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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Os policiais da comunidade...--Diac. José da Cruz



SEXTA FEIRA DA 15ª SEMANA DO TC 18/07/2014
1ª Leitura  Isaias 38, 1-6.21 – 22.7-8
SALMO Isaias 38, 17b “Vós preservastes minha vida do túmulo onde se apodrece, e lançastes para trás de vós todos os meus pecados”
Evangelho Mateus 12, 1-8

“Os policiais da comunidade...”
A exemplo dos moralistas de plantão, os Fariseus eram naquele tempo, aquilo que poderia ser chamado hoje de “policiais da comunidade”, só de olho no que os outros fazem para poder acusa-los perante a autoridade. Claro que a Policia Militar faz esse trabalho, e os bons policiais o fazem com todo zelo, e se perceber uma atitude suspeita de alguém, imediatamente irá abordá-lo pois faz parte do seu trabalho.
Os moralistas também agem dessa forma, seguem á risca a lei e julgam-se no direito de fiscalizar as demais pessoas, para que também o façam e não admitem que alguém venha a violar algum preceito da lei. Pessoas assim tornam-se insuportáveis para os outros, porque são como uma engrenagem sem lubrificante, são secas, rigorosas, até que um dia a “casa cai”, quando os outros descobrem que esse grupo só enganava, porque lhes faltava o essencial: o amor e a misericórdia na relação com os demais.
Esse grupo de Fariseus parece que tiravam o dia para “fiscalizar” as pessoas suspeitas, principalmente Jesus e seus discípulos e neste evangelho, em um dia de sábado o flagram colhendo espigas para comerem, pois no meio da caminhada sentiram fome. Querendo mostrar a Jesus o Santo caminho da Lei de Moisés  ( quanta pretensão) acusam os discípulos de estarem fazendo algo que é proibido em dia de sábado: trabalhar!
Jesus toma então alguém importante da História de Israel, o grande Rei Davi, de cuja estirpe viria o Messias, e mostra-lhes que o próprio Davi infligiu aquela lei, quando junto com seus companheiros  entrou no templo e comeu dos pães sagrados, exclusivos dos sacerdotes. O ensinamento de Jesus é exatamente esse: que acima de qualquer lei está a Lei do Amor e da preservação da Vida, e toda lei autêntica deve ter ao centro a Vida do Homem. Jesus não revoga a Lei de Moisés, mas lembra o que está no centro dela, e que os Fariseus há muito tinham esquecido. Não se coloque nenhuma Lei ou norma acima do amor e da misericórdia para com as pessoas.
Os membros dos nossos Conselhos Pastorais, bem como os Coordenadores e Cooperadores, devem estar atentos e muito abertos á Palavra de Deus, para que  não se corrompam com o velho Farisaísmo  que tanto Jesus condenou.


A Leveza do Amor...--Diac. José da Cruz

QUINTA FEIRA DA 15ª SEMANA DO TC 17/07/2014
1ª Leitura Isaias 26,7-9.12.16-19
Salmo 93(94), 15b “Seguirão o Senhor os retos de coração”
Evangelho Mateus 11, 28-30
“A Leveza do Amor...”
O evangelho de hoje é um convite muito sério para refletir sobre tudo o que fazemos e principalmente nossos trabalhos pastorais. Jesus fala de um fardo pesado que nos cansa e traz grande fadiga, naquele tempo era a observância das leis de Moisés, que os Fariseus haviam multiplicado e como Guardiães da Lei, se davam ao direito de cobrar e exigir de toda a assembleia de maneira minuciosa, todos aqueles preceitos.
De igual modo hoje há em nossa igreja o perigo de um ativismo exagerado onde perdemos a noção daquilo que é essencial, que é sempre ter em vista o “Por que” fazemos. Os sintomas de fardo pesado sempre aparecem: são as brigas pelo poder, as discussões, desentendimentos, falta de compreensão e de paciência no relacionamento entre as pessoas de uma equipe, pastoral ou movimento. Uma das equipes de serviço que mais evidencia esse Julgo Pesado,é a equipe de eventos, espelho e reflexo do restante da comunidade. Se nessa equipe faltar: alegria, solidariedade, companheirismo, misericórdia, compreensão, pode saber que o restante das lideranças também está contaminado.
O que Jesus nos pede é para que o busquemos para sentirmos alívio em nosso fardo, e daí aquilo que é uma obrigação, e que vou arrastando entre gemidos, queixas e lamúrias, se torna leve, suave, alegre. Qual o segredo de Jesus? Exatamente o FAZER com e por AMOR. Jesus colocou um julgo diferente dos Fariseus: o Amor que se doa, que serve a todos, e que se entrega. Ele o tomou por primeiro ao carregar a cruz, sem praguejar, sem queixar-se, sem lamuriar-se e sem decepcionar-se com os homens que o condenaram.
Na comunidade há os que exigem e sempre reclamam, há os que querem dominar mas há outros que se entregam, se doam, sempre com alegria, tornando aquela ação prazerosa. Estes são os que fazem por amor, os que buscaram a Jesus e transformaram o peso insuportável das obrigações cristãs, na leveza do Amor que a todos ama e serve,exatamente como Jesus.
Na Comunidade nada façamos por mera obrigação, mas por amor, e chega de nos valorizarmos a todo o momento, afirmando ou pensando que, sem nós o trabalho não será feito. Que o nosso amor cristão se traduza unicamente em serviço, sempre feito na leveza do Amor, que gera em nós esta incontida e santa alegria no Senhor.


O Elogio á Maria, Mãe de Jesus...--Diac. José da Cruz

NOSSA SENHORA DO CARMO 16/07/2014
1ª Leitura Zacarias 2, 14-17
Salmo Lucas 1,49 “Realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso”
Evangelho Mateus 12, 46-50

   “O Elogio á Maria, Mãe de Jesus...”
Há duas citações do Noivo Testamento que leva o leitor a tirar conclusões precipitadas sobre a relação de Jesus com sua Mãe. Uma aquela onde uma mulher enalteceu Maria, quando exclamou para Jesus –“Bendito os Ventres que te amamentaram” e a outra é precisamente neste evangelho do “Dia de Nossa Senhora do Carmo”.
O texto dá a entender que Jesus está em uma casa ou comunidade, quando alguém o informa que “Sua Mãe e seus irmãos estão lá fora e querem lhe falar”. Não há um contato visual entre Jesus e aqueles que estão lá fora, entendam-se, fora da casa, na porta. Se fosse em um local aberto, não seria necessário que alguém viesse lhe informar, pois Jesus mesmo veria a mãe e os seus primos, chamados de irmãos, e se encarregaria de os acolher.
É necessário que alguém lhe informe, seria uma espécie de âncora, para que Jesus pudesse fazer este ensinamento de extrema importância para a nossa Vida Cristã. Não questionemos se o fato é histórico, se ele ocorreu ou não. Nossa atenção deve estar sempre voltada para o ensinamento que se origina a partir do “fato” , os sinóticos estão recheados com esse estilo de literatura, onde a intencionalidade do autor está bem definida. Neste caso, como já falamos, é o ensinamento e não o fato em si, que deve chamar a nossa atenção.
Pois se o fato em si, vamos criticar a atitude de Jesus, que não acolheu seus familiares, entre eles sua mãe, e ainda por cima os ignorou, pois parece não ter dado a mínima para a informação recebida, de que a mãe e os irmãos estavam lá fora e desejavam lhe falar. Por outro lado, há uma certa historicidade na narrativa, pois com o desenrolar da missão de Jesus, os parentes mais próximos julgaram que ele estive fora do seu juízo perfeito e tentavam falar com ele para trazê-lo á normalidade e leva-lo para casa.

