28 DE MARÇO DE 2021
DOMINGO DE RAMOS DA
PAIXÃO DO SENHOR
Cor: Roxo
1ª Leitura - Is 50,4-7
Leitura do Livro do Profeta Isaías 50,4-7
4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer
palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta
cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe
resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me
baterem e as faces para me arrancarem a
barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por
isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra,
porque sei que não sairei humilhado. Palavra do Senhor.
Reflexão - “o servo tem os ouvidos bem abertos”
O servo a que se refere esta passagem é
Jesus, no entanto, cada um de nós, homem ou mulher, que nos propomos a segui-Lo
como discípulo, deveremos ter o entendimento para escutar as palavras desta
profecia: “O Senhor deu-me uma língua
adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida”; “Ele me
excita o ouvido para prestar atenção
como um discípulo”. Jesus é o nosso Referencial e Mestre e nós somos os
seus discípulos, portanto, como Ele, precisamos ter os ouvidos bem abertos e
não resistir ao chamado de Deus apesar de todas as dificuldades, porque Ele é o
nosso auxiliador e não nos deixará desanimar. O servo que é fiel ao projeto de Deus está
sempre atento às Suas orientações e ensinamentos como um aluno atencioso. Deus
mesmo é quem nos conduz e mesmo que enfrentemos a fúria e a rebeldia dos
inimigos, permaneceremos firmes e não desistiremos. Todos nós que dizemos ser servos e servas de
Jesus, precisamos seguir o caminho que Ele mesmo nos abriu e nos pôr à disposição
do Espírito Santo que nos inspirará e nos conduzirá. Servo é quem se compromete livremente a prestar serviço ao
próximo, por amor, não desviando o rosto nem procurando se esquivar dos
encargos e compromissos confiante de que o Senhor Deus é o Auxiliador e não o
deixará humilhado(a). Você é servo de
alguém? – A quem você está servindo aqui na terra? – Você tem enfrentado
dificuldades no seu seguimento de cristão? – Você tem se deixado conduzir pelo
Espírito Santo no serviço que presta a Deus e aos homens? – Você é obediente?
Salmo - Sl 21,8-9.17-18a.19-20.23-24 (R.2a)
R. Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
8Riem de mim todos aqueles que me vêem,*
torcem os lábios e sacodem a cabeça:
9'Ao Senhor se confiou, ele o liberte*
e agora o salve, se é verdade que ele o ama!'R.
17Cães numerosos me rodeiam furiosos,*
e por um bando de malvados fui cercado.
Transpassaram minhas mãos e os meus pés
18e eu posso contar todos os meus ossos.*
Eis que me olham e, ao ver-me, se deleitam! R.
19Eles repartem entre si as minhas vestes*
e sorteiam entre si a minha túnica.
20Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe,*
ó minha força, vinde logo em meu socorro! R.
23Anunciarei o vosso nome a meus irmãos*
e no meio da assembléia hei de louvar-vos!
24Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores,
glorificai-o, descendentes de Jacó,*
e respeitai-o toda a raça de Israel!R.
Reflexão - Na liturgia de hoje nós acompanhamos os passos de Jesus
na caminhada para o calvário. O salmista antecipa tudo o que Jesus iria passar
durante o Seu martírio até o momento em que Ele se sentiu abandonado pelo
próprio Deus. Isso nos leva a pensar nos momentos em que nós também nos
sentimos sem ninguém, vivendo a nossa dor, solitários no meio da multidão ao
nosso redor. São momentos em que precisamos enfrentar o deserto tão necessário
para o nosso crescimento. Mesmo assim, como Jesus, nós ainda temos força para
dizer: “anunciarei o vosso nome a meus
irmãos e no meio da assembleia hei de louvar-vos!” O Pai que sofre conosco
mesmo sem percebermos, alegrar-se-á conosco com o nosso louvor.
2ª. Leitura - Fl 2,6-11
Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses 2,6-11
6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo
a condição de escravo e tornando-se igual aos homens.
Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo,
fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho
se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e
toda língua proclame: 'Jesus Cristo é o Senhor', para
a glória de Deus Pai. Palavra do Senhor.
Reflexão – “por obediência ao Pai”
Jesus não fugiu do sofrimento, mas enfrentou a morte por obediência
ao Pai, por isso não se prevaleceu da Sua divindade e se fez escravo como nós.
“Ele esvaziou-se e humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente
até a morte, e morte de cruz.” Comparando a nossa vida com a vida de Jesus
chegamos à conclusão de que Ele fez justamente o contrário do que nós sempre
fazemos. Quantas vezes nós nos prevalecemos da nossa posição social ou então
apresentamos outra justificativa para sermos privilegiados e não precisarmos
passar por alguma situação de humilhação!
O nosso primeiro argumento é mostrar quem somos nós, o nosso status,
poder, situação financeira, desde que nos livremos da obediência à obrigação
que nos é conferida. Jesus, no entanto, “Mesmo
sendo de condição divina, Ele não se prevaleceu de sua igualdade com Deus,
mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e
assemelhando-se aos homens”. Por
isso, Deus o exaltou acima de tudo, dando-lhe o Nome diante do qual todos nós
devemos nos ajoelhar. Tomando consciência da nossa condição humana imperfeita
precisamos seguir o exemplo de Jesus e, diante de Deus, humildemente reconhecer
a nossa limitação e nos abandonar à Sua Vontade. Assim sendo, com certeza, também
seremos exaltados e acolhidos no reino dos céus. Tudo para a glória de Deus
Pai! – Você tem coragem de enfrentar as dificuldades por obediência à Palavra
de Deus? – Você costuma apresentar-se como uma pessoa que tem poderes ou se
limita apenas a ser uma pessoa comum? – Você faz discriminação entre as pessoas
quando estas o (a) procuram?
Evangelho - Mc 14,1-15,47
Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo Marcos 14,1-15,47
1Faltavam dois dias para a Páscoa e para a festa
dos Ázimos.
Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei procuravam um meio de prender Jesus à
traição, para matá-lo. 2Eles diziam: 'Não durante a festa, para que não haja um
tumulto no meio do povo.
3Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o
leproso. Quando estava à mesa, veio uma mulher com um vaso de alabastro cheio
de perfume de nardo puro, muito caro. Ela quebrou o vaso e derramou o perfume
na cabeça de Jesus. 4Alguns que estavam ali ficaram indignados e comentavam:
'Por que este desperdício de perfume? 5Ele poderia ser vendido por mais de
trezentas moedas de prata, que seriam dadas aos pobres.' E criticavam fortemente a mulher. 6Mas Jesus
lhes disse: 'Deixai-a em paz! Por que aborrecê-la? Ela praticou uma boa ação
para comigo. 7Pobres sempre tereis convosco e quando quiserdes podeis
fazer-lhes o bem. Quanto a mim não me tereis para sempre. 8Ela fez o que podia:
derramou perfume em meu corpo, preparando-o para a sepultura. 9Em verdade vos
digo, em qualquer parte que o Evangelho for pregado, em todo o mundo, será contado
o que ela fez, como lembrança do seu gesto.' 10Judas Iscariotes, um dos doze,
foi ter com os sumos sacerdotes para entregar-lhes Jesus. 11Eles ficaram muito
contentes quando ouviram isso, e prometeram dar-lhe dinheiro. Então, Judas
começou a procurar uma boa oportunidade para entregar Jesus. Onde está a sala
em que vou comer a Páscoa com os meus discípulos? 12No primeiro dia dos ázimos,
quando se imolava o cordeiro pascal, os discípulos disseram a Jesus: 'Onde
queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?' 13Jesus enviou então
dois dos seus discípulos e lhes disse: 'Ide à cidade. Um homem carregando um
jarro de água virá ao vosso encontro. Segui-o 14e dizei ao dono da casa em que
ele entrar: 'O Mestre manda dizer: onde está a sala em que vou comer a Páscoa
com os meus discípulos?' 15Então ele vos mostrará, no andar de cima, uma grande
sala, arrumada com almofadas.
