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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

“AS BEM AVENTURANÇAS SÃO CAMINHOS DE SANTIDADE!” - Olívia Coutinho





FESTA DE TODOS OS SANTOS.

Dia 04 de Novembro de 2012

Evangelho de Mt 5,1-12

Na festa de todos os Santos, somos convidados a voltar  o nosso olhar para o alto e contemplar uma multidão de Santos e Santas que deixaram marcas profundas do seu amor a Deus, aqui na terra e que agora participam da glória do céu!
Jesus nos convida a ser Santo, nos propondo  algo de concreto: dar um sentido novo a nossa existência, uma única e fundamental direção, idêntica para todos: a santidade como meta para chegarmos à vida eterna. Para isso, precisamos sair do círculo vicioso do egoísmo, sair do nosso eu, onde projetamos a nossa vida tendo como ponto de referência nós mesmo, para nos envolver no projeto de Deus, que tem como referência unicamente Jesus! 
Fomos criados e orientados por Deus, a direcionar a nossa existência  como uma flecha que busca  o seu alvo e o nosso alvo é o próprio Deus, Ele é o nosso único objetivo, Aquele que dá o verdadeiro sentido a nossa vida.
É sonho de Deus que todos nós sejamos  felizes e ser feliz é também o que mais almejamos na vida, pena que buscamos a felicidade fora de nós, com isso, enveredamos por caminhos incertos que não nos levam a lugar algum. Falta-nos compreender  que a felicidade não é algo comprável, não está nas coisas matérias e não significa ausência de dificuldade.
Quando  compreendermos que a felicidade é uma eterna construção, que a vida não nos pertence e que não somos donos de nada, aí sim,  estaremos prontos para assumir  o grande desafio: ser feliz até mesmo no sofrimento!
Ao esvaziarmos  de nós mesmos, tornamos pobres, totalmente dependentes de Deus e tudo que mais queremos é fazer a sua  vontade, as  dificuldades, as perseguições, ao invés de nos aborrecer, nos alegram, pois sabemos que toda situação que nos  leva ao sofrimento, Deus transforma  num bem para nós.
Ninguém busca o sofrimento, mas ele é inevitável em nossas vidas, saber aproveitá-lo como trampolim para a nossa ascensão, é estar no caminho da Santidade!
No evangelho de hoje Jesus faz uma consolação a todos aqueles que hoje estão totalmente desprovidos das benesses do mundo!
As bem-aventuranças, não são mandamentos, podemos dizer que  são caminhos de santidade, um abandonar-se em Deus, um  não estar preso as coisas do mundo!
O conceito de felicidade que o mundo prega, é completamente diferente da felicidade que Deus planejou para todos nós! Jesus nos deixa claro que para sermos  felizes, precisamos experimentar  a dependência de Deus.  E assim, Ele proclama: “Bem aventurados  os pobres em espírito, os aflitos, os mansos, os que têm fome e sede de justiça os misericordiosos, os puros de coração os perseguidos e injuriados por causa do reino”!  Estes sim, são felizes por serem totalmente dependentes  de Deus!
Passar fome, chorar, ser perseguido, odiado, amaldiçoado  são situações que não agradam a Deus e que  aos olhos do mundo, são vistas  como infelicidade. Porém, para quem vive essas realidades,  mas permanece firme na perspectiva de fazer a vontade de Deus, toda situação de sofrimento se reverte  em bem.
 Alegremo-nos por confiar na realização das promessas de Deus!  É o próprio Jesus que nos garante: “Alegrai-vos e exultai, pois será grande a vossa recompensa no Céu”.
Assim  como foram  os Santos, sejamos também fiéis ao Evangelho, sem medo de ser de Deus, de dar testemunho de Jesus em qualquer circunstância!
Ser Santo, é o grande  desafio de buscar a perfeição em meio às imperfeições do mundo sem nunca esquecer: o mais Santo de todos os Santos da terra, será sempre um pecador perdoado.

FIQUE NA PAZ DE JESUS! - Olívia 

“Jesus é a Luz”- Claudinei M. Oliveira.





