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sexta-feira, 31 de maio de 2019

(Vídeo) ASCENSÃO DO SENHOR-Ano C-Vera Lúcia

O reino dos céus é a Palavra de Deus agindo em nós-Helena Serpa


11 DE JUNHO DE 2019

3ª. FEIRA SÃO BARNABÉ APÓSTOLO

Cor: Vermelho

1ª Leitura - At 11,21b-26; 13,1-3


Leitura dos Atos dos Apóstolos 11,21b-26; 13,1-3
Naqueles dias, 11,21bMuitas pessoas acreditaram no Evangelho
e se converteram ao Senhor. 22
A notícia chegou aos ouvidos da Igreja que estava em Jerusalém. Então enviaram Barnabé até Antioquia. 23Quando Barnabé chegou e viu a graça que Deus havia concedido, ficou muito alegre e exortou a todos para que permanecessem fiéis ao Senhor, com firmeza de coração. 24É que ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. E uma grande multidão aderiu ao Senhor. 25Então Barnabé partiu para Tarso, à procura de Saulo. 26Tendo encontrado Saulo, levou-o a Antioquia. Passaram um ano inteiro trabalhando juntos naquela Igreja, e instruíram uma numerosa multidão. Em Antioquia os discípulos foram, pela primeira vez, chamados com o nome de cristãos. 13,1Na igreja de Antioquia, havia profetas e doutores.
Eram eles: Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado junto com Herodes, e Saulo. 2
Um dia, enquanto celebravam a liturgia, em honra do Senhor, e jejuavam,
o Espírito Santo disse: "Separai para mim Barnabé e Saulo, a fim de fazerem o trabalho para o qual eu os chamei". 3
Então eles jejuaram e rezaram, impuseram as mãos sobre Barnabé e Saulo,
e deixaram-nos partir. Palavra do Senhor.

Reflexão - “Barnabé, um homem bom!”
Os Atos dos Apóstolos é um Livro que serve para nós como um mapa que nos mostra um caminho seguro de como ser discípulo de Jesus. Barnabé era considerado um homem bom, porque era cheio do Espírito Santo e de fé. Por causa do seu testemunho uma grande multidão aderiu ao Senhor. O seu exemplo, portanto, nos leva a perceber que nós, também, seremos considerados homens e mulheres cheios de fé, se nos deixaram os conduzir pelo Espírito Santo. Todos nós desejamos ser bons e, muitas vezes nos frustramos porque não o conseguimos.  Esforçamo-nos para cumprir com as nossas obrigações, estudamos, recebemos boa educação, adquirimos cultura, porém, apesar de tudo não somos considerados (as) bons, compreensivos, virtuosos.   O Espírito é quem nos santifica e nos faz distinguir o modo de ser que o Pai projetou para nós.  É o Espírito quem aciona a nossa fé e a fé nos leva a permanecer fiéis ao Senhor com constância de coração.  Bastará isso e o nosso “currículo” mudará.  As nossas atitudes, então, servirão para que também as multidões acorram ao Senhor, e que muitas almas possam ser também virtuosas, porque serão cheias de fé e do Espírito Santo.   Para sermos denominados de cristãos, bons e cheios de fé, como Paulo e Barnabé, nós precisamos nos abandonar às sugestões do Espírito de Deus e deixar que Ele comande as nossas ações, mesmo quando tivermos que nos apartar das pessoas com quem nós gostamos de conviver. Servimos a Deus em qualquer trabalho que exerçamos, assim sendo, será Ele quem escolherá para nós o lugar e as condições para cumprirmos com a nossa missão.     – Você tem realizado obras que atraiam as outras pessoas para Jesus? – Você dá testemunho de fidelidade a Deus? – Você tem fé? – Você se deixa conduzir pelo Espírito na sua vida profissional e familiar?

Salmo - Sl 97 (98),1. 2-3ab. 3cd-4. 5-6 (R. 2a)

R. O Senhor fez conhecer seu poder salvador
perante as nações.


1
Cantai ao Senhor Deus um canto novo,*
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo*
alcançaram-lhe a vitória.R.

2
O Senhor fez conhecer a salvação,*
e às nações, sua justiça;
3a
recordou o seu amor sempre fiel*
3b
pela casa de Israel.R.

