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terça-feira, 30 de abril de 2019

-3º DOMINGO DA PÁSCOA-Ano C-José Salviano


3º DOMINGO DA PÁSCOA

05 de maio de 2019

Evangelho Jo 21,1-19-José Salviano

-PEDRO, TU ME AMAS?-Jo 21,1-19-José Salviano

At 5,27b-32.40-41; Sl 30; Ap 5,11-14
            
PRIMEIRA LEITURA
        
         Os apóstolos haviam sido proibidos de evangelizar. Proibiram-nos de falar sobre Jesus, porém eles não se intimidaram e continuaram a anunciar o Evangelho por toda parte.
         Por isso foram chamados pelos sumos sacerdotes, os quais os reprenderam pelo fato deles terem enchido a cidade de Jerusalém da doutrina de Jesus, segundo eles.
         Os apóstolos cheios do Espírito Santo e de muita coragem, disseram: É preciso obedecer a Deus antes que aos homens!  Meus irmãos e irmãs. Isso é que é coragem! Que nós sejamos também assim, quando formos pressionados a nos calar diante das injustiças desse mundo. Diante de tanta crueldade contra os pobres e excluídos!          

SALAMO

Precisamos agradecer a Deus por tudo o que recebemos de suas mãos liberais, por sua bondade e poder infinito.
Muitas vezes pedimos uma graça, e depois de alcança-la, nos esquecemos de agradecer. Se não fosse a infinita bondade do Pai, não receberíamos nunca mais nenhuma graça, pela nossa ingratidão.
Agradeçamos, pois, Àquele que é capaz de transformar o nosso pranto em alegria!


EVANGELHO


 E Jesus apareceu de novo aos discípulos. Nenhum deles se atrevia a perguntar quem era Ele, pois sabiam que era Jesus. E João disse a Pedro: "É o Senhor"...  Esta foi a terceira vez que Jesus ressuscitado apareceu aos discípulos.
            E depois que comeram peixe assado, Jesus perguntou a Pedro por três vezes: Pedro tu me amas? Pedro ficou triste e desapontado por ter percebido que Jesus repetiu a pergunta três vezes porque foram também três as vezes que ele havia negado Jesus na noite da agonia.
            Nós amamos a Deus?  Que  temos feito  para demonstrar o nosso amor a Deus? Temos amado a Deus na pessoa do nosso irmão? Que fazemos para demonstrar o amor que sentimos pelo esposo, pela nossa esposa, pelos nossos filhos, pelos nossos irmãos?  Palavras bonitas, cartões, presentes, sorrisos forçados, flores?  Será que aquelas flores que levamos para ela significam mesmo uma prova de amor, ou será que aquele gesto é um desagravo por uma traição?
            O amor deve ser demonstrado com atitudes concretas de fidelidade, de ajuda mútua, de dedicação, de perdão, de entrega, de lealdade, de companheirismo, de silêncio no lugar de palavras vãs, de correção, de carinhos externados em: abraços, aperto de mãos, beijos, sorrisos, elogios sinceros,  pelo olhar, etc  
            Pedro negou a Jesus por três vezes. E nós, quantas vezes já O negamos?  Negamos a Jesus quando faltamos com a justiça, quando falseamos no amor, quando nos envergonhamos de nos confessarmos cristãos diante das pessoas, quando ignoramos o irmão caído no chão que nos estende a mão... 
            Negamos a Deus pelo pecado. Quando pecamos nos sentimos para baixo, desanimados, culpados, nosso semblante fica triste, e temos medo do castigo de Deus.  Ficamos sem vontade de rezar, e é exatamente nessa hora que mais precisamos da oração. Agimos assim como aquele filho que se escondia do pai porque havia feito uma coisa muito feia. Isso tudo acontece porque em nossa mentalidade de humanos que somos, vemos Deus com os nossos olhos, com a nossa maneira de pensar, ou com a nossa escala de valores e assim como o nosso pai ficava ou fica bravo conosco quando erramos, achamos que O Pai celeste tem as mesmas reações dos humanos.  Dentro de nossas limitações, humanas, temos uma grande dificuldade de entender que DEUS DETESTA O PECADO MAIS AMA O PECADOR e quer a sua salvação. Por isso, depois da nossa queda, Ele está com a mão estendida para nos levantar. Resta-nos aceitar a sua ajuda, o seu resgate.
            O amor de Deus para conosco é infinito, irrestrito, e incondicional. Deus é Pai e nos ama com amor de mãe. Um amor de mãe multiplicado inúmeras vezes, infinitas vezes... E a maior prova desse amor de Deus foi o fato d'Ele ter nos dado o seu Filho que morreu por nós. 
            Mas não fiquemos desanimados. Apesar de Pedro ter negado  Jesus, ele foi escolhido para ser o primeiro Papa da Igreja, quando Cristo disse mais ou menos assim: "Pedro, tu és pedra, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.  Te darei as chaves do reino dos céus. O que ligares na Terra será ligado no Céu. O que desligares na Terra será desligado no Céu.
            Apesar daquelas  três negações, Jesus escolhe Pedro, e diz: "Apascenta minhas ovelhas". Isso significa que ele, Pedro estaria perdoado pelas negações, e mais: estava sendo escolhido, não por ser um santo, não necessariamente por seus merecimentos, mais pela sua fé, seu esforço, sua dedicação, sua boa vontade em trabalhar pelo Reino de Deus, e acima de tudo,  ele foi escolhido pela graça e bondade de Deus.  
            Meus irmãos: Assim também acontece conosco. Não devemos nos envaidecer por sermos escolhidos por Deus para uma missão na Igreja, nos achando totalmente  merecedores, e melhores que os demais irmãos.  Pois não passamos de pecadores que diariamente negamos a Jesus nos maiores e menores dos atos. A única vantagem que possamos ter, é a nossa fé e disposição para servir a Deus. Isso pesa muito a nosso favor, é contabilizado por Deus e é assim que somos escolhidos. De resto, caríssimos, somos pecadores como qualquer um outro. Nunca  nos esqueçamos disso, principalmente na hora em que o nosso trabalho é reconhecido e valorizado e que recebemos algum elogio, que na verdade não o merecemos. POIS SE BRILHAMOS, FOI A LUZ DE CRISTO QUE REFLETIMOS.  O brilho dessa luz não é nosso. Não tomemos o lugar de Deus. Se somos aplaudidos quando falamos de Cristo, ou seja, se os aplausos não forem para Cristo, e sim direcionados para os nossos talentos, nosso trabalho está furado, perdido, pois estamos buscando a nossa glória e não a glória de Deus. Não tomemos o lugar de Cristo, quando nos apresentamos em nome de Deus. Façamos como Paulo, o qual sempre se apresentou como o menor dos homens. A luz que deve brilhar quando evangelizamos, é a luz de Deus, não a nossa. Pode ser difícil entender isso, pois alguém já deve ter dito a sua pessoa:  Você é talentoso, tem um dom especial de Deus!  Responda sempre: Não. Errado!  Pois é Cristo que vive em mim. É Cristo que realiza essas coisas em mim. É o poder de Deus em mim que realiza maravilhas, e não o meu próprio poder. Sei que  sou apenas um ser inútil. E se realizo algo de notável, algo maravilhoso para  o Reino de Deus, é pela graça de Deus que realizo. Pois sem essa graça serei apenas palha digna de ser jogada ao fogo.
            Prezados irmãos. Tomemos cuidado sempre com os elogios, com o reconhecimento das pessoas  pelo nosso esforço, pelo nosso trabalho. Nunca faça nada para ser reconhecido pelas pessoas. Que o seu empenho seja sempre direcionado no sentido de  que Cristo apareça e não você.     
            Apascenta minhas ovelhas.  Apascentar significa levar a pastar, pastorear, alimentar o rebanho, proteger dos perigos, educar, corrigir, encaminhar para Deus, isso, no caso dos nossos  filhos. Pois Todo chefe(a) de família tem a missão de apascentar o seu pequeno rebanho. Assim como o chefe da Igreja tem a missão de nortear, corrigir, direcionar, administrar a grande família cristã.
            Do mesmo modo, em menor escala, o sacerdote tem a mesma missão, que é supervisionada pelo Papa.
            Pedro tu me amas? Então apascenta minhas ovelhas.  Meu irmão, minha irmã. Você ama a  Deus? Então não fica aí parado, guardando esse Deus só para você. Vá a luta! Leve Deus aos irmãos, pois à medida que você trabalha pela causa do Reino, sentir-se-á cada vez mais atraído(a) por Deus, e será redimido dos seus pecados, tendo assim a felicidade de efetuar uma conversão diária. Experimente isso e verá que o difícil mesmo é só começar.  Depois de entrar de cabeça no trabalho missionário, todo o resto será bem mais fácil, pois é a mão de  Deus que está guiando a sua pessoa e cuidando dos detalhes.

