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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

“ACOLHIDOS PELO MESSIAS”-Pe. Jaldemir Vitório

ACOLHIDOS PELO MESSIAS” (Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta).

DIA 2 DE DEZEMBRO - QUARTA-FEIRA

I SEMANA DO ADVENTO
(ROXO, PREFÁCIO DO ADVENTO I – OFÍCIO DO DIA DA I SEMANA)


         Evangelho(Mateus 15,29-37):

         Traço marcante da ação de Jesus foi a sua capacidade de acolher a todos. Os pobres e marginalizados foram os que melhor captaram esta predisposição do Messias. Houve quem o hostilizasse, o rejeitasse e assumisse contra ele postura de inimigo. Neste caso, jamais a iniciativa partiu do Mestre. Ele tinha consciência de ter sido enviado para a salvação de todos.

         Os coxos, aleijados, cegos, mudos e toda sorte de gente flagelada por doenças e enfermidades, levados a Jesus para serem curados, retratam a imensa misericórdia contida de seu coração, e seu desejo de comunicá-la à humanidade sofredora. Por seu amor eficaz, os mudos começavam a falar, os aleijados, a sarar, os coxos, a andar, os cegos, a enxergar. Nenhuma necessidade humana passava-lhe despercebida.

         O Messias Jesus, apesar de sua condição de Filho de Deus, preocupava-se com os problemas materiais do povo, como foi o caso da falta de alimento para os que tinham vindo escutá-lo, numa região bastante afastada.

         O episódio da multiplicação dos pães serviu-lhe para ensinar às multidões a lição da solidariedade e da partilha. Este, sem dúvida, foi seu milagre maior: eliminar o egoísmo presente no coração de seus ouvintes, e movê-los a colocar em comum o que cada um possuía para sua própria alimentação, de modo que todos pudessem ser igualmente saciados. Desta forma, a acolhida do Messias estava dando os seus primeiros frutos nos corações dos que o seguiam.

Oração:

         Pai, a acolhida que teu Filho Jesus me dispensa deve mudar profundamente o meu coração. Que eu seja transformado por ele e me torne mais disponível para ti.


Santo do Dia / Comemoração (Santa Bibiana):

                
         Era ano de 361. O imperador Juliano, que havia renegado a religião começa uma perseguição implacável aos cristãos.

         Começou substituindo todos os cristãos que ocupavam empregos civis por pagãos, e quando a situação agravou-se, passou a torturar e matar os fiéis. 


         A família de Bibiana foi toda executada. Seu pai recebeu uma marca de escravo na testa e sua mãe foi decapitada. Suas irmãs, levadas a prisão foram violentadas.
 
         Por último foi o martírio de Bibiana. Foi levada a um bordel de luxo para abandonar a religião ou ser prostituída. Mas os homens não conseguiam se aproveitar de sua beleza, pois a um simples toque, eram tomados por um surto de loucura. Bibiana então foi transferida para um asilo de loucos e lá ocorreu o inverso, os doentes eram curados. 

         Diante destes prodígios, o imperador exigiu sua morte, e ela foi chicoteada até falecer. Seu corpo foi jogado aos cães selvagens, mas estes não tocaram no corpo. Finalmente alguns cristãos buscaram o corpo e deram digna sepultura. 

         Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR.


 REFLEXÃO:
 Santa Bibiana passou a ser invocada contra os males de cabeça, as doenças mentais e a epilepsia. O seu túmulo tornou-se meta de peregrinação. A veneração era tão intensa que o Papa Simplício, mandou construir sob sua sepultura uma pequena igreja dedicada à ela, no ano 407. Além de ser uma das padroeiras da belíssima cidade de Sevilha, na Espanha, Santa Bibiana é também protege a diocese de Los Angeles, nos Estados Unidos.

         ORAÇÃO:

         Senhor, eu vos peço, pelos méritos de Santa Bibiana, aumentai a minha fé. Dai-me total confiança e abandono na Vossa Divina Providência, para que, na Esperança, eu siga praticando a verdadeira Caridade. Amém.

         Santa Bibiana, rogai por nós.

 



Enviado por: Ademilson Moura – Paróquia Santo Antônio – Pirassununga-SP.

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“QUEM ACOLHE O SENHOR?”-Pe. Jaldemir Vitório

QUEM ACOLHE O SENHOR?” (Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta).