3c
Os confins do universo contemplaram*
3d
a salvação do nosso Deus. 
4
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,*
alegrai-vos e exultai!R.

5
Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa*
e da cítara suave!
6
Aclamai, com os clarins e as trombetas,*
ao Senhor, o nosso Rei!R. 

 

Reflexão - O poder salvador do Senhor é amor, justiça e Misericórdia. E é por meio de nós, dos nossos erros e acertos, dos nossos pecados perdoados que Deus se faz conhecer a todas as nações. Não precisamos viver dentro de uma redoma, incomunicáveis, sem errar, sem transgredir a lei para sermos arautos do poder de Deus. É dentro da nossa realidade de vida que faremos os confins do universo contemplar a salvação do nosso Deus.


Evangelho - Mt 10,7-13


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 10,7-13
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7"Em vosso caminho, anunciai: `O Reino dos Céus está próximo'. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! 9Não leveis ouro nem prata nem dinheiro nos vossos cintos; 10nem sacola para o caminho, nem duas túnicas nem sandálias nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento. 11Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno. Hospedai-vos com ele até a vossa partida. 12Ao entrardes numa casa, saudai-a. 13Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz.
Palavra da Salvação.

Reflexão – “o reino dos céus é a Palavra de Deus agindo em nós ”
O Espírito Santo é um Dom gratuito, incondicional e poderoso para nos curar e nos libertar. Ele é o amor que recebemos do Senhor e é com este Amor que nós também poderemos sair pelo mundo a fora anunciando que “o reino dos céus está próximo”. As graças que recebemos por meio do Espírito Santo nos levam a um estado de espírito em que a paz que usufruímos, são os sinais da justiça que praticamos. “Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos e expulsai os demônios”. É esta a nossa incumbência. Mas para que possamos desempenhá-la, precisamos, nós mesmos (as), nos sentirmos curados (as), ressuscitados (as), purificados (as) e livres de todas as artimanhas do inimigo. Deus quer dar a todos nós, os Seus filhos (as), uma qualidade de vida digna, porque fomos criados à Sua Imagem e semelhança, e para isso, nos chama a sair da nossa redoma a fim de anunciar ao mundo que o reino dos céus é Jesus e que Ele está no meio de nós. A alegria, a felicidade e o perdão, são atributos do reino dos céus que estão dentro do nosso coração e, que, por isso, devemos levar ao mundo. Recebemos de graça, de graça devemos dar, é nosso dever, é nosso chamado e a nossa missão. Porém, Ele nos recomenda que na nossa caminhada não levemos nada do que o mundo considera importante, mas tão somente os dons que Dele recebemos, de graça. Assim fazendo nós estaremos livres dos nossos achismos,, dos nossos apegos, das nossas idéias desvirtuadas pelo pecado e poderemos anunciar o reino dos céus que é a Palavra de Deus agindo em nós. – Reflita: O que você tem anunciado no caminho da sua vida? – Você conversa com seus amigos e amagas sobre o que vê e ouve na TV e na internet? – Porque então, você não anuncia também o Evangelho? – Você tem acolhido no coração as delicadezas de Deus para sua vida ou tem deixado passar pesando que tudo é mérito seu?

Para muitos Jesus continua sendo a pedra que os construtores deixam de lado-Helena Serpa