            José Salviano


"UM PROFETA SÓ NÃO É ESTIMADO NA SUA PRÓPRIA PÁTRIA E EM SUA FAMÍLIA!"- Olivia Coutinho

 

Dia 01 de Maio de 2019

 

Evangelho de Mt13,54-58

 

A trajetória do profeta, é marcada pela perseguição, pela a rejeição, pela a incompreensão, até mesmo, das pessoas do seu convívio.

Com Jesus, não foi diferente, Jesus   passou por esta experiência, além de rejeitado pelas autoridades políticas e religiosas, Ele foi rejeitado também,  pelos os seus conterrâneos, aqueles, que deveriam ser os primeiros a acolhe-los.

O evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, nos traz uma pequena amostra dos desafios enfrentados pelos os  profetas de ontem e que os profetas de hoje continuam enfrentando.

A cruz é certeira no caminho do profeta, pois são muitos, os que tentam obstruir o seu caminho, calar a sua voz, o que é impossível, pois nem a morte consegue  calar a voz de um profeta! É justamente depois da sua morte, que a  voz do profeta ressoa com mais intensidade ainda, no coração da humanidade! O profeta morre, mas a sua palavra fica no mundo, como ficaram as palavras de Jesus, o profeta Maior de todos os tempos.

O texto fala do retorno de Jesus à sua cidade de origem! Lá, Ele experimentou no corpo e na alma a dor da rejeição, uma dor profunda, por esta rejeição,  partir de  seus próprios conterrâneos, àqueles que deveriam ser os primeiros a acolhê-Lo.

A admiração pelas palavras de Jesus caiu por terra, quando a identidade do Messias, anunciado pelos profetas do antigo testamento, começou a se revelar na pessoa de Jesus! Os  que esperavam por um Messias extraordinário, milagreiro, não quiseram aceitar um Messias na condição de servo, alguém, de origem simples, que tinha o olhar voltado para os pequenos, os pobres, os marginalizados...

Julgando Jesus, pela sua condição social, eles se recusaram a aprofundar no mistério do amor de Deus, ficando  somente no superficial, o mais importante, eles não foram capazes de perceber: o Rosto humano do Pai,  revelado  no filho de um carpinteiro!

