QUARTA – DIA 21 - Evangelho Lc 11,29-32
Os judeus pediam um sinal a Jesus, uma prova
de que ele é mesmo o enviado de Deus. Jesus responde que não lhes será dado
outro sinal, a não ser o sinal de Jonas.
Jonas, como sabemos, foi atirado no mar, em seguida
uma baleia o engoliu e três dias depois o vomitou vivo na praia (Cf Jn
1,15.2,1-11).
Jesus se refere ao seu sepultamento, em que
ficou também três dias debaixo da terra e depois ressuscitou vivo. Esta foi uma
grande prova da sua divindade. Mas foi também uma prova da radicalização do
pecado dos judeus: Mataram o Filho de Deus.
De fato, não tinha cabimento pedir sinal a
Jesus, pois fazia milagres todos os dias. Só quem era cego não via.
Acontece que a nossa fé é proporcional à
nossa obediência a Deus. Quem não segue os mandamentos, fica como que cego e
não vê as passagens de Deus pela sua vida. Por isso acaba se desviando da fé
verdadeira.
A nossa desobediência a Deus começa com
pequenas falhas. Se não nos convertemos, elas vão aumentando aos poucos. De
repente nós caímos num pecado grande, e levamos um susto. Esse susto é convite
de Deus, sinal do amor dele a nós. Muitos tomam um copo de cerveja para
esquecer o susto e continua a vida. Esses vão acabar fazendo pecados ainda
maiores, como os judeus do tempo de Jesus, que o mataram.
“Quem acolhe e observa os meus mandamentos,
esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me
manifestarei a ele” (Jo 14,21). Por outro lado, quem não obedece os
mandamentos, acaba escondendo-se de Deus, como aconteceu com Adão e Eva.
“Assim como o corpo sem o espírito é morto,
assim também a fé, sem a prática, é morta” (Tg 2,26).
No Evangelho, Jesus lembra também o exemplo
bonito da Rainha de Sabá: Ao ficar sabendo da sabedoria de Salomão, veio de tão
longe para ouvi-lo (Cf 1Rs 10,1-10). E Jesus, muito maior que Salomão, estava
ali no meio daqueles chefes e eles não o ouviam.
Jesus chamou os judeus do seu tempo de
geração má, quer dizer, uma geração que pratica obras más. As obras más endurecem
o nosso coração para o amor a Deus e ao próximo e o fecham para a fé
verdadeira. Quem pratica obras más torna-se presa fácil de seitas.
Nós buscamos instintivamente a coerência
entre as várias dimensões da nossa pessoa. Se a nossa vida prática não segue o
que acreditamos, passamos a acreditar naquilo que combina com a nossa vida
prática.
“Josué disse ao povo: Não podeis servir ao
Senhor, pois ele é um Deus santo, um Deus ciumento, que não suportará vossas
transgressões e pecados” (Js 24,19).
Logo que Jesus morreu, o centurião disse:
“Este era verdadeiramente Filho de Deus!” (Mt 27,54). Que nós não cheguemos a
esse ponto, de só “acordar” depois que cometemos um pecado horrível. Para isso,
precisamos ser menos críticos e mais dóceis diante da Palavra de Deus. Que o
bom Deus tire o nosso coração de pedra e coloque no lugar um coração de carne,
mais sensível aos sinais que ele nos manda.
Certa vez um rapaz procurou o padre, querendo
resolver umas dúvidas de fé. O padre levou-o para a sala de atendimento, os
dois se sentaram e o padre foi logo perguntando: “Quanto tempo faz que você não
se confessa?” O rapaz respondeu: “Não é isso, padre, o meu problema são dúvidas
de fé!” “Sim, respondeu o padre, mas eu gostaria que você antes se confessasse.
Depois a gente conversa sobre a fé”. Depois de muita conversa, o padre, com sua
bondade, conseguiu convencer o jovem a se confessar. Foi uma confissão longa e
o jovem até se emocionou. Terminada, o padre lhe disse: “Agora vamos conversar
sobre a fé. Pode apresentar as suas dúvidas. “Não tenho mais dúvidas, respondeu
o moço. Muito obrigado, senhor padre!” E deu-lhe um abraço.
É sempre assim. A vida de pecado interfere na
nossa fé. Existe uma relação: Vida de pecado = Dúvidas de fé. Prática das
virtudes = Aumento de fé.
Eu, Jair Ferreira da cidade de Cruz das Almas - Ba todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo.
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