QUARTA - 18 de Junho de 2014 - Evangelho - Mt
6,1-6.16-18
Bom dia!
O que há de diferente na Quaresma? O que
deve representar em nós esse tempo tão propício de reflexão e conversão?
Os Judeus, no tempo de Cristo, possuíam
diversos métodos de purificação da alma e da expiação dos pecados que ao longo
do tempo foram se modificando. No entanto muitos chefes da lei tornavam esse
momento um show a parte, uma vitrine de si mesmo.
Jesus chamava a atenção para que isso
não se desvirtuasse e que o verdadeiro motivo do costume. O que fazemos da
quaresma hoje? Como a tratamos? O sentido de quaresma ainda vive em nossa casa?
“(…) Esses quarenta dias, devem ser um
tempo forte de meditação, oração, jejum, esmola (“remédios contra o pecado”). É
tempo para se meditar profundamente a Bíblia, especialmente os Evangelhos, a
vida dos Santos, viver um pouco de mortificação (cortar um doce, deixar a
bebida, cigarro, passeios, churrascos, a TV, alguma diversão, etc.) com a intenção
de fortalecer o espírito para que possa vencer as fraquezas da carne”. (Felipe
Aquino – Blog Canção Nova)
É importante frisar que viver a quaresma
é também sentir na pele o quanto Ele nos faz falta em nossa vida, e não só
suprimindo algum tipo de alimento ou gosto. A quaresma só terá valor se ao
final acontecer uma tomada de atitude interior.
E as cinzas? Como nossa liturgia é
repleta de símbolos, elas também têm um significado.
Ao recebermos esse sinal em nossas
testas, a igreja nos lembra que tudo isso que vivemos passará, e um dia
voltaremos a ser pó. Que nossas vidas poderiam ser melhor aproveitadas em
relação as pessoas e com nós mesmos. Que o tempo e a juventude, hoje
desprezados com coisas que pouco ou nada edificam, poderá nos fazer falta um
dia.
Andamos muito depressa para agora nos
preocuparmos com isso. Nem nosso corpo consegue acompanhar nossos pensamentos.
Estou aqui, mas minha cabeça já esta em outro lugar; acordo, tomo banho e minha
cabeça já esta no serviço; no trabalho, já estou pensando na hora de buscar os
filhos na saída da escola; lendo isso, já estou imaginando o que farei em
seguida (…).
Na quaresma somos convidados a diminuir
o ritmo para que corpo e mente se encontrem. Entender que em paralelo a isso,
caminha o reino de Deus e a renovação da esperança, que esperam por aqueles
que, na velocidade certa, consigam vê-lo e apreciá-lo.
“(…) Dizia também: O REINO DE DEUS é
como um homem que lança a semente à terra. Dorme, levanta-se, de noite e de
dia, e a semente brota E CRESCE, SEM ELE O PERCEBER. Pois a terra por si mesma
produz, primeiro a planta, depois a espiga e, por último, o grão abundante na
espiga. Quando o fruto amadurece, ele mete-lhe a foice, porque é chegada a
colheita”. (Marcos 4, 26-29)
“Convertei-vos e crede no evangelho”!
Um imenso abraço fraterno!
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