SEXTA - 27 de Junho de 2014 - Evangelho - Mt 11,25-30
Bom dia!
Aprendemos na escola que cargas
positivas atraem negativas e vice-versa, consequentemente as que têm
polaridades iguais se repelem mutuamente. Segundo a lei da gravitação
universal, um corpo de maior massa tende a trazer para si outro de menor massa,
sendo assim explicado porque rodamos em torno do sol. Dentro do nosso planeta,
nosso mundo, (…) positivos ou negativos, não importa, somos atraídos por algo bem
maior que nós todos.
“(…) E quando eu for levantado da terra,
atrairei todos os homens a mim”. (João 12, 32)
É importante diferenciar esse pensamento
inicial do que é apregoado como “lei da atração”, que não é a de Newton, mas a
que nada mais é que uma forma de encarar a vida como não dependêssemos de nada,
a não ser de nosso pensamento, para ter um determinado sucesso. Nessa dita “lei
da atração”, seus adeptos procuram atrair coisas que lhes favoreçam no sentido
financeiro, sendo que o próprio site oficial do livro caracteriza isso.
“(…) O homem não é fruto da sorte, nem
de um conjunto de circunstâncias, nem de determinismos, nem de interações
físico-químicas; é um ser que goza de uma liberdade que, levando em conta sua
natureza, transcende-a e é o sinal do mistério de alteridade que o habita!”.
(Bento XVI: Por uma Ciência com Consciência / Academia de Ciências de
Paris-2008)
Preciso aprender a reconhecer que existe
algo maior que mim mesmo. Algo que me atrai constantemente para Ele e por mais
forte que seja minha vontade de fugir, sua infinita “massa” me atrai. Vemos
pessoas céticas, agnósticas, com formações puramente científicas, passarem a
vida a procurar a não existência dessa força que nos atrai. Pessoas renomadas,
conceituadas, estudadas sendo atraídas sem saber, atraídas pelo mistério da fé
que temos e que passam a vida semeando o joio sem saber, que também, o Senhor
os fez grão de trigo.
Charles Darwin um dia disse que “Devo
dizer-vos que em vosso livro Pretensões da Ciência expressastes a minha profunda
convicção, e mesmo mais eloqüentemente do que eu saberia fazê-lo, isto é, que o
universo não é e nem pode ser obra do acaso”; Isaac Newton refletiu assim:
“Esta elegantíssima coordenação do sol, das estrelas, dos planetas e dos
cometas não pode ter outra origem que o plano e o império do Ser dotado de
inteligência e de poder, que tudo domina, não como alma do mundo, mas como o
Senhor de todas as coisas, eterno, infinito, onipotente, onisciente”.
Onde eu entro nesse contexto?
Muito maior que nós mesmos e de nossos
entendimentos (pensamentos e atitudes) habita algo maior que cabe dentro de um
menor. Como entender um Deus tão grande que habita num ser tão pequeno como
nós. São João evangelista, creio eu, deve ter pensado por longos anos para no
fim explicar que Deus é Amor (I João 4, 8). E quando nos permitimos a nos
descobrir, segundo Paulo, revelamos a imensidão de um Deus tão grande (II
Coríntios 3 18); passamos a refletir algo que atrai as pessoas, não pelo que
sou, mas por aquilo que acredito que habita em nós. Sem querer descubro que o
reino de Deus habita em mim. “(…) Então o povo de Deus brilhará como o sol no
Reino do seu Pai”.
“(…) O amor permite sair de si mesmo
para descobrir e reconhecer o outro; ao abrir-se à alteridade, afirma também a
identidade do sujeito, pois o outro me revela a mim mesmo”. (Bento XVI: Por uma
Ciência com Consciência / Academia de Ciências de Paris-2008)
A ciência moderna ainda não respondeu
sobre a “atração” do amor; ainda não respondeu sobre a “força gravitacional”
que nos ter fé (…). O criador da Teoria Quanta, Max Plank, disse: “(…) Deus
está no ponto de chegada de toda reflexão.”
O Senhor saiu novamente e semeou
sementes boas de trigo.
Um imenso abraço fraterno.
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