10 DE JUNHO DE 2019

2ª. FEIRA DA NONA SEMANA

DO TEMPO COMUM

Cor Verde

1ª Leitura - Tb 1,3; 2,1a-8


Início do Livro de Tobias 1,3; 2,1a-8
1,3Eu, Tobit, andei nos caminhos da verdade e da justiça, todos os dias da minha vida. Dei muitas vezes esmolas aos meus irmãos e compatriotas, que comigo foram deportados para Nínive, no país dos assírios. 2,1aNo dia da nossa festa de Pentecostes, que é a festa das Sete Semanas, prepararam-me um excelente almoço, e reclinei-me para comer. 2
Quando puseram a mesa com numerosas iguarias, disse ao meu filho Tobias: 'Vai, filho, vai procurar, entre nossos irmãos deportados em Nínive, algum que, de todo o seu coração, se lembre do Senhor, e traze-o aqui para comer comigo.
Assim, meu filho, ficarei esperando até que voltes. 3
Tobias saiu, pois, à procura de um pobre entre nossos irmãos. E voltou dizendo: 'Pai!' Respondi: 'Que há, meu filho?' Continuou Tobias: 'Um homem do nosso povo foi morto e lançado à praça pública.
E ainda se encontra lá, estrangulado'. 4
Levantei-me de um salto,
deixando o almoço, sem prová-lo. Tirei o cadáver do meio da praça e depositei-o numa das dependências da casa, esperando o pôr-do-sol para enterrá-lo. 5
Ao voltar, lavei-me e, entristecido,
tomei minha refeição. 6
Lembrei-me das palavras do profeta Amós,
ditas contra Betel: 'Vossas festas se transformarão em luto
e todos os vossos cantos em lamentação'. 7
E chorei. Depois que o sol se escondeu, fui cavar uma sepultura e enterrei o cadáver.
8
Meus vizinhos zombavam, dizendo: 'Ele ainda não tem medo.
Já foi procurado para ser morto por este motivo, e teve que fugir.
No entanto, está de novo sepultando os mortos!'
Palavra do Senhor.

Reflexão – “a vivência da caridade é o fundamento das nossas ações.”
Com esta mensagem do Livro de Tobias nós podemos aprender a ser solidários (as) e a dar testemunho de que realmente o Espírito Santo de Deus é quem motiva as nossas atitudes. Tobit, o seu pai, era um homem justo que soube incutir no filho os ensinamentos para uma existência em que a vivência da caridade era o fundamento das suas ações. A pedido de seu pai, Tobias saiu à procura de alguém que de todo o coração se lembrasse do Senhor para que viesse participar da refeição em sua casa. No entanto, Tobias só encontrou um “pobre” do seu povo que fora morto e lançado à praça pública. O pai de Tobias não quis nem saber qual a razão do que havia acontecido, deixou de lado o que estava a fazer e foi à busca do cadáver para ser enterrado. A atitude de Tobit  nos leva a fazer uma reflexão se estamos ou não vivendo indiferentes ao que se passa ao nosso redor. A realidade do mundo de hoje é motivo para que repensemos as nossas atitudes. O Espírito Santo nos questiona e nos argui sobre a qualidade da nossa fé e disposição em seguir Jesus Cristo. A fé sem obras é morta! Muitas vezes estamos vivenciando a nossa religião de um modo muito pessoal e intimista nos deliciando com a manifestação de Deus na nossa vida e não percebemos que tudo quanto Ele nos proporciona precisa ser partilhado com o nosso próximo. Consequentemente, vamo-nos abarrotando com as bênçãos de Deus de um modo egoísta chegando ao ponto de não precisarmos mais nem Dele para caminhar.    -  A quem nós temos procurado para participar conosco das nossas festas, dos nossos banquetes? –  Será que nós também somos capazes de deixar de lado as festas para socorrer algum pobre do povo de Deus? – Será que estamos tão somente nos condoendo com a infelicidade alheia? – O que precisa mudar em nós a partir da nossa vivência familiar?

Salmo - Sl 111,1-2. 3-4. 5-6 (R. 1a)

R. Feliz aquele que respeita o Senhor!

Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia

1
Feliz o homem que respeita o Senhor *
e que ama com carinho a sua lei!
2
Sua descendência será forte sobre a terra, *
abençoada a geração dos homens retos!R.

3
Haverá glória e riqueza em sua casa, *
e permanece para sempre o bem que fez.
4
Ele é correto, generoso e compassivo, *
como luz brilha nas trevas para os justos.R.

5
Feliz o homem caridoso e prestativo, *
que resolve seus negócios com justiça.
6
Porque jamais vacilará o homem reto, *
sua lembrança permanece eternamente!R.

Reflexão - O homem que respeita o Senhor é correto, generoso e compassivo, por isso sua luz brilha nas trevas. O homem caridoso e prestativo resolve seus negócios com justiça. Onde nós estaremos inseridos?