Na verdade o evangelho ressalta a figura de Maria, Mãe de Jesus, aquela que por excelência “Fez a Vontade do Pai que está nos céus”. Os vínculos de uma intimidade com Jesus não têm como referência os laços de parentesco, Maria gestou Jesus primeiro na Mente e no coração, antes de tê-lo em seu ventre. Diferente de certas Instituições Humanas,onde parentes daquele que está  no poder, tem certos privilégios e honrarias, além de ser isento das obrigações, no Reio Novo que Jesus inaugurou, á submissão á Vontade do Pai é imprescindível para ter com ele uma relação mais íntima. Hoje há muitos cristãos que estão “DENTRO” de uma instituição Religiosa, entretanto, sua Vida e testemunho quando está “FORA”nem sempre está em conformidade com aquilo que se Professa na Fé. 

Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel!-Igreja Matriz de Dracena

09 de Julho-Evangelho - Mt 10,1-7
COMPANHEIROS DE MISSÃO
A grandeza da missão a ser realizada exigiu de Jesus contar com a ajuda de companheiros. A escolha dos doze apóstolos simboliza o que haveria de acontecer ao longo dos tempos: muitos seriam chamado para compartilhar a missão de Jesus. 
Também o encargo conferido aos apóstolos tem um caráter paradigmático. O Mestre deu-lhes o poder de expulsar os espíritos imundos, curar toda doença e enfermidade, e mandou-os anunciar que “o Reino dos Céus está próximo”. Trata-se das duas vertentes da ação de Jesus, que foi Messias por palavras e por obras. Enquanto Messias por palavras, sua pregação esteve toda centrada no tema do Reino: sua origem, as condições para aderir a ele, sua ação na história humana e seu destino último. Enquanto Messias por obras, empenhou-se todo em fazer o bem a quem dele se aproximava com o desejo de ser ajudado. A fé foi sempre um requisito para que as pessoas se beneficiassem dos milagres de Jesus. Jamais usou o poder que o Pai lhe conferira, para fazer algo em benefício próprio. Em tudo visou o bem das pessoas.
Os que são chamados a ser companheiros de Jesus – homens e mulheres – terão de percorrer o mesmo caminho. O sinal mais convincente de adesão sincera será a capacidade de segui-lo até a cruz.

Oração

Pai, tu me escolheste para ser companheiro de missão de teu Filho Jesus. Que eu seja capaz de percorrer, com fidelidade, o mesmo caminho trilhado por ele.

Um convite de jesus-Canção Nova

06 de julho- Evangelho - Mt 11,25-30

Hoje o Senhor claramente nos convida a irmos a Ele: Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso de vossos fardos… E eu pergunto quantos de nós temos nos cansado durante o nosso dia a dia, pelas circunstâncias, seja uma insatisfação pessoal no trabalho, sejam as coisas que acontecem que não saem da forma como desejamos, ou seja, até mesmo o jeito como nós tratamos a quem amamos que, por muitas vezes, nem é o modo como queremos tratar, mas pela falta de paciência, pelo cansaço físico, mental ou espiritual nos deixamos levar pelas nossas fraquezas e não fazemos o bem que desejamos.
Hoje Jesus nos convida porque conhece o nosso coração e sabe que só n’Ele teremos descanso, pois Ele mesmo justifica isso quando diz: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendeis de mim, porque sou manso e humilde de coração. Pois o meu jugo é suave e meu fardo é leve.”
Jesus não nos convida até Ele para nos condenar, mas nos convida para tirar de nós tudo que não nos faz bem, inclusive nosso sentimento de culpa em relação aos nossos pecados e fraquezas. Ele anseia e deseja muito que O busquemos para nos dar o descanso necessário para uma boa caminhada.
Não importa se estás passando por esta crise, pensando que ninguém se importa, que ninguém se preocupa, o que eu quero dizer-te são Palavras do Mestre: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados de carregar as vossas pesadas cargas, e eu vos darei descanso.” Neste texto Jesus demonstra o seu amor para contigo. Ele se importa contigo e por isso te chama. Faz-te um convite. E este é para os que têm problemas, para os cansados e os oprimidos; os que estão com cargas tão pesadas e tão grandes que não dão conta de carregar sozinhos; os que perderam a esperança até mesmo para esperar; os que estão feridos e com traumas profundos; os que não têm mais caminho para caminhar; os que perderam o rumo da vida, para os que perderam a direção.
O convite é para ti que estás com o coração quebrado, arrebentado, porque há reabilitação, há cura; é para ti que desperdiçaste a tua vida no mal, pois ainda há possibilidade para fazer o bem; para ti que já não tens mais perspectiva na vida, expectativa de um novo começo; para ti que te sentes desesperado, desprezado; para ti que te sentes doente, perdido na vida; para ti que estás longe, e morto em delitos e pecados.
Talvez tu digas: “Minha vida não tem jeito, porque o pau que nasce torto, cresce torto e morre torto”. Mas te digo: Tem sim! Porque o pau que nasce torto, só é torto antes de chegar nas mãos do carpinteiro de Nazaré. Depois de passar pelas Suas mãos, sai um móvel precioso, raríssimo de encontrar! Ele te oferece uma nova oportunidade. Jesus é o Deus do impossível, é o Deus capaz de fazer: do vilão, um herói; do bandido, um santo; do perseguidor, um defensor do Evangelho.
Com as palavras “vinde a Mim”, Jesus nos chama a confiar n’Ele, a crer. Porque ninguém pode ir, e seguir, sem crer, sem confiar nele.
Ele te chama para que tu tomes sobre ti o jugo d’Ele: tomai sobre vós o meu jugo. Jesus não te engana. Ele não prometeu só mar de rosa, porque aqui o jugo quer dizer que tudo aquilo que Jesus passou tu terás de passar. Assim como Ele foi perseguido, sofreu, foi maltratado, caluniado, zombado, odiado, abandonado entre ladrões e morto na Cruz mas que três dias depois ressuscitou, assim também tu terás de passar pela mesma situação. Aliás, ao discípulo basta ser igual ao mestre. Se a Mim trataram assim, a vós também, disse o Senhor. Mas não tenhais medo. Eu venci o mundo!
Precisamos aprender d’Ele: e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração. Chama-nos ao discipulado d’Ele, a sermos seus alunos. Ele quer que eu e você sejamos seus imitadores. Ele passará a ser o nosso modelo. Tu precisarás conhecer mais e mais o teu Senhor, as coisas d’Ele, até chegar ao pleno conhecimento. Mas isso só será possível se estiveres perto d’Ele. É por isso que também nos chama para estarmos perto d’Ele, junto d’Ele, para ter comunhão e intimidade com Ele. É urgente que tu contes tudo para Deus. Ele te dá este privilégio de abrir o peito, a alma, e o coração. E então: achareis descanso para as vossas almas.
Hoje Jesus quero Te louvar pelo meu trabalho, que tem me tirado muito dos nossos momentos de intimidade. Isso, na verdade, tem me feito valorizar cada minutinho que posso beber da graça que é ter Tua presença. Dá-me a graça de, durante todo o meu dia, conseguir parar, para escutar e discernir a Tua vontade para as minhas atitudes do dia. Dá-me a graça de ser manso e humilde assim como Tu és, Senhor.