Os compatriotas de Jesus,  tiveram nas mãos a chave da felicidade, mas eles  não se deram conta de tamanha  preciosidade, desperdiçando assim,  a graça de Deus!

Em Nazaré, Jesus não pode realizar muitos milagres, não, por fazer uma retaliação, mas pela falta de fé daquele povo. 

Olhemos para dentro de nós e nos perguntemos: Será que não estamos tendo as mesmas atitudes dos conterrâneos de Jesus? Estamos aceitando ou não, o  recado de Deus que chega até a nós, por meio das pessoas simples?

Dificilmente reconhecemos a sabedoria presente nas pessoas simples, temos a tendência de acreditar somente nas pessoas de alto "nível intelectual." E assim,  muitos de nós, vamos deixando   escapar as mensagens que Deus quer nos passar através dos pequenos, esquecendo, de que Jesus, o Mestre de todos os mestres, serviu-se de meios humanos bem simples, para anunciar o reino de Deus!

A humanidade continua dividida, uns acolhe a voz do profeta e se dispõe a mudar de vida, outros, a ignora  por  não quererem  mudar de vida.

Jesus foi rejeitado na sua cidade de origem, mas esta rejeição, não interrompeu o anúncio do Reino, anuncio que continua através dos incansáveis profetas de hoje: homens e mulheres que se embrenham pelo caminho da cruz, dispostos a dar a vida, se preciso for, pela causa do Reino.

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho

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segunda-feira, 29 de abril de 2019

3o Domingo da Páscoa-Jorge Lorente


Evangelhos Dominicais Comentados

05/maio/2019 – 3o Domingo da Páscoa

Evangelho: (Jo 21, 1-19)

...Simão Pedro disse: “Eu vou pescar”, mas naquela noite não pescaram nada. Chegada a manhã, Jesus estava na praia, mas os discípulos não o reconheceram. Jesus perguntou: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Eles responderam: “Não”. Jesus lhes disse: “Lançai a rede à direita do barco e achareis”. Lançaram pois a rede, e foi tão grande a quantidade de peixes que não podiam arrastá-la. O discípulo a quem Jesus amava disse então a Pedro: “É o Senhor”. Assim que Pedro ouviu que era o Senhor, vestiu a roupa – pois estava nu – e se jogou na água(...)

COMENTÁRIO

Um velho ditado popular diz que: “Deus ajuda quem cedo madruga”. Na verdade, Deus ajuda sempre, não escolhe hora, porém no evangelho de hoje, Jesus aparece aos apóstolos, antes do sol raiar. Era madrugada, estavam cansados, com fome e com sono, porém insistiam em lançar suas redes. Eram pescadores experientes, devem ter lançado a rede por todos os lados do barco. Tentaram a noite toda e nada, mesmo assim não desistiram.

Estavam distraídos tentando conseguir, pelo menos o suficiente para o almoço, quando Jesus aparece na praia e lhes pergunta se têm algo para comer. Eles não reconheceram o Mestre na pessoa daquele pedinte e responderam, não temos nada! Não pescamos nenhum peixe!

Jesus então ordena que lancem a rede à direita do barco, pois ali encontrarão os peixes que tanto procuram. Já pensou? Lançar a rede no mesmo lugar que já haviam tentado dezenas de vezes? Parecia um absurdo, mas não discutiram, obedeceram e o resultado foi surpreendente.

João começa sua narração dizendo que Pedro decidiu pescar e que, no mesmo instante, os outros discípulos disseram: “também vamos”, e foram! Essa disponibilidade dos apóstolos demonstra a liderança de Pedro. Não precisou convidar ninguém. Bastou se dispor a trabalhar e foi seguido.

Parece que João quer mostrar a enorme responsabilidade do líder. O pastor tem que ser autêntico, tem que viver o que prega, tem que trilhar caminhos seguros, pois as ovelhas confiam nele, imitam seus atos e seguem seus passos. O verdadeiro líder sabe que o exemplo dispensa palavras.

Outro fato curioso é que eles não reconheceram Jesus de imediato. Não tinham a menor ideia de quem seria aquele forasteiro e, mesmo assim acataram sua sugestão, seguiram o seu conselho e jogaram a rede no local que havia indicado.

Como já dissemos, eles eram pescadores experientes, jamais lançariam a rede num lugar tão raso e tão próximo da praia. No entanto, fizeram exatamente o que Jesus mandou e, o resultado foi maravilhoso. A rede não se rompeu apesar dos cento e cinquenta e três grandes peixes que apanharam.

Fico imaginando qual teria sido a minha ou a sua reação no lugar desses homens? Pare e pense. Coloque-se no lugar deles e tente imaginar como você teria reagido: imagine que você é um profissional de informática, seu micro travou, e após algumas horas tentando recuperá-lo, sem sucesso, chega um desconhecido, aponta um local que, aparentemente, não tem nada a ver e diz: “clique ali!” Você clicaria?

Isso é válido para qualquer função. Seja mecânico, médico, cozinheira, técnico de futebol, motorista ou líder comunitário, coordenador de pastoral, dificilmente alguém aceitaria essa intromissão sem questionar e até mesmo sem se ofender com essa ideia, aparentemente absurda. Este episódio é uma clara demonstração de como os primeiros cristãos estavam abertos para acatar sugestões.

A boa notícia de hoje chama-se fé, a grande lição é a humildade desses homens. Não tinham nada a perder, já haviam tentado de tudo e sem o menor sucesso, por que então não experimentar a sugestão de um novato que, aparentemente, só queria ajudar, e que percebeu que ali estava o caminho para a grande pescaria?