 DIA 1º DE DEZEMBRO - TERÇA-FEIRA

I SEMANA DO ADVENTO
(ROXO, PREFÁCIO DO ADVENTO I – OFÍCIO DO DIA)


         Evangelho(Lucas 10,21-24):

         As coisas de Deus seguem uma lógica muito diferente da lógica humana. Em termos humanos, pode-se pensar que o reconhecimento e a acolhida do Senhor sejam mais fáceis para os sábios e os entendidos deste mundo, e que a pessoa, com o próprio esforço e ciência, possa chegar mais rapidamente a conseguir o que espera.

         Deus, porém, inverte este esquema, franqueando aos pequeninos a revelação do Filho de Deus. E isto é um dom divino, que não depende do merecimento humano. Ademais tal dom é concedido a quem é desvalorizado pelo mundo e se considera indigno de recebê-lo do Pai.

         A atitude correta do discípulo à espera do Senhor consistirá em não supervalorizar suas prerrogativas, esperar ser encontrado digno de receber a revelação e recebê-la com a humildade de quem se sabe indigno. O discípulo deve ter consciência de ser pequenino e carente da ajuda do Senhor, para poder reconhecê-lo. Sua felicidade consistirá em ver e ouvir o que tantos outros ansiaram ver e ouvir, e não puderam. Essa será a recompensa de sua humildade. Afinal, ele será o verdadeiro sábio e entendido, uma vez que sua sabedoria tem origem no Pai.

         Oração:

         Senhor Jesus, concede-me um coração de discípulo, que conta com a sabedoria e o entendimento vindos do Pai e me preparam para reconhecer-te.

Santo do Dia / Comemoração (Santo Elói ou Elígio):

                

         Elói nasceu na França, no ano de 588. Filho de modestos camponeses, recebeu como herança uma esmerada educação cristã e a possibilidade de se formar como ourives, profissão que desempenhou com muita habilidade. 


         Seu gênio era calmo e vivia praticamente como monge. Fugia das diversões e o dinheiro que ganhava usava para ajudar pobres e abandonados. Sua fama chegou aos ouvidos do rei Clotário em Paris que o convidou a fazer um trono de ouro. Com o metal deixado pelo rei, Elói fez dois tronos, aproveitando muito bem o material. Confiando na honestidade de Elói,o rei o contratou para cuidar do tesouro real. 


         Nesta época, Elói realizou outras obras de artes religiosas, como o túmulo de São Martinho de Tours e o mausoléu de São Donísio. Todo o dinheiro arrecado era usado para revitalizar mosteiros e obras de misericórdia. 


         Em 639 ingressou para a vida religiosa e dois anos depois era consagrado Bispo de Noyon, na região de Flandres. Foi uma existência totalmente empenhada na campanha do norte da França, Holanda e Alemanha. 


         Morreu no dia 01 de dezembro de 660, na Holanda, durante uma missão evangelizadora. Santo Elói é padroeiro dos joalheiros e ourives.

        


         Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR.


       REFLEXÃO:

         Elói evitou o luxo e viveu na pobreza e na piedade. Foi um incansável exemplo de humildade, caridade e mortificação. As pregações de Elói e suas visitas as paróquias de sua diocese foram fatores essenciais para a conversão do povo. A honestidade na vida profissional fez dele uma pessoa conhecida e querida pelo povo e pelas autoridades da época.

         ORAÇÃO:
          Senhor, por intercessão de Santo Elói, concedei-me ser atencioso e justo para com os mais humildes. Dai-me disponibilidade e empenho para que eu possa proporcionar, com os talentos que me destes, uma vida mais digna aos que me rodeiam.

         Santo Eloi, rogai por nós.

 




Enviado por: Ademilson Moura – Paróquia Santo Antônio – Pirassununga-SP.

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Você está paralisado?-Canção Nova