Jesus e o jejum-Canção Nova

05 de julho- Evangelho - Mt 9,14-17

João Batista, cujo ministério tinha por finalidade preparar o povo para a chegada do Messias, tinha discípulos que ainda haviam ficado com ele durante o princípio do ministério do Senhor Jesus.Eles observavam os discípulos do Messias, alguns dos quais também haviam sido de João, e vieram perguntar porque eles não jejuavam como os de João e os fariseus faziam? Era uma crítica, pois o ritual do jejum representava muito para eles.
Para compreendermos melhor o que se passou naquela ocasião, devemos lembrar que João Batista fora ainda um profeta do Velho Testamento, e ele e os seus discípulos ainda estavam presos à lei de Moisés, com seus preceitos e rituais. Ele apresentara o Messias, e foi Este que deu início a uma nova era, ou dispensação, introduzindo o Novo Testamento entre Deus e a humanidade com a propiciação feita com o Seu sangue.
O curto ministério do Messias aqui na terra foi um intervalo durante o qual Ele anunciou o início do Seu reino e preparou os Seus discípulos para a nova dispensação.
Os “filhos das bodas” mencionados na resposta são uma expressão idiomática da época significando os convidados a um casamento. O jejum entre os judeus era um ato de abnegação devido a tristeza e contrição. Assim como os convidados não podem demonstrar tristeza na presença de um noivo no seu casamento, também não era próprio para os discípulos demonstrarem tristeza enquanto o seu Salvador estivesse junto com eles.
Mas haveria ocasião para jejum quando Ele voltasse para o céu, completada a obra de redenção que viera fazer, quando então estaria fisicamente ausente dos seus discípulos.
Não existe um mandamento para jejuar como havia no Velho Testamento. O jejum é encontrado junto com a oração na igreja primitiva, em ocasiões em que a direção de Deus era pedida para a tomada de grandes decisões. Também, nas versões mais antigas, aparece com a oração em 1 Coríntios 4:5. É um ato de abnegação diante de Deus, aprovado aqui pelo Senhor Jesus.
Em seguida o Senhor usa duas ilustrações para mostrar a mudança da dispensação do Velho Testamento para a do Novo Testamento, e para ensinar que os seus princípios não devem ser misturados: Ninguém usa um retalho de pano novo para remendar uma roupa velha; pois o remendo novo encolhe e rasga a roupa velha, aumentando o buraco. Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados. Pelo contrário, o vinho novo é posto em odres novos, e assim não se perdem nem os odres nem o vinho
A utilidade do Velho Testamento, com a lei de Moisés, estava no fim, e o Senhor Jesus não veio para lhe dar continuidade mediante alguns remendos pois estes só podiam piorar a sua situação. O Velho Testamento não podia conter o Evangelho da salvação unicamente mediante a fé na obra redentora de Cristo.
O Senhor Jesus veio para introduzir uma veste totalmente nova, um vinho completamente novo, para substituir de uma só vez o que existia naquela época. O apóstolo João abrevia isso assim “a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo”.
Pelo jejum devemos proclamar que temos fome de Deus e significar que só encontramos sentido para nós na verdadeira liberdade face a tudo que é terreno e material. O nosso coração só encontra felicidade quando repousa em Deus.

Pai dá-me suficiente bom senso para reconhecer o que corresponde ao projeto de Jesus, sem querer misturá-lo com esquemas incompatíveis com a novidade do Reino.

Pecador público-Canção Nova

04 de julho- Evangelho - Mt 9,9-13



O Evangelho de hoje nos fala sobre a vocação de Mateus, ou seja, sobre Jesus que o chama para ser seu discípulo. Precisamos perceber que Jesus chama um pecador público. Isto era algo de extraordinário. Mas, o que significa esta expressão “pecador público“? Significa que alguém era considerado publicamente pecador, pois todos conheciam a sua conduta de pecado.
Os capítulos depois do Sermão da Montanha, ou seja, os capítulos 8 e 9, narram a atividade de Jesus. Diríamos assim que se trata do programa de vida que proclamou no Sermão da Montanha como felicidade e paz para o povo é o que ele realiza com suas atitudes e obras. Dessa maneira, Mateus apresenta a atividade messiânica de Jesus no seio de seu povo. No meio desta atividade está situado o texto que a Igreja nos oferece para refletir neste dia. Cabe-nos perguntar por que o evangelista situa o chamado de Levi neste momento de sua narrativa.
Talvez a resposta esteja no último versículo que hoje lemos: Aprendam, pois, o que significa: ‘Eu quero a misericórdia e não o sacrifício’. Porque eu não vim para chamar justos e sim pecadores, ou seja, o evangelista acha necessário esclarecer que o centro da missão do Messias é buscar o que estava perdido, curar os doentes, libertar os cativos, proclamar o ano de graça de misericórdia do Senhor! (Lc 4, 18-19).
Este é o reino que Jesus vem inaugurar e comunicar com sua vida, morte e ressurreição. E para ser partícipes e, mais ainda, colaboradores na expansão deste reino, todos(as), sem exceção, são convidados de uma maneira ternamente pessoal, rompendo qualquer norma ou preconceito que deixe alguém fora do âmbito deste reino.
Se olharmos agora para Levi, cobrador de impostos, é, sem dúvida, uma das pessoas que na época de Jesus sofriam a exclusão. Não eram queridos pelo povo por causa de seu trabalho ganancioso. Eram considerados impuros por parte das autoridades religiosas judaicas, e para o império romano não eram mais que um dos últimos degraus na escada da opressão que exerciam sobre o povo.  Por essa razão, é escandaloso para os judeus e também para os discípulos de Jesus, que ele chame Mateus para ser seu seguidor! E, como se isso não bastasse, vai à sua casa e se senta à sua mesa.
Se considerarmos a casa como símbolo da história da pessoa, e partilharmos sua mesa assim como a sua intimidade, podemos entender que o evangelista está mostrando que Jesus, quando chama Mateus, o faz dentro de sua própria história com suas luzes e sombras. A resposta que Jesus dá aos fariseus revela seu conhecimento da vida de Mateus, que o faz “merecedor” de uma atenção privilegiada por parte dele: As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes.
Esta maneira de olhar que Jesus tem é, por assim dizê-lo, revolucionária porque está carregada de compaixão e misericórdia. Por isso, não julga nem condena o cobrador de impostos, antes é capaz, sendo conhecedor de sua fraqueza e também de seus erros, de convidá-lo para uma vida diferente que brota da amizade com Ele.
E aqui podemos nos lembrar das palavras do Evangelho de João, quando Jesus fala da amizade: ”eu chamo vocês de amigos, porque eu comuniquei a vocês tudo o que o ouvi de meu Pai” (Jo15,15b).
O Evangelho de hoje nos diz que Jesus viu primeiro. Referindo-se a Mateus, é vê-lo na sua situação cotidiana: Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos. Mas o olhar de Jesus é capaz de ir além do que um simples olhar enxerga de um judeu cobrador de impostos. Ele reconhece em Mateus um filho muito querido de Deus, e isso é o que Ele comunica primeiro para o cobrador de impostos. Seu olhar sobre Mateus está carregado da ternura e misericórdia de Deus Pai-Mãe, que cura as feridas e perdoa os pecados, amando-o incondicionalmente.
Mas Jesus continua e diz para ele: “Segue-me!”. Abre-se diante de Mateus a possibilidade de um caminho novo, impensável até esse momento. É convidado a deixar de ser uma engrenagem do império opressor, para passar a ser íntimo colaborador na construção de um reino de liberdade, justiça e solidariedade.
Deixemos que Jesus passe e nos olhe no nosso dia-a-dia e, como Mateus, tenhamos a coragem de acolher esse olhar e a proposta que dele brota. Sem dúvida, nossa vida passará a ser diferente e poderemos também ser parte deste círculo aberto, inclusivo e integrador de amigos e amigas de Jesus que continuam lutando pela sua mesma paixão: o ser humano e a casa em que ele habita!
Pai, coloca-me sempre junto àqueles que mais carecem de tua salvação, e liberta-me de toda espécie de preconceitos que contaminam o meu coração.


