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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

ESTEJAM VIGILANTES – Maria de Lourdes Cury Macedo.


Domingo, 03 de dezembro de 2017.
Evangelho Mc 13, 33-37.

Domingo, dia 3, começa o tempo do Advento, que é tempo de espera, de preparação e de chegada. Advento significa: aquilo que há de vir.
Nestes quatro domingos que antecedem o Natal é o tempo do Advento que relembra o tempo que o povo de Deus viveu esperando o Salvador. Para nós, que vivemos hoje depois de Cristo, a Igreja nos chama para relembrar o tempo de espera e nos convida preparar o nosso coração para o nascimento de Jesus. De forma que Jesus possa renascer nos nossos corações, ser o rei, o Senhor da nossa vida.
Este tempo é de expectativa da vinda do Senhor. Jesus, porém, já veio e está vindo continuamente até nós de mil maneiras. Por isso, ao mesmo tempo em que preparamos a celebração do natal recordando e atualizando o nascimento do Menino, olhamos para frente e esperamos a 2ª vinda de Jesus, na qual ele virá revestido do poder e da glória do ressuscitado.
Vamos celebrar o Senhor que está vindo, no passado, no presente e no futuro. Ele é aquele que era, que é, e que vem!
O Ano Litúrgico é como uma roda de festividades, de celebrações, que apresenta a história do povo de Deus, os principais e fundamentais fatos da pessoa e da vida de Jesus.
Advento é tempo de espera. Tempo de reflexão e oração. No Advento encontramos o clima perfeito para nos aproximarmos de Deus e do próximo. Advento, tempo de fortalecer a fé, a esperança e a caridade em preparação para o nascimento de Jesus e para sua 2ª vinda.
Esperar alguém especial é preciso de uma cuidadosa e amorosa preparação. Assim é o tempo do advento, tempo de preparar o coração para acolher Jesus que vai nascer. Tempo forte de conversão. De deixar o errado, limpar tudo, jogar fora o lixo do coração para receber Jesus com a alma limpa. A igreja nos chama para deixar o nosso coração preparado como um presépio permanente, o ano todo.
É nosso costume, em algumas ocasiões como no Ano Novo, aniversário, dizer: Vida Nova, Tempo Novo, fazemos propósitos de mudar, prometemos para nós mesmos mudanças em nossas vidas. Mas acontece que sempre existe algo para nos atrapalhar e não conseguimos mudar. Em se tratando de seguir Jesus não podemos ficar apenas nas promessas e propósitos, quem não mudou, precisa mudar urgente, porque o recado de Jesus é direto: Vigiai, Vigiai, Vigiai...
Mas como podemos mudar para melhor, como podemos preparar o nosso coração de modo eficaz? Estando vigilantes. Como? Corrigindo-nos, vivendo como Jesus nos ensinou, vivendo o amor a Deus e ao próximo, usando de misericórdia com aqueles que erram. Porque onde existe amor, existirá perdão, compreensão, paciência, solidariedade, fraternidade, justiça. Onde há Deus não há lugar para o ódio, rancor, inveja, ciúme, maldade, discórdia, falsidade, desunião, fofocas, calúnias.
Estar vigilante é evangelizar nossa família, amigos, parentes, vizinhos, enfim colaborando na evangelização da nossa comunidade. Vigiar é um convite para um compromisso concreto com Jesus e com os irmãos. Isso é não dormir. É estar alerta, de prontidão.
Somos administradores do reino de Deus aqui na terra. Somos seus empregados, cada um com sua tarefa com seu dom. O dono da casa nos entregou a sua casa e espera de cada um de nós a realização daquilo que nos foi confiado. Ele pode chegar a qualquer hora do dia ou da noite. “Dormir” seria desperdiçar tempo, recusar oportunidades, deixar a vida passar e não fazer nada do que Jesus nos pede.
Não podemos nos acomodar pensando que ainda teremos muito tempo para ser vivido. O tempo passa voando, cada minuto da nossa existência é precioso para que possamos trabalhar a fim de realizar as obras que o Senhor espera receber das nossas mãos.
O Senhor espera de nós obras concretas de misericórdia e de amor. Ele nos motiva e nos dá condições para que isto aconteça. A sua Palavra é um farol que ilumina a nossa inteligência e nos direciona para que tudo saia bem.
Desta forma, neste tempo de preparação para o natal a Igreja nos convida fortemente a nos voltarmos para dentro de nós, para nos analisarmos como estamos vivendo. Esta é a maneira de estarmos vigilantes, porque não sabemos quando o Filho do Homem, que é Jesus, o dono da casa, voltará.
         Vigiar significa estar alerta, vivenciando as palavras de Jesus, especialmente o mandamento do amor. Significa enfrentar as tentações da vida como o egoísmo, a vaidade, o orgulho, a ganância, o ter, o poder, o prazer. Significa acreditar que vale a pena lutar, trabalhar, para construir e expandir o Reino de Deus, seguindo o exemplo de Jesus, num mundo onde a injustiça e a maldade parecem falar mais alto. Vigiar significa estar sempre disposto a perdoar e a se reconciliar ao invés de se vingar, ou usar de violência. Nunca perder a oportunidade de ser melhor e ensinar os irmãos a serem melhores também.
A vigilância cristã é perseverante, não se abate, tem esperança. Esperar acordado é estar de prontidão vivendo o Evangelho do amor em casa, na família, na sociedade, na Igreja. Quantos ainda não acordaram para Jesus, vivem a vida mundana sem se preocupar que o Senhor virá um dia. Mas ninguém sabe qual é o tempo de Deus. Não podemos desperdiçar nosso tempo, enterrar nossos dons, nos acomodar.
Na Palavra de Deus encontraremos força, coragem, audácia para vivermos vigilantes porque a Palavra de Deus é “Lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho!”(Sl 118, 105)
Se, realmente nós vivenciarmos os ensinamentos de Jesus, com certeza, estaremos preparados para nos apresentar na presença do Senhor que virá. Portanto, não durmamos porque o dia já vem clareando e o dono da casa poderá chegar de uma hora para outra.
Quantos no mundo ainda não conhecem Jesus e nem escutaram falar dele. Mesmo nós que conhecemos Jesus, que gostamos dele, que somos seus amigos, seus discípulos, quantas vezes, em algumas situações da nossa vida nós percebemos que nós não deixamos Jesus reinar na nossa vida, no nosso coração. Por isso nós temos que estar sempre vigilantes e buscar a conversão do coração.
Quando deixamos Jesus nascer no nosso coração, reinar em nós, nós percebemos nas nossas atitudes que somos mais pacientes com as pessoas, mais amáveis, mais generosos, misericordiosos, sabemos perdoar mais, somos mais solidários...  Se agimos assim estamos procurando a conversão da nossa vida, estamos procurando andar nos caminhos de Jesus, andar guiados por esta luz que é Cristo Jesus.
E como neste tempo de advento a Igreja nos pede conversão do coração procuremos vivenciar mais o Evangelho, fazer uma boa confissão, rezar mais, comungar mais, visitar o Santíssimo. Descobrir nossos defeitos e esforçar para mudar. Toda noite antes de dormir pensar como foi meu dia: aborreci alguém, ofendi alguém, tive paciência com pessoas desagradáveis, amei meu irmão?
 - Como você está na sua vida: dormindo ou acordado, isto é vigilante?
 - O que falta para você seguir o que o Senhor ensina?
 - Você tem consciência de que Deus espera de você a sua parte? Que parte será essa? 

Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes!


ESTEJAMOS O TEMPO TODO VIGILANTES! – Olivia Coutinho

 
1º DOMINGO DO ADVENTO
 
Dia 03 de Dezembro de 2017
 
Evangelho de Mc13,33-37
 
Iniciamos hoje o tempo do advento, um tempo de profunda espiritualidade que deve ser marcado pelo o nosso desejo de conversão, algo fundamental, para que possamos  viver o verdadeiro sentido do Natal. Afinal, sem um retorno de todo o nosso ser, a Jesus, não tem como vivermos as alegrias do Santo Natal!
O tempo do advento não se limita na preparação para o Natal, pois enquanto nos preparando para esta grande festa, estamos simultaneamente,  nos preparando para a segunda vinda de Jesus, o que pode acontecer a qualquer momento.
A liturgia deste tempo, nos insere em toda a história da salvação, levando-nos a reviver a mesma expectativa da vinda do Messias, vivenciada  pelo o povo, no início da história, com uma única diferença: o Messias  já veio, Ele já está entre nós!
Neste tempo de espera, de nascimento e de  renascimento, o nosso coração se rejubila, torna maleável, aberto para acolher Jesus que já está no meio de nós, mas que às vezes, não nos damos conta desta grande riqueza! 
Jesus vem reacender em nossos corações, a chama da esperança, uma esperança que transcende as nossas necessidades materiais, porque inclui uma visão de mundo, onde ainda é possível haver justiça, paz e amor, valores sobre os quais devemos assentar a nossa vida.
No evangelho que a liturgia deste primeiro Domingo do advento nos convida a refletir, Jesus exorta os discípulos e hoje a nós, sobre a importância de uma constante vigilância!
O texto vem nos acordar para algo que muitos de nós não gostamos de lembrar: a transitoriedade da vida terrena, a vida que passa!  As palavras de Jesus nos alertam, sobre a importância de estarmos o tempo todo atentos, vigilantes, o que não significa ficarmos tristes, esperando pelo o nosso fim. A nossa preparação, para o encontro com o Senhor, deve movimentada no espírito de alegria, afinal, não caminhamos para o  fim, e sim, para o começo de uma nova vida!
A mensagem do evangelho que chega até a nós, no dia de hoje, não é ameaçadora, pelo contrário, é confortadora, é um alerta que Jesus nos faz, para que possamos aproveitar bem o espaço sagrado que Deus nos concede, que é o nosso tempo presente, para construirmos a nossa morada no céu! Ainda há tempo, não desperdicemos esta graça de Deus!
Estar vigilantes é acolher a graça de Deus, é estar fazendo o bem,  atento às necessidades dos nossos  irmãos, é estar  a serviço da vida!
Quem tem o coração aberto para acolher Jesus na pessoa do irmão, faz da sua vida um constante Natal, e assim sendo, já está  preparado para o encontro com o Senhor.
 