7 de Dezembro de 2015



Amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a Palavra de Deus hoje nos mostra duas realidades: a primeira delas são as multidões, as pessoas e os corações que se sentem atraídos pela Palavra do Senhor. A Palavra de Deus é eficaz, atrai os corações que estão sedentos de uma vida nova, de uma renovação de vida, por isso muitas pessoas se interessam por ouvir Jesus, por ouvir Suas palavras, por ouvir o que Ele está anunciando. A segunda coisa é que, enquanto a Palavra de Deus é anunciada e proclamada, os prodígios de Deus acontecem, os corações são curados e a vida das pessoas é restaurada.
O nosso coração vai se transformando à medida que nos deixamos tocar pela Palavra que sai de Jesus: a Palavra Viva de Deus.
Ao mesmo tempo em que o Senhor anunciava a Palavra trouxeram-Lhe um homem paralítico, porque, na verdade, esse homem desejava chegar até Jesus, mas ele não tinha como fazer isso. Ele estava imobilizado, suas pernas estavam paralisadas e ele precisava de ajuda, por isso quatro homens o carregaram para que ele pudesse chegar até Jesus.
Veja que dificuldade: a multidão que está ao redor de Jesus é muito grande. Como passar no meio daquele povo para fazer com que esse homem chegasse até a fonte da Palavra (a boca de Jesus)? Ao não conseguirem fazer isso, eles vão por cima do telhado, descobrem o teto daquela casa para que por ali o paralítico pudesse passar e chegar até Jesus.
Deixe-me dizer uma coisa a você: nós, muitas vezes, também estamos paralisados; há uma paralisia interior que nos deixa presos, amarrados e nós não conseguimos chegar até Jesus, não conseguimos chegar até a Sua Palavra. Os pecados paralisam a nossa vida aos poucos. E se deixamos que os pecados vão se embrulhando dentro de nós, aos poucos as coisas de Deus e a graça d’Ele em nós vão ficando paralisadas também em nosso interior.
Quantos de nós já fomos de algum movimento da Igreja, tínhamos gosto por participar da Santa Missa, por ouvir a Palavra de Deus, mas, aos poucos, o coração foi perdendo o gosto, o sabor e a atração pelas coisas de Deus. Sabemos que, em nossas casas, em nossa família, entre nossos amigos, inclusive algumas pessoas que já nos levaram para Deus, hoje também estão paralisados, estão paralíticos das pernas e do coração. E somos nós que precisamos ser essa fonte que os leve até a boca de Deus, nem que seja preciso ser feito um milagre, algum sacrifício para isso; nem que seja preciso “passar por cima do telhado”.
Não importa a dificuldade, não importa em que estado de paralisia este e aquele se encontrem, o importante é que sejamos essas mãos que levam aqueles que estão paralisados na fé ao encontro do Senhor! E se essa paralisia atingiu a nós, peçamos ajuda, socorro. O que não podemos é ficar parados, precisamos ir à fonte, à boca de Jesus para ouvir Sua Palavra que nos cura, nos salva e nos transforma!
Deus abençoe você!


PREPARAI O CAMINHO DO SENHOR -Canção Nova

Dia 6

 