Cenas iguais a esta acontecem diariamente em nossas comunidades. Quantos desconhecidos chegam para se somar a nós e são simplesmente descartados. Suas ideias inovadoras são chamadas de absurdas e não são levadas a sério pelos “profissionais” altamente qualificados em liturgia ou em outras pastorais.

Está na hora de parar e pensar. Precisamos abrir o coração para ouvir o que Jesus tem a nos dizer. Ele é quem diz onde jogar a rede e, basta obedecê-lo para ter sucesso na “pescaria”. Quem quiser ter o privilégio de tomar uma refeição com o Mestre, tem que fazer o que Ele manda... tem que viver o amor.

(5998)






“VÓS DEVEIS NASCER DO ALTO. “- Olivia Coutinho


Dia 30 de Abril de 2019

Evangelho de Jo,3,7b-15
Em Jesus, está a grande novidade de Deus para a humanidade: a vida nova que brota do alto, ou seja, a vida nova que brota da cruz! 
Jesus é a única ligação entre o céu e a terra, Ele é a prova concreta da imensidão do amor de Deus pela humanidade! Nele, tornou possível o ser humano conhecer a face humana do Pai! Jesus é o próprio Deus que se humanizou para nos tornar mais humanos! Ele revelou sua Divindade, na sua humanidade, de tão humano, o povo logo percebeu: Este homem, de tão humano, só pode ser Deus!
O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, fala-nos de um diálogo entre Jesus e Nicodemos.
Nicodemos era um judeu muito  influente, ele  fazia parte do grupo dos fariseus, adversários de Jesus.  Ao contrário destes fariseus, Nicodemos  sentia-se atraído pelas palavras de Jesus,  mas  o  medo,  o impedia de assumir abertamente esta sua admiração por Ele, por isto, ele ficava somente nos encontros às escondidas.
Nicodemos gostava de ouvir Jesus, mas estava longe de compreender  o seu messianismo, afinal, quem não se define, quem fica só admiração das palavras de  Jesus, não aprofunda na  fé...
O mesmo medo que aprisionou Nicodemos, que o impediu de aderir-se a vida nova revelada por Jesus,  pode também nos aprisionar, quando não abrirmos à ação Espírito Santo. 
Jesus fala à Nicodemos sobre a necessidade de nascer do alto, apontando para ele a ação do Espírito Santo como o dinamismo deste nascimento. É o Espírito Santo que nos leva a assumir um projeto de vida, centrado unicamente na vontade de Deus.
Ao falar com Nicodemos, da necessidade de nascer do alto, Jesus nos faz um apelo à conversão, comparando a força e a liberdade de ação, de quem é movido pelo Espírito Santo, com o sopro incontrolável do vento. Assim como não se pode segurar e nem exercer o controle sobre o vento, também não se consegue deter, quem se deixa conduzir pelo o Espírito Santo!
No texto que nos fora apresentado, Jesus fala também do desfecho de sua trajetória terrena: “É preciso que o Filho do homem seja levantado”... Com essas palavras, Jesus preanuncia  sua morte de cruz, Ele seria levantado na cruz, pelos seus adversários, ou seja, pelos os adversários do projeto de Deus.
A vida nova, trazida por Jesus,  brotou na cruz, quem se deixa  guiar pelo o seu Espírito, nasceu  do alto, pois   foi do alto da cruz,  que Ele abriu as portas do céu para nós, que Ele nos enviou o seu Espírito.
Não tenhamos medo de declarar a nossa adesão à Jesus, afinal, Ele é o fio condutor de toda a nossa trajetória terrena.
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho

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O alimenta que sustenta a nossa caminhada espiritual-Helena Serpa


7 DE MAIO DE 2019

TERÇA-FEIRA DA III

SEMANA DA PÁSCOA
Cor Branco

 

1ª. Leitura – At 7, 51-8, 1a


Leitura dos Atos dos Apóstolos 7, 5l-8, 1a
Naqueles dias, Estevão disse ao povo, aos anciãos e aos doutores da lei: 51Homens de cabeça dura, insensíveis e incircuncisos de coração e ouvido! Vós sempre resististes ao Espírito Santo e como vossos pais agiram, assim fazeis vós!  52A qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram aqueles que anunciavam a vinda do Justo, do qual, agora, vós vos tornastes traidores e assassinos. 53Vós recebestes a Lei, por meio de anjos, e não a observastes!'  54Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão. 55Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou para o céu e viu a glória de Deus e Jesus, de pé, à direita de Deus. 56E disse: 'Estou vendo o céu aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus.' 57Mas eles, dando grandes gritos e, tapando os ouvidos, avançaram todos juntos contra Estêvão; 58arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem, chamado Saulo. 59Enquanto o apedrejavam, Estêvão clamou dizendo: 'Senhor Jesus, acolhe o meu espírito.' 
60Dobrando os joelhos, gritou com voz forte: 'Senhor, não os condenes por este pecado.' E, ao dizer isto, morreu. 
8, 1aSaulo era um dos que aprovavam a execução de Estêvão. 
Palavra do Senhor.

