Sr. Olério providenciava, porém, recordo-me que em 08 de dezembro de 1972, quando ela foi oficialmente inaugurada à noite, eu senti muito orgulho e alegria ao pensar que, mesmo na fragilidade dos meus quinze anos, havia participado do projeto.
O reino de Deus vem sendo edificado no meio dos homens desde os primórdios da humanidade, parece que no Antigo Testamento, que foi o tempo das promessas, Deus sinalizou o que estava por vir, o templo da plenitude com a encarnação do seu Filho Jesus, no qual o projeto chegaria ao ápice: Deus no meio dos homens, falando e caminhando com eles. Poderíamos ainda dizer, que em todo o Antigo Testamento, através dos patriarcas e profetas, Deus foi explicando os pormenores do seu projeto, usando para isso uma linguagem humana, fácil para nossa compreensão, dando uma visibilidade do seu reino nos reinados humanos, para que assim, na fé e na esperança, sendo fiéis à aliança estabelecida, os homens colaborassem e o ajudassem a preparar o coração de toda humanidade para acolher o novo reino que estava por vir.
A primeira leitura desse quarto domingo apresenta-nos a figura do Rei Acaz, um homem aparentemente religioso, com um discurso muito bonito “Não pedirei e nem tentarei o Senhor”, mas com uma prática desastrosa, porque não deu ouvidos ao profeta e preferiu confiar na força e no poder dos Assírios, para vencer seus inimigos, o que não acabou acontecendo. Parece que Acaz não era muito chegado em sinais divinos, que só são perceptíveis à luz da fé. Uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Emanuel – Em tempos em que, ser virgem era uma desonra, pois uma das promessas de Deus ao patriarca havia sido a descendência numerosa, uma concepção era sem dúvida um sinal prodigioso, mas o rei Acaz não acreditou que Deus pudesse agir e reverter à dramática situação em que se encontrava o seu reino. Esse rei Acaz é o homem da pós modernidade, que neste terceiro milênio, aposta todas as suas fichas na tecnologia, na ciência que lhe possibilita o poder político e econômico, é como se dissesse “Não precisamos de Deus”, ou então “Olha Deus, fica aí no seu cantinho e vê se não atrapalha o avanço da humanidade”.
Mas no evangelho encontramos José, homem justo diante de Deus, alguém que não se move a partir da lógica humana, mas sim pela fé, alguém que é capaz de desfazer seus planos para aceitar em sua vida a vontade de Deus, tornando-se disponível para colaborar com o reino. O Deus que tudo PODE porque é onipotente, pede ao homem para colaborar com a sua obra e o seu maravilhoso projeto, e o que esse faz é pouco, mas sem a sua participação a obra não chegaria à sua conclusão, ao assumir aquele filho como seu, perante o sistema religioso da época, José tornou possível o cumprimento das promessas de que da descendência de Davi nascesse o Messias, como havia dito o profeta Isaias. Tanto a Acaz como a José, Deus tem uma palavra de encorajamento: Não tenhas medo! E também oferece um mesmo sinal: uma Virgem irá conceber... Revelação que só pode ser acolhida na fé e na humildade, virtudes estas que o rei nunca teve, pois o seu coração, corrompido pelo poder, só sabia confiar nos projetos humanos.

E o desafio de José foi muito maior, a justiça que lhe é atribuída como maior virtude, não era aquela do legalismo religioso, pois se fosse apenas isso, bastava denunciar a noiva, que estava lhe prometida em casamento, e sairia da história fazendo o papel de moço piedoso e zeloso dos bons costumes, e a Maria de Nazaré caberia o triste papel de mulher infiel, adúltera e vulgar, passível de uma morte por apedrejamento. Mas José prefere acreditar no seu sonho que é sonho de Deus. A Fé jamais será uma utopia, mas sim a realização do sonho de Deus, concretizado em seu projeto de salvação, que vai acontecendo na medida em que como José, vamos a ele aderindo, para fazê-lo acontecer. (4º Domingo do Advento)