“POR QUE TENDES TANTO MEDO”... - Olívia Coutinho

01 de Julho  de 2014
Evangelho Mt 8,23-27
                                                                                
Ao longo de nossa existência, somos acometidos por situações  difíceis, momentos de turbulências que ás vezes  tira o nosso chão! Podemos dizer, que estes momentos difíceis, são o termômetro que mede o grau da nossa fé, se  temos uma fé firme, com  raízes  profundas,  não fraquejaremos diante aos intempéries da vida.
É a fé, que nos dá força e coragem para enfrentar  e superar os inúmeros desafios que encontramos pelo caminho! Quem tem fé, não desiste, espera, já quem  não tem fé, desiste, desespera!
São nos momentos difíceis,  que percebemos  o valor da fé! O que seria de nós sem a fé?
Podemos comparar uma fé firme, com as raízes de um bambu.  No momento de uma  tempestade, o bambu parece se entregar, parece não resistir a força do vento indo até o chão, mas ele não quebra, pois  suas raízes profundas  o mantém  firme durante as tempestades!  
Assim também deve  ser a nossa fé, profunda, como as raízes de um bambu!
Uma fé firme, com raízes profundas, jamais  nos deixará perecer nos momentos difíceis! É embasado na fé, que adquirimos o impulso para reerguermos depois de enfrentarmos as turbulências do mar revolto! Portanto, é importante estarmos sempre alimentando a nossa  fé, o que  podemos fazer através da oração, da escuta da palavra, da  vivencia em comunidade  e principalmente da   Eucaristia!
Com Cristo e em Cristo, jamais fraquejaremos diante as adversidades  da vida, e, mesmo quando tudo nos parecer obscuro, não vamos perder  a esperança, pois para quem tem fé, uma luz  sempre há de  brilhar apontando  uma saída!
Do evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, podemos tirar  várias  lições,  dentre tantas, o poder de Jesus sobre todas as coisas!
O texto chama a nossa atenção para a importância da fé, principalmente nos momentos difíceis! 
A narrativa nos diz, que os discípulos, ao serem surpreendidos por uma grande tempestade no mar, entram em desespero, não se dando conta de que dentro da barca estava aquele que mesmo dormindo, não estava ausente.
Os discípulos tomados pelo medo acordam Jesus, que os repreende: “Porque tendes tanto medo, homens fracos na fé?” Como podemos perceber, os discípulos,  mesmo estando com Jesus, não se sentiam seguros, faltava-lhes ainda, um fortalecimento na fé.
Quantas vezes, nós também somos assim, rezamos pedindo a proteção de Deus,  e mesmo assim continuamos inseguros, com medo, um sinal de que ainda não confiamos suficientemente no poder de Deus, que ainda precisamos de um amadurecimento na fé!
Ter fé, não significa simplesmente acreditar em Deus, ter fé,  é depositar a  nossa confiança e segurança Nele, é a certeza de que somos  amados por Ele. Ter fé,  é vencer desafios, caminhando na certeza da vitória!
A fé  nos liberta do medo, nos  dá coragem! Fé e medo não são compatíveis!
A fé é uma experiência de amor...
FIQUE NA PAZ DE JESUS! - Olívia
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domingo, 29 de junho de 2014

A tua fé te salva-Helena Serpa

07 de julho - Segunda- Evangelho - Mt 9,18-26

Oséias 2, 16-18 e 21-22 - “como nos dias da juventude”

O Senhor quer ter intimidade conosco como no tempo da nossa juventude, isto é, no tempo da descoberta do Seu Amor em nós. O tempo da juventude é também o tempo em que habitamos no coração de Deus antes mesmo da criação nascer. Para isso o Senhor nos atrai ao deserto e faz confidências à nossa alma. Por intermédio da sua Palavra Ele nos seduz e nos declara o Seu amor e predileção por cada um, pessoalmente. Sim, imagine, Deus quer desposar a nossa alma! A própria Palavra Dele proclama isto! Ele deseja nos levar ao deserto para falar ao coração. No deserto nós ficamos a sós com o Senhor. O deserto significa momentos de solidão, de abandono, de sofrimento e de penúria, no qual nos encontramos necessitados, famintos e sedentos. E é nesta hora mesmo que o Senhor se apresenta para nos desposar, isto é, para entrar em comunhão com a nossa alma e nos conceder tudo de que uma esposa necessita: proteção, carinho, consolo, amor, paz. Deus não quer que O tenhamos como ídolo, mas como um marido apaixonado e cheio de poder. A nossa alma anseia por esta aliança de comunhão com o seu Criador. O Senhor se agradou de cada um pessoalmente, quando ainda estávamos no Seu seio, por isso, Ele nos chama e nos acena com um tempo novo de felicidade e de plenitude. Portanto, hoje, aproveitemos esta linda declaração de amor e façamos nossa oração uma linda celebração de núpcias, onde somos a noiva, a Igreja de Cristo e Jesus, o seu marido, o seu Senhor. – Você entende como este casamento pode acontecer? – Você já experimentou ir para o deserto com o Senhor? – O que mais a sua alma anseia nesta vida? – Qual foi o tempo da sua juventude?