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

A parábola da figueira-Dehonianos

1 Dezembro 2017
Lectio
Primeira leitura: Daniel 7, 2-14
Considerava eu, na minha visão nocturna, os quatro ventos do céu precipitarem-se sobre o grande mar. 3Surgiram do mar quatro grandes animais, diferentes uns dos outros. 4O primeiro era semelhante a um leão, mas tinha asas de águia. Enquanto o contemplava, foram-lhe arrancadas as asas. Levantavam-no da terra e endireitavam-no sobre os pés como um homem. Depois, deram-lhe um coração de homem. 5Em seguida, apareceu um segundo animal semelhante a um urso; erguia-se sobre um dos lados e segurava na goela, entre os dentes, três costelas. Diziam-lhe: ‘Vamos! Devora muita carne! ‘ 6Depois disto, vi um terceiro animal parecido com uma pantera, que tinha sobre o dorso quatro asas de ave e também quatro cabeças. Foi-lhe entregue a soberania. 7Enfim, quando contemplava estas visões nocturnas, divisei um quarto animal, horroroso, aterrador, e de uma força excepcional. Tinha enormes dentes de ferro; devorava, depois fazia em pedaços e o resto calcava-o aos pés. Era diferente dos animais anteriores, pois tinha dez chifres. 8Quando eu contemplava os chifres, eis que surgiu do meio deles um outro chifre mais pequeno. Para dar lugar a este chifre, três dos primeiros foram arrancados. Este chifre tinha olhos como um homem e uma boca que proferia palavras arrogantes. 9«Continuava eu a olhar, até que foram preparados uns tronos, e um Ancião sentou-se. Branco como a neve era o seu vestuário, e os cabelos da cabeça eram como de lã pura; o trono era feito de chamas, com rodas de fogo flamejante. 10Corria um rio de fogo que jorrava da parte da frente dele. Mil milhares o serviam, dez mil miríades lhe assistiam. O tribunal reuniu-se em sessão e foram abertos os livros. 11Eu olhava. Por causa do ruído das palavras arrogantes que o chifre proferia, esse animal foi morto e o seu corpo desfeito e atirado às chamas do fogo. 12Quanto aos outros animais, também lhes foi tirado o poderio; no entanto, a duração da sua vida foi-lhes fixada a um tempo e uma data. 13Contemplando sempre a visão nocturna, vi aproximar-se, sobre as nuvens do céu, um ser semelhante a um filho de homem. Avançou até ao Ancião, diante do qual o conduziram. 14Foram-lhe dadas as soberanias, a glória e a realeza. Todos os povos, todas as nações e as gentes de todas as línguas o serviram. O seu império é um império eterno que não passará jamais, e o seu reino nunca será destruído.»
O texto que acabamos de escutar pertence ao género literário apocalíptico. As revelações por meio de sonhos são frequentes tanto no Antigo como no Novo Testamento. No nosso texto, Daniel descreve uma visão nocturna do mar revolto, donde emergem quatro grandes e terríveis animais. O mar simboliza aqui o caos primordial, ou o conjunto das forças que se opõem a Deus e aos seus fiéis. Os animais (quatro significa a totalidade) representam as forças inimigas ou reinos pagãos. Apesar da sua arrogância, não passam de simples instrumentos por meio dos quais Deus realiza os seus juízos. Nos animais podem identificar-se os sinais de Babilónia, dos Medos, dos Persas, e, sobretudo, os Selêucidas da Síria, os mais terríveis. A Síria era antigamente identificada com a Assíria, e aqui na visão dos dez chifres (símbolo de poder) e do chifre mais pequeno e mais arrogante sobrepõe-se ao de Antíoco IV a imagem de Assur. A visão torna-se uma teofania. Aparece uma espécie de tribunal celeste presidido por um Ancião vestido de branco e sentado num trono de fogo com rodas flamejantes. A multidão dos que servem o Ancião é incontável. São abertos os livros do juízo e o quarto animal é morto, enquanto aos outros é concedido um tempo limitado de vida. O mal continua a ameaçar os fiéis. Mas o seu fim está perto. A teofania culmina com a aparição do Filho de homem, figura messiânica, a quem é entregue a senhoria eterna sobre todos os povos e nações.
Evangelho: Lucas 21, 29-33
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: 29«Reparai na figueira e nas restantes árvores. 30Quando começam a deitar rebentos, ao vê-los, ficais a saber que o Verão está próximo. 31Assim também, quando virdes essas coisas, conhecereis que o Reino de Deus está próximo. 32Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo se cumpra. 33O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão-de passar.»
Jesus, ao terminar o “Discurso escatológico”, responde à pergunta inicial: «Mestre, quando sucederá isso? E qual será o sinal de que estas coisas estão para acontecer?» (21, 7). A parábola da figueira é a resposta. Já no versículo 28 fora introduzido o tema da vigilância: «cobrai ânimo e levantai a cabeça!» que agora é retomado e desenvolvido. Lucas aproveita todas as ocasiões para exortar os destinatários do seu evangelho a tirar as devidas consequências da mensagem que lhes entrega.
