Domingo, 18 de fevereiro
de 2018.
Evangelho: Mc 1,
12-15
Neste primeiro domingo da quaresma renovemos nosso coração
com o espírito santo de Deus para nos fortalecer na caminhada no “deserto”
deste tempo litúrgico de penitência. Contrito com a Santíssima Trindade, com
muita fé esperança, projetamos o Reino de Deus libertador para a humanidade,
onde todos possam viver na alegria e na
paz de um Cristo que morreu para salvar o homem do pecado.
Para que o Reino de Deus possa ser concretizado em nossa
sociedade precisamos ir ao encontro da Palavra que emudece o coração e faz com
que as ações do homem sejam saudáveis. Abraçamos as vicissitudes da graça em
plena união dos cristãos para fortalecer no projeto de vida, onde a morte não
prospera e nem penetra no encanto da alegria de servir ao nosso Deus.
O velho mundo já está corroído pelo pecado e pela maldade.
Já não atende as necessidades do povo marginalizado e pobre. A escravidão contaminou grande parte
do povo de Deus. Assim muitos homens não têm compaixão e nem a solicitude com
os despossuídos. Jesus vem para abrir as portas do Reino para os famintos e
espoliados. Ele é a chave para abrir os corações impiedosos e apresentar a
verdadeira razão da existência do homem. Jesus quer vida, vida em constante
transformação a fim de gerar cristãos sedentos de amor e justiça.
Para tanto o Senhor faz uma aliança com seu povo. Queria um
povo renovado e comprometido com a fé no Santo Espírito Santificante. Noé
acreditou. Salvou o povo errante do Senhor do dilúvio e varreu da face da terra
toda a maldade que queria em fazer
carreira. Reunidos na arca da aliança
aos olhos atento do Senhor o povo de Deus deu graças pela nova vida e pela
esperança de dias melhores.
Com isso vemos o carinho que o Senhor tem com seu povo. Não
descuida nem um segundo. Coloca toda sua energia para resguardar do mal. Deus
quer um povo sadio e limpo de toda temperança do ódio e da vingança. Essa
aliança com seu povo demonstra o apreço e a dedicação de um pai para com os
filhos que padecem no mundo da amargura.
A aliança com o povo de Deus não é passageira. A aliança
será por toda a vida. Por isso que nós cristãos devemos buscar o amor de Deus
sempre, pois Ele está nos protegendo de todas as adversidades. Então
acreditamos na história do povo de Deus e façamos o melhor.
Acontece
que a avareza e o egoísmo do homem levaram a pecar mais uma vez contra o
sagrado do mistério de Deus. O
homem vacilou diante do poder de
Deus. Viu a tentação crescer e fazer uma legião de malvados. A aliança que foi
firmada com o Senhor foi esquecida. Mas Deus não se esqueceu da promessa de
enviar seu filho ao mundo para direcionar na construção de um Reino fiel e
feliz para todos.
Jesus é o Messias que nasceu numa manjedoura e numa família
pobre. Cresceu com seus pais e assumiu a missão de renovar o mundo a partir do
batismo no rio Jordão. João preparava o caminho do Senhor através da conversão
dos pecados, mas depois dele o Messias batizaria não tão somente com água, mas
com o fogo do Espírito Santo. Começaria assim a missão de Jesus.
Em sua vida de pregação Jesus foi modelo para os novos
cristãos. Desfez das leis que aniquilavam
o homem e abriu espaço para a coletividade sem injustiça. Tanto que foi
perseguido severamente pelos fariseus, doutores da lei e escribas.
Mas Jesus tinha uma missão de levar a Boa Nova por onde
passava e fazer novos discípulos para continuar seu projeto de vida. Ele fez
carinhosamente. Tudo que Jesus fazia para os injustiçado, fazia com prazer e
com vontade.
Tanto que não conseguia ficar tranquilo, sempre uma multidão
o seguia. Jesus atendia a todos, não tinha maldade e nem rejeição. Muitos
milagres Ele fez. Os milagres que Jesus
fazia era para expulsar o demônio, livrar a pessoa do encardido. Trazer a paz.
Revitalizar a vida.
Mesmo no deserto Jesus não foi poupado. Lugar de descanso
para ouvir a voz de Deus e se preparar para a jornada árdua de trabalho, Jesus
foi tentado, humilhado e desafiado pelo demônio. Mas a serenidade de Jesus fez
com que ficasse quarenta dias, o tempo necessário, para crescer na fé e
fortalecer na caminhada. Jesus foi tentado a mostrar para o demônio que seu
poder era divino, mas sabiamente soube
driblar o encardido para concretizar o Reino Justo de Deus.
Queridos irmãos o demônio continua a tentar o cristão para
abandonar seu caminho e seguir as trilhas do mal. A “coisa ruim” não cansa de
convencer de que o mundo seria a melhor opção. Não dá trégua há nenhum tempo. A
tentação incomoda o tempo todo. Oferece maravilhas e vida fácil.
Acontece que muitos cristãos deixam ser enganados pelo
satanás. Acabam envolvendo com ele e começam a destruir a própria vida. Não
conseguem enxergar Deus poderoso que protege de todo o perigo. Não encanta com
Jesus que veio ao mundo, enfrentou o mal e saiu vencedor.
Ele morreu na cruz sendo seu corpo transpassado pela espada,
mas garantiu para o homem nova vida do sangue derramado, uma vida feliz,
abundante e cheia de graça plena. Assim o tempo foi comprido e o Reino de Deus
aproximou do homem. A aliança feita pelo Senhor tornou-se realidade. Para tanto, agora é
preciso que converta e acredite nas Boas Novas de Deus. Não basta falar de um
mundo novo se não praticar o que Jesus praticou. Não adianta falar de um novo
reino se não tem fé para realizar as grandes obras de Deus. Não adiante falar
de salvação se não buscar a Palavra revelado por Deus.
Precisamos mergulhar no deserto da vida. Reavaliar tudo que
fazemos. Colocar em penitência para aproximar de Deus da vida. Somente no
deserto que somos capazes de perceber o quanto precisamos crescer e talvez
mudar para o caminho do pai. Desfazer toda a inconformidade com Deus e sorrir
para a vida que nos dada com tanto carinho.
Assim foi no deserto
que Jesus teve que discernir, fazer uma escolha entre a vida e a
liberdade, entre a morte e a opressão, entre a vontade de Deus que liberta e o
poder que oprime. De um lado o demônio que empurra e de outro os anjos que o
servem. Contudo, a prática de Jesus vai dizer como ele venceu a tentação e como
foi fiel ao projeto do Pai até o fim.
Somos cristãos missionários com um compromisso de levar a
libertação para toda a humanidade porque somos batizados não para somente
remover a sujeira do corpo, mas em pedir a Deus uma boa consciência através da
Ressurreição de Jesus Cristo que, tendo ido ao céu, ele está na mão direita de
Deus, e os Anjos, dominações e Poderes estão sujeitos a Ele.
Portanto, o Reino de Deus está aí para ser construído e
renovado a cada dia através das nossas boas ações. Sempre levando aos irmãos,
especialmente os necessitados, a boa nova de Deus.
Abraços
Claudinei M.
Oliveira
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