Reflexão – “Estevão foi às últimas consequências”
Nada detinha os anciãos e doutores da lei que, resistindo ao Espírito Santo, agiam de acordo com a sua mente dominada pelo ódio. Eram pessoas insensíveis e tinham o coração fechado para ouvir o que Deus queria lhes falar por meio Estêvão. Ao confrontá-los, Estêvão, cheio do Espírito Santo dá provas de sua fidelidade a Deus permanecendo firme até o fim na sua missão evangelizadora. Nós também resistimos ao Espírito Santo quando não damos ouvidos às pessoas que são seus instrumentos para nos esclarecer a verdade; quando rejeitamos aos ensinamentos e aos mandamentos de Deus para seguir apenas a nossa humanidade voluntariosa; quando, sem pensar, perseguimos alguém que deseja abrir os nossos olhos, aconselhar, admoestar, enfim, quando preferimos desconhecer totalmente os mistérios de Deus para dar pretexto apenas ao julgamento pelas coisas aparentes. Deus é fiel e não abandona aqueles que Nele confiam. Estevão foi às últimas consequências. Aceitou a morte para ser fiel a Jesus e o céu se manifestou no seu coração. Assim, ele nos mostra que quando enfrentamos qualquer dificuldade por amor à causa do reino, quando nos deixamos ficar cheios do Espírito Santo e assumimos o papel de anunciadores do reino sentimos no coração a beleza do céu. Aprendemos com ele que, se permanecermos firme no anúncio do Evangelho, mesmo diante da morte, nós veremos “o céu aberto e Jesus de pé, diante de do Pai” e, por isso, conseguiremos perdoar. Só quem sente a presença do AMOR eterno no coração pode perdoar qualquer ofensa. – Você conta com o Espírito Santo para dar prova da sua fidelidade a Jesus? – Em que você pode está sendo perseguido (a)? – Mesmo sendo incompreendido (a), você continua firme na fé? – Você sente o perdão de Deus? – Você consegue perdoar?

Salmo 30, 3cd-4. 6ab.7b.8a. 17.21ab (R. 6a)
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia

3cSede uma rocha protetora para mim, *
3dum abrigo bem seguro que me salve!
4Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza;*
por vossa honra orientai-me e conduzi-me!R.

6aEm vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, *
6bporque vós me salvareis, ó Deus fiel!
7bQuanto a mim, é ao Senhor que me confio.
8aVosso amor me faz saltar de alegria.R.

17Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, *
e salvai-me pela vossa compaixão!
21aNa proteção de vossa face os defendeis *
21bbem longe das intrigas dos mortais.R.

Reflexão - Esta foi a oração que Jesus fez na Cruz, na hora da Sua morte. Confiando no Pai, embora sentindo-se abandonado, Jesus entregou o Seu Espírito através do canto desse salmo. “Porque vós me salvareis, ó Deus fiel!” Na hora do maior sofrimento e dor nós podemos também como Jesus entregar o nosso espírito ao Pai, confiando em que a Sua serenidade nos dará forças para que possamos ir até o fim no itinerário que nos é proposto.

Evangelho – Jo 6, 30-35


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6,30-35
Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus: 30'Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti?' Que obra fazes?
31Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: 'Pão do céu deu-lhes a comer'. 32Jesus respondeu:
'Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu
o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.' 34Então pediram: 'Senhor, dá-nos sempre desse pão'.
35Jesus lhes disse: 'Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede.
Palavra da Salvação.


Reflexão – “o alimenta que sustenta a nossa caminhada espiritual
As palavras de Jesus precisam ser colocadas numa perspectiva espiritual para que possamos perceber os Seus mistérios: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”! Jesus nos fala ao coração e não à nossa mente ou ao nosso entendimento racional. Nós também, como aquela multidão, costumamos pedir a Jesus um sinal que nos facilite ter entendimento do céu e ter comunhão com o Pai. Como Jesus mesmo falou, o verdadeiro sinal de Deus é o pão que vem do céu, alimenta a nossa alma e mata a nossa fome, pois, nos é dado pelo próprio Pai. Jesus é o pão que desceu do céu, o pão que foi providenciado pelo Pai para nos dar a vida eterna. É na Palavra e na Eucaristia que recebemos o pão que alimenta e sustenta a nossa caminhada espiritual. Na verdade, nós somos muito felizes, pois temos acesso ao verdadeiro Pão que vem do céu saciar a nossa fome e a nossa sede de Deus. Precisamos a cada momento pedir também como fez aquele povo: 'Senhor, dá-nos sempre desse pão'! – Você costuma duvidar do mistério da Eucaristia? – Quando você comunga tem consciência do grande mistério do Amor de Deus? – Você sabia que a Eucaristia diviniza a nossa humanidade, por isso é alimento para a nossa alma?

Jesus se faz alimento do nosso dia a dia-Helena Serpa


6 DE MAIO DE 2019

SEGUNDA-FEIRA DA III SEMANA

DA PÁSCOA
Cor Branco

 

1ª. Leitura – At 6, 8-15

 

Leitura dos Atos dos Apóstolos 6,8-15
Naqueles dias: 8Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. 9Mas alguns membros da chamada Sinagoga dos Libertos, junto com cirenenses e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia, começaram a discutir com Estêvão. 
10Porém, não conseguiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. 11Então subornaram alguns indivíduos, que disseram: 'Ouvimos este homem dizendo blasfêmias contra Moisés e contra Deus.' 12Desse modo, incitaram o povo, os anciãos e os doutores da Lei, que prenderam Estêvão e o conduziram ao Sinédrio. 13Aí apresentaram falsas testemunhas, que diziam: 'Este homem não cessa de falar contra este lugar santo e contra a Lei. 
14E nós o ouvimos afirmar que Jesus Nazareno ia destruir este lugar e ia mudar os costumes que Moisés nos transmitiu.' 
15Todos os que estavam sentados no Sinédrio tinham os olhos fixos sobre Estêvão, e viram seu rosto como o rosto de um anjo. Palavra do Senhor.