Na caminhada para o Natal e para o jubiloso encontro com Jesus, nós somos ajudados por grandes personagens. A começar pela Virgem Maria, a aurora que anunciou a chegada do Sol. E vem depois o profeta Isaías, que lá das distâncias dos tempos bíblicos entreviu com admirável clareza os tempos do Messias. E ainda São Paulo, que é o sublime teólogo que “contempla a grandeza de Cristo”. E, de modo muito particular, São João Batista, o último dos profetas e o Precursor do Evangelho. Ele preparou o povo, lá nas margens do Jordão, para receber a Cristo no início de sua vida pública. E vem agora ajudar-nos na chegada do Natal.
João Batista é um profeta eminentemente austero. No seu modo de vestir – uma roupa de pêlos de camelo e um cinto de couro – e de se alimentar – gafanhotos e mel silvestre – na sua vida e na sua pregação. Dele falara Isaías, quando disse: Voz do que clama no deserto: Preparai os caminhos do Senhor. Essa voz ressoou rude e forte, conclamando os pecadores à conversão. E, apesar da dureza de suas palavras, os pecadores vinham até ele e ouviam suas terríveis ameaças, duras, sobretudo quando ele percebeu entre os seus ouvintes os fariseus e os saduceus. E recebiam o batismo que ele ministrava nas águas do Jordão, preludiando o futuro batismo do Cristianismo: Eu vos batizo com água, para vos mover à penitência, mas o que vem depois de mim é mais forte do que eu… Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo. E eram inúmeras as conversões.
Nós também devemos ouvi-lo. Não nos assustemos com a veemência de sua pregação. Cada estilo tem sua época. E cada homem tem seu estilo. Hoje também temos pregadores que imitam de algum modo a rudeza da pregação do Batista. São missionários cheios de zelo, e causam grande impressão nos ouvintes, e dobram a dureza de muitos corações. Sobretudo pelo testemunho de vida que acompanha suas palavras. São instrumentos de Deus para fazer sentir a gravidade do pecado e o perigo da condenação. Sobretudo para aqueles que andam adormecidos numa vida pecaminosa, confiando – quem sabe? – nos seus privilégios de cristãos. João Batista dizia para os seus ouvintes:Não penseis que basta dizer dentro de vós mesmos: ‘Temos por pai Abraão’. Porque eu vos digo que Deus pode destas pedras suscitar filhos de Abraão. E se referia, sem dúvida, não simplesmente às pedras, tão abundantes ali no deserto, mas às pedras dos corações endurecidos pelo erro e pelo pecado.
João preparou o caminho para Jesus. Ele é o Precursor. Seria maravilhoso que na devoção popular a São João Batista – tão folclórica! – não faltasse esse elemento. Saber que ele nos leva a Cristo. Ele não é um ponto de chegada! Ele é o caminho. E nos leva a Cristo pela palavra, pelo exemplo, pelo desejo sincero de levar todos a fugir do pecado e a conseguir a salvação.
Esse mesmo Isaías que nos definiu com palavras tão felizes a pessoa de João Batista – a voz que clama no deserto -, fala-nos de Cristo com palavras ainda mais maravilhosas, que podemos encontrar a cada passo na liturgia. Neste domingo, por exemplo, encontramos um verdadeiro perfil de Cristo, enquanto cheio da presença do Espírito Santo: Ele é “um rebento da raiz de Jessé – isto é, um descendente de Davi -, sobre quem repousa o Espírito do Senhor! Espírito de Sabedoria e de discernimento, Espírito de conselho e de fortaleza, Espírito de ciência e de piedade, e o encherá do Espírito do temor do Senhor! Notemos que essa enumeração, adotada pelo texto da Vulgata, corresponde à nossa lista dos “sete dons do Espírito Santo, como aparecem no ritual do sacramento da Crisma.