Ali fareis os preparativos para nós!' 16Os discípulos saíram e foram à cidade.
Encontraram tudo como Jesus havia dito, e prepararam a Páscoa. Um de vós, que
come comigo, vai me trair.' 17Ao cair da tarde, Jesus foi com os doze.
18Enquanto estavam à mesa comendo, Jesus disse: 'Em verdade vos digo, um de
vós, que come comigo, vai me trair.' 19Os discípulos começaram a ficar tristes
e perguntaram a Jesus, um após outro: 'Acaso serei eu?' 20Jesus lhes disse: 'É
um dos doze, que se serve comigo do mesmo prato. 21O Filho do Homem segue seu
caminho, conforme está escrito sobre ele. Ai, porém, daquele que trair o Filho
do Homem! Melhor seria que nunca tivesse nascido!' 22Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e,
tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: 'Tomai, isto é o
meu corpo.' 23Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes e todos
beberam dele. 24Jesus lhes disse: 'Isto é o meu sangue, o sangue da aliança,
que é derramado em favor de muitos. 25Em verdade vos digo, não beberei mais do
fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus.'
Antes que o galo cante duas vezes, três vezes tu me negarás. 26Depois de terem
cantado o hino, foram para o monte das Oliveiras. 27Então Jesus disse aos
discípulos: 'Todos vós ficareis desorientados, pois está escrito: 'Ferirei o
pastor e as ovelhas se dispersarão.' 28Mas, depois de ressuscitar, eu vos precederei
na Galiléia.' 29Pedro, porém, lhe disse: 'Mesmo que todos fiquem desorientados,
eu não ficarei.' 30Respondeu-lhe Jesus: 'Em verdade te digo, ainda hoje, esta
noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes tu me negarás.' 31Mas
Pedro repetiu com veemência: 'Ainda que tenha de morrer contigo, eu não te
negarei.' E todos diziam o mesmo. Começou a sentir pavor e angústia. 32Chegados
a um lugar chamado Getsêmani, disse Jesus aos discípulos: 'Sentai-vos aqui,
enquanto eu vou rezar!' 33Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a sentir
pavor e angústia. 34Então Jesus lhes disse: 'Minha alma está triste até a
morte. Ficai aqui e vigiai.' 35Jesus foi um pouco mais adiante
e, prostrando-se por terra, rezava que, se fosse possível, aquela hora se
afastasse dele. 36Dizia: 'Abbá! Pai! Tudo te é possível: Afasta de mim este
cálice! Contudo, não seja feito o que eu quero, mas sim o que tu queres!'
37Voltando, encontrou os discípulos dormindo. Então disse a Pedro:
'Simão, tu estás dormindo? Não pudeste vigiar nem uma hora?
38Vigiai e orai, para não cairdes em tentação! Pois o espírito está pronto, mas
a carne é fraca.' 39Jesus afastou-se de novo
e rezou, repetindo as mesmas palavras. 40Voltou outra vez e os encontrou
dormindo, porque seus olhos estavam pesados de sono e eles não sabiam o que
responder. 41Ao voltar pela terceira vez, Jesus lhes disse: 'Agora podeis
dormir e descansar. Basta! Chegou a
hora! Eis que o Filho do Homem é entregue nas mãos dos pecadores. 42Levantai-vos!
Vamos! Aquele que vai me trair já está chegando.' Prendei-o e levai-o com
segurança!' 43E logo, enquanto Jesus ainda falava, chegou Judas, um dos doze,
com uma multidão armada de espadas e paus. Vinham da parte dos sumos
sacerdotes,
dos mestres da Lei e dos anciãos do povo. 44O traidor tinha combinado com eles
um sinal, dizendo: 'É aquele a quem eu beijar. Prendei-o e levai-o com
segurança!' 45Judas logo se aproximou de Jesus, dizendo: 'Mestre!', e o beijou.