Quarta-feira, 02 de Maio de 2012.
Evangelho: Jo 12,44-50

“Eu vim ao mundo como luz para que quem crê em mim não fique na escuridão”. Com estas palavras o evangelista João convoca sua comunidade para firmar crença na pessoa do Filho de Deus, pois Ele é o guia da humanidade que conduzirá todos para o bom  caminho e não deixará nenhum filho abandonado nas trevas.
A proposta de Jesus está na sua ação libertadora, sempre procurou dar vivacidade na vida e no alento do povo. Para sair das tentações e alcançar as fronteiras do amor, perdão e da bondade será necessário conhecer Aquele de deu a vida como compromisso com o Pai. Porém, não basta conhecer, ficar impressionado e fazer belos elogios, precisará concretizar o conhecimento de Jesus, agir do modo como Ele agiu sempre, levando em conta as necessidades do povo.
O povo na época de Jesus, como hoje, passava por privações e alienações. Não tinha autonomia no pensar e no agir. Sempre fazia a vontade dos “mandões” e pouca sobrava para dar decência à família ou ao grupo que pertencia. A maioria vivia sendo sugado  e na escuridão.
Deus, de modo espetacular, criou a humanidade para viver em harmonia e na paz, não para viver em conflito, na miséria e na especulação. Para tanto, Jesus veio ao mundo como Luz para dar claridade e seguimento verdadeiro para os cegos, às vezes, por cobiça, outras vezes por não terem a coragem de buscar a Luz, preferiram permanecer no crepúsculo, tropeçando em pedras, caindo nos buracos, mas tinham medo da Luz. Ora, era necessário sair da situação de humilhação, dar sentido à  vida, crescer junto ao novo Reino. Contudo, para consolidar a nova esfera da vida era necessário conhecer e crer no filho do homem. Conhecendo de perto e vivenciando seus projetos, com certeza, não andarão mais nas trevas do pecado.
Como conhecer a Luz de Cristo Ressuscitado? Como enxergar e crer no Filho do Deus vivo e poderoso? Como abraçar os projetos libertadores de Jesus?
Somente você pode dar uma resposta para as indagações, somente você sabe o tamanho da fé e do comprometimento como Cristo Libertador.. Não há uma resposta viável para absorver a Luz de Cristo a não ser o querer e o desejo de ver e morar numa sociedade justa e fraterna, cheia de ternura e bondade. Primeiramente, devemos crer, amar e viver o Santo Evangelho, não ter medo de ser apelidado de beato, não ter medo dos nomes pejorativos que irão lhe propor, mas ter a coragem de fazer o que pede os  ensinamentos da Lei de Deus. A Luz está para todos como o sol nasce e banha toda a terra, Jesus não quer ver o seu irmão subjulgado pelo poder operante e nem vê-los consumidos pelos vermes do poder do capital; Jesus quer ver todos seus irmãos banhado na Luz para o bem.
Para tanto, desconhecer Jesus e suas ações consiste em não amar e nem aceitar tudo aquilo que Jesus fez em nome de Deus. Deus quis mandar seu filho no meio do homem para habitar plenamente a vida do Verbo, Ele fez. Jesus mensurou a liberdade como meio de prover a dignidade e por isso foi morto, mas suas obras ficaram para a eternidade. Sejamos felizes ao lado de nosso Deus. Amém.
            Claudinei M. Oliveira.

 

 

“Eu sou o Caminho, disse Jesus”- Claudinei M. Oliveira.





Quinta-feira, 03 de Maio de 2012.
Evangelho: Jo 14,6-14

            O evangelista João apresenta uma frase célebre de Jesus: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”.  Com estas  poucas palavras resume ao mesmo tempo a prática do Filho de Deus e a prática do da comunidade. O Verdadeiro Caminho para chegar ao Pai Celestial está no seguimento das ações de Jesus sempre voltadas para a justiça e o discernimento de um povo que busca a libertação da opressão em que está inserido. Somente Ele possibilita a saída do curral prisional dos lobos vestidos de carneiros para encontrar realidade acolhedora, digna de um cristão que sabe amar e viver na fé.
            Filipe foi um seguidor de Jesus que não entendeu a frase. Insistiu que Jesus mostrasse o Pai visível. Logo o Mestre o adverte:  Faz tanto tempo que estou com vocês, Filipe, e você ainda não me conhece? Quem me vê vê também o Pai. Por que é que você diz: "Mostre-nos o Pai"? Será que você não crê que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?”. Não que faltava fé para Filipe, mas faltava a compreensão vivificadora no Jesus como extensão do Pai, Jesus não estava no mundo por acaso, Ele tinha um projeto para ser cumprindo e a primeira parte deste projeto foi a formação da comunidade composta de discípulos dispostos a conhecer a  sua pedagogia  e anunciá-la para a humanidade como fonte de vida eterna. Logo Jesus não é um homem qualquer, mortal por si, mas um Verbo que se fez carne e veio morar no meio da humanidade para fazer crescer o Espírito Santo do Deus Caminho,  Vida e Verdade.
A incredulidade presente no mundo de hoje leva à descabidas afirmações neste contexto. São muitos cristãos que pregam a mensagem da Verdade e do Amor, mas nos momentos complicados da vida ou no desconforto diário, distante da igreja, duvidam da existência de Deus. Sua fé esmaece por falta da concretude, não enxergam a graça de Deus na beleza da vida, tornam-se céticos momentâneos. Olha que são pessoas como Filipe que abraçou a causa do Santo Evangelho, mas deixaram  o encardido fazer morada em seus corações e os endureceu para Cristo.
Para tanto, quem conhece e vive as propostas de Jesus também conhece o Caminho, a Verdade e a Vida que é Deus. Os dois, como o próprio Jesus afirmou, são uma só pessoa. (o Pai e o Filho), logo quando expressa o desejo de Jesus  nas ações que Ele propôs também leva em si a plenitude do Deus vivificador.
A herança que o Mestre deixou  é o compromisso  em favor da vida para todos. Nada faltará  para aqueles que engajaram na luta pela vida, pois Ele mesmo afirmou: se vocês pedirem qualquer coisa em meu nome, eu o farei”.Contudo, as portas foram abertas para quem acredita e quer mudar de vida. Jesus não deixará nenhum de seus irmãos isolados, pois o compromisso com a vida requer cuidado e atenção  para a consolidação.
Agora, se quiser ir mais longe e fazer como Filipe e Tiago no século I, dar a vida pelo Evangelho com o martírio, pode, nada impedirá, pois Jesus deu a sua vida por amor a humanidade, sendo o maior feitio do  amor de um homem para com todos. Louvado seja este Jesus bondoso e maravilhoso. Assim seja louvado. Amém.
            Claudinei M. Oliveira