Esse Cristo, cheio do Espírito do Senhor, transformará a terra numa terra de paz: o lobo habitando com o cordeiro, o cabrito com o leopardo, a vaca com o urso, a criancinha podendo pôr sem medo a mão na cova da serpente. Não haverá perigo, porque o conhecimento do Senhor encherá a terra como as águas enchem o mar (cfr Is 11,1-10). E o profeta conclui com esta proclamação de vitória: Naquele dia, a raiz de Jessé se erguerá como sinal dos povos” (v. 10). Como um grande estandarte levantado no coração da História. Como irá proclamar a carta aos hebreus: “Cristo ontem, hoje e para todos os séculos! (Hb 13,8).

Espírito que converte, toca o coração de todas as pessoas para que, abandonando seus erros e vícios, voltem-se para Jesus, por uma sincera conversão.

A messe é grande -Canção Nova

5 de Dezembro de 2015-Evangelho - Mt 9,35 - 10,1.6-8




Jesus, após ter chamado Seus apóstolos e discípulos, os convida para que sejam; o fazer será consequência disso. Ser o quê? Íntimos de Cristo, amigos d’Ele; vida mergulhada na vida do Senhor – é daí que nasce a intimidade. Fazer o quê? Quanto a isso não devemos nos preocupar, pois o Senhor nos dirá e nos orientará quanto ao que fazer e como fazer.
Como se não bastasse, o Senhor, além de nos mostrar o que fazer, na obra da evangelização, nos capacita e nos presenteia com todos os meios para a missão; meios estes que são os dons, os ministérios, os talentos, os carismas e frutos do Espírito. A nossa felicidade consistirá em sermos canais de cura, libertação e realização na vida das pessoas; para isso, devemos ser íntimos de Deus e fazer, como consequência disso, a vontade d’Ele.
Para esta missão tão sublime de discípulos e missionários de Jesus, para a qual somos chamados, o Senhor nos faz dois pedidos fundamentais, dentre tantos, não menos importantes:
1º Pobreza evangélica: não podemos, diante da missão a nós confiada, nos preocupar e perder a atenção, o foco, daquilo que Deus quer fazer através de nós na vida das pessoas na ação evangelizadora. O missionário precisa ter como única bagagem de missão, como único valor, como única riqueza, a vontade de Deus Todo-poderoso, Sua Palavra e a disponibilidade em servir. Não podemos nos prender a nada e a ninguém, pois tudo nos será dado, tendo em vista que o missionário é digno do seu sustendo, do seu salário, como nos ensinam as Sagradas Escrituras. A única riqueza precisa ser o Senhor. Repito o que sempre afirmo: quem precisa muito fora é porque muito pouco possui de Deus dentro de si; então o coração precisa buscar fora o que não consegue encontrar dentro. Dentro de nós, no mais íntimo de nós, está Deus.
2º Dê de graça o que recebeste de graça: na vida, tudo é graça, inclusive os encalços e dificuldades, que não vêm de Deus, mas Ele os permite. Permite para que venhamos a crescer, a amadurecer. Crescimento e amadurecimento: eis as maiores graças na vida de uma pessoa. Todos os dons, talentos, virtudes, a própria vocação, tudo isso Deus nos deu, não porque Ele necessitava fazê-lo, mas por pura graça e bondade. O Senhor no-los deu, para que, através disso na vocação, pudéssemos ser felizes. Colocando tudo isso a serviço dos outros, eis a certeza de felicidade, de santidade. Como é bom quando nos propomos a servir, com gratuidade, aqueles que o Senhor nos confia. Isso é evangelizar por excelência.
Para isso, é preciso que reforcemos o caminho: ser (íntimos de Deus e de Sua Palavra, vivendo da providência) e servir (de forma gratuita e alegre, pois de graça recebemos e de graça devemos ser canais da graça na vida dos irmãos).
Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova


JESUS CURA DOIS CEGOS -Canção Nova

4 de Dezembro de 2015



O local geográfico do episódio não é citado. Alguns estudiosos das sagradas escrituras o situam em Cafarnaum, em vista de estar, em Mateus, logo a seguir à ressurreição da filha de Jairo, e se dividem quanto à “casa” a que se refere o narrador, que diz apenas “entrando em casa”. Todavia, supõe-se, que seja na casa de Pedro, ou então na de Mateus. Ou ainda que Jesus alugara um apartamento para si, independente, para ter a liberdade de movimento indispensável a um ministério como o seu. E essa dedução é feita porque em Mat. 8:14 é dito “foi à casa de Pedro”, e em Mat. 13:1 “saiu de casa” ou “voltou a casa” (Mat. 13:36 e 17:25). Logo é a “sua casa”. Não cremos haja Jesus abandonado a casa de Pedro, nem para trocá-la por uma mais rica (a de Mateus), nem para uma casa própria, onde teria o problema de quem lhe cuidasse das coisas, o que não faltava, com todo o amor, na casa de Pedro, com as esposas dele e de André, suas filhas e a própria sogra de Pedro, que fora curada por Jesus.

Pela cronologia geralmente aceita, a cura foi efetuada na Transjordânia, em sua estada depois da Festa da Dedicação.
Jesus passou os seus três anos de vida pública pregando o Reino do Pai e operando milagres em benefício daquele povo que sofria muito, por pertencer a uma classe desprivilegiada, muito pobre e excluída, por isso, do convívio e costumes dos escribas e fariseus, descendentes do povo que Moisés (enviado por Deus), tirou da escravidão que viviam no Egito por 400 anos, para levá-los à terra prometida e que acabaram, depois de tantas alianças propostas por Deus, vivendo como pagãos. Por isso Jesus veio, como extremo recurso, para salvar aquele povo de “cabeça dura” e, nas suas andanças, Jesus não foi aceito no meio daquela gente que até hoje espera pelo Messias, pelo Salvador que já veio. Eles achavam que o salvador deveria ser um grande, forte e poderoso homem, que chegaria montado num belo cavalo e que seria para eles o salvador que Javé havia prometido aos seus antepassados, os quais viviam dentro de esquemas cheios de leis, mais de 5000. Leis impostas aos pobres que não faziam parte do convívio com os ricos, senhores e doutores das leis, que os exploravam, massacravam, desprezavam e nem eram dignos de terem algum contato com eles.
Um dia, Jesus passava pelas ruas e em determinado local passa por dois cegos, à beira do caminho, que gritam chamando-lhe a atenção. Os cegos acompanham Jesus “que vai saindo de lá”, e vão “gritando”, como são sempre apresentados os cegos nos Evangelhos. O título “Filho de David” designava o Messias (cfs. Salmo 17:23, etc) e já fora empregado pela Cananéia. Não é plausível que eles soubessem que se tratava do Messias. Mais viável que, desejando um favor, atribuíssem interessadamente, um título que honrava a pessoa: bem David. É mais da psicologia humana, não só daquele tempo, como de hoje: elogiar aquele de quem esperamos um favor.
Jesus primeiro pergunta se eles acreditam que Ele tenha a força de fazer isso. A resposta é singela: “Sim, Senhor”, “meu senhor”. Em resposta, Jesus lhes diz: “faça-se a vós segundo a vossa crença”, e lhes toca os olhos, recuperando eles imediatamente a visão. Depois adverte-os, que ninguém saiba. Mas bastava olharem para eles, para verificar que haviam recuperado a visão, e eles tornam Jesus conhecido em toda a região.
Jesus chega até eles e lhes pergunta:- “Que quereis que vos faça?” – “Que enxerguemos, Senhor! Tende piedade de nós!” Jesus coloca os dedos em seus olhos e diz: “Então, que vejam!” E ficaram ambos curados. Saíram gritando e glorificando a Deus pela graça recebida, por toda aquela região. Daí, Jesus, com as Suas pregações e o Seu amor, começa a mudar a vida de muita gente que passa a segui-lo como discípulos; passando da apatia que os dominava, para a certeza em suas esperanças revividas por aquele homem que lhes falava ao coração e lhes trazia a alegria do Senhor. Abriu-lhes os olhos para a realidade das promessas feitas por Deus aos seus antepassados; que começava a ser cumprida ali, em cada encontro. Abriu os olhos a todos que a Ele se achegaram: os olhos do coração, os olhos da decência, os olhos da bondade, os olhos da partilha, os olhos do perdão, da mesma forma que fez aos olhos dos cegos. O povo que O ouvia foi crescendo, crescendo, que mesmo Ele sendo crucificado todos assumiram o seu lugar na Sua vida. E, passado todo aquele tempo da missão de Jesus, todos enxergaram limpidamente, com exceção dos que foram responsáveis por sua morte e, que até hoje esperam o Messias, que já veio, chama-se Jesus e vive no meio de nós, pelo seu Espírito Santo que Ele nos deixou como advogado e defensor. Por isso, todos os dias e a cada Natal, nós, cristãos, fazemos memória e trazemos Jesus à terra, para lhe demonstrarmos que O amamos, na comemoração do Seu nascimento, apesar de sermos fracos, pequenos, mas lutadores e perseverantes para chegarmos até o fim, para recebermos, através da Sua extrema Misericórdia, o lugar no céu, que Ele prometeu a todos que vivessem os Seus ensinamentos.

Pai, cura-me da cegueira que me impede de reconhecer a presença de tua salvação na minha vida, realizada pela ação misericordiosa de teu Filho Jesus.

Aquele que faz a vontade do Pai -Canção Nova

3 de Dezembro de 2015


Refletindo sobre a nossa vida neste tempo do Advento, devemos olhar as nossas práticas, nossos costumes, nossas ações e a maneira como agimos neste mundo. Tudo porque nós, muitas vezes, clamamos o nome do Senhor, falamos em nome d’Ele, dizemos muitas coisas em Seu nome, mas não fazemos o essencial: não colocamos em prática a vontade e a Palavra do Senhor. 
Há muita gente pregando em nome do Senhor. Muita gente invocando – até de forma errônea – o nome d’Ele, mas não tem no coração um verdadeiro temor a Deus. Nós devemos amar, honrar e respeitar, acima de qualquer coisa, o nome do Senhor! É o nosso dever, a nossa missão. Mas, ao mesmo tempo, meus irmãos, nós precisamos aprender a levar a sério as coisas de Deus. 
Nós precisamos respeitar aquilo que aprendemos de Deus. E a melhor maneira é colocarmos em prática a Sua Palavra em nossa vida. Não sejamos apenas meros ouvintes da Palavra do Senhor. Alguém que ouve, que escuta e diz: “Que bonito, que Palavra maravilhosa!” Mas ao sair dali, faz a mesma coisa e a vida continua do mesmo jeito. 
Permitam, irmãos, que esta Palavra semeada nos seus corações seja transformação para suas vidas. Permitamos que a Palavra de Deus mexa em nós por dentro e por fora e vá mudando os atos, as atitudes e as posturas que temos em relação ao mundo, às pessoas e às coisas.
A nossa vida seria melhor, a cada dia, se pegássemos cada trechinho da Palavra que escutamos e pudéssemos “ruminá-la”, isto é, meditá-la, e alimentar-nos dela, e se permitíssemos que ela transformasse a nossa vida.
Desejo que nós, neste tempo, sejamos transformados pela Palavra do Senhor.
Que Deus abençoe você!


