26 de Fevereiro – Ano B
Evangelho Lc 6,36-38
“Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso”. Isso é possível? Pelo menos podemos tentar.
Basta copiar Jesus. Não condenando, não julgando, e perdoando.
Vamos semear a bondade,
a caridade, e com certeza, tudo isso vamos colher. Pois é perdoando que se é
perdoado, é dando que se recebe.
Do mesmo modo com que
tratamos os demais, seremos tratados principalmente pelo Pai que está no Céu e
em toda parte, vendo tudo que falamos, fazemos e pensamos.
Por outro lado, é
importante aqui lembrar que ser cristão não é ser bobo. Pois tem gente que fica
nos observando, e pode se aproveitar da nossa caridade, para nos explorar.
Imagine você em seu condomínio, em sua casa, sendo altamente incomodado por
aquele vizinho abusado e sem limites. Ele está fazendo isso por saber que você
é “bonzinho”, que vive sempre na igreja, e que tem como característica,
perdoar. E aí, na próxima reunião do
condomínio, você reclama forte contra aquela injustiça, e o coordenador lhe
diz: Olha, vamos perdoar... e tudo fica por isso mesmo?
Veja. Ser cristão não é
ser bobinho, caixa de pancada de nenhum injusto. Nós precisamos, sim, reclamar os nossos direitos,
precisamos denunciar, e isso é copiar Jesus. Lembra quantas vezes Ele enfrentou
os fariseus e doutores da Lei, botando o dedo na ferida? Dizendo em público o
quando eles eram hipócritas? Lembra de quando Jesus expulsou os vendilhões do
Templo?
Copiar Jesus por
completo, é ser caridoso, porém é também ter a coragem de denunciar, de
reclamar os abusos dos injustos.
Precisamos ter em mente
que o cristianismo não é uma ideologia. Mas sim, um modo de vida. Em outras
palavras, precisamos viver o que conhecemos, o que sabemos o que pregamos. E
essa é a certeza que deve estar sempre presente em nossas mentes, e
transformada em atitudes.
A nossa identidade é
caracterizada pela nossa vivência do amor fraterno e pela nossa justiça. Sem
essa experiência, a nossa fé católica não passará de uma ideologia...
Foi por isso que Jesus
nos convidou a sermos misericordiosos como o Pai.
Não podemos nos
debruçar sobre a miséria do nosso irmão, e nos vangloriar, agradecendo a Deus
por tudo o que temos, sabendo que do nosso lado existem famintos e
desabrigados. Essa atitude foi demonstrada por Jesus na parábola do fariseu e o
publicano.
Não sejamos como aquele
fariseu que se vangloriava de ser perfeito, porém, ignorava ou desprezava o
publicano do seu lado.
Para trilhar os passos
da santificação, precisamos: não julgar, não condenar, não discriminar, não
excluir, perdoar, mais também ser justos e reclamar, apesar de sermos
generosos.
E isso é tentar ser
perfeitos como o Pai do Céu é perfeito, copiando Jesus.
Tenha um bom dia. José Salviano..
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