"Jesus é a palavra de Deus encarnada que nos abre o caminho da luz e da salvação." - Maria Regina




 
                           Jesus veio ao mundo como Luz para nos revelar o conhecimento do Pai e nos tirar das trevas da ignorância. Ele é a Palavra do Pai, quem não crê em Jesus rejeita a Sua Palavra. No entanto, temos liberdade de acolhê-la ou simplesmente rejeitá-la. A opção, é nossa, entretanto, nós teremos também que arcar com as consequências da nossa escolha.
                           O mandamento de Deus é a Palavra pronunciada por Jesus. Ela não é um simples relato histórico, nem um conto de fadas, ela é real e é vida na nossa vida. Por conseguinte, o conhecimento da Palavra de Deus nos abre o entendimento para que possamos trilhar o caminho da salvação.
Por isso, Jesus falou: "Quem me rejeita e não aceita as minhas palavras já tem o seu juiz: a palavra que eu falei o julgará no último dia". Como será isso, e, por quê? Bem, se o conhecimento da Palavra de Deus nos abre o caminho da salvação e, se não a ouvimos, não a praticamos e a ela não damos fé, estamos ignorando a Jesus, Aquele que veio nos salvar do pecado e da morte.
                             Por isso, a Palavra nos julgará no último dia. A felicidade do homem total é o objetivo da salvação de Jesus. Às vezes nós persistimos no erro e não nos atentamos de que o tempo está passando e nós estamos na marcha ré voltando aos mesmos questionamentos. Não progredimos, não prosperamos e corremos o risco de minguar e fenecer nos nossos achismos. Se, pelo contrário, acolhêssemos a Palavra de Jesus como bússola, nós estaríamos a mil anos luz do que somos agora. Reflita – Você tem levado a sério o Evangelho? – Ele tem sido bússola para o seu caminhar? – As suas ações, os seus gestos, os seus pensamentos têm demonstrado isso? – Você ainda tem muitos questionamentos?
amém
abraço carinhoso de 
Maria Regina
 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

FINADOS e TODOS OS SANTOS - Prof. Fernando


Coment.Prof.Fernando (*)
FINADOS e TODOS OS SANTOS (2 e 4 novembro2012)
domingo 04 novembro de 2012:“de todas as nações, tribos, povos e línguas”
(Ap 7,2-4.9-14  Sl 24  1Jo 3,1-3  Mt 5,1-12)
[Dia de Finados e Dia de todos os santos são datas tradicionais na Europa (católicos) e no
 Calendário Ecumênico adotado pela maioria das igrejas protestantes. No Brasil, católicos têm o Todos os Santos transferido para o domingo seguinte (seria 31ºT.Comum- 23º pósPent).