O pormenor das «restan¬tes árvores» (v. 29) visa tornar inteligível a parábola fora da Palestina. Mas não é preciso aplicar a realidade do Reino de Deus ao ritmo das estações. Portanto o regresso do Senhor não deve ser entendido como é o Verão, tempo das colheitas. Apenas se quer afirmar que, quando se verificarem os sinais premonitórios (cf. vv 20-28), então se manifestará definitivamente o poder de Deus que salva. Para Lucas, como sabemos, o reino de Deus já está no meio de nós (cf. 12, 20; 17, 21). O regresso do Senhor não será o início do Reino, mas a realização da sua última fase. «A vossa redenção está próxima» (v. 28): Cristo, o libertador, que já deu início ao reino do Pai no meio de nós, há-de vir aperfeiçoar a sua missão.
Meditatio
«Os quatro grandes animais» do sonho de Daniel não conseguem fixar os olhos no trono resplandecente em que está sentado o Ancião. Consegue-o Daniel, com os olhos puros da fé, a quem é dado contemplar o fim da visão. O poder das forças do mal é limitado no tempo e no espaço, apesar de incutir terror. Os crentes escolheram outro poder, que não tem limites. A multidão dos que servem o Ancião é inumerável. O reino entregue ao Filho do homem é eterno. O poder humano «não é humano»; o único reino “humano” é o reino de Deus.
Mas, voltemos à visão de Daniel. O profeta vê quatro grandes animais: um leão monstruoso, que se endireitava sobre os pés como se fosse um homem e tem coração de homem; um urso, ao qual é dito: «Vamos! Devora muita carne!» (v. 5); uma espécie de pantera à qual foi entregue a soberania; finalmente, «um quarto animal, horroroso, aterrador, e de uma força excepciona» (v. 7). Estes animais representam o poder humano não submetido a Deus. É um poder cruel, desumano, que parece nunca acabar, mas que é miserável e inconsisten
te. A este poder, Daniel opõe o poder de Deus, na visão de «um ser semelhante a um filho de homem» (v. 13), que recebe poder, glória e reino do próprio Deus. É o rei que preferiu sofrer a fazer sofrer, que se fez homem para melhor compreender os homens e guiá-los de modo humano, com mansidão e humildade.
O profeta Daniel antecipa a grande revelação do Novo Testamento, onde é recordada em momentos decisivos. O Filho do homem a quem Deus dá glória, poder e reino é evocado por Cristo na resposta ao Sumo-sacerdote: «És o Messias, o Filho de Deus?» Jesus respondeu-lhe: «Sim: Vereis um dia o Filho do Homem sentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.» (Mt 26, 63-64). Os cristãos exultaram ao reler a profecia, e contemplam Cristo à direita de Deus. No último encontro de Jesus com os seus, Ele proclama que esta profecia está realizada: «Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra» (Mt 28, 18).
Como discípulos do Senhor somos chamados a viver a bem-aventurança dos pobres e a renunciar a tantos meios de segurança humana: dinheiro, estado social influente, cargos, poder… Jesus é tudo na nossa vida. De modo particular, como religiosos, queremos assumir o Seu estilo de vida e cooperar, segundo a nossa vocação pessoal e comunitária, para a difusão do Seu Reino.
Oratio
Senhor, obrigado pela ironia com que nos disseste quando será o fim do mundo: “quando virdes a figueira lançar os primeiros rebentos, dizeis que o Verão está perto”. É um fenómeno natural, que o camponês bem sabe interpretar. Também não passará a nossa geração sem que venha o reino de Deus. Não se trata de nos abandonarmos a fantasias milenaristas, mas de viver plenamente a nossa vida cristã, que para isso recebemos. Não é preciso esperar pelo fim do mundo para nos convencermos que a tua Palavra dura eternamente e para decidirmos, de uma vez por todas, confiar-nos a Ti, e não aos poderes deste mundo, que, entretanto, parecem levar a melhor. Obrigado, Senhor, por assim me esclareceres. Amen.
Contemplatio
O silêncio acusador de Jesus, mais eloquente do que tudo o que teria podido dizer, perturbava e inquietava a consciência dos juízes. Caifás quis rompê-lo a todo o custo. As acusações das testemunhas confirmavam-no no pensamento de que Jesus se dava por Messias. Quis obrigá-lo a confessar. Por isso disse-lhe solenemente: «Eu te conjuro, em nome do Deus vivo, a que nos digas se és o Cristo, o Filho de Deus». Jesus sabe que a sua resposta afirmativa terá como consequência uma declaração de morte; mas não quer subtrair-se a uma notificação jurídica. Responde dignamente: «Tu o disseste, sou». É como se dissesse: «Sou o Messias esperado, aquele que os profetas vos anunciaram. Deveríeis reconhecê-lo e proclamá-lo. Em vez disso, ides condenar-me à morte, mas esta morte mesma me fará entrar na glória, e julgar-vos-ei por minha vez». E acrescentava: «Vereis, então, um dia o Filho do homem, sentado à direita de Deus todo-poderoso, e vindo sobre as nuvens do céu, para julgar os vivos e os mortos». A estas palavras, o sumo-sacerdote, fingindo surpreender o Salvador em flagrante delito de blasfémia, rasgou as vestes e exclamou: «Blasfemou, que vos parece? Que necessidade temos ainda de testemunhas?». Todos se levantaram e gritaram, como possessos: «É digno de morte». Mas Jesus não provou a sua missão com milagres? Era isto que deviam examinar e nem pensam. Ó meu bom Mestre, sim, creio, vós sois o Cristo, Filho de Deus. Reconheço-o, adoro-vos, faço pública retractação por estes ultrajes que vos são feitos em casa de Caifás. Infelizmente, a minha vida tem sido muitas vezes uma negação da vossa autoridade. Perdoai-me, prostro-me aos vossos pés e abraço-os. (Leão Dehon, OSP 3, p. 292s.).
Actio

Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Vereis um dia o Filho do Homem sentado à direita do Todo-Poderoso
e vindo sobre as nuvens do céu» (Mt 26, 64

haverá uma terrível angústia...Dehonianos

30 Novembro 2017
Lectio
Primeira leitura: Daniel 6, 12-28
Naqueles dias, aqueles homens acorreram, alvoroçados, e encontraram Daniel em oração, invocando o seu Deus. 13Dirigiram-se imediatamente a casa do rei e disseram-lhe, a propósito do decreto real de proibição: «Não promulgaste tu, ó rei, uma proibição, declarando que quem, no período de trinta dias, invocasse algum deus ou homem que não fosses tu, seria lançado na cova dos leões?» Respondeu o rei: «Com certeza, conforme a lei dos Medos e dos Persas, que não pode ser modificada.» 14«Pois bem – prosseguiram eles – Daniel, o exilado de Judá, não teve consideração nem pela tua pessoa, nem pelo decreto que promulgaste. Três vezes ao dia, faz a sua oração.» 15Ao ouvir estas palavras, o rei, muito pesaroso, tomou a peito, apesar de tudo, a salvação de Daniel e nisso se aplicou até ao pôr-do-sol. 16Porém, os mesmos homens, em tropel, vieram novamente procurar o rei. «Sabei, ó rei – lhe disseram – que a lei dos Medos e dos Persas não permite qualquer revogação de uma proibição ou de um decreto publicado pelo rei.» 17O rei, então, mandou levar Daniel e lançá-lo na cova dos leões. Disse-lhe o rei: «O Deus que tu adoras com tamanha fidelidade, Ele próprio te libertará!» 18Trouxeram uma pedra, que rolaram sobre a abertura da cova: o rei selou-a com o seu sinete e com o sinete dos grandes, para que nada fosse modificado em atenção a Daniel. 19Entrando no palácio, o rei passou a noite sem comer nada e sem mandar ir para junto dele concubina alguma; não conseguiu fechar os olhos. 20De madrugada, levantou-se e partiu a toda a pressa para a cova dos leões. 21Quando estava próximo, com uma voz muito magoada, chamou Daniel: «Daniel, servo do Deus vivo, o teu Deus, que adoras com tanta fidelidade, teria podido libertar-te dos leões?» 22Daniel dirigiu-se ao rei nestes termos: «Ó rei, viva o rei para sempre! 23O meu Deus enviou o seu anjo e fechou as fauces dos leões, que não me fizeram qualquer mal, porque, aos olhos dele, estava inocente. Para contigo, ó rei, tão pouco cometi qualquer falta.» 24O rei, então, cheio de alegria, ordenou que tirassem Daniel da cova. Daniel foi, pois, tirado sem qualquer vestígio de ferimento, porque tinha fé no seu Deus. 25Por ordem do rei, trouxeram os acusadores de Daniel e atiraram-nos à cova dos leões, a eles, às mulheres e aos filhos. Ainda não tinham tocado o fundo da cova e já os leões os tinham agarrado e lhes tinham triturado os ossos. 26Então, o rei Dario escreveu: «A todos os povos, a todas as nações e à gente de todas as línguas que habitam a face da terra, paz e prosperidade! 27Promulgo este decreto: ‘Que em toda a extensão do meu reino se tema e trema diante do Deus de Daniel, porque Ele é o Deus vivo, que subsiste eternamente; o seu reino jamais será destruído e o seu domínio é perpétuo. 28Ele salva e Ele liberta, faz milagres e prodígios no céu e na terra: foi Ele quem livrou Daniel das garras dos leões. ‘»
Daniel, apesar da proibição do rei, continua a rezar três vezes ao dia, como faz todo o piedoso israelita (v. 14). Os seus inimigos denunciam-no. Dário fica triste, mas não pode deixar de castigar Daniel, pois os decretos reais são irrevogáveis. Como nas fábulas, Daniel e lançado na cova dos leões, fechada com uma pedra que o rei sela para evitar irregularidades. Mas deseja que o Deus de Daniel intervenha para o salvar. Não hesita em orar e jejuar por essa intenção (vv. 17-19).
No dia seguinte, ainda cedo, quando o rei pesaroso se dirigiu à cova dos leões e chama por Daniel, este responde-lhe, dizendo: «Ó rei, viva o rei para sempre! O meu Deus enviou o seu anjo e fechou as fauces dos leões, que não me fizeram qualquer mal.» (vv. 22-23). Libertado o herói, Daniel, segue-se o castigo dos seus inimigos que, antes de chegarem ao fundo da cova, são triturados pelos dentes dos leões (vv. 24s.). Tudo termina com um novo decreto do rei, que ordena que em todo o reino se preste culto ao Deus de Daniel (vv. 26-28). O monoteísmo de Israel triunfa sobre as nações pagãs, que, por causa dos seus prodígios, reconhecem o Deus vivo e verdadeiro.
Evangelho: Lucas 21, 20-28
Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 20«Quando virdes Jerusalém sitiada por exércitos, ficai sabendo que a sua ruína está próxima. 21Então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade retirem-se; e os que estiverem no campo não voltem para a cidade, 22pois esses dias serão de punição, a fim de se cumprir tudo quanto está escrito. 23Ai das que estiverem grávidas e das que estiverem a amamentar naqueles dias, porque haverá uma terrível angústia no país e um castigo contra este povo. 24Serão passados a fio de espada, serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será calcada pelos gentios, até se completar o tempo dos pagãos.» 25«Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e, na Terra, angústia entre os povos, aterrados com o bramido e a agitação do mar; 26os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai acontecer ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. 27Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem com grande poder e glória. 28Quando estas coisas começarem a acontecer, cobrai ânimo e levantai a cabeça, porque a vossa redenção está próxima.»