Evangelho - Mc 12,1-12

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 12,1-12
Naquele tempo: 1Jesus começou a falar aos sumos sacerdotes,
mestres da Lei e anciãos, usando parábolas: 'Um homem plantou uma vinha, cercou-a, fez um lagar e construiu uma torre de guarda. Depois arrendou a vinha a alguns agricultores, e viajou para longe. 2
Na época da colheita, ele mandou um empregado aos agricultores para receber a sua parte dos frutos da vinha. 3Mas os agricultores pegaram no empregado, bateram nele,  e o mandaram de volta sem nada. 4Então o dono da vinha mandou de novo mais um empregado. Os agricultores bateram na cabeça dele e o insultaram. 5Então o dono mandou ainda mais outro, e eles o mataram. Trataram da mesma maneira muitos outros, batendo em uns e matando outros. 6Restava-lhe ainda alguém: seu filho  querido. Por último, ele mandou o filho até aos agricultores,
pensando: 'Eles respeitarão meu filho'. 7
Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros: 'Esse é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa'. 8Então agarraram o filho, o mataram, e o jogaram fora da vinha. 9Que fará o dono da vinha? Ele virá, destruirá os agricultores, e entregará a vinha a outros. 10Por acaso, não lestes na Escritura: 'A pedra que os construtores deixaram de lado, tornou-se a pedra mais importante; 11isso foi feito pelo Senhor e é admirável aos nossos olhos'?' 12Então os chefes dos judeus procuraram prender Jesus, pois compreenderam que havia contado a parábola para eles. Porém, ficaram com medo da multidão e, por isso, deixaram Jesus e foram-se embora.
Palavra da Salvação.

Reflexão - “ para muitos Jesus continua sendo a pedra que os construtores deixam de lado”
Usando da alegoria da vinha Jesus quis evidenciar aos judeus que Ele fora enviado pelo Pai justamente para dar a eles, povo escolhido, o conhecimento de Deus, do Seu amor e da sua misericórdia, porém eles O rejeitaram. Aconteceu, então, o que a Parábola dizia: “esse é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa. Então agarraram o filho, o mataram e o jogaram fora da vinha.”  Refletindo sobre esta Palavra nós percebemos que ainda hoje o Filho de Deus, Jesus Cristo é rejeitado e muitos O tratam com indiferença, mesmo aqueles que se dizem cristãos. Jesus continua sendo a pedra que os construtores deixaram de lado. Muitas pessoas mesmo as que estão até dentro da Igreja e frequentam os sacramentos fazem pouco caso dos Seus ensinamentos confundindo as pessoas e interpretando a Sua Palavra de acordo com os interesses próprios e em benefício de cada um. Assim, sendo, pregam e aceitam a teoria do aborto, do homossexualismo, do “não tem faz mal”, tudo é lícito, tudo é permitido, “o que vale é ser feliz”. No entanto, a Escritura também afirma que a pedra rejeitada tornou-se a pedra angular, isto é, a pedra central, a base da construção. Se Jesus é o Centro da nossa vida, então, também a Sua Palavra deve ser o alicerce para a edificação da nossa santidade. Do contrário, nós estaremos agindo igual aos agricultores da vinha e estamos rejeitando a Salvação de Deus para nós.  Devemos meditar muito sobre isto: -


A paz do Espírito Santo-Helena Serpa


9 DE JUNHO DE 2019

DOMINGO DE PENTECOSTES

Cor Vermelho

1ª. Leitura – At 2, 1-11

Leitura dos Atos dos Apóstolos 2,1-11
1Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. 2De repente, veio do céu um barulho
como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam.  3Então apareceram línguas como de fogo
que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. 4Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava. 5Moravam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações do mundo. 6Quando ouviram o barulho, juntou-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua. 7Cheios de espanto e de admiração, diziam: 'Esses homens que estão falando não são todos galileus? 8Como é que nós os escutamos na nossa própria língua? 9Nós que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judéia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, 10da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia, próxima de Cirene, também romanos que aqui residem; 11judeus e prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos  anunciarem as maravilhas de Deus na nossa própria língua!'
Palavra do Senhor