UM POUCO DE HISTORIA E outras ESTÓRIAS

Na morte de alguém importante ou pessoa querida pelo povo logo surgem em frente à sua casa (ou lugar onde morreu) centenas de flores, fotos, mensagens, luzes de velas acesas, etc. Aconteceu na morte da princesa Diane, a figura mais popular na família real inglesa como acontece com cantores famosos. Da mesma forma, no Rio de Janeiro em 2011, muitos foram enfeitar os muros da escola onde crianças foram assassinadas.
Primeiros séculos: Mártires, respeito e admiração
O mesmo faziam os primeiros cristãos. Durante a perseguição no império romano homenageavam seus mártires (=testemunhas da fé até a morte porque se recusavam a reconhecer divindade do imperador e prestar culto aos deuses). Onde viveram ou onde foram assassinados, ou sepultados, tornava-se lugar de homenagens, vigílias, orações e inscrições. Mais tarde ali às vezes se construíam capelas ou igrejas em sua memória.
Séc. 4º
Uma data anual era escolhida – em geral a data do martírio – para recordar o mártir. Depois do imperador Diocleciano o número ficou tão grande que faziam memória de grupos inteiros num só dia do calendário: no século IV em Antioquia foi escolhido o domingo após Pentecostes, tradição até hoje conservada nas igrejas Orientais (Ortodoxas). Aos poucos veio o costume de homenagear também pessoas que, mesmo sem ter sido mártires, eram muito respeitadas por uma vida cristã extraordinária.
Séc. 7º e 8º
Ao longo da história, expressões de respeito ou inseridas na liturgia ou práticas religiosas conviveram lado a lado com sincretismos e às vezes se misturavam a costumes pagãos. Nas igrejas, as autoridades preocupavam-se em “converter” costumes antigos em festas cristãs. A festa de Natal em 25 de dezembro substituiu outra festa pagã. No início do séc. VII um papa destinou o Pánteon (templo dedicado a todos os deuses – existe até hoje em Roma) para lugar de homenagem a todos os mártires. Outro papa no  séc.VIII também erigiu uma capela em Roma em honra de todos os santos e fixou a festa: 1º de novembro. Parece que sua intenção era aproveitar a festa que os cristãos da Inglaterra criaram para “cristianizar” um tradicional festival folclórico, muito popular entre os povos celtas. Esse marcava o 31 de outubro como fim do verão e início de novo ano. Na tradição celta acreditava-se que os mortos voltavam para visitar parentes e procurar comida. Há quem veja aí a origem do Halloween (31de out.) – popular festa americana que, aliás, a Mídia se encarregou de introduzir no Brasil com suas lendas de bruxas e monstros...
Santos e finados – do séc. 5º ao 10º – sécs. 11 e 16
Só no séc. V no catolicismo romano criaram-se os processos da chamada “canonização” (reconhecimento oficial das pessoas consideradas “santas” pelo exemplo de fé, amor a Deus e ao próximo.  No séc. X, o Dia de Finados começou no mosteiro de Cluny – França. No ano 1054 a imagem histórica da única e indivisa igreja de Cristo foi quebrada pelo grande Cisma: a separação Oriente-Ocidente (novos nomes: Ortodoxos e Católicos). Cinco séculos depois a devoção aos santos também contribuiu para a outra separação: Católicos e Reformados (que criticavam as indulgências (=modos de “abreviar” as penas dos mortos num Purgatório e a proliferação de devoções aos santos, relíquias, etc. Os Reformadores interpretavam “pedir a intercessão” dos santos como contraditório com a fé no único Mediador e sua graça. À discussão teológica seguiram-se fatos políticos que precipitou o apoio de vários Príncipes contra o poder de Roma. De todo modo a Reforma criticava os escândalos de “venda” de indulgências, a quantidade de devoções e crenças populares e seu sincretismo e seu comércio de “relíquias” (=ossos ou objetos que teriam pertencido a santos). Várias questões teológicas, disciplinares e políticas produziram a Reforma.

CONCLUSÕES

1)    De certa forma Finados serviu para substituir lendas sobre mortos e espíritos vagueantes e Todos os santos para compensar o patrocínio dos deuses da mitologia (havia deuses do amor, da guerra, etc. e patronos de profissões e atividades). No Brasil houve um sincretismo original entre santos (catolicismo) e os Orixás (religiões dos escravos africanos). A mistura religiosa e cultural levou ao intercâmbio de “funções” atribuídas a santos e orixás, havendo também permuta dos nomes. No México até hoje a mais importante festa popular é o “Dia dos Mortos”. Era uma crença antiga, anterior à chegada dos espanhóis que alteraram as datas na esperança de poder “converter” os povos nativos à cultura européia. As festas foram transferidas para 1 e 2 de novembro, datas mais “cristãs”. O sincretismo continua até hoje no Dia dos Mortos mexicano...
2)    Finados e Todos os Santos estão no calendário das igrejas cristãs, embora celebrados com ritos e interpretações diferentes. Não é este o lugar de aprofundar as questões do Purgatório e o conceito de intercessão dos santos ou oração pelos falecidos..Vale a pena meditar na reflexão teológica (que traz uma revisão desses conceitos) da parte final de uma carta de Bento XVI (Spe Salvi, de 2007,n41-48). É lamentável que revistas e sites (tanto católicos como outros) preferem acusar os outros e suas tradições diferentes. Sem reflexão teológica, não vão além da repetição de “doutrinas” (as próprias são verdadeiras, as outras, falsas). Divulga-se muito “jornalismo teológico” e poucos estudos teológicos, como o acima citado. Também vale a pena conhecer o famoso texto sobre a oração de intercessão, escrito por um mártir de nosso tempo: o teólogo e Pastor luterano Dietrich Bonhoeffer que, resistindo a Hitler, acabou condenado à morte.
3)    Independentemente das tradições cristãs, que são diversas (em suas histórias e interpretações), voltemos à Palavra que é comum a todas as confissões. Lemos no Apocalipse sobre uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar (...) Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro. Eles são “todos os santos”, figuras para nós da esperança, do amor e da fé no único Redentor, o “Cordeiro”. Nele temos a “comunhão dos santos”, conforme professamos no Credo.
4)    A morte continua a ser um mistério tão grande quanto o mistério da vida, da qual, aliás, faz parte. Os mortos não podem ser representados como zumbis de cinema. Cemitério não é um lugar de bruxas e “almas penadas”. Os objetos de medo, se “exteriorizados” na tela ou nos livros, ajudam as crianças a superar os próprios medos interiores. Não se vai ao cemitério no Finados para “oferecer” flores aos mortos, que delas não precisam, mas enfeitamos o lugar, símbolo de seu repouso e sua paz. Somos nós que temos saudades, recordamos com carinho nossos mortos e a falta que nos fazem. Finados serve, enfim, para reavivar em nós a única esperança que temos, conforme as palavras de Jó, de Paulo e do próprio Mestre:
·                Eu sei que o meu redentor está vivo, e que se levantará sobre o pó; e mesmo destruída esta minha pele, é na minha carne que verei a Deus. Eu mesmo o verei, meus olhos o contemplarão, e não os olhos de outros".(livro de Jó 19, 23-27)
·                 Se morremos com Cristo cremos que também viveremos com ele. Sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais;:a morte não mais poder (Rm6,8)
·                Esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. (Jo 6,37-40).