Salmo 144 – “Misericórdia e piedade é o Senhor” 

Por isso o homem de geração em geração deve ter um coração voltado para o Senhor que é misericórdia e piedade. O nosso reconhecimento e o nosso louvor proclamam a glória do Senhor através de todos os tempos e divulgam as Suas obras maravilhosas! Em qualquer tempo da nossa vida, mesmo na velhice ou na juventude nós podemos experimentar o abraço da ternura de Deus. Ele se interessa por cada um de nós e a sua graça se estende a toda a criatura do universo que exalta a Sua justiça.

Evangelho – Mateus 9, 18-26 – “A tua fé te salva” 

Enquanto caminhava aqui na terra Jesus prosseguia curando e libertando a todos os que O chamavam e a todos os que O tocavam. Era esta a sua missão: fazer com que o homem e a mulher entrassem novamente em comunhão com o Pai. Ele veio nos libertar da doença e da morte a que o pecado nos leva. Porém a obra de Jesus depende da nossa fé. Aquele chefe que se aproximou de Jesus deu testemunho de sua fé diante do que para nós parece ser irremediável. Mesmo diante da morte da sua filha aquele homem acreditou que Jesus tinha o poder de ressuscitá-la! “Minha filha acaba de morrer, mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá”, disse ele a Jesus. Aquele “mas” pronunciado por ele fez toda a diferença para que Jesus concedesse à sua filha, uma nova vida! Nós também, muitas vezes pensamos estar mortos para o mundo, para o trabalho, para a vida, no entanto, estamos apenas dormindo e penando na nossa vidinha medíocre. Se tivermos fé Jesus também nos toma pela mão e nos levanta assim como fez com aquela mulher que sofria de hemorragia há doze anos. Ela não se importou com o tempo que já se havia passado nem tampouco quis fazer alarde nem chamar a atenção de Jesus, mas apenas tocou a barra do manto de Jesus e foi curada! Por isso, Jesus deu o Seu diagnóstico: “a tua fé te salvou!” Diante do que ouvimos e meditamos neste texto nós não precisamos ficar procurando coisas mirabolantes para conseguirmos a cura das nossas enfermidades. Não precisaremos mais ir de um lado para outro buscando “paliativos” para as nossas dores. A fé em Jesus Cristo é que nos salva! Ter fé significa crer, confiar e depender. Os dois personagens do Evangelho de hoje não exigiram de Jesus atenção especial, eles apenas se aproximaram de Jesus cheios de fé e confiança. Que a nossa fé nos mova e nos faça sair de nós mesmos (as) para buscar a Jesus, na certeza de que só Ele é o médico dos homens e das almas e que o motivo maior para tenhamos uma vida nova é simplesmente o nosso desejo de tocá-Lo. - Você tem procurado se aproximar de Jesus? - Você necessita ser curado (a) de alguma doença? A quem você tem procurado?- Você já tocou em Jesus? - Como você acha que pode tocá-Lo? – Você acha que o Senhor o (a) cura com passe de mágica, ou que depende da sua fé? – Você alguma vez sentiu-se impotente como morto (a) diante da vida?

Helena Serpa

Somos amigos do noivo-Helena Serpa

05 de julho - Sábado-Evangelho - Mt 9,14-17

Evangelho - Mateus 9, 14-17 – somos amigos do noivo"

As atitudes de Jesus nos dão a certeza de que o amor de Deus vem salvar-nos concretamente e não apenas para manter as estruturas e as tradições. Por isso, Jesus nos ensina a praticar os atos religiosos de coração, e não por obrigação. O jejum é uma prática que deve nos levar à alegria, pela oferta que nós fazemos a Deus. Há momentos na nossa vida que não nos cabe jejuar nem fazer sacrifícios, mas sim aproveitar a ocasião que nos é oferecida. Os discípulos de Jesus partilhavam com Ele de todos os eventos com alegria e submissão à Sua vontade e aos Seus ensinamentos. Nós já estamos vivendo na hora da festa de casamento, isto é, da nova e alegre relação entre Deus e o homem. Estar perto de Jesus faz com que nós aprendamos com Ele sobre as coisas do alto e as revelações do Pai. A novidade de Jesus rompe com as estruturas antigas que são simbolizadas pela roupa e barril velhos. Jesus não veio nos reformar, mas mudar radicalmente o nosso modo de pensar e de ver as coisas. O remendo novo em pano velho, assim como o vinho novo em odres velho, significa a mentalidade com que nós apreendemos os ensinamentos de Jesus. Jesus veio nos trazer o novo mandamento do amor que só é acolhido por um coração renovado, que tenha experimentado de uma forma diferente o amor misericordioso do Pai. As pessoas que têm Deus na conta de um juiz castigador e exigente nunca poderão entender o Seu Amor Eterno, que ama sem explicações e sem motivos. O Espírito Santo é quem renova os nossos corações, Ele traz o vinho novo do qual nós precisamos, o vinho do Amor de Deus. - Qual é a sua intenção quando você pratica o jejum ou faz algum sacrifício?- O seu coração se alegra ou se entristece? - Você já tem um coração renovado capaz de compreender as consequências do amor? - Você é uma pessoa que sabe curtir o momento presente como um presente de Deus?

Helena Serpa

Todos nós precisamos de médico-Helena Serpa

04 de julho - Sexta - Evangelho - Mt 9,9-13

Amós 8, 4-6.9-12 – “no contexto do mundo atual ”

A Palavra nos fala claramente do que poderá acontecer com aqueles que agem com a desonestidade e a ganância tão detestadas por Deus: “ mudarei em luto vossas festas e em pranto todos os vossos cânticos” ,isto é, quem canta vitória em virtude do que conseguiu sonegando, humilhando, terá como consequência a própria ruína. O mundo com sua injustiça perverte o coração do homem que é criação de Deus e objeto da Sua benevolência. Assim sendo, ele perde o referencial do seu Criador e obstina-se em não se voltar para Aquele que o ama. Abandona-se a si mesmo, às suas injustiças e iniquidades e, por isso, sofre as consequências. Diante da profecia de Amós, só nos resta perceber até que ponto nós estamos inseridos neste contexto do mundo. Nós, os que meditamos a Palavra de Deus todos os dias, nós que temos conhecimento dos seus ensinamentos, somos chamados a descobrir qual o interesse e com que intenção nós agimos no nosso dia a dia. Às vezes queremos separar as nossas ações na Igreja, na Comunidade, das nossas atitudes no trabalho, na sociedade e mesmo dentro da nossa casa. O “querer levar vantagem em tudo” na maioria das vezes é o que norteia as nossas ações em busca da sobrevivência ou do possuir mais. Já chegou o tempo em que os homens vagueiam de “um mar a outro mar” em busca da Palavra do Senhor, mas eles mesmos não a encontram. A fome de Deus é grande nesses corações, mas eles não conseguem encontrá-lo porque estão mais interessados em si mesmos. Todavia, o Senhor nos prepara para que possamos dar a eles o Pão da Sua Palavra e a Água do Seu Espírito Santo através do nosso testemunho de justiça. – Como você se situa diante dessa profecia? - Como tem sido a sua maneira de agir quando defende os seus próprios interesses? – Você tem adulterado alguma “balança”, diminuindo ou aumentando pesos’? – Até que ponto você valoriza as coisas materiais? – Você se acha uma pessoa justa?