Reflexão – “Estevão inaugurou para a Igreja um tempo de martírio”
Os “sinais e prodígios divinos” que Estevão, cheio de graça, fazia não eram reconhecidos pelas autoridades, porque enxergavam nele apenas um homem que atraia as massas e que poderia tirar-lhes o poder. Mas, Estevão os vencia, pela sabedoria com que vivia e como falava manifestando o poder do Espírito Santo por meio das suas ações. Este é o estado normal de vida que Jesus deixou para ser vivido por todos nós que dizemos ser cristãos (ãs). Se também estivermos firmes na união com o Espírito de Deus, tudo o que Estevão realizou está ao nosso alcance fazer. Sinais e prodígios de amor, de testemunho coerente com o que Jesus veio ensinar poderão também se manifestar na nossa vida. No entanto, quando despertamos a inveja e a incompreensão das pessoas, Deus não nos poupará de humilhações e até da morte para mostrar a todos os  Seus sinais. Aqueles que olharam para Estevão e viram a sua expressão de anjo (inocente), com certeza, mudaram de ideia e se converteram. Assim, também o Senhor realiza por meio do nosso sacrifício, e liberta aqueles (as) que antes estavam presos no pecado e enganados pelas sugestões do mundo. Não devemos nos admirar das perseguições, pois quando elas acontecem é sinal de que estamos realizando prodígios com a sabedoria do Espírito Santo.  Os sinais de Deus na nossa vida são evidentes e a Sua verdade é clara. Estevão inaugurou para a Igreja um tempo de martírio em vista do anúncio da Palavra. - Você sabia que poderá ser um outro Estevão? – Como poderá isto acontecer? - Como você se sente na hora que é injustiçado (a)? – As pessoas costumam questioná-lo (a) sobre assuntos da Bíblia torcendo os fatos para que você caia em armadilhas? – Você já notou isto? – E você cai?



Salmo 118, 23-24. 26-27. 29-30 (R. 1b)
R. Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia

23Que os poderosos reunidos me condenem;*
o que me importa é o vosso julgamento!
24Minha alegria é a vossa Aliança, *
meus conselheiros são os vossos mandamentos.R.

26Eu vos narrei a minha sorte e me atendestes, *
ensinai-me, ó Senhor, vossa vontade!
27Fazei-me conhecer vossos caminhos, *
e então meditarei vossos prodígios!R.

29Afastai-me do caminho da mentira *
e dai-me a vossa lei como um presente!
30Escolhi seguir a trilha da verdade, *
diante de mim eu coloquei vossos preceitos.R.

Reflexão - O salmista nos ensina a permanecermos fiéis à Lei do Senhor e assim progredirmos na sua vivência. Mesmo que os poderosos reunidos nos condenem, mesmo que armem contra nós tramas e armadilhas, nós só seremos felizes se nos mantivermos fiéis na Aliança com o Senhor. A perseverança é o caminho por excelência para que nós prosperemos no nosso intuito de fazer a vontade de Deus. O Senhor nos deu a Sua Lei como um presente, compete a cada um de nós seguir a trilha da verdade para que possamos caminhar em busca da felicidade.

 

Evangelho – Jo 6, 22-29

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6,22-29
Depois que Jesus saciara os cinco mil homens, seus discípulos o viram andando sobre o mar. 22No dia seguinte, a multidão
que tinha ficado do outro lado do mar constatou que havia só uma barca e que Jesus não tinha subido para ela com os discípulos,
mas que eles tinham partido sozinhos. 23Entretanto, tinham chegado outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. 24Quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos,
subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum.
25Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe:
'Rabi, quando chegaste aqui?' 26Jesus respondeu: 'Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará.
Pois este é quem o Pai marcou com seu selo.' 28Então perguntaram: 'Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?'
29Jesus respondeu: 'A obra de Deus é que acrediteis
naquele que ele enviou'. Palavra da Salvação.

Reflexão - “Jesus se faz alimento do nosso dia a dia.”
O povo via os sinais que Jesus realizava, como o de saciar a fome de cinco mil homens, de andar sobre o mar e tantas outras curas, e interesseiramente O seguia. Por isso, sempre havia uma multidão que buscava Jesus, pelo que Ele podia lhe proporcionar física e materialmente. Nós também fazemos parte dessa multidão que procura um Deus que atenda as nossas conveniências.  No entanto, Jesus não quer ser paliativo, apenas para um momento, mas quer ser pão que nos alimente a vida inteira. Vivemos recebendo “pães”, mas não estamos firmes naquele que providencia para nós o pão da vida. Buscar Jesus como alimento somente na hora da nossa fome é emergencial e transitório. Pelo contrário, quando somos perseverantes, Jesus se faz alimento do nosso dia a dia e nos transforma e faz crescer, humana e espiritualmente. Ele não quer nos dar apenas migalhas, mas reforçar a nossa fé, fortalecer a nossa alma e equilibrar os nossos sentimentos para que tenhamos a vida em abundância. Por isso, Jesus manda que nos esforcemos pelo alimento que o Pai marcou com o seu selo. O selo é o Espírito Santo que nos foi dado no Batismo e é quem providencia para nós o alimento que vem do céu. A Palavra e a Eucaristia são o pão que desceu do céu, por isso, permanece até a vida eterna. Somos mais felizes e confiantes na medida em que nos alimentamos com Jesus, o pão que desce do céu.  A multidão que continua procurando Jesus está no mundo, envolvida com as coisas materiais e passageiras, com felicidades efêmeras, com momentos de euforia e não percebe que para encontrar Jesus nós precisamos apenas nos dirigir a Ele que habita no mais profundo do nosso coração, lá onde está o nosso espírito. – Você tem se alimentado com o pão que desce do céu? – Você tem se fortalecido com a Palavra de Deus? – Alguma coisa mudou no seu comportamento depois que medita com a Liturgia diariamente? – Qual é o testemunho que você pode dar ao mundo sobre a Eucaristia?