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http://homiliadominical2.blogspot.com.br  (*) Prof.(USU-Rio) com mestrado (educação, teologia e teologia moral)

--Convida o pobre para a tua festa e serás feliz? - J.Salviano


         Mais uma vez aqui Jesus jogou bem pesado. Fala sério! já imaginou aqueles mendigos cheirando mal, aquelas pessoas pobres, sem nenhuma classe, sem um jeito fino de segurar o copo, e sem maneiras com classe iguais a alta sociedade em sua festa? Com certeza, os seus amigos da alta, iriam dar uma bela desculpa e sairiam de fininho.
         Calma! Não se desespere! Jesus dava exemplos extremos, como por exemplo: Se o teu olho te leva a pecar, arranca-o, para que nós acordemos, para que em nós caia a fixa, para que caiamos na realidade...
         Jesus nos convida a optar pelos pobres, nos convida a fazer a caridade.
         Deus criou cada ser humano diferente uns dos outros com uma santa finalidade: a pratica da caridade.
         Uns plantam, outros fabricam, uns cantam, outros consertam, uns dominam a ciência, outros são bons nas artes, uns pecam, ouros rezam e perdoam, etc. Deus nos fez diferentes uns dos outros, para que nos completemos.  Deus quer que tenhamos necessidade uns dos outros.
          Assim, as diferenças individuais existem, os mendigos e os pobres em geral existem, para que tenhamos a OPORTUNIDADE de praticar a caridade. Deus assim o quis em seu plano de amor para o nosso bem, para que ao praticar a caridade, tenhamos o merecimento da vida eterna um dia. 
         As diferenças individuais devem estimular a caridade, em vez da discriminação.
         Assim como o pobre precisa do rico, para ter um emprego, um salário, o rico por sua vez, ao contrário do que se pensa, precisa também do pobre. Você não concorda com isso? Então me fala. Quem é que lava a privada do rico?  Quem é que limpa a sua sujeira? Quem é que recolhe todo o seu lixo?
         E segundo o plano de Deus, todo esse entrosamento entre o rico e o pobre deve se estabelecer nos limites, nos parâmetros da caridade, e da justiça. Porque nem o pobre deve estragar as coisas  do rico, nem matar o tempo nas horas de trabalho, nem o rico por sua vez deve explorar o pobre, pagando salários injustos, e não lhe dando a devida assistência quando precisa...
         Convida o pobre para a tua festa e serás feliz? Como? Prezado irmão. A felicidade está em dar e não em receber. A felicidade não está em oferecer uma festa com o intuito de receber presentes, e de ser convidado futuramente para a festa do outro, ou com o objetivo de conseguir um emprego, uma promoção...
         Experimente a sensação de felicidade quando der uma esmola, quando você mata a fome de um necessitado! Esta alegria, é maior e mais saudável do que aquela alegria artificial, falsa que você experimenta em uma festa, onde todos estão ali para se mostrar, e cochichar sobe as mazelas e falhas dos concorrentes.
         É preferível investir no futuro da sua alma, em vez de "investir" socialmente nesta vida perene. É dando que se recebe. Porém, escolha dar a quem não te devolve, pois Deus te devolverá em dobro.  Faça isso e serás feliz!
José Salviano

          
                