Reflexão – “o dia de Pentecostes”
Os apóstolos permaneceram reunidos no mesmo lugar conforme Jesus ordenara e, assim, o Espírito Santo prometido do Pai e anunciado por Jesus, lhes veio no dia de Pentecostes para fazer uma revolução nas suas vidas. De tímidos e covardes, eles se tornaram corajosos, destemidos, e com sabedoria “falavam em outras línguas”, atraindo a admiração do povo que compreendia no seu próprio idioma. A ação do Espírito Santo se fazia perceber literalmente e com muito poder.  Quando nos deixamos invadir pela força que vem do alto, nós também conseguimos falar em outras línguas sob a ação do Espírito Santo deixando que Ele, na Sua linguagem, exponha através dos nossos lábios as moções que Deus deseja nos fazer conhecer. A ação do Espírito Santo é justamente a de nos dar o entendimento para as coisas que antes nós não compreendíamos. A experiência com o Espírito Santo nos faz encarar os fatos e os acontecimentos com coragem e ardor. O barulho e o vento do Espírito Santo são sentidos por todo batizado que se deixa apossar pelo Seu poder. Todos nós podemos experimentar as maravilhas de Deus na nossa própria língua, isto é, no nosso entendimento, na nossa situação pessoal, nas nossas necessidades reais, na realidade da nossa vida.  Por isso, é que nas nossas reuniões de oração, quando estamos unidos (as) no mesmo Espírito, nós recebemos os “recados” de Deus por meio uns dos outros.

 

Salmo 103, 1ab.24ac.29bc-30 31.34 (R.30)

R. Enviai o vosso Espírito Senhor*e da terra toda a face renovai. Ou:R. Aleluia, Aleluia, Aleluia, 

1aBendize, ó minha alma, ao Senhor!* Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!  24aQuão numerosas, ó Senhor, são vossas obras*  24cEncheu-se a terra com as vossas criaturas! R. 

29bSe tirais o seu respiro, elas perecem* 
29ce voltam para o pó de onde vieram. 
30Enviais o vosso espírito e renascem* e da terra toda a face renovais. R. 

31Que a glória do Senhor perdure sempre,* e alegre-se o Senhor em suas obras! 
34Hoje seja-lhe agradável o meu canto,* pois o Senhor é a minha grande alegria! R.

Reflexão - O Espírito Santo é quem renova a face da terra do nosso coração. Sem o Espírito Santo a nossa alma perece e se torna pó. “Enviais o vosso espírito e renascem e da terra toda a face renovais”, diz o salmista. Por isso que de coração renovado pelo poder do Espírito Santo nós bendizemos ao Senhor. Ele nos tira do abismo, da ignorância, e nos coloca no lugar que Ele preparou para que tenhamos vida nova: o Seu Amor.

2ª. Leitura – I Cor 12, 3b-7.12-13


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 12,3b-7.12-13
Irmãos: 3bNinguém pode dizer: Jesus é o Senhor a não ser no Espírito Santo. 4Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. 5Há diversidade de ministérios, mas um mesmo é o Senhor. 6Há diferentes atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos. 7A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum. 12Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo,
assim também acontece com Cristo. 13De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito,
para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito. Palavra do Senhor.

Reflexão – “a beleza da unidade da Igreja!”
“Há diferentes atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos”. Essa é a beleza da unidade da Igreja! O Espírito Santo nos dá os dons necessários para que vivamos dentro da nossa realidade. Cada um com a sua parte e todos formando um único Corpo, bebendo de um único Espírito. O Espírito Santo forma comunidade (comum unidade), portanto em qualquer área ou atividade da nossa vida nós podemos proclamar Jesus o Senhor, da nossa casa, do trabalho, do lazer, porque somos batizados e possuímos o Espírito Santo como motivador. Com a ajuda do Espírito Santo nós podemos realizar os feitos para os quais fomos criados, apesar da nossa limitação humana, das  fraquezas do nosso temperamento e das circunstâncias em que vivemos. Por isso, a nossa oração deve ser constante e em  todos os momentos devemos suplicar: “”Vinde, Espírito Santo e renovareis a face da terra”.  É o Espírito Santo quem renova a nossa humanidade divinizando a nossa carne, e nos fazendo ser parte do Corpo de Cristo, que glorioso, está assentado no céu. Não  podemos nos calar, o Espírito Santo é aquele que nos impulsiona, nos ensina, nos mostra e se não o invocamos, perdemos tempo e oportunidades. “Vinde Espírito Santo!”