Salmo 118 – “O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus”

O salmo é um cântico que deveria estar sempre em nossos lábios: “O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus”! Se entendêssemos isso, com certeza a nossa vida teria mais sentido, pois somente quem nos criou pode tomar decisões justas a nosso respeito. A sugestão que vem da boca de Deus é o princípio da nossa felicidade, pois nela está a trilha da verdade. Não deveríamos buscar outra coisa que não fosse seguir os preceitos do Senhor.

Evangelho – Mateus 9, 9-13 – “todos nós precisamos médico”

Erroneamente entendemos que os grandes pecadores, isto é, os que cometem barbaridades não têm mais chances com Deus por causa das suas grandes transgressões. Enganamo-nos achando que somente os que já vivem cumprindo os mandamentos têm primazia no reino dos céus. Jesus Cristo, neste Evangelho vem nos dizer justamente o contrário: “eu não vim chamar os justos, mas os pecadores”. Ele compara o pecador àquele que está doente e, por isso, precisa de médico para ser curado. Jesus Cristo é o médico que foi enviado pelo Pai para nos devolver a saúde, pois todos nós precisamos de médico, porque somos doentes pelo pecado. Jesus nos chama e nos atrai para si, mesmo que estejamos “sentados na coletoria de impostos” com a mente cheia de interesses pecaminosos e com mil planos para colocar em ação. É aí que Ele nos vê e se apieda do nosso coração doente nos chamando com autoridade: “Segue-me”! Jesus veio chamar os mais pecadores e quanto mais nos reconhecemos como tal mais Ele olha para nós e insiste em que O acompanhemos. E quando escutamos a Sua voz nos chamando pelo nome não conseguimos mais ficar parados no mesmo posto, fazendo as mesmas coisas e nos alimentando de migalhas. Como Mateus, nós também nos levantamos e O seguimos e, principalmente, queremos leva-Lo para perto daqueles a quem mais amamos. Em qualquer lugar ou situação em que nos encontremos Jesus nos faz o convite para segui-Lo, no entanto, Ele deseja ser convidado para entrar na nossa casa e levar para lá a salvação, não importando como esteja a nossa família. O seguimento de Jesus nos leva a negar tudo o que o mundo nos ensinou e a assumir compromisso com uma vida digna de filhos e filhas de Deus. - Você já atendeu ao chamado de Jesus? - Você se reconhece doente, necessitado (a) de médico? – Jesus veio para você? – Qual é a sua postura diante daqueles que são “pecadores públicos”? - Você acha que eles também têm direito a salvação? – Você sente-se também julgado (a) por alguém quando erra? 


Helena Serpa

Tocar nas feridas do Senhor!-Helena Serpa

03 de julho-Quinta-Evangelho - Jo 20,24-29

Efésios 2, 19-22 – “edificio espiritual”

Fazer parte da família de Deus é uma prerrogativa dos que têm Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Fazemos parte da Igreja, edifício espiritual que tem Jesus Cristo como pedra principal e os apóstolos como fundamento, isto é, alicerce. Ser da família de Deus é estar inserido no mistério de Cristo e assim formar um templo santo no Senhor. Por isso, somos morada de Deus pelo Espírito. O Espírito Santo de Deus que está em nós faz esta obra de inserção, nos edificando para sermos morada espiritual de Deus. Todo o nosso ser está envolvido neste edifício espiritual. Unidos aos santos, em Cristo, formando uma família, nós podemos viver uma unidade espiritual: o que Deus pensa, os santos pensam e nós também podemos refletir. Mesmo ainda vivendo aqui na terra nós já podemos nos sentir participantes do reino dos céus e concidadãos dos santos. Santidade é a nossa vocação espiritual e ser santo há de ser o objetivo da nossa vida. Formamos um templo santo no Senhor, uma morada de Deus pelo Espírito Santo, somos filhos e filhas do Pai, adotados (as) por Jesus Cristo e quando se vive como filho nascido de Deus, desenvolve-se o amor recebido do Pai, pois a vida divina é amor. Permanecer nesse amor que é a origem de todos os amores, nele permanecer cada vez mais solidamente e mais profundamente é o ideal da vida cristã. - Você se sente parte da família de Deus?- Você acha que já participa da pátria dos santos?- Você acha que já aqui na terra alguém pode ser chamado de santo? Como é o seu relacionamento com os santos aqui da terra? - O que você diz da expressão bíblica: “sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo”. (Levítico 19,2)? 

Salmo 116 – “Ide por todo o mundo, a todos pregai o evangelho!”

O mandato do Senhor para todos nós que somos convocados à santidade é ir por todo o mundo dando testemunho do Evangelho. Por onde nós andarmos e enquanto vivermos essa será a nossa missão. Quando anunciamos o Evangelho nós estamos publicando a Boa Nova da salvação para toda a humanidade, por isso, todos os povos podem já festejar e cantar louvores ao Senhor, pois o Seu amor é grandioso e abrangente, envolve todas as pessoas?

Evangelho - João 20, 24-29 – “Tocar nas feridas do Senhor!”

Jesus escolheu doze apóstolos, todos com características diferentes. Tomé era daqueles que precisava ver para crer. Até aquele dia o discípulo ainda não acreditara na ressurreição de Jesus apesar do testemunho dos seus amigos. Jesus apresentou-se diante dele para que ele se rendesse. Diante da presença real de Jesus, vivo e ressuscitado, Tomé tirou do trono a sua incredulidade e rendeu-se à ordem do Senhor: “E não sejas incrédulo, mas fiel!” Tocar nas feridas do Senhor, colocar a mão no seu lado, fez com que ele tivesse uma experiência com a dor de Jesus. Quando nós também passamos pela dor e nos colocamos em intimidade com Jesus nós podemos sem titubear, reconhecê-Lo: “Meu Senhor e meu Deus”! Aí então, nunca mais seremos os mesmos. A nossa fidelidade a Deus é do tamanho da nossa fé. “Bem aventurados os que creram sem terem visto!” Nós somos os “bem aventurados”, porque, não podendo tocá-Lo fisicamente, nem tampouco vê-Lo, como foi concedido aos discípulos, nós O experimentamos pelo dom da Fé que recebemos no nosso Batismo. O conhecimento de Deus supera toda a inteligência e racionalidade, portanto, deixemo-nos ser íntimos do Senhor. Ele se oferece a nós como confidente de nossos pensamentos e interlocutor de nossas conversas secretas. 