Quando deres uma festa, convida os pobres... Então serás feliz! - Padre Queiroz



Dia 05 de Novembro

Mas, quando você der uma festa, convide os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos e você será abençoado. Pois eles não poderão pagar o que você fez, mas Deus lhe pagará no dia em que as pessoas que fazem o bem ressuscitarem.
“A Física moderna leva-nos necessariamente a Deus.” ( Arthur Eddington)
Neste Evangelho, mais do que uma parábola, Jesus nos faz um pedido muito claro: Quando dermos uma festa, não convidemos os nossos parentes, ou amigos, ou vizinhos ricos. Pois estes poderão nos retribuir, convidando-nos também. Pelo contrário, que convidemos os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos... Porque estes não nos poderão retribuir, e receberemos a recompensa de Deus, na ressurreição dos justos.
O pedido de Jesus é facílimo de entender, porque todos nós fazemos festinhas, de vez em quando, seja de aniversário natalício, de casamento, de batizado, por ocasião do Natal... O problema é que a fé ainda não penetrou tanto em nós, a ponto de nos mover a atender o pedido de Jesus. Alguns fazem até uma “releitura”, dizendo que Jesus não quis dizer isso que ele disse, mas outra coisa. Tudo para escapar do pedido dele, que é muito forte.
Sabemos que a recompensa de Deus é infinitamente mais generosa que a de qualquer ser humano. É o que disse Jesus em outra ocasião: “Dai e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante será colocada na dobra da vossa veste, pois a medida que usardes para os outros, servirá também para vós” (Lc 6,38). Naquele tempo, o povo usava túnicas, também os homens; e costumavam medir cereais na dobra da própria túnica.
Como é distante a vida que levamos, da vida que Jesus nos propõe! Este é apenas um exemplo; há muitos outros ensinamentos dele que têm a mesma radicalidade. Por exemplo:
- Os que se casam, “já não são dois, mas uma só carne. O que Deus uniu, o homem não separe” (Mt 19,6).
- “Se alguém te der uma bofetada na face direita, oferece-lhe também a outra” (Mt 5,39).
- “Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto!” (Mt 5,40).
- “Se alguém te forçar a acompanhá-lo por um quilômetro, caminha dois com ele!” (Mt 5,41). Etc.
Jesus cita o almoço porque eles estavam almoçando. Foi apenas um exemplo. O que ele quer é uma mudança de coração. Quando o nosso coração muda, muda todo o nosso comportamento.
Neste Evangelho, Jesus nos pede para dar preferência aos mais pobres e excluídos. No início de sua vida pública, ao apresentar seu programa de vida, ele disse: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Nova aos pobres. Enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça da parte do Senhor” (Lc 4,18-19).
Isso foi opção de Deus Pai. O mesmo Deus que escolheu uma mãe para seu Filho, escolheu também uma classe social para ele viver, a fim de mostrar ao mundo de que lado Deus está.
Jesus disse que continuaria presente na terra, em quatro situações: 1) Na Eucaristia: “Isto é o meu corpo”. 2) Na Igreja: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei aí no meio deles”. 3) Nas crianças: “Quem acolher em meu nome uma criança como esta, estará acolhendo a mim mesmo” (Mt 18,5). 4) E nos pobres: “Todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!” (Mt 25,40).
No Evangelho de hoje, após nos pedir para convidar os pobres para o almoço, Jesus diz: “Então serás feliz!” Realmente, é indizível a alegria que sente uma pessoa que tem a coragem de atender a este pedido de Jesus.
Fica para nós a pergunta: A nossa Comunidade tem o mesmo coração de Jesus? Ela atende a esse pedido dele? “Queremos ver Jesus, caminho, verdade e vida.” Que mostremos ao povo do terceiro milênio o verdadeiro rosto de Jesus!
Certa vez, estava se aproximando o Natal, e as catequistas de uma Comunidade resolveram armar o presépio de forma comunitária. Cada criança devia trazer, ou sugerir, aquilo que ela acha que devia haver no presépio.
Um menino trouxe de casa um recorte de revista, contendo a foto de moradores de rua, entre eles várias crianças, e colocou no presépio.
A catequista lhe perguntou por quê, e ele explicou: “Eu acho que Jesus está no meio dessas pessoas, e quer que elas tenham moradia”.
Esse garoto demonstrou um profundo conhecimento de Jesus e do seu Evangelho.
Nossa Senhora seguiu à risca o Evangelho do seu Filho. Além de viver no meio dos pobres, ela, no hino Magnificat, criticou duramente os ricos. “Encheu de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias.” Que ela nos ajude a viver com coragem o que seu Filho ensinou, mesmo estando no meio de uma sociedade que segue, muitas vezes, o caminho contrário.
Quando deres uma festa, convida os pobres... Então serás feliz!
Por Padre Queiroz

A nossa fé comparada com um grão de mostarda -Frei. Altair Fernandes Correa. O.M




Queridos irmãos e irmãs, hoje o evangelho nos apresenta aquela semente que está escondida na terra é que gerará futuramente a vida com o seu nascimento e seus frutos. O cristão cresce enquanto está aberto à verdade do Reino. A nossa fé, mesmo sendo comparada com um grão de mostarda, ela é capaz de realizar grandes prodígios para os nossos irmãos e irmãs abandonados. O Reino de Deus já está presente como esse grão plantado na terra ou como o fermento colocado na massa; o Reino ainda é, portanto, uma “realidade”, que pode ser conquistada. E nessa realidade que o Reino é chamado a se manifestar, em todas as suas dimensões.
O discernimento dos sinais do tempo só pode vir pela fé e também através do olhar carinhoso para a realidade. As duas parábolas são colocadas neste contexto para dizer que a semente da fé percebe onde o Reino de Deus está. Aquela pequena semente de mostarda torna-se uma grande árvore que abriga todas as espécies de pássaros. O fermento faz a massa crescer e alimentar mais pessoas.
A força transformadora da ação evangélica é a maior arma da expansão do Reino de Deus. A semente e o fermento são figuras usadas por Jesus para nos ensinar que a semente de sua palavra já está lançada no coração de cada ser humano.
E para a construção do Reino de Deus é preciso à ajuda de todos. Sabendo que a ação de Deus nos será sempre uma ação misteriosa, basta que estejamos abertos ao seu projeto de amor.





segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O CAMINHO DA SANTIDADE PASSA PELA CRUZ! – Olívia Coutinho



Dia 01 de Novembro de 2012

Evangelho- Lc 13,31-35

Hoje, dia de todos os santos, somos convidados a voltar o nosso olhar para o alto e contemplar uma multidão de santos e santas que deixaram marcas profundas do seu amor aqui na terra e que agora participam da gloria do céu, junto ao Pai!
O dia de todos os santos, nos  trás uma grande mensagem: todos nós somos chamados à ser santos! 
Sabemos que o caminho da santidade é um caminho difícil, pois passa pela cruz, mas é o único caminho que nos levará à felicidade plena e que nos tornará eterno aqui na terra, através do nosso  testemunho de fidelidade a Deus! Portanto, assim como foram todos os santos, sejamos também, fieis ao Evangelho, sem medo de ser de Deus, de dar testemunho de Jesus em qualquer circunstancia!
Alimentados da sua palavra, do seu corpo e sangue, estaremos inebriados da vida do próprio Jesus, sendo presença viva do seu amor no mundo!
Quando descobrirmos, o para que viemos ao mundo e  para que Deus nos criou, descobriremos o verdadeiro sentido do nosso existir e o caminho que nos levará  a nossa mais plena realização!
Jesus nos propõe algo de concreto: dar um sentido novo a nossa existência, uma única e fundamental direção, idêntica para todos: a santidade como meta para chegarmos à vida eterna! Para isso, precisamos sair do círculo vicioso do egoísmo, em que projetamos a nossa própria vida, tendo como ponto de referência nós mesmo, para nos envolver no projeto de Deus, que tem como referencia o próprio Jesus! 
Fomos criados e orientados por Deus, a direcionar a nossa existência, como uma flecha que busca o seu alvo. O nosso alvo é o próprio Deus, Ele é o nosso único objetivo, Aquele que dá o verdadeiro sentido à nossa vida!
O amor, a busca pela santidade, deve ser o nosso objetivo primeiro, o horizonte que não podemos perder de vista, em meio as nossas ocupações cotidianas!
No evangelho de hoje, podemos perceber claramente o contexto ameaçador e perigoso em que Jesus vivia. Herodes já havia matado João Batista e queria também tirar  Jesus do seu caminho.
 É interessante perceber, que Jesus recebe o alerta dos fariseus, os mesmos que por várias vezes o confrontaram, dando a entender que pertenciam ao  grupo que apoiava Herodes.
A resposta de Jesus é corajosa: “ Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho”. Estas palavras nos mostram que para anunciar o Reino de Deus, não precisamos de autorização de quem quer que seja.
“Jerusalém, Jerusalém!Tu que matas os profetas e apedrejas os que foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir is pintainhos debaixo das asas, mas tu não quiseste!” Nesta  lamentação Jesus lembra a  triste historia  da resistência de um povo  aos vários apelos de Deus, que chegaram até   eles pela boca dos profetas e que não os levaram a conversão.
Que nós, não sejamos causa de lamentação para Jesus, que não nos tornemos como aquela geração, que por pensar a partir de si mesma,  mataram os profetas que anunciaram a sua vinda e que  quiseram matá-Lo também.
Olhemos para o mundo com o olhar do evangelho e com o mesmo sentimento de Jesus! Ele nos ilumina com o seu testemunho de vida, de amor e de fidelidade ao Pai.
É por Ele e por meio dele, que vamos encontrar novas motivações  para vivermos  segundo a luz da verdade que liberta e salva.

FIQUE NA PAZ DE JESUS!- Olívia


--Santos são todos aqueles que estão preparados para serem finados - J. Salviano


Todos os Santos - Solenidade

4 de Novembro de 2012 

Evangelho - Mt 5,1-12a


Bem-aventurados os pobres em espírito.

Introdução

Santos são todos aqueles que estão preparados para serem finados.