 

Evangelho = Jo 20. 19-23


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,19-23
19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e pondo-se no meio deles,
disse: 'A paz esteja convosco'. 20Depois destas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: 'A paz esteja convosco.
Como o Pai me enviou, também eu vos envio'. 22E depois de ter dito isto, soprou sobre eles e disse: 'Recebei o Espírito Santo.
23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados ;a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos'.
Palavra da Salvação.

Reflexão – “A paz do Espírito Santo”
Enquanto os discípulos estavam trancados por medo dos judeus Jesus apareceu-lhes trazendo-lhes a Sua paz e o Seu Espírito Santo. A presença de Jesus ressuscitado veio confirmar para os discípulos que eles não estariam sós e nunca seriam abandonados por Deus. Assim também precisamos permanecer quando, por algum motivo, nos sentirmos sós e temerosos, conscientes de que no nosso Batismo, também recebemos o Espírito Santo. Assim sendo, não podemos separar a paz de Jesus do Seu Espírito. Quem tem o Espírito Santo, tem paz porque sente o amor do Pai e do Filho. Todos nós que temos convicção do amor de Deus, sentimos a paz no nosso coração, pois provamos da misericórdia do Pai e temos a certeza de que os nossos pecados são perdoados. Nunca precisaremos trazer a nossa alma atribulada pelos acontecimentos do mundo, se recebemos o Espírito de Jesus no nosso Batismo e com Ele também a sua paz. A nossa carne é fraca e se ressente, porém o nosso coração está  firme porque Jesus é quem nos assegura: “A paz esteja convosco”, “Recebei o Espírito Santo”. Somos enviados a levar ao mundo a paz e o amor de Cristo que experimentamos com o poder do Seu Espírito. O Espírito Santo é quem nos envia, nos acompanha e nos motiva a seguir adiante na nossa caminhada. É ele quem nos sustenta nas batalhas que travamos no nosso dia a dia. É também Ele quem nos tira da acomodação e nos faz enxergar as coisas do céu, que fogem da nossa visão humana.


Jesus nos diz, pessoalmente, “Tu, segue-me!-Helena Serpa


8 DE JUNHO DE 2019

SÁBADO DA SÉTIMA

SEMANA DA PÁSCOA

Cor Branco

1ª. Leitura – At 28, 16-20.30-31


Leitura dos Atos dos Apóstolos 28,16-20.30-31
16Quando entramos em Roma, Paulo recebeu permissão para morar em casa particular, com um soldado que o vigiava. 17Três dias depois, Paulo convocou os líderes dos judeus. Quando estavam reunidos, falou-lhes: 'Irmãos, eu não fiz nada contra o nosso povo, nem contra as tradições de nossos antepassados.
No entanto, vim de Jerusalém como prisioneiro e, assim, fui entregue às mãos dos romanos. 18Interrogado por eles no tribunal
e não havendo nada em mim que merecesse a morte, eles queriam me soltar. 19Mas os judeus se opuseram e eu fui obrigado a apelar para César, sem nenhuma intenção de acusar minha nação. 20É, por isso, que eu pedi para ver-vos e falar-vos, pois estou carregando estas algemas exatamente por causa da esperança de Israel.' 30Paulo morou dois anos numa casa alugada. Ele recebia todos os que o procuravam, 31pregando o Reino de Deus. Com toda a coragem e sem obstáculos, ele ensinava as coisas que se referiam ao Senhor Jesus Cristo. Palavra do Senhor.