- Você se considera “incrédulo ou fiel”?- Você já teve uma experiência íntima com Jesus Cristo? – O que mudou em você depois disso - Você costuma abrir o seu coração a Deus, falar das suas dificuldades, enfim, conversar com Ele?- Ore hoje pedindo a Jesus que lhe concede também a Sua paz e experimente levá-la a todos os lugares por onde você for. Depois, mais tarde, antes de dormir pense se o seu dia foi diferente dos outros.

Helena Serpa

O inimigo sabe que já foi vencido por Jesus-Helena Serpa

02 de julho- Quarta -Evangelho - Mt 8,28-34

Amós 5, 14-15.21-24 – “Odiar o mal, amar o bem”

Apesar de pecadores, o Senhor nos ensina a escolher o caminho que nos levará à vida: o caminho do bem. Não serão as nossas celebrações festivas, o nosso cantar animado nos momentos de louvores que nos darão entrada na vida plena, mas a nossa conduta que é consequência de um coração reto e temente a Deus. Precisamos estar muito atentos quanto às nossas atitudes, e o testemunho que estamos dando no mundo. O nosso comportamento, as nossas atitudes e o nosso proceder coerentes são o resultado do bem que buscamos. O bem não habita no meio de um ambiente em que o mal predomina. Odiar o mal e amar o bem é o modo de vida que o Senhor nos aponta para que possamos buscar a justiça. As nossas ações de bondade e de amor poderão se tornar preces de intercessão pelo restante do mundo e contribuir para que este seja um mundo mais justo. Uma alma que se eleva, faz com que o mundo melhore e também seja elevado. Assim sendo, precisamos perseguir insistentemente a vontade de Deus, não apenas com os nossos sacrifícios e os nossos louvores exteriores. O mal ou o bem são uma consequência do que cultivamos dentro de nós mesmos (as), portanto, busquemos a fonte do Amor de Deus que mora em nós e poderemos viver a bondade do Senhor aqui mesmo na terra dos viventes. - Como tem sido o seu proceder no mundo? – Nos ambientes em que você tem frequentado predomina o bem ou o mal? – Você acha que Deus está também nos “ambientes de pecado”? – De que o seu coração o (a) acusa? – Quando você canta louvando o Senhor você tem certeza de que O está agradando? – Você percebe que o bem e o mal moram dentro de você? – A qual deles você tem alimentado?

Salmo 49 – “A todos os que procedem retamente eu mostrarei a salvação que vem de Deus

O salmo nos orienta: não é o nosso sacrifício, nem o que ofertamos de material que agrada ao Senhor, mas um procedimento santo que leve ao mundo o testemunho do amor de Deus. O Senhor é poderoso no amor, mas é justo nos Seus julgamentos. Por isso, não nos enganemos querendo tapar o sol com a peneira oferecendo a Ele “coisas” que não nos elevam o espírito. Deus é Pai e tudo o que realiza tem como objeto do Seu amor o homem e a mulher criados à sua imagem e semelhança.

Evangelho – Mateus 8, 28-34 - “O inimigo sabe que já foi vencido por Jesus,”

O maior desejo do inimigo de Deus é fazer com que os Seus filhos rejeitem o seu Criador, por isso ele os persegue. No entanto, Jesus Cristo veio à terra para nos salvar e nos libertar do Mau que é o demônio com toda a sua carga prepotente e violenta. Os espíritos maus ainda hoje nos atormentam fazendo com que sejamos pessoas iradas, rebeldes, idólatras, materialistas, impacientes, murmuradoras, intolerantes, medrosas, arrogantes e, às vezes, tão violentas que podemos ser comparados (as) com verdadeiras “feras”. Jesus, porém, nos liberta do mal para que possamos voltar para o caminho do bem e retomarmos a nossa dignidade de filhos e filhas de Deus. De acordo com o Evangelho nós vemos que para salvar os dois homens Jesus expulsou deles o demônio e o mandou para a manada de porcos a qual “atirou-se monte abaixo para dentro do mar, afogando-se nas águas”. Os homens, às vezes, até inadvertidamente deixam-se apossar pelas obras do maligno. No entanto, nós temos ciência de que Jesus já o derrotou quando venceu a morte que é a consequência do pecado. O inimigo sabe que já foi vencido por Jesus, mas mesmo assim continua explorando o ser humano. Os próprios endemoniados da história gritaram reconhecendo Jesus como Filho de Deus replicando: “o que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo? Se tivermos consciência de que Jesus já venceu a morte e que já nos deu a vida eterna, não cairemos nas malhas dos inimigos. Jesus queria dar dignidade ao homem, porém o povo da cidade não entendia isso, pois estava preso aos seus interesses: os porcos lhe rendiam dinheiro. Muitas vezes a libertação nos trará consequências de perdas, de despojamento por isso, também não queremos sacrificar os bens que possuímos em troca da salvação da nossa alma. Preferimos muitas vezes a prisão, a violência, para podermos ter uma vida mais próspera. - Você é uma pessoa fácil de ser influenciada e atraída para as coisas mundanas? -Você será capaz de abdicar de alguma coisa ou de alguém muito importante, para se ver livre do pecado que o (a) prende? 


Helena Serpa

A barca de Jesus-Helena Serpa

01 de julho - Evangelho - Mt 8,23-27


Evangelho – Mateus 8, 23-27 – “a barca de Jesus”


Para nós a barca de Jesus é a Igreja, é a Comunidade, lugar de refúgio e segurança. Por isso, existe uma grande diferença nas horas de dificuldades da nossa vida quando nós estamos na barca com Jesus. Os discípulos que acompanharam Jesus e entraram com Ele na barca perceberam isto. Entrar na barca com Jesus é estar na Igreja, é participar da Comunidade, entre irmãos e se deixar submergir nos mistérios divinos. Quando estamos em comunidade nós percebemos a presença de Jesus, mesmo que às vezes, aparentemente, para nós Ele se encontre dormindo, nós sabemos a quem recorrer nas horas de aflição e provação. Quantas pessoas vivem no mundo, entregues, somente, aos seus recursos materiais e não têm para quem apelar e pedir socorro nos momentos de agonia! Há fatos e acontecimentos que nos tiram completamente a segurança e o equilíbrio e, se não tivermos um porto seguro, nós sucumbiremos. As situações críticas são sempre um termômetro que mede o grau de consciência da maturidade ou infantilidade da nossa fé. Se, apesar do pavor dos discípulos, Jesus ameaçou os ventos e o mar e estes O obedeceram, quanto mais poderá fazer por nós, se nos mantivermos firmes na fé e conscientes de que Ele está pertinho de nós para nos defender! As tempestades da nossa vida serão vivenciadas por nós com muito mais serenidade se tivermos confiança na presença de Jesus. É promessa Dele para nós: “no mundo haveis de ter aflições. Coragem eu venci o mundo”. (Jo 16, 33b) – Você já entrou na barca de Jesus? – Você confia que Ele o (a) ajudará na hora da tempestade? – Você já passou por alguma aflição? – A quem você recorreu?