Pescar de um jeito diferente-Helena Serpa


5 DE MAIO DE 2019

DOMINGO DA III SEMANA

DA PÁSCOA

Cor Branco

1ª. Leitura – At 5, 27b-32.40b-41

Leitura dos Atos dos Apóstolos 5,27b-32.40b-41
Naqueles dias: os guardas levaram os apóstolos e os apresentaram ao Sinédrio. 27bO sumo sacerdote começou a interrogá-los,
28dizendo: 'Nós tínhamos proibido expressamente que vós ensinásseis em nome de Jesus. Apesar disso, enchestes a cidade de Jerusalém com a vossa doutrina. E ainda nos quereis tornar responsáveis pela morte desse homem!' 29Então Pedro e os outros apóstolos responderam: 'É preciso obedecer a Deus, antes que aos homens. 30O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós matastes, pregando-o numa cruz. 31Deus, por seu poder, o exaltou, tornando-o Guia Supremo e Salvador, para dar ao povo de Israel a conversão e o perdão dos seus pecados. 32E disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus concedeu àqueles que lhe obedecem.' 40bEntão mandaram açoitar os apóstolos e
proibiram que eles falassem em nome de Jesus, e depois os soltaram. 41Os apóstolos saíram do Conselho, muito contentes,
por terem sido considerados dignos de injúrias, por causa do nome de Jesus. Palavra do Senhor.

Reflexão – “a Palavra de Deus incomoda”
Quando somos perseguidos por causa do trabalho do reino nós resmungamos, ficamos contrariados (as) e, com frequência, queremos desistir da nossa missão, pois tudo nos desestimula e não aceitamos ser contestados (as), criticados (as) nem muito menos “injuriados (as) ”. Com os apóstolos não acontecia assim! É o que nos conta o Livro dos atos dos Apóstolos: “Os apóstolos saíram do conselho muito contentes por terem sido considerados dignos de injúrias por causa do nome de Jesus”. Isto é algo sobre o qual precisamos refletir! Se seguíssemos o exemplo dos apóstolos perceberíamos que o sofrimento por causa do nome de Jesus é sinal de que estamos cumprindo com a nossa missão e se estamos incomodando é porque a Palavra de Deus está sendo proclamada e dando frutos. Dar testemunho de Cristo implica em renúncia, incompreensão e humilhação. Se fizermos a experiência comprovaremos que vale a pena sofrer até ingratidão por causa do Nome de Jesus, pois, quando damos testemunho Dele estamos sendo sustentados e motivados pelo Espírito Santo que é o doador dos dons. Portanto, a alegria, a paz, o entusiasmo, o zelo e a ousadia são dons que o Espírito nos concede quando obedecemos a Deus e somos fiéis ao Seu projeto de salvação. Precisamos ter consciência de que também contribuímos para morte de Jesus. O nosso pecado foi a causa pela qual Jesus se entregou.  Na realidade, fomos nós quem O matamos e O pregamos numa cruz, por causa dos pecados que ainda hoje nós cometemos. Jesus pagou pelas transgressões que continuamos praticando, mas espera de nós reconhecimento do nosso ser pecador e conversão. Deus ressuscitou Jesus Cristo para nos dar uma vida nova pelo poder do Espírito Santo. – Qual a sua reação diante das dificuldades na missão do reino? – Você tem o Espírito Santo como um aliado? – Você tem consciência de que ao transgredir a lei de Deus, está também crucificando Jesus? -  Você também, como os apóstolos, se alegria quando recebe injúrias por causa do nome de Jesus?

Salmo 29,2.4.5-6.11.12a.13b(R.2a)
R. Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes
Ou: R.Aleluia, Aleluia, Aleluia

2Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes,*
e não deixastes rir de mim meus inimigos!
4Vós tirastes minha alma dos abismos*
e me salvastes, quando estava já morrendo! R.

5Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, 
dai-lhe graças e invocai seu santo nome! 
6Pois sua ira dura apenas um momento, 
mas sua bondade permanece a vida inteira;
se à tarde vem o pranto visitar-nos, 
de manhã vem saudar-nos a alegria.R. 

11Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! 
Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! 
12Transformastes o meu pranto em uma festa, 
13bSenhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos! R.

Reflexão - Esse salmo retrata o sentimento do pecador arrependido que se apodera da salvação de Jesus e, por isso, canta salmos de louvor. Quem acolhe a salvação e a misericórdia de Deus vê o seu pranto transformado em festa e a alegria acontecer depois do sofrimento. “Vós tirastes minha alma dos abismos e me salvastes, quando estava já morrendo!”  Cante também você hinos de louvores pelas suas experiências.

 

 

2ª. Leitura – Ap 5, 11-14

 

Leitura do Livro do Apocalipse de São João 5,11-14
Eu, João, vi 11e ouvi a voz de numerosos anjos, que estavam em volta do trono, e dos Seres vivos e dos Anciãos. Eram milhares de milhares, milhões de milhões, 12e proclamavam em alta voz:
'O Cordeiro imolado é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e o louvor'. 13Ouvi também todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e tudo o que neles existe, e diziam: 'Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro, o louvor e a honra, a glória e o poder para sempre'. 14Os quatro Seres vivos respondiam: 'Amém', e os Anciãos se prostraram em adoração daquele que vive para sempre.
Palavra do Senhor.