Jesus exulta no Espírito Santo-Canção Nova


2 de Dezembro de 2015
Jesus cura muitos e multiplica os pães-Canção Nova
Muitos começaram a seguir Jesus porque foram alimentados e saciados, porque viram os milagres que o Senhor realizava. Ele multiplicou os pães uma, duas, três vezes, e aquela multidão se contentava em receber o alimento que vinha d’Ele.
Permita-me dizer: o alimento que Jesus multiplicava era um alimento material, que saciava a fome daquele momento. Assim é o alimento que nós comemos a cada dia, sacia a fome do momento, da situação e do cansaço de hoje; amanhã é um novo dia e temos que nos alimentar novamente, porque todos os dias precisamos fazer isso. É um alimento perecível que se esvai e, na verdade, alimenta a nossa necessidade física. Assim são outras coisas materiais também, elas nos servem para o momento e para a circunstância em que vivemos ou estamos.
Jesus quer chamar a atenção de Seus discípulos: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará” (João 6, 26-27).
Não seja interesseiro ao buscar Deus ou ir ao encontro do Senhor. Não busque Deus somente para satisfazer suas necessidades momentâneas e para garantir aquilo que você quer, que você precisa. Quantas vezes queremos fazer negociatas com Deus, queremos que Ele satisfaça os nossos anseios e desejos materiais, circunstanciais e momentâneos, até pensamos: “Deus me concede isso!”, “Eu busco a Deus porque Ele vai me conceder aquilo!”.
Busquemos Jesus, porque, com Ele, somos conduzidos à eternidade! Busquemos o Senhor porque Ele traz até nós o Pão da vida, que é o selo, que é a marca da eternidade em nós! Não nos deixemos ser conduzidos apenas pelos anseios materiais.
É preciso que o nosso espírito se alimente [com a Palavra de Deus e com o Pão da vida], fique saciado e pleno da presença de Deus! É preciso lutar pelas coisas eternas, é preciso direcionar o nosso olhar para as coisas de Deus, porque senão a nossa vida vai ser assim, vamos sempre voltar o nosso olhar para os nossos problemas e para as circunstâncias momentâneas e não vamos deixar o nosso espírito ser alimentado. E por isso, muitas vezes, nosso espírito está no sufoco e na penumbra sem experimentar aquela paz que vem do coração de Deus.
Deixemo-nos nos alimentar e ser saciados pelo Pão da vida, pelo Pão da eternidade! Permitamos que a eternidade entre em nosso interior e que nós entremos na eternidade pela presença de Cristo em nossa vida!
Deus abençoe você!


Felizes os olhos que veem o que vós vedes!-Canção Nova


1 de Dezembro de 2015

Nós, hoje, contemplamos Jesus dizendo a Seus discípulos: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes!” (Lucas 10,24). Cristo é tomado por uma grande exultação no Espírito, que O leva a glorificar, exaltar e bendizer nosso Deus. O que estamos contemplando com nossos olhos e ouvidos é aquilo que se realiza na vida de Jesus por obra do Espírito.
O Espírito do Senhor está sobre Jesus e este age no poder e na autoridade, iluminado e guiado pelo Paráclito. O desejo e a ação de Cristo em nosso meio é que nós também estejamos ungidos por esse Espírito, porque o Senhor foi ungido pelo Pai e sobre Ele está a plenitude do Espírito Santo. E uma vez que Jesus tem a plenitude desse Espírito, deseja que nós também o tenhamos. Assim, os frutos do Paráclito que se manifestaram de forma plena na vida de Jesus também há de se manifestar em nossa vida.
Olhamos para uma árvore e sabemos se ela é boa pelos frutos que dá, pelos dons que brotam dela! Dessa raiz deJessé brota esse rebento e sobre ele está o espírito de sabedoria, do discernimento, do conselho, da fortaleza, da ciência, da piedade e do temor no Senhor. Deixe-me dizer a você: é no temor do Senhor que ele encontra o seu prazer. Não é prazer em temer a Deus, mas o prazer de ser submisso a Ele, de ser submisso à vontade d’Ele; é saber encontrar deleite, gosto e prazer em fazer as coisas de Deus.
Deixe-me dizer a você: Pode ser que, há um tempo atrás, quando nos convertemos, quando encontramos o Senhor, nós tínhamos mais gosto em fazer as coisas d’Ele. Mas, muitas vezes, quando há decepção com pessoas e situações, quando o nosso ego é contrariado, nós vamos perdendo o prazer, o gosto de fazer as coisas de Deus. Não perca esse prazer, não perca esse gosto; muito pelo contrário, reanime o fervor, reanime o dom do espírito que há em você. Uma vez cheios deste espírito, encontramos prazer, gosto em fazer as coisas do Senhor.
O mundo não nos entende e quem tem o espírito do mundo também não pode entender o prazer de servir a Deus e de fazer as coisas d’Ele. Só quem está movido e conduzido por este Espírito sabe o prazer e o gosto de fazer as coisas do Senhor.
Estou, hoje, realmente clamando para que, em nossos corações, o Espírito que movia o coração de Jesus mova também o nosso, para que o nosso prazer esteja em fazer as coisas do Senhor.
Deus abençoe você!