Helena Serpa

-JESUS PREFERIU OS POBRES-José Salviano

14 DOMINGO DO TEMPO COMUM
ANO A
Evangelho - Mt 11,25-30

6 de Julho de 2014

-JESUS PREFERIU OS POBRES-José Salviano

         Meus irmãos. Neste Evangelho vemos o carinho e a dedicação de Jesus para com os pobres.  E você? Como bom cristão praticante faz o mesmo. Certo? Porque na qualidade de cristão imitador de Cristo, todos nós temos de seguir não só a teoria do Evangelho, mas sim, também a prática de Jesus.
Deus, na pessoa de Jesus, se fez humano em tudo. Menos no pecado. Ele assumiu a nossa fraqueza, nossa  ignorância, (Quem diz os homens que eu sou?). Quando na cruz, Jesus foi humilhado, entregando-se ao poder dos homens, sendo incapaz de defender-se morrendo como qualquer ser humano.  Existem incrédulos que se valem desse fato, dessa realidade do Filho de Deus feito homem, para externar sua incredulidade.  Eles afirmam que se Jesus fosse realmente Deus, não teria passado por aquele sofrimento, e não teria morrido. Eles já ouviram falar do Plano de Deus, porém, o ignoram.  Pois o que querem mesmo équestionar de qualquer jeito, a divindade de Jesus.
O próprio Jesus nos orienta a respeito de como podemos entender os mistérios de Deus.
Somente os humildes podem compreender os mistérios de Deus. Os ricos e poderosos daquele tempo, desprezaram e ignoraram Jesus. E hoje isso continua acontecendo. Eles se acham! Pensam que não precisam de Deus, pelo fato de terem muito dinheiro. Com um semblante de quem se basta a si mesmo, andam pela rua de nariz empinado, ignorando e desprezando todos aqueles que não são do seu nível.
No início de sua pregação, e principalmente pelo grande número de curas realizadas, Jesus “arrasou!”Ele fez o maior sucesso entre o povo. Logo em seguida, a elite dos judeus começou a questioná-lo, e a persegui-lo, pois para eles, Jesus não era o Messias esperado, mas sim, um impostor que veio para atrapalhar os seus negócios lucrativos.
Uma parcela dos habitantes daquele lugar, começou a ficar desconfiada, pois viram que as palavras de Jesus eram duras demais para serem seguidas. Até mesmo alguns discípulos, desanimaram e o abandonaram. Seus próprios familiares, não acreditavam mais nele, chegando a dizer um dia, que Jesus estava louco. Jesus continuou sendo seguido apenas por um pequeno grupo de discípulos oriundos das classes pobres, desprezadas, e excluídas.
Diante de uma experiência tão negativa, o filho de Deus encarnado na natureza humana, poderia desanimar-se. Porém Jesus não era somente homem, mas também Deus. E nem um pouco desanimou diante de tanto fracasso. Pelo contrário, agradecia ao Pai, e continuava com ânimo e com toda coragem de quem estava destemido e determinado a alcançar um grande objetivo.  
Meus irmãos. Também nós não desanimemos quando os nossos familiares nos criticarem porque estamos dando tudo de nós pela Igreja, quando estamos nos dedicando à catequese. Já me perguntaram mais de uma vez, quanto eu ganho para fazer tudo o que faço. Minhas respostas têm sido mais ou menos a mesma: Eu ganho muito mais do você imagina.  Ganho cem vezes mais nesta vida, além de muitas, muitas  graças e milagres. Nada me falta graças a Deus.
Caríssimos. Não desanimemos quando somos mal recebidos em alguns dos lugares em que vamos levar a palavra de Deus! Ofereçam a Deus, e alegrem-se como se alegravam os apóstolos quando eram perseguidos e presos.
Também encarem com naturalidade, quando forem invejados e congelados, ou deixados de lado pelos nossos próprios irmãos de dentro da nossa comunidade. Aceitem isso como um elogio pelos seus talentos dados pelo próprio Deus, e não como uma ofensa em si. E peça ao Pai para perdoá-los.
O Plano de Deus foi elaborado para a salvação de todos, porém, já sabendo que era mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus. Jesus deu preferência especial aos pobres e excluídos daquela sociedade.  Os cegos, aleijados, os pecadores públicos, as prostitutas, e todos aqueles que eram considerados impuros por aqueles que estavam longe serem puros, e que dominavam a religião em benefício próprio.
 E foram exatamente esses humildes que prestaram atenção ao que Jesus falava. Apesar de que muitos o seguiam por causa dos seus milagres, especialmente as curas.  Hoje também acontece assim. Você já viu um senador, um deputado na missa, ou na procissão? Ah! Até podemos ver sim. Porém só vemos isso em época de campanha eleitoral. Você já viu um milionário procurar um sacerdote para se confessar? Coisa rara. Não é mesmo? Porque eles não sentem necessidade de Deus. Nada contra os ricos. Porém, estamos aqui, mostrando através das palavras de Jesus, que somente os pobres, aqueles que necessitam da força de Deus para amenizar as suas necessidade, e aliviar as suas dores, é que buscam a Deus principalmente por causa da injustiça pela qual são tratados pelos poderosos.
Você é um desses, que busca a Deus somente quando as coisas vão mal? Ou você busca Jesus a toda hora, para agradecer por tudo, até mesmo pelas decepções da vida?
“Vinde a mim todos vós que estais cansadose fatigados sob o peso dos vossos fardos,
e eu vos darei descanso.Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
Deus, o dono do mundo, aquele que fez tudo, é manso e humilde de coração.  Ao contrário daqueles só porque têm riqueza material se julgam melhores que todos os demais irmãos.  Jesus disse para que recorramos a Ele quando estivermos cansados.  Cansados dessa vida de pegar várias conduções para o trabalho, de não ter uma assistência média que resolva os nossos problemas de saúde, cansados de ganhar pouco e ter de gastar muito por causa da inflação. Cansados de não poder fazer nada contra os abusos dos poderosos que não estão nem aí para as suas reais necessidades. Aqueles que só se lembram dos pobres na hora de pedir o voto. Depois que chegam ao poder, só defende os seus interesses. Não adianta entrar na política para resolver os seus problemas pessoais. Não adianta ganhar na loteria nem assaltar um banco para ficar feliz pelo resto da vida!  Pois só em Deus encontraremos o descanso e a paz verdadeira. Porque o seu jugo é suave e o seu fardo é leve!...
Vai e faça o mesmo.    Bom domingo. Desculpa se você é rico. Mas eu tive de falar a verdade de Cristo. Seja rico mais seja caridoso, tente ser cristão, ou seja, aquele que imita e segue a Jesus.

José Salviano.