Esta secção do “Discurso escatológico” apresenta duas partes. Na primeira, é descrita a ruína de Jerusalém (vv. 20-24); na segunda é descrito o fim do mundo (vv. 25-28). Na primeira parte verificamos, mais uma vez, como Lucas gosta de passar da apocalíptica à história: «quando virdes Jerusalém sitiada por exérci¬tos… esses dias serão de punição» (cf. vv. 20-22). A destruição de Jerusalém é um juízo de Deus sobre o comportamento passado dos seus habitantes. Mas é também um aviso em relação ao futuro, e de alcance universal: «até se completar o tempo dos pagãos» (v. 24), isto é, o tempo do testemunho, o tempo dos mártires (cf. Actos dos Apóstolos).
S. Lucas gosta de distinguir os tempos: o Antigo Testamento, a plenitude dos tempos caracterizada pela presença de Jesus, e o tempo da Igreja. O «tempo dos pagãos» insere-se nesta última fase da história. Entre a primeira e segunda parte desta página, o evangelista deixa entender que, depois do tempo dos pagãos, será o juízo universal. Os versículos 25-28 caracterizam-se pela vinda do Filho do homem para o juízo universal. O crente nada tem a temer, ainda que a descrição desse momento o induza ao temor de Deus. De facto, o regresso do Senhor caracteriza-se por «grande poder e glória» (v. 27). Mas será nesse regresso que irá trazer aos fiéis o dom da libertaç&atil
de;o definitiva, o dom da redenção.
Meditatio
Os inimigos de Daniel fazem-no condenar e lançar à cova dos leões, apesar da benevolência do rei para com ele. Aparentemente levam a melhor. Jerusalém, a cidade santa, é destruída, e a população da Judeia exterminada. Tudo parece correr mal para o sábio servo de Deus, Daniel, e para o povo da Aliança. Mas é exactamente no meio das tragédias que gira a roda da fortuna e se manifesta a vitória do projecto divino: os leões, que pouparam Daniel, devoram os seus adversários; enquanto os homens morrem de medo, os discípulos de Jesus erguem a cabeça, porque a sua libertação está próxima. Os crentes, em vez de se espantarem, devem permanecer serenos e alegres, na esperança da libertação, que se aproxima. Toda a tribulação augura vitória, se formos dóceis ao Espírito Santo, que tudo renova. Não esqueçamos que, tanto o autor do livro de Daniel, como Lucas, escreveram em tempos de perseguição, quando a solução positiva e o fim das tribulações pareciam incertos e longínquos. Para o cristão, o sofrimento da morte é libertação para Cristo e para a vida eterna. Pensemos nas palavras de Paulo: «Tenho o desejo de partir e estar com Cristo» (Fl 1, 23). Deixaríamos de lamentar-nos pelas nossas dificuldades de cada dia, se tivéssemos uma migalha da fé testemunhada nas leituras de hoje.
Façamos nosso este modo de ver as coisas, lendo os acontecimentos à luz da fé e da esperança. Externamente, talvez nada mude. Mas nós estaremos sempre em paz, naquela paz que Jesus nos trouxe. Em qualquer circunstância, basta-nos a disponibilidade para tudo acolher e viver em união com Cristo, para nossa salvação e salvação do mundo. O Pe. Dehon quer que o “Ecce venio” seja a nossa máxima preferida: «Esta expressão está sempre nos nossos lábios e, sobretudo, nos nossos corações», escreve o Fundador nas Cst de 1885. A profissão de vítima, isto é, de viver em permanente atitude de oblação, obriga-nos a oferecer todos os dias as nossas orações, obras, sofrimentos e a vida em união com o Coração de Jesus, em espírito de sacrifício, de expiação, de acção de graças e de amor.
Oratio
Senhor, também eu me revejo entre os fugitivos que saem da cidade, aterrados pelos sinais nos céus e pelo bramido e agitação no mar. A “cidade santa”, que me dava refúgio e apoio está reduzida a um montão de ruínas: onde estão a igrejas repletas de outrora? Por onde anda a juventude? Que é feito das formas de piedade tradicional em que fui educado? Onde estão as respostas claras e concisas às minhas dúvidas? Ajuda-me, Senhor, a descobrir a tua vontade no meio de tantas desgraças. Ajuda-me a enfrentar sereno e esperançoso, como Daniel, os leões que rugem e me querem devorar. Ajuda-me a ver para além dos céus abalados e dos mares agitados. Se estiveres comigo, os meus olhos verão o Filho do homem vir numa nuvem e terei força para erguer a cabeça. Amen.
Contemplatio
Nosso Senhor preveniu-nos: «A via larga conduz à perdição. – O reino dos céus sofre violência». S. Pedro recorda-nos nas suas epístolas que os demónios, nossos inimigos, andam à nossa volta, com a fúria dos leões para nos perderem. A nossa natureza corrompida, as paixões, a nossa indolência natural arrastam-nos. O mundo, as suas máximas, os seus costumes seduzem-nos. O respeito humano paralisa-nos. Um bom número de almas fracassa na obra da salvação. Quantas? Deus o sabe. Mesmo os santos tremiam de medo. O próprio S. Paulo, depois de ter convertido uma multidão de almas, temia o juízo de Deus. S. João Crisóstomo pensava que muitos cristãos e mesmo sacerdotes perdem a sua alma. Nosso Senhor fez ver a Santa Teresa que a sua salvação dependia de uma ligação natural que devia romper. Fez a mesma advertência à bem-aventurada Margarida Maria. Disse-lhe que se ela não se retirasse desta afeição, Ele retirar-se-ia dela. Não estamos demasiado confiantes, demasiado descuidados na grande questão da salvação? (Leão Dehon, OSP 2, p. 14s.).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Animai-vos: a vossa redenção está próxima.» (Lc 21, 28).