Reflexão - “algemado pela esperança”
Quando acompanhamos o relato dos Atos dos Apóstolos, nós percebemos que no reino de Deus as coisas são diferentes do que nós presenciamos nos reinados aqui da terra. Assim, pois, vemos que São Paulo foi preso por lutar pela vida dos seus algozes. O Espírito Santo o conduzira a Roma e agora, ele estava prisioneiro e algemado porque anunciava a esperança para o povo de Israel falando para os judeus que o acusavam e não queriam acolher a sua mensagem. Paulo, porém, não desistia, porque tinha consciência de que era essa a sua missão e o seu chamado. Ele poderia ter negado sua fidelidade ao Evangelho e exonerar-se diante das acusações ou ter se defendido, lavado as suas mãos já que os judeus rejeitavam a libertação que Jesus viera propor, porém, “ com toda a coragem ele ensinava as coisas que se referiam ao Senhor Jesus Cristo!”  Paulo lutou até o fim, cumpriu a sua missão. E nós? A nossa casa e a nossa família são também como o povo de Israel, onde precisamos falar de Jesus e dar testemunha de uma vida renovada. Todavia, nem sempre  somos acolhidos (as) e muitas vezes somos até perseguidos (as) e discriminados (as).  Será que temos desistido dos nossos encargos por causa disso? Na maioria dos casos nós facilmente lavamos as mãos e nos omitimos com medo das consequências que podem advir com a nossa insistência. Preferimos agradar a todos entrando no ritmo do mundo como os demais. Temos medo da “prisão e das algemas de Deus” que nos envia a ensinar na nossa casa e por onde andamos as coisas que se referem ao Senhor Jesus Cristo. As algemas de Deus para nós são em vista de nova perspectiva  para o nosso povo, portanto as nossas dificuldades e lutas são sinais de esperança.

Salmo 10, 4. 5.7 (R. Cf. 7b)

R. Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.
 Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia

4Deus está no templo santo, * e no céu tem o seu trono;volta os olhos para o mundo, * seu olhar penetra os homens. R. 

5Examina o justo e o ímpio, * e detesta o que ama o mal. 
7Porque justo é nosso Deus, o Senhor ama a justiça.* Quem tem reto coração há de ver a sua face. R.

Reflexão - O salmo confirma justamente o agir coerente de Paulo: “quem tem reto coração há de ver a vossa face”. Nós vivemos aqui, mas temos a nossa esperança posta na vida eterna. Ter reto coração é ser coerente com a proposta de vida nova que Jesus veio nos dar e nmpão distanciar-se do olhar do Senhor que está voltado para nós.

Evangelho – Jo 21, 20-25

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 21,20-25
Naquele tempo: 20Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava, o mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus durante a ceia e lhe perguntara: 'Senhor, quem é que te vai entregar?' 21Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: 'Senhor, o que vai ser deste?' 22Jesus respondeu: 'Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que te importa isso?
Tu, segue-me!' 23Então, correu entre os discípulos a notícia de que aquele discípulo não morreria. Jesus não disse que ele não morreria, mas apenas: 'Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?' 24Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 25Jesus fez ainda muitas outras coisas, mas, se fossem escritas todas, penso que não caberiam no mundo
os livros que deveriam ser escritos. Palavra da Salvação.

Reflexão – “Jesus nos diz, pessoalmente, “Tu, segue-me!”!
Evangelho vemos como Jesus desvendava para os apóstolos os mistérios que lhes estavam reservados como que para animá-los e dá-lhes força para continuarem firmes até o tempo que lhes fosse necessário. Unidos ao Jesus, pelo poder do Espírito Santo nós também poderemos assimilar o que o Senhor tem preparado para a nossa vida. Para cada um de nós o Senhor tem um desígnio. A nossa história é diferente da de todo o mundo, nós somos únicos e temos um chamado pessoal. Pedro queria saber de Jesus o que iria acontecer a João e dava sinais de dúvidas em relação ao discípulo que Jesus amava. Jesus, porém, dizia: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que te importa isso? Tu, segue-me!” Não precisamos nos importar com aqueles (as) que ainda não acompanham Jesus, pois o Senhor tem uma hora destinada a cada um. O plano de Deus para nós é perfeito e tem um sentido definido e uma marca singular, portanto, ao invés de nos preocuparmos com o projeto de Deus para as outras pessoas nós deveríamos estar atentos à voz de Jesus que nos diz, pessoalmente, “Tu, segue-me!” É importante que permaneçamos quietos (as) e abandonados (as) às sugestões do Espírito que perscruta o nosso coração e sabe precisamente do que nós necessitamos. Devemos nos alegrar quando o Senhor nos chama particularmente, pois as sim, nós entendemos que a vontade de Deus está se cumprindo em nós.