46Então lançaram as mãos sobre ele e o prenderam. 47Mas um dos presentes puxou
a espada e feriu o empregado do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha. 48Jesus
tomou a palavra e disse: 'Vós saístes com espadas e paus para me prender, como
se eu fosse um assaltante. 49Todos os dias eu estava convosco, no Templo,
ensinando, e não me prendestes. Mas isto acontece para que se cumpram as
Escrituras.' 50Então todos o abandonaram e fugiram. 51Um jovem, vestido apenas
com um lençol, estava seguindo a Jesus, e eles o prenderam. 52Mas o jovem
largou o lençol e fugiu nu. Tu és o Messias, o Filho de Deus Bendito? 53Então
levaram Jesus ao Sumo Sacerdote, e todos os sumos sacerdotes, os anciãos e os
mestres da Lei se reuniram. 54Pedro seguiu Jesus de longe, até o interior do
pátio do Sumo Sacerdote. Sentado com os guardas, aquecia-se junto ao fogo. 55Ora,
os sumos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus,
para condená-lo à morte, mas não encontravam. 56Muitos testemunhavam falsamente
contra ele, mas seus testemunhos não concordavam. 57Alguns se levantaram e
testemunharam falsamente contra ele, dizendo: 58'Nós o ouvimos dizer: 'Vou
destruir este templo feito pelas mãos dos homens, e em três dias construirei um
outro, que não será feito por mãos humanas!`' 59Mas nem assim o testemunho
deles concordava. 60Então, o Sumo Sacerdote levantou-se no meio deles e
interrogou a Jesus:
'Nada tens a responder ao que estes testemunham contra ti?'
61Jesus continuou calado, e nada respondeu. O Sumo Sacerdote interrogou-o de
novo: 'Tu és o Messias, o Filho de Deus Bendito?' 62Jesus respondeu: 'Eu sou. E
vereis o Filho do Homem sentado à direita do Todo-Poderoso, vindo com as nuvens
do céu.' 63O Sumo Sacerdote rasgou suas vestes e disse: 'Que necessidade temos
ainda de testemunhas? 64Vós ouvistes a blasfêmia! O que vos parece?' Então
todos o julgaram réu de morte. 65Alguns começaram a cuspir em Jesus.
Cobrindo-lhe o rosto, o esbofeteavam e diziam: 'Profetiza!' Os guardas também
davam-lhe bofetadas. Nem conheço esse homem de quem estais falando.
66Pedro estava em baixo, no pátio. Veio uma criada do Sumo Sacerdote, 67e,
quando viu Pedro que se aquecia, olhou bem para ele e disse: 'Tu também estavas
com Jesus, o Nazareno!'
68Mas Pedro negou, dizendo: 'Não sei e nem compreendo o que estás dizendo!' E
foi para fora, para a entrada do pátio.
E o galo cantou. 69A criada viu Pedro, e de novo começou a dizer aos que
estavam perto: 'Este é um deles.' 70Mas Pedro negou outra vez. Pouco depois, os
que estavam junto diziam novamente a Pedro: 'É claro que tu és um deles, pois
és da Galiléia.' 71Aí Pedro começou a maldizer e a jurar, dizendo: 'Nem conheço
esse homem de quem estais falando.' 72E nesse instante um galo cantou pela
segunda vez. Lembrou-se Pedro da palavra que Jesus lhe havia dito: 'Antes que
um galo cante duas vezes, três vezes tu me negarás.' Caindo em si, ele começou
a chorar. Vós quereis que eu solte o rei dos judeus? 15,1Logo pela manhã, os
sumos sacerdotes, com os anciãos, os mestres da Lei e todo o Sinédrio,
reuniram-se e tomaram uma decisão. Levaram Jesus amarrado e o entregaram a
Pilatos. 2E Pilatos o interrogou: 'Tu és o rei dos judeus?' Jesus respondeu:
'Tu o dizes.' 3E os sumos sacerdotes faziam muitas acusações contra Jesus.