         No dia de finados, refletimos sobre a nossa morte, realidade fatal e inevitável. A liturgia deste domingo é muito rica. Ela nos apresenta uma reflexão sobre a santidade
         Desta forma, somos convidados a dar uma olhada na nossa espiritualidade, na nossa vida prática com relação a  Deus e ao irmão. Vamos refletir sobre Todos os Santos.        
         Dom Henrique Soares escreveu muito bem a respeito da santidade. Diz ele literalmente:
A nossa fé nos ensina que somente Deus é Santo. Na Bíblia, "santo" significa, literalmente, "separado". Deus é aquele que é separado, absolutamente diferente de tudo quanto exista no céu e na terra: Ele é único, Ele é absoluto, Ele sozinho se basta, sozinho é pleno, sozinho é infinitamente feliz. Ele é Deus! Por isso, Santo, em sentido absoluto, é somente o Deus uno e trino, Pai, Filho e Espírito Santo. A Jesus, o Filho eterno feito homem, nós proclamamos em cada missa: "Só vós sois o Santo"; ao Pai nós dizemos: "Na verdade, ó Pai, vós sois Santo e fonte de toda santidade"; ao Espírito nós chamamos de Santo.
Mas, a nossa fé também nos ensina que este Deus santo e pleno, dobra-se carinhosamente sobre a humanidade – sobre cada um de nós - para nos dar a sua própria vida, para nos fazer participantes de sua própria plenitude, sua própria santidade.”
Viu? Deus nos permite participar da sua santidade. Assim, na verdade, só Ele é santo, mais nós podemos também pegar uma “caroninha” na santidade. 
Através do Batismo nós fomos iniciados na santificação, pois fomos  "lavados, santificados, justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus".  Durante toda nossa vida, diariamente, Deus através de Jesus, nos chama a santificação.
         É o desejo de Deus que nós sejamos santos "Sede santos porque eu sou Santo" .
De nossa parte, a santificação é uma luta diária. Devemos pedir a Deus a sua poderosa ajuda para a nossa, santificação, pois depois da iniciação pelo Batismo, precisamos perseverar  na santidade  que começamos. A nossa santidade deve ser conquistada diariamente, minuto a minuto, pois a cada dia, a cada hora, cometemos pecados. Portanto, precisamos  purificar-nos de nossos pecados por uma santificação constante e sem cessar, através da caridade...  Recorremos, portanto, a oração, a leitura meditada, a reconciliação com Deus, a  Eucaristia,  para que esta santidade cresça e permaneça em nós.
Caríssimos. Tudo o que precisamos para a nossa santificação diária, esta na Igreja. Porém, se por acaso onde você mora  a presença de Deus não é marcada pela presença da Igreja, não desanime. Ame o senhor teu Deus de todo o teu coração, com todas as tuas forças, e segundo o teu entendimento. E ao próximo como a ti mesmo.
Quando cremos e amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmo, somos mergulhados no mistério íntimo de sua Divindade e no evento da salvação de nossa humanidade.
         No Pai Nosso Jesus nos ensinou  para que  pedíssemos ao Pai que santificado seja o seu nome, o nome de Deus. Mais quem poderia santificar a Deus, já que é Ele mesmo quem santifica? O verdadeiro sentido desta frase é que roguemos ao Pai pela conversão da humanidade toda, e assim todos reconheçam a Trindade Santa como um só Deus Uno e Trino. O que pedimos é para que os homens e mulheres, todos O adorem, e divulguem os seus infinitos poderes e sua imensa bondade para os demais viventes da Terra.
Como sabemos, só Deus é Santo, só Ele o altíssimo, Jesus Cristo com o Espírito Santo na glória de  Deus Pai, é a trindade Santíssima. Porém, já que Deus em sua bondade infinita nos deu a honra de participarmos de sua santidade, tornamo-nos santos, quando cremos, e meditamos sobre sua verdade trazida por seu Filho amado, quando praticamos a justiça e a caridade com toda esperança de um dia merecermos a glória eterna.
Entendamos então que ninguém é santo além da Trindade. A bem da verdade, aqueles que são denominados de santos são os menos indignos da presença de Deus, da Eucaristia, e da salvação eterna.
Santo é aquele que é separado. Separado não no sentido de isolado, excluído, tirado de lado, mais sim no sentido de escolhido. Exemplo: Escolher e separar as  frutas que estão maduras, as melhores, as  prontas para serem saboreadas...
Concluindo
Em outras palavras, santo é todo aquele que: é pobre em espírito, aquele que é despojado das riquezas, que não é apegado aos bens materiais, e das ilusões desta vida terrena, é aquele que vive segundo o espírito e não segundo a carne, e que busca a Deus em primeiro lugar.
Santos são  aqueles que estão aflitos, por causa da injustiça dos poderosos ou dos demais irmãos.

Santos são os mansos, não os bobos, covardes, mais sim aqueles que sofrem com resignação e confiança na providência divina, e que promovem a paz na  Terra.

Santos são todos aqueles que têm fome e sede de justiça, porque não podem pagar um advogado que  os defenda das acusações e desmandos, por exemplo: dos baixos salários por muitas horas de trabalho duro, etc;

Santo é todo aquele que é misericordioso para com o seu irmão pobre, a esses Jesus garantiu que também  alcançarão a misericórdia do Pai. Desse modo, entendemos, que pela misericórdia, nossos pecados veniais, serão perdoados.

Santos são os puros de coração, aqueles que não têm malícia, que não pensa nem fala mal dos demais, que não julgam o seu irmão, etc;

Santos são todos os mártires principalmente os da Igreja, aqueles que foram e que estão sendo perseguidos por causa do nome de Jesus.

Santos serão todos aqueles que forem injuriados, discriminados, excluídos, ignorados, seja na comunidade cristã, seja na macro-sociedade, principalmente por seguirem a Cristo e anunciar seu Evangelho.

Atenção todos os santos que se enquadram nestes requisitos, alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.

Palavra da Salvação.

José Salviano