18
de Outubro - Sábado - Evangelho
- Lc 10,1-9
Bom
dia!
Esse
evangelho parece estar fora da seqüência, visto que já estávamos no capítulo
doze, mas como bem sabemos, isso quando ocorre significa algo diferente neste
dia, uma festa, uma comemoração, (…). Hoje, 18 de Outubro, dia de São Lucas.
Lucas,
médico e pintor. Homem culto e profissionalmente preso aos detalhes. Se Marcos
narra o evangelho sobre os olhos de Pedro, Lucas, narra sob a ótica do que
aprendeu com seu mestre – Paulo. Não é por nada que a narrativa de Atos dos
apóstolos tenha sua assinatura literária.
Ele
esta presente nas caminhadas de Paulo e é dele a narrativa do evangelho que
inclui os “fora do processo”, ou seja, os menores. Mais que uma vontade ou
ímpeto de Paulo, Lucas acredita também no reino de Deus para excluídos. Sua
narrativa, em grego, demonstra o amor de Deus pelo que sofre, pelo pobre, por
aquele que roga por misericórdia. É dele as narrativas não imaginadas pelos
judeus como as citações do bom samaritano.
Acompanhou
Paulo quando preso e nas audiências; persistiu na caminhada, mesmo após o
martírio do seu mestre.
“(…)
Demas me abandonou, por amor das coisas do século presente, e se foi para Tessalônica.
Crescente, para a Galácia; Tito, para a Dalmácia. SÓ LUCAS ESTÁ COMIGO. Toma
contigo Marcos e traze-o, porque me é bem útil para o ministério. Tíquico
enviei-o para Éfeso”. (II Timóteo 4, 10-12)
Lucas
é um bom exemplo para aqueles que acreditam num ideal e ainda veem na fé uma
forma de sair do cárcere que vivem. É uma pessoa que, como Mateus, encontra um
tesouro maior e que vale a pena tudo abandonar. Lucas é um bom exemplo de amigo
que não foge, não abandona seu ideal em meio às turbulências. É um bom exemplo
daquele que empresta seu talento, o que aprendeu, para pintar a esperança nos
corações dos que sofrem.
Ele
segue bem os passos daquele o batizou e converteu
“(…)
Pois Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e de sabedoria.
Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu
prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus”.
(II Timóteo 1, 7-8)
Hoje,
somos muito mais que setenta e dois que vão de dois em dois ou mais pelo mundo,
mas olhando sobre outra ótica, somos muito menos que os poucos que antes. Nossa
fé parou nos milagres, a deles no encontro; nossa fé é presa ao extraordinário,
a deles em manter-se caminhando em meio a tantas perseguições; Jesus os enviou,
e a nós também…
“(…)
Como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. Santifico-me por
eles para que também eles sejam santificados pela verdade. Não rogo somente por
eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. (…) e o mundo
reconheça que me enviaste e os amaste como amaste a mim”. (João 17, 18-19; 23)
Ao
patrono dos médicos nossos pedidos, para que interceda a Jesus por aqueles se
sentem inválidos, afastados, descrentes, (…); pedimos que como Lucas, continuem
a caminhar e ver a esperança mesmo quando tudo parecer acabado.
São
Lucas, rogai por nós, pois “(…) O Reino de Deus chegou até vocês”.
Um
imenso abraço fraterno.
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