Quinta-feira, 22 de
Janeiro de 2015
Vicente Mártir
Hebreus 7,25–8, 6:
Ofereceu sacrifícios uma vez para sempre
Salmo 39: Aqui estou,
Senhor, para fazer a tua vontade
Marcos 3,7-12: Tu es o
Filho de Deus.
7 Jesus retirou-se com os seus discípulos para
o mar, e seguia-o uma grande multidão, vinda da Galileia. 8 E
da Judéia, de Jerusalém, da Idumeia, do além-Jordão e dos arredores de Tiro e
de Sidônia veio a ele uma grande multidão, ao ouvir o que ele fazia. 9 Ele
ordenou a seus discípulos que lhe aprontassem uma barca, para que a multidão
não o comprimisse. 10 Curou
a muitos, de modo que todos os que padeciam de algum mal se arrojavam a ele
para o tocar. 11 Quando
os espíritos imundos o viam, prostravam-se diante dele e gritavam: Tu és o
Filho de Deus! 12 Ele
os proibia severamente que o dessem a conhecer.
COMENTÁRIO
Esta passagem pode ser considerada como uma espécie de “sumário” do
primeiro ministério de Jesus na Galileia. Outra se encontra em Marcos 6, 53-56.
Podemos encontrar aí os traços característicos deste ministério, ainda que um
tanto idealizados. Marcos não teve oportunidade até agora de apresentar o
ensinamento de Jesus: limitou-se a apresentar seu poder curador e sua tomada de
posição frente a determinadas práticas legalistas. O que equivale a dizer que
seu êxito junto às multidões é duvidoso porque estas vêm em busca de cura e não
de conversão, além de não compreenderem que os milagres são os sinais
precursores da era messiânica. Por outro lado, Marcos é o único em assinalar
(v. 9) que Jesus retrocede um tanto no tempo a respeito desta multidão
incrédula. A pessoa de Jesus desperta no mundo atual as mesmas reações e o
mesmo desejo de conhecimento que em sua época: a partir da cegueira de alguns à
fé progressiva de outros, passando pelas motivações religiosas equívocas e as
profissões de fé rodeadas de ostentação. É necessário que a pessoa que crê se
imponha às vezes a si mesmo o silêncio, renuncie a determinadas manifestações
exteriores de sua fé que poderiam ser mal interpretadas e espere a sua vez até
que a manifestação do reino se produza por meio da sua paixão e ressureição.
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