4Pilatos o interrogou novamente: 'Nada tens a responder? Vê de quanta coisa te
acusam!' 5Mas Jesus não respondeu mais nada, de modo que Pilatos ficou
admirado. 6Por ocasião da Páscoa, Pilatos soltava o prisioneiro que eles
pedissem. 7Havia então um preso, chamado Barrabás,entre os bandidos, que, numa
revolta, tinha cometido um assassinato. 8A multidão subiu a Pilatos e começou a
pedir que ele fizesse como era costume.
9Pilatos perguntou: 'Vós quereis que eu solte o rei dos judeus?' 10Ele bem
sabia que os sumos sacerdotes haviam entregado Jesus por inveja. 11Porém, os
sumos sacerdotes instigaram a multidão para que Pilatos lhes soltasse Barrabás. 12Pilatos perguntou de novo: 'Que
quereis então que eu faça com o rei dos Judeus?' 13Mas eles tornaram a gritar:
'Crucifica-o!' 14Pilatos perguntou: 'Mas, que mal ele fez?' Eles, porém,
gritaram com mais força: 'Crucifica-o!'
15Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou Barrabás, mandou flagelar
Jesus e o entregou para ser crucificado.
Teceram uma coroa de espinhos e a puseram em sua cabeça.
16Então os soldados o levaram para dentro do palácio,
isto é, o pretório, e convocaram toda a tropa. 17Vestiram Jesus com um manto
vermelho, teceram uma coroa de espinhos e a puseram em sua cabeça. 18E
começaram a saudá-lo: 'Salve, rei dos judeus!' 19Batiam-lhe na cabeça com uma
vara. Cuspiam nele e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante dele. 20Depois
de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho, vestiram-no de novo com
suas próprias roupas e o levaram para fora, a fim de crucificá-lo. Levaram
Jesus para o lugar chamado Gólgota. 21Os soldados obrigaram um certo Simão de
Cirene, pai de Alexandre e de Rufo, que voltava do campo, a carregar a cruz.
22Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota, que quer dizer 'Calvário'. Ele
foi contado entre os malfeitores. 23Deram-lhe vinho misturado com mirra, mas
ele não o tomou. 24Então o crucificaram e repartiram as suas roupas, tirando a
sorte, para ver que parte caberia a cada um. 25Eram nove horas da manhã quando
o crucificaram. 26E ali estava uma inscrição com o motivo de sua condenação: 'O
Rei dos Judeus'. 27Com Jesus foram crucificados dois ladrões, um à direita e
outro à esquerda. (28)Porque eu vos digo: É preciso que se cumpra em mim a
Palavra da Escritura: 'Ele foi contado entre os malfeitores.' A outros salvou,
a si mesmo não pode salvar! 29Os que por ali passavam o insultavam, balançando
a cabeça e dizendo: 'Ah! Tu que destróis o Templo e o reconstróis em três dias,
30salva-te a ti mesmo, descendo da cruz!' 31Do mesmo modo, os sumos sacerdotes,
com os mestres da Lei, zombavam entre si, dizendo: 'A outros salvou, a si mesmo
não pode salvar! 32O Messias, o rei de Israel...que desça agora da cruz, para
que vejamos e acreditemos!' Os que foram crucificados com ele também o
insultavam. Jesus deu um forte grito e expirou. 33Quando chegou o meio-dia,
houve escuridão sobre toda a terra,
até as três horas da tarde. 34Pelas três da tarde, Jesus gritou com voz forte:
'Eli, Eli, lamá sabactâni?', que quer dizer: 'Meu Deus, meu Deus, por que me
abandonaste?' 35Alguns dos que estavam ali perto, ouvindo-o, disseram: 'Vejam,
ele está chamando Elias!' 36Alguém correu e embebeu uma esponja em vinagre,
colocou-a na ponta de uma vara e lhe deu de beber, dizendo: 'Deixai! Vamos ver
se Elias vem tirá-lo da cruz.' 37Então Jesus deu um forte grito e expirou. (Aqui
todos se ajoelham e faz-se uma pausa). 38Neste momento a cortina do
santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes. 39Quando o oficial do
exército, que estava bem em frente dele, viu como Jesus havia expirado, disse:
'Na verdade, este homem era Filho de Deus!' 40Estavam ali também algumas
mulheres, que olhavam de longe; entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago
Menor e de Joset, e Salomé. 41Elas haviam acompanhado e servido a Jesus quando
ele estava na Galiléia. Também muitas outras que tinham ido com Jesus a
Jerusalém, estavam ali. José rolou uma pedra à entrada do sepulcro. 42Era o dia
da preparação, isto é, a véspera do sábado, e já caíra a tarde.