Reflexão – “sozinhos, para ver e ouvir!”
Quando nos sentirmos solitários e prisioneiros, devemos perceber que Deus nos concede momentos de isolamento para que possamos ver e ouvir os Seus sinais. O céu e a terra estão muito pertinho de nós e somente quando estamos quietos nós podemos perceber isso. Assim aconteceu com o apóstolo São João que hoje continua dando testemunho do que viu e ouviu quando esteve prisioneiro na ilha de Patmos. O Senhor o escolhera para fazer revelações importantes para a humanidade por meio de símbolos e mensagens misteriosas. João, que já tinha intimidade com o Mestre foi fiel na sua missão, por isso testemunhou Jesus ressuscitado e proclamou a Sua gloria, vendo-O exaltado entre os anjos e os santos. A visão de João nos mostra uma realidade celeste e terrena, porque reúne o louvor e a adoração de todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, isto é, toda a criação de Deus.  Podemos, então, ter consciência de que existe uma unidade espiritual entre nós e todas as criaturas de Deus e desde já, podemos nos unir aos anjos e santos para adorar Aquele que vive para sempre.  – Você também tem visto e ouvido o que o Senhor quer revelar-lhe? – Você se inquieta quando percebe que está na solidão? – Você tem aproveitado estes momentos?  – Você alguma vez sentiu-se prisioneiro? – Você tem louvado juntamente com os anjos?  

Evangelho – Jo 21, 1-19


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 21,1-19
Naquele tempo: 1Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galiléia,
os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. 3Simão Pedro disse a eles: 'Eu vou pescar'. Eles disseram: 'Também vamos contigo'. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 4Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5Então Jesus disse: 'Moços, tendes alguma coisa para comer?' Responderam: 'Não'. 6Jesus disse-lhes: 'Lançai a rede à direita da barca, e achareis.' Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: 'É o Senhor!' Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu,
e atirou-se ao mar. 8Os outros discípulos vieram com a barca,
arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. 9Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. 10Jesus disse-lhes: 'Trazei alguns dos peixes que apanhastes'. 11Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra.
Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes;
e apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. 12Jesus disse-lhes: 'Vinde comer'. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. 13Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. 14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. 15Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: 'Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?' Pedro respondeu: 'Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo'. Jesus disse: 'Apascenta os meus cordeiros'. 16E disse de novo a Pedro: 'Simão, filho de João, tu me amas?' Pedro disse: 'Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo'. Jesus lhe disse: 'Apascenta as minhas ovelhas'. 17Pela terceira vez, perguntou a Pedro: 'Simão, filho de João, tu me amas?' Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: 'Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo'. Jesus disse-lhe: 'Apascenta as minhas ovelhas. 18Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho,
estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir.' 19Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: 'Segue-me'.
Palavra da Salvação.

Reflexão – “pescar de um jeito diferente”
Mais uma vez Jesus ressuscitado aparece aos Seus discípulos, quando, reunidos à beira mar, esperavam que algo lhes pudesse acontecer. Pedro, decidido, tomou a iniciativa de pescar como que tentando retornar ao seu antigo ofício de pescador. E os outros entraram na barca com ele, “mas não pescaram nada naquela noite”. Ao amanhecer Jesus já estava de pé na margem e os observava de longe. Ao ver que eles continuavam insistindo em fazer as coisas do mesmo modo como faziam antes, Jesus interveio mandando que lançassem a rede à direita do barco, dizendo: “Lançai a rede à direita do barco e achareis”.
Depois que os apóstolos seguiram as instruções de Jesus, a pesca, então, foi abundante e o milagre aconteceu.
Na pesca da nossa vida também é importante saber que Jesus está vivo e de pé, muito perto da nossa barca. A garantia da Sua Palavra é o motivo para nunca possamos duvidar e agir conforme a nossa própria vontade.  Quando agimos na escuridão da noite, isto é, seguindo a nossa própria inclinação não temos perspectivas, contudo, quando atuamos sob a Luz de Jesus nós aprendemos a fazer coisas novas. Sozinhos (as), nós nunca teremos sucesso. Muitas vezes, Jesus nos pede de comer e nos manda lançar a rede de outro modo, de um jeito novo e nós continuamos envolvidos (as) com a nossa “falta de sorte” por isso, não ouvimos o que Ele fala. Ficamos presos (as) nas nossas expectativas e buscamos apenas os milagres que desejamos que aconteçam na nossa vida e perdemos as oportunidades deixando a hora da graça passar. Jesus, hoje também compartilha conosco da Sua Palavra e nos dá de comer do Seu próprio Corpo e Sangue do mesmo jeito que fez com os apóstolos. Depois que nos alimenta, assim como fez com Pedro, Jesus também nos convoca para uma missão, não se importando com o nosso pecado nem com a nossa incapacidade. Jesus, hoje, também nos convoca para apascentar as Suas ovelhas mesmo que possamos ter negado a nossa fé no Seu poder. Pedro, que antes negara Jesus teve a oportunidade de declarar o seu amor e confirmar a sua fidelidade. Assim, o Senhor nos ensina também, que, mesmo sendo traidores e infiéis por nossas negações, a Sua misericórdia é imensa e Ele precisa do nosso serviço na construção do Seu reino. “Apascenta os meus cordeiros!” “Apascenta as minhas ovelhas!” este o Seu pedido para cada um de nós que nos envergonhamos da nossa miséria.– Você também tem aprendido com Jesus a pescar de um jeito diferente? -  O que mudou nas suas ideias e ações depois que encontrou Jesus? – Você se acha indigno de servir no reino de Deus? – Jesus também te pergunta: tu me amas mais que aos teus? Dê a sua resposta para Jesus.