“DIZE UMA SÓ PALAVRA E O MEU EMPREGADO FICARÁ CURADO.” – Olívia Coutinho

Dia 02 de Dezembro de 2013
Evangelho Mt 8,5-11
 A presença de Jesus no meio de nós significa a chegada de um tempo novo, a certeza de que nunca estamos sós! 
Os sinais de libertação realizados por Ele, é a prova concreta da imensidão do amor Deus, afinal, Jesus é o próprio Deus que se humanizou para ficar mais próximo de nós, respeitando a nossa liberdade, só entrando na nossa vida, quando chamamos por Ele.
A fé que nos torna dependentes de Deus, nos faz ir ao encontro de Jesus!
A fé, não é algo que se tem e pronto, ela é construção, uma construção  que se desenvolve através de um processo lento, que vai se solidificando à medida que em nós deixamos inundar pelo amor de Deus.
Quem tem fé, nunca perde a esperança e nem se deixa abater diante às dificuldades, pois carrega consigo a certeza de que em Deus está o seu porto seguro!  
Precisamos a todo instante nos abastecer na fé,  pois a fé é o pilar que nos sustenta e nos torna suporte para a vida do outro!
Em todas as suas ações libertadoras, Jesus sempre deixava claro, que a cura de quem recorria a Ele, era fruto da sua fé, o que vem nos reafirmar que a nossa libertação só acontece pelos  caminhos da fé!
O Evangelho de hoje, chega até a nós como um convite a refletirmos  sobre a essencialidade da fé, de uma fé que nos torna imbatíveis!  
A narrativa nos mostra um belíssimo testemunho de fé que encantou Jesus! Um oficial romano, movido pelo amor ao próximo e a confiança no poder libertador de Jesus, recorre  a Ele em favor do seu empregado.
O texto nos chama a atenção  para três virtudes que devem nortear a nossa vida: FÉ, CARIDADE, E HUMILDADE.  
O oficial romano, embora não fizesse  parte do povo que seguia  Jesus,  dá um grande testemunho de fé ao acreditar que bastava uma palavra de Jesus, mesmo à distancia, para que  o seu empregado ficasse  curado.  Intercedendo  em  favor do seu empregado, Ele  dá  também um testemunho do seu amor ao próximo e da sua  humildade, ao reconhecer indigno de receber Jesus em sua casa.
Deste  episódio,  podemos tirar uma grande lição: não é pela religião que se dá testemunho de fé, e sim, pelo amor ao próximo e pela confiança no  poder libertador  de Deus.
A fé é um dom de Deus, cabe a cada um de nós acolhê-la, reconhecendo as nossas fragilidades  na certeza de que em Deus, está a nossa verdadeira segurança!
 Fé e vida são inseparáveis, viver a fé, é cuidar da vida, é ser vida para o outro,  é  ter a certeza de que somos amados e conhecidos intimamente por Deus!
Ter fé, é acreditar naquilo que não se vê, é  caminhar como se visse o invisível!
Exercitemos, pois, a nossa fé, através da oração, da ação, da vivencia em comunidade e principalmente da eucaristia.
FIQUE NA PAZ DE JESUS! - Olívia

Os primeiros apóstolos- Helena Serpa



Romanos 10, 9-18 – “A fé vem da pregação“


A fé na ressurreição de Jesus Cristo é a condição para que sejamos salvos, não importando a qual raça pertençamos nem tampouco qual a religião que professamos.   “Se com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo”, diz São Paulo. Em outras palavras, São Paulo nos afirma que todo aquele (a) que declarar com os lábios, aceitar no coração e testemunhar com a vida, que Jesus Cristo é o seu Senhor, será salvo.     Em todos os momentos e em qualquer situação que nos encontremos teremos a garantia da proteção do Senhor que é “generoso para com todos os que o invocam”. Para que sejamos salvos temos que crer e invocar o nome do Senhor e espalhar esta verdade   por toda a terra.  A salvação de Jesus corre o mundo através do testemunho de homens e mulheres que tiveram uma experiência com Ela. Acreditar, confiar e depender de Jesus é o tripé da fé. A Salvação é o próprio Jesus agindo na nossa vida, tomando  conta de nós e regendo os nossos passos. No entanto, muitas pessoas ainda permanecem “surdas” porque nós ainda permanecemos “mudos”.  A fé vem da pregação, por isso, somos também  enviados ao mundo para anunciar a boa nova e, mesmo que não deem ouvido à nossa pregação, mesmo que às vezes tenhamos a impressão de que o nosso esforço não está valendo a pena por causa das dificuldades, as palavra do profeta nos alentam: “Quão belos são os pés dos que anunciam o bem”. Precisamos noticiar ao mundo que todos aqueles (aa) que crerem em Jesus Cristo, não serão confundidos (as). – Você tem anunciado ao mundo a sua experiência com Jesus Cristo? –- Como você tem expressado ao mundo a sua fé em Jesus Cristo?- A sua vida tem sido uma demonstração de que você é filho (a) de Deus?- As outras pessoas notam que a sua vida tem coerência com a sua fé?- Qual é o “mundo” a quem você precisa noticiar a sua fé com a sua vida?