43Então, José de Arimatéia, membro respeitável do Conselho, que também esperava
o Reino de Deus, cheio de coragem, veio a Pilatos e pediu o corpo de Jesus.
44Pilatos ficou admirado, quando soube que Jesus estava morto. Chamou o oficial
do exército e perguntou se Jesus tinha morrido há muito tempo. 45Informado pelo
oficial, Pilatos entregou o corpo a José. 46José comprou um lençol de linho,
desceu o corpo da cruz e o envolveu no lençol.
Depois colocou-o num túmulo, escavado na rocha, e rolou uma pedra à entrada do
sepulcro. 47Maria Madalena, e Maria, mãe de Joset, observavam onde Jesus foi
colocado. Palavra da Salvação.
Reflexão - “Somos protagonistas da Paixão de Jesus, hoje”
Neste Domingo de Ramos, como preparação para a Semana Santa, nós
temos a oportunidade de rememorar a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus
Cristo, desde os acontecimentos que a antecederam até a Sua concretização.
Contemplando este cenário nós podemos claramente perceber que em todos os
relatos nós também, hoje, poderíamos nos inserir como protagonistas da história
e, assim, refletir que continuamos com as mesmas atitudes daqueles que
entregaram e crucificaram Jesus. Desde a
sua estada na casa de Simão quando a mulher pecadora derramou um perfume
valioso nos Seus pés e foi criticada pelos que estavam presentes; na celebração
da Páscoa quando Ele anunciou que seria traído e os discípulos ficaram
atemorizados e curiosos pois queriam saber quem seria o traidor; quando vemos
Judas Iscariotes entregar Jesus por 30 moedas fazendo o que lhe mandavam os
Seus inimigos; no Getsêmani, quando Ele sofreu a grande agonia e os discípulos
não conseguiram ser solidários com a Sua dor. A incoerência de Pedro que, para
defender Jesus cortou a orelha do empregado do
sumo sacerdote e logo depois negou Jesus por três vezes. Também quando a
multidão preferiu soltar Barrabás esquecendo todas as obras que Jesus realizara
no meio deles. Em cada cena, em cada manifestação nós podemos nos reconhecer
culpados, mas também podemos sofrer com Jesus nos colocando diante da
Sua Cruz e oferecendo a Ele as nossas dificuldades, nossas dores, nossas
inquietações. O sofrimento que é colocado na Cruz de Jesus torna-se redentor e
nos leva a experimentar a libertação e o consolo. Apesar da nossa falta de
entendimento, podemos experimentar, simplesmente, a alegria de sofrer por amor
a Ele. A Ele podemos dizer apenas: “Senhor, eu não entendo nada, mesmo assim
confio em Vós!” – Com os seus atos
egoístas, você reconhece que contribuiu para a Crucificação de Jesus? –
Qual o sentimento que se apossa do seu coração quando você reflete sobre a
Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo?
- Você consegue enxergar as incoerências na sua vida? – Anote no seu
caderno de oração.
Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo e Nossa Mãe Maria Santíssima continue iluminando a todos. Abraços fraternos.
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