Imediatamente o seguiram-Diac. José da Cruz

QUINTA FEIRA DA XXXIV SEMANA DO TEMPO COMUM 30/11/2017

1ª Leitura Romanos 10, 9-18

Salmo 18/19 A “Seu som ressoa e se espalha em toda a terra”

Evangelho  Mateus 4, 18-22

“...Imediatamente o seguiram”


A vocação é algo muito interessante, a maioria dos convertidos que se sentiram chamados por Deus, teve sua experiência mística em um retiro, ou em uma celebração muito tocante, em uma ocasião muito especial, onde emoções e sentimentos estranhos se misturaram quando sentiram o chamado.
Não há nada de místico no chamado dos quatro primeiros Discípulos, estavam em um dia de trabalho, em atividade pesqueira, acho que não estavam nem em clima de oração, mas “dando duro” para ganhar o pão com o suor do seu rosto. Jesus passava por ali...Jesus passa em todos os lugares por onde andamos ou estamos, não só nas celebrações dos domingos ou nos grande retiros, na segunda feira em meio ao trânsito, lá está Jesus passando e nos chamando. O chamado traz sempre alguma coisa nova “Eu vos farei pescadores de homens” e isso requer uma mudança de vida, implica em uma tomada de decisão muito séria. Viver em função de Jesus, seu Reino e seu Evangelho, vestir a camisa do Cristianismo, deixar de ser um simples frequentador de igreja para ser a Igreja de Cristo. Estamos sempre abertos e dispostos a fazermos essa ruptura, até mesmo com coisas que nos são essenciais? O chamado de Jesus é todo dia, pois todos os dias recebemos outros chamados, para percorrermos  caminhos, que não são os de Jesus. Esses quatro, entre eles Santo André, cuja festa hoje a Igreja celebra, romperam com tudo para assumirem o Discipulado. “Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram”. Não pediram um tempo para pensar, ou fizeram perguntas. Deixamos algo essencial para seguirmos Jesus ou somos meros frequentadores de Igreja? ( Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata- Arquidiocese Sorocaba E-mail jotacruz3051@gmail.com)



“O CÉU E A TERRA PASSARÃO, MAS AS MINHAS PALAVRAS NÃO HÃO DE PASSAR". – Olivia Coutinho

 
Dia 01 de Dezembro de 2017
 
Evangelho de Lc 21,29-33
 
Quem não tem um olhar contemplativo, não percebe os sinais de Deus, presente na natureza! Quem não contempla as maravilhas da natureza, tem dificuldades, em entender as parábolas de Jesus,  que transformava o imperceptível  aos olhos de muitos, em clareza para alguns.  
Deus está presente na natureza, por isto, ela nos passa belos exemplos! Se observarmos bem as arvores, vamos perceber que elas nos passam grandes lições de vida; durante o inverno, as arvores são duramente castigadas, muitas, ficam totalmente desfolhadas, parecendo sem vida, mas basta chegar as primeiras chuvas, que elas se revigoram. É o Criador, através da natureza, nos ensinando a atravessarmos os invernos  da nossa vida!  
No evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, Jesus continua nos tranquilizando, enchendo o nosso coração de esperança, ao nos falar da proximidade de um Reino que se abre à humanidade por meio Dele!
Assim como Jesus animava os primeiros discípulos nos momentos difíceis, Ele também nos anima com palavras de vida, palavras, que atualizamos no nosso dia a dia ao fazermos o que Ele fazia.
Tudo envelhece, tudo passa,  menos as palavras de Jesus, suas palavras são sempre atuais, afinal, amor e justiça, nunca entram em decadência! 
Vivendo e propagando as palavras de Jesus, estaremos contribuindo para que elas possam continuar vivas de geração em geração!
Jesus compara a chegada do Reino de Deus com um pequeno broto de uma arvore, que se renova, após ter sofrido as consequências do inverno. Com essas palavras, Jesus quer nos  dizer, que há uma vida nova por vir, e que nós, não devemos nos preocupar com as turbulências deste mundo e nem dar ouvidos aqueles que gostam de nos alarmar com previsões infundadas do fim do mundo. Essas coisas, não podem entrar no coração de quem se deixa conduzir pelos ensinamentos de Jesus. Para quem confia nas promessas de Jesus, o mundo velho, corrompido pelo o pecado, um dia irá desaparecer para dar lugar a um mundo novo, onde os “escolhidos” de Deus não terão o que temer.
Na vida, tudo tem o seu tempo, se um dia, um temporal desaba sobre nós, no outro dia, o sol vem e seca as nossas lágrimas! Jesus é este sol, Ele é o sol da Eternidade, é sob o brilho desta Luz, que a nossa vida se renova.
 
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olivia Coutinho
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terça-feira, 28 de novembro de 2017

1o Domingo do Advento-Jorge Lorente

Evangelhos Dominicais Comentados

03/dezembro/2017 – 1o Domingo do Advento

Evangelho: (Mc 13, 33-37)


Disse Jesus: “Ficai de sobreaviso e vigiai, porque não sabeis quando será o momento. Será como um homem que, ao partir para o exterior, deixa a casa e delega autoridade aos escravos, indica o trabalho de cada um e dá ordens ao porteiro para vigiar. Vigiai, pois não sabeis quando o senhor da casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo ou pela manhã, para que não aconteça que, vindo de repente, vos encontre dormindo. O que eu vos digo, digo a todos: Vigiai!”

COMENTÁRIO

Feliz ano novo para você e para toda a sua família!!! – Mas, como? Feliz ano novo em pleno mês de novembro? É, apesar de faltar ainda um mês para terminar o ano civil, estamos no início de um novo ano, começa hoje o ano "B" do calendário litúrgico.

Já estamos vivendo o primeiro Domingo do Advento. Advento é tempo de espera e de preparação para a chegada do Messias que veio para nos libertar da escravidão do pecado. Aniversário de Jesus, o Salvador da humanidade. 

O evangelho de hoje sugere cuidado e atenção. É preciso vigiar, estar atento para não ser encontrado dormindo. Ai daquele que não estiver em seu posto de trabalho e ajudando na construção de um mundo novo.

Estar atento, vigilante e cumprindo a tarefa é o nosso compromisso batismal. Compromisso com os pobres, humildes, marginalizados e injustiçados. Nossa tarefa é levar esperança e dignidade aos menos favorecidos. 

O desemprego, a violência, a corrupção e a precariedade nas áreas de educação e saúde demonstram o descaso para com o próximo. Demonstram que alguns "empregados" não estão assumindo as tarefas deixadas pelo "Patrão".

Qualquer hora é hora, portanto "ficai atento e vigiai". O Dono da casa poderá vir à tarde, à meia noite, de madrugada ou ao amanhecer... não sabemos a hora mas, que Ele virá, certamente virá! Virá de repente e poderá nos surpreender dormindo sobre um mundo de problemas sociais que procuramos não ver.