domingo, 29 de novembro de 2015

“QUANTOS PÃES TENDES?”- Olívia Coutinho


 
Dia 02 de Dezembro de 2015
 
Evangelho de Mt 15,29-37
 
 É difícil acreditar, mas é a mais triste realidade: num mundo de tanta fartura de alimentos, ainda hoje, morrem  pessoas vítimas do nosso abandono, irmãos nossos, que continuam morrendo de fome por  consequência do nosso egoísmo, é o egoísmo que nos fecha à partilha.
A todo instante, pessoas  necessitadas de  ajuda,  desfilam diante dos nossos olhos, pessoas desprovidas do mínimo necessário para a sua sobrevivência,  e,  quantos de nós, que dizemos seguidores de Jesus,  tampamos os  nossos ouvidos para não ouvir os seus clamores, para nos  isentar  de quaisquer responsabilidade para com  eles. E assim,  vamos  buscando  mil desculpas para justiçar a nossa impassibilidade, diante a esta triste realidade.
Precisamos  aprender a olhar o irmão com o  olhar de Jesus,  um olhar que  não apenas constata a sua necessidade, mas que nos leve  a ação, a fazer algo em seu favor.
A exemplo de Jesus, não podemos fechar os olhos diante as necessidades do nosso irmão e  muito menos transferir para outros, a nossa responsabilidade para com eles. Precisamos  conscientizar, de que somos corresponsáveis pela vida do outro, por tanto, não podemos permanecer indiferentes aos seus problemas, problemas, que ao chegarem ao nosso conhecimento, passam a ser nossos também.
  Como verdadeiros seguidores de Jesus, precisamos colocar em prática os seus ensinamentos tendo um olhar voltado para os que sofrem!
De nada adianta, erguermos as nossas mãos para louvar  a  Deus, se  não somos  capazes  de abaixá-las, para erguer  um irmão que está chão!
O evangelho que a liturgia de hoje  nos apresenta, mostra-nos mais uma vez, a sensibilidade de Jesus diante a necessidade humana! O texto nos apresenta  o episódio que marcou o milagre da multiplicação dos pães, ou seja,  o milagre da partilha! O ponto fundamental deste acontecimento é o amor, pois é o amor que nos  leva a partilha!  
Sabemos que Jesus, se quisesse, poderia realizar a multiplicação dos pães sozinho,  mas Ele  quis envolver todos os seus discípulos,  nos mostrando  que Ele quer agir  no mundo através do coração humano. Um coração humano quando  habitado por Jesus, é um coração solidário, aberto à partilha!
Jesus nos encarrega de saciar a fome dos nossos irmãos, fome de pão e fome de amor Ele nos garante:  Se  colocarmos em suas mãos, o pouco que temos, Ele  transforma este pouco em muito!
Onde existe amor, existe partilha, onde existe partilha Deus entra e o milagre da multiplicação acontece!
É também, compromisso cristão, despertar no outro a necessidade de Deus, mas antes, é preciso saciar a sua fome física, criar no seu coração a  necessidade  de Deus,  como fez Jesus,  a  partir da necessidade do pão material, Ele despertou no povo  a necessidade do pão da vida eterna que é Ele mesmo! Partilhando  com o outro o pão material, despertamos nele a necessidade de Deus!
A fome de tantos irmãos é uma ferida que sangra constantemente no coração de Jesus,  está em nossas mãos, a cura desta ferida, afinal, quem de nós não tem algo a partilhar?
 
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olivia Coutinho
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