 Salmo 18 – “Seu som ressoa e se espalha em toda a terra

A ação poderosa do Senhor se faz notar pelas obras que nós contemplamos. Tudo nos fala de Deus, os céus, o firmamento, o dia e a noite. A obra de Deus se manifesta através de tudo o que nós vemos, tocamos e sentimos. Assim também as nossas ações falam mais do que os nossos discursos. O bem que nós fazemos em Nome de Deus soa firme no coração do mundo e, enquanto mais nós nos elevamos o mundo também se eleva por causa de nós  A nossa própria existência já é uma prova do poder de Deus e, nem precisamos de frases nem palavras bonitas para fazer ressoar nos confins da terra, a Palavra de Deus.





Evangelho -  Mateus 4, 18-22 – “os primeiros apóstolos”

Nesta leitura nós vemos como Jesus chama os Seus primeiros apóstolos, Simão e André, Tiago e João.  Eram irmãos, trabalhavam juntos em família, eram pescadores e estavam em plena atividade na sua ocupação. Tinham uma profissão, tinham uma história, entretanto, “imediatamente deixaram as redes, a barca e o pai e O seguiram!” Podemos, hoje, também concluir como Jesus deseja atrair para si as famílias. As famílias onde os membros convivem juntos têm a mesma história, os mesmos  problemas e dificuldades  precisam ser fortalecidas espiritualmente a fim de dar testemunho ao mundo que seguir a Jesus é condição primordial para que se cumpra desígnio de Deus nas suas vidas. O exemplo dos primeiros apóstolos nos mostra que o nosso trabalho, a nossa ocupação, a rotina da nossa existência não são impedimento para que sigamos a Jesus e vivamos os Seus ensinamentos. Deixar imediatamente, as redes, a barca e o pai, significa que Jesus nos chama com a autoridade de quem sabe o que é melhor para cada um de nós, e por isso, Ele tem a primazia nas nossas eleições. Jesus nos chama a ser “pescadores de homens” por meio do nosso testemunho de fidelidade a Deus e aos irmãos. O Seu chamado é irrevogável e intransferível, por isso, outra pessoa não poderá assumir o nosso lugar.  É necessário, porém, que estejamos livres de qualquer empecilho, desapegados (as) de tudo quanto nos prende, mesmo que seja o trabalho, a profissão, a família ou os bens. Às vezes nos desculpamos porque somos muito ocupados (as), mas Jesus veio chamar justamente àqueles que se comprometem e que têm que renunciar a alguma coisa. Ele deseja que o nosso coração esteja livre de tudo e de todos para que possamos segui-Lo, vivendo a Lei do amor. – Você já se sente chamado (a) por Jesus? – Você acha que Ele já o (a) viu e o (a) notou? – Qual tem sido a sua reação ao chamado de Jesus no serviço do reino? – Será que você tem dado desculpas esfarrapadas? – Aproveite o tempo de agora, não perca as oportunidades!
Helena Serpa