Poderá encontrar-nos com os olhos fechados para a superlotação das cadeias e com as costas voltadas para os milhares de menores abandonados. Poderá surpreender-nos fingindo não ver nossas crianças cheirando cola e fazendo do "craque" o seu refúgio. Poderá ainda, nos questionar sobre aquele mundo de jovens segregados e amontoados sob as marquises.

Feliz daquele que, nesse dia, tiver respostas satisfatórias, que assumiu as suas tarefas, que lutou por mudanças, por dignidade e por justiça. Bem-aventurado aquele que se comportou como aquele porteiro que não foi flagrado cochilando e que, nunca foi surpreendido dormindo.

Ainda há tempo, é agora a hora de mudar! O mundo precisa de cidadania, de paz, de justiça e de amor; o mundo precisa de Deus. Ainda temos a tarde toda e a meia-noite, temos a madrugada e o amanhecer... isso é tempo mais do que suficiente para acordar e partir para a luta em favor da vida.

Vamos então promover a união e a partilha, essa é a tarefa para quem almeja a Glória Eterna.


(1043)



-Jesus se compadece de nós-José Salviano

9 de Dezembro de 2017

 Cor: Roxo Evangelho - Mt 9,35 - 10,1.6-8 


 Naquele tempo: 35Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37'A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!' 10,1E, chamando os seus doze discípulos deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade. Enviou-os com as seguintes recomendações: 6Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! 7Em vosso caminho, anunciai: 'O Reino dos Céus está próximo'. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!Palavra da Salvação.(CNBB).  


Jesus se compadece de nós. Jesus se importa com os nossos sofrimentos. Precisamos oferecer a Ele as nossas dores, e pedir-lhe a ajuda que necessitamos. Porém, não nos façamos de surdos aos seus chamados para participar da catequese. Esta catequese que nem sempre é feita por palavras, mas sim, pelo nosso testemunho.
Precisamos intensificar mais a nossa ação evangelizadora no mundo, pois as forças sociais estão fazendo uma grande LAVAGEM CEREBRAL nas mentes dos nossos jovens. O mundo digital liderado pelo celular, está mostrando aos nossos jovens, valores outros que eles estão acatando como valores importantes, valores naturais, valores que devem ser adotados em suas vidas. Tudo isso em detrimento aos ensinamentos do Evangelho, os quais são os verdadeiros valores que necessitamos para que tenhamos vida em abundância.A  fé é um dom de Deus, que já vem instalada em nossa mente ao nascer. Enquanto somos pequenos, cabe aos nossos pais regar, alimentar e orientar esta semente, esta plantinha, para que ela cresça junto conosco. Não devemos perder tempo, pois é na infância que devemos fazer isso. Se deixarmos para a adolescência, será tarde demais, pois os amigos, os colegas, a televisão, o videogame, a internet chegarão primeiro que nós, fazendo uma varredura, uma verdadeira LAVAGEM CEREBRAL tirado da mente dos jovens os valores morais, os valores cristãos, e instalando em seu lugar tudo o que os afastam de Deus: Sexo livre, pornografia, sentimentos de inveja, ódio, vingança, embriaguêz, e reações de violência. Tudo isso no lugar que deveria ser de DeusO mundo está um caos, o mundo está perdido, onde é que vamos parar? São frases que dizemos todos os dias, principalmente quando acabamos de ver os noticiários, os quais mostram quase que somente as barbaridades causadas pela falta de fraternidade e pela falta  da prática da fé em Deus. Pois aquela fé que muitos nasceram com ela, em vez de ser incentivada pelos pais e familiares, foi sufocada pelas redes sociais, e pelo exemplo da juventude a qual apoiada pela impunidade, e impulsionada pelo desemprego ou pelo subemprego, com salários vergonhosos, ensinam aos demais jovens a viverem sem nenhum limite! Caríssimos. Jesus hoje nos chama para irmos  à luta, contra a incredulidade do mundo, que não cultivou a fé, que é um presente de Deus, na mente dos pequeninos. Vamos que ainda dá tempo de se fazer alguma coisa! Vamos que nem tudo está perdido! Vamos com muita fé e coragem, nós que ainda continuamos firmes na fé. Não deixemos para depois, pois não haverá mais nenhum catequista disponível para pelo menos tentar salvar o mundo.  Veja a realidade lamentável  que está acontecendo com esta geração de jovens! Você vai ficar omisso, omissa, esperando que eles façam alguma coisa pelo Reino de Deus?  É claro que não são todos os jovens do mundo! Ainda temos bons jovens  e podemos constatar isso em algumas paróquias.  Vamos incentivá-los, vamos convidá-los para formar um grupo de coroinhas, que os coroinhas maiores e mais conhecedores da liturgia ensine os novatos, que desse grupo se forme um grupo ou pastoral das vocações, e que, finalmente  desse grupo saiam alguns que entrem para o seminário e sigam carreira para um dia serem ordenados padres. AMÉM, QUE ASSIM SEJA!  


 Tenha um bom dia.  José Salviano. 


 ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕESSenhor da Messe e Pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos o teu forte e suave convite: -"Vem e  segue-me"! Derrama, sobre nós o teu Espírito.Que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir a tua voz.Senhor. Que a Messe não se perca por falta de operários!Desperta nossas comunidades para a Missão.Ensina nossa vida a ser serviço.Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa.Senhor, que o rebanho não pereça por falta de Pastores.Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres e ministros.Dá perseverança aos nossos seminaristas.Desperta em nossos jovens a vocação para o ministério pastoral em tua Igreja.Senhor da Messe e pastor do rebanho. Chama-nos para o serviço de teu Reino e de teu povo.Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho.Ajuda-nos a responder SIM. Amém.