QUINTA – DIA 22 - Evangelho Mt 16,13-19
Tu és Pedro e eu te darei as chaves do Reino
dos Céus.
Hoje é com alegria que nós celebramos a
solenidade de S. Pedro e S. Paulo. Eles são chamados de “colunas da Igreja”,
porque Pedro foi o seu primeiro chefe, e Paulo o primeiro propagador entre os
pagãos. Por caminhos diferentes, os dois testemunharam Jesus Cristo, inclusive
entregando a vida por ele.
O Evangelho narra o momento em que Jesus
confere a Pedro o Primado na Igreja: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra
construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te
darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado
nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. Veja que
Jesus fala “minha Igreja”. Se é dele, ele tem autoridade para determinar quem é
o chefe. Nós agradecemos a Jesus a clareza com que ele instituiu Pedro como o
chefe supremo da Igreja. Só está unido com Cristo quem está unido com a Igreja;
e só está unido com a Igreja quem obedece filialmente ao Papa.
E agradecemos a Deus a sucessão de S. Pedro,
que nunca foi interrompida. O Papa Bento 16 é o 266º sucessor de S. Pedro na
cátedra de coordenador geral da Igreja. Por isso hoje é também o Dia do Papa.
Nós reafirmamos a nossa obediência filial a Bento 16, e rezamos por ele, para
que tenha muita saúde, sabedoria e santidade, a fim de continuar à frente da
Igreja por muitos e muitos anos, como um bom pastor.
A segunda Leitura apresenta um pouco da vida
de S. Paulo, cujo bimilenário de nascimento estamos celebrando. Ele nasceu em
Tarso, na Cilícia, que pertence à atual Turquia, no Ano Nove da era cristã.
A palavra “Igreja” foi criada por Jesus para
designar a sua instituição. Qualquer instituição religiosa que se chame de
igreja, está usando indevidamente o termo próprio da Igreja Católica, dado pelo
seu fundador.
Vamos reafirmar a nossa fé na Igreja
Católica, como diz o Creio Niceno-constantinopolitado: “Creio na Igreja, una,
santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para remissão dos
pecados”.
Olavo Bilac foi um dos maiores poetas
brasileiros. Morava no Rio de Janeiro e faleceu em 1918. Certa vez, um amigo
seu encontrou-se com ele na rua e pediu: “Olavo, estou precisando vender minha
chácara, que você bem conhece. Preciso colocar um anúncio no jornal. Por favor,
faça para mim o texto do anúncio, porque eu não sei fazer”. Bilac pegou um
papel e uma caneta e escreveu na hora, ali mesmo na calçada, sobre a pasta que
trazia na mão, o seguinte texto: “Vende-se uma encantadora propriedade, onde
cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e
marejantes águas de um ribeiro. A casa banhada pelo sol nascente oferece a
sombra tranqüila das tardes, na varanda”. Meses depois, Olavo encontrou-se com
amigo e perguntou: “Já vendeu a chácara?” “De jeito nenhum” – respondeu ele –
“Quando li o anúncio, percebi a maravilha que eu possuo, e a burrada que eu ia
fazer ao vendê-la”.
A santa Igreja é como aquela chácara. É
maravilhosa, mas muitos não enxergam a sua beleza e as suas qualidades.
Precisaria vir um poeta descrevê-la para nós, a fim de a amarmos mais. S. Pedro
e S. Paulo poderiam ter defeitos, mas eles amavam muito a Jesus Cristo e amavam
muito a Igreja. Que eles intercedam por nós a fim de termos também essas
virtudes.
Maria Santíssima é a Mãe da Igreja. Que ela
nos ajude a amar a nossa Comunidade Crista, a nossa Paróquia, a nossa Diocese e
a Igreja inteira, pois ela é a nossa Família, cujo Pai comum é Deus, e cujo
chefe visível, continuador de Jesus Cristo, é o Papa Bento 16. E que ela nos
ajude também a colaborar para que a nossa Igreja seja cada vez mais santa.
Tu és Pedro e eu te darei as chaves do Reino
dos Céus.
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