“EU TE LOUVO, PAI, SENHOR DO CÉU E DA TERRA...” - Olívia Coutinho


Dia 03 de Dezembro de 2013-11-27

Evangelho de Lc 10,21-24


Quando nos colocamos diante de Deus como servos, Ele vai nos moldando de acordo com as nossas aptidões e quando nos damos conta, já estamos inseridos no meio do mundo, realizando trabalhos em prol do Reino de Deus, que antes julgávamos incapazes realizar.
É importante termos em mente, que, o que  nos capacita  a trabalhar pelo reino de Deus,   não é o  saber humano, e sim, o Espírito Santo de Deus! De nossa pessoa, basta o desejo de difundir o evangelho, o que podemos fazer até mesmo sem o uso de palavras, simplesmente com o nosso testemunho de vida! Portanto, ninguém precisa sentir fraco incapaz de realizar algo, pois se temos boa vontade e disposição Deus abre caminhos...
 Foi o que aconteceu com os 72 discípulos enviados por Jesus em missão, certamente, eles  não imaginavam que dariam conta de realizar algo de tamanha importância como realizaram. 
O texto que antecede o evangelho de hoje (Lc 10,17) fala da alegria destes discípulos ao  prestar conta à Jesus, da missão realizada com sucesso.
Jesus se alegra, ao constatar que o projeto de Deus começava a se desenvolver através dos pequenos! “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelastes aos pequeninos.”
O testemunho destes discípulos, que se abriram a ação do Espírito Santo  retira o nosso receio de dizer sim ao chamado de Deus por julgarmos  incapazes   de realizar algo em favor do Reino.
Como sabemos, a escolha dos 72 discípulos  não caíra  sobre homens especiais, e sim, sobre pessoas simples, limitadas, dotadas de virtudes e defeitos. O que nos mostra a diferença entre os critérios de Deus e os critérios do mundo: o mundo escolhe pessoas capacitadas para exercer cargos, Deus, capacita os escolhidos,  revestindo -os da sabedoria divina, possibilitando-os a exercer o cargo mais importante de todo o universo: servidor do Reino!
A todo instante, somos chamados a  sermos propagadores do Reino de Deus! Os pequenos, ou seja, os que se esvaziam de si mesmo para se preencher de Deus, são os que aceitam o seu chamado sem questionar,  pois  se colocam na dependência de Deus!
  Quem se deixa iluminar pela Luz de Cristo, dá testemunho de Jesus em qualquer circunstancia, irradia alegria por onde passa,  uma alegria contagiante, que não se resume em um sentimento superficial, inconsistente, pelo contrário, a alegria de quem trabalha pelo Reino de Deus é uma alegria duradora, consistente, de origem divina que nada assemelha as alegrias momentâneas proporcionadas pelo mundo.
A alegria, é a marca de quem se abre a ação do Espírito Santo, é um sinal de sua adesão a Cristo. 
Quando Deus nos convoca para uma missão, o primeiro passo tem que ser nosso, os demais, Ele caminha conosco.

 FIQUE NA PAZ DE JESUS! -  Olívia


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Façamos parte do rebanho de Cristo. Queremos ouvir sua voz e colocá-las em prática. PE. ANTONIO- Santuário Nsa. Sra. Do Desterro

SEXTA - 27 de Dezembro de 2013  - Evangelho - Jo 20,2-28

Jesus respondeu: “Já vos disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim” (Jo 10,25)

Temos, no contexto deste versículo uma pergunta sem resposta. Um grupo de judeus fizeram uma pergunta a Jesus e Ele não respondeu diretamente a pergunta. Ficaram intrigados com Jesus. A pergunta é se Jesus é ou não é o Messias. Jesus respondeu, dizendo a eles: “Já vos disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome de meu Pai dão testemunho de mim”. Acontece que eles esperavam um messias glorioso, e Jesus era pobre, era uma pessoa simples, Jesus era Galileu e, da Galiléia eles não esperavam o messias. Jesus recusou-se a atender-lhes o pedido por não serem ovelhas do seu rebanho. Em outras palavras, eles não estavam dispostos a acolher, com benevolência, suas palavras, e se deixarem guiar por elas (pelas palavras de Jesus). Mas Jesus define sua condição de Messias, apresentando-se como Filho de Deus. As obras que ele realizava eram em nome do Pai.
Vejamos parte do texto, vv. 22-28: “Celebrava-se, em Jerusalém, a festa da dedicação do Templo Era inverno. Jesus passeava pelo Templo, no pórtico de Salomão. Os judeus rodeavam-no e disseram: ‘Até quando nos deixarás em dúvida? Se tu és o Messias, dize-nos abertamente. Jesus respondeu: ‘Já vos disse, as vós não acreditais. As obras que eu faço em nome de meu Pai dão testemunho; vós, porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão…’” (Jo 10,22-28).
Façamos parte do rebanho de Cristo. Queremos ouvir sua voz e colocá-las em prática.


PE. ANTONIO- Santuário Nsa. Sra. Do Desterro

Não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai. Padre Queiroz

QUINTA - 26 de Dezembro de 2013 - Evangelho - Mt 10,17-22

Não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai.
Iniciamos um novo ciclo litúrgico, o do Natal, em que celebramos o mistério da Encarnação, isto é, a humanização de Deus para a divinização do homem.
Hoje é a festa de Santo Estevão, o primeiro mártir da Igreja. Por isso que nós o celebramos logo após o Natal. Ele foi o primeiro discípulo dessa criança que nasceu em Belém, e que o seguiu até no martírio.
No Evangelho, próprio da festa, Jesus nos alerta sobre a perseguição que todo cristão sofre, vivendo no meio desse mundo pecador. E ele nos dá orientações sobre como nos comportar nessas horas. Ele pede para não nos preocuparmos com o que falar, pois “não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai”.
Santo Estevão foi a primeira vítima dessas perseguições, depois de Jesus. A primeira Leitura da Missa de hoje narra o seu martírio (At 6).
Veja um resumo do que narra At 6-8: Estevão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo... Entretanto, começaram a discutir com ele. Como não conseguiam resistir à sabedoria de Estevão, subornaram alguns indivíduos, que disseram: “Ouvimos este homem dizer blasfêmias contra Moisés e contra nosso Deus”. Então os doutores da Lei o prenderam e o conduziram ao sinédrio.
Lá, o sumo sacerdote perguntou a Estevão: “É verdade o que estão dizendo?” Estevão aproveitou a oportunidade para provar, pelas Escrituras, que Jesus é o Messias esperado. Ele fez um discurso longo e belíssimo. Destaques:
- O testemunho de Abraão a respeito do Messias.
- José foi perseguido por seus irmãos, por inveja (indireta às autoridades ali presentes). O exílio Babilônico aconteceu devido à dureza do coração do povo (outra indireta).
- Citando Is 66, Estevão relativiza o Templo de Jerusalém, dizendo que o Altíssimo não mora em casa feita por mãos humanas: “O céu é o meu trono, e a terra é o apoio dos meus pés. Que casa construireis para mim? Não foi minha mão que fez todas essas coisas? Tudo o que existe fui eu que fiz! Eu olho para o aflito e o de espírito abatido, e também para aquele que estremece diante das minhas palavras!”
Em seguida, Estevão falou claro e direto: “Homens teimosos, insensíveis e fechados à vontade de Deus! Vocês sempre resistiram ao Espírito Santo. São hoje como foram seus pais! A qual dos profetas os pais de vocês não perseguiram? Eles mataram aqueles que anunciavam a vinda do Justo, do qual agora vocês se tornaram traidores e assassinos. Vocês receberam a Lei promulgada através de anjos, e não a observam!”
“Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estevão. Repleto do Espírito Santo, Estevão olhou para o céu e disse: ‘Estou vendo o céu aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus’. Então eles, dando grandes gritos e tapando os ouvidos, avançaram contra Estevão, arrastaram-no para fora da cidade e o apedrejaram. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. Enquanto o apedrejavam, Estevão clamou dizendo: ‘Senhor Jesus, acolhe o meu espírito’. Depois dobrou os joelhos e gritou forte: ‘Senhor, não os condenes por este pecado.’ E, ao dizer isto, adormeceu.” (At 7,51-60).
Este “Saulo” é São Paulo. Santo Agostinho fala que foi certamente aquela oração de Estevão que conseguiu de Deus a conversão de São Paulo. Ele disse: “Se Estevão não tivesse rezado certamente hoje não teríamos o grande Apóstolo dos gentios”.
Estevão deixou muitos exemplos para nós. Podemos destacar: a oração por aqueles que o estavam matando, o comportamento firme na hora da perseguição, o testemunho dado no tribunal etc.
Havia, certa vez, uma alta figueira, cujo tronco era bem grosso. Os animais gostavam de ficar debaixo dela, por causa da sombra. Um dia, deu um vendaval, e a figueira caiu. Aí que descobriram que ela estava oca. Sem ninguém perceber, as brocas comeram o interior daquela figueira.
Nós temos alguma coisa a aprender dessa figueira. Pelo batismo, nós nos tornamos participantes da natureza divina. Não podemos ser ocos, pois assim não resistiremos o vendaval do mundo pecador e das perseguições.
Que Maria Santíssima e Santo Estevão, nos ajudem a ser testemunhas de Jesus, nas horas fáceis e também nas difíceis.
Não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai.


Padre Queiroz