17 Janeiro 2021
ANO B
2º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Tema do 2º Domingo do Tempo Comum
A liturgia do 2º Domingo do Tempo Comum
propõe-nos uma reflexão sobre a disponibilidade para acolher os desafios de
Deus e para seguir Jesus.
A primeira leitura apresenta-nos a história do chamamento de Samuel. O autor
desta reflexão deixa claro que o chamamento é sempre uma iniciativa de Deus, o
qual vem ao encontro do homem e chama-o pelo nome. Ao homem é pedido que se
coloque numa atitude de total disponibilidade para escutar a voz e os desafios
de Deus.
O Evangelho descreve o encontro de Jesus com os seus primeiros discípulos. Quem
é "discípulo" de Jesus? Quem pode integrar a comunidade de Jesus? Na
perspectiva de João, o discípulo é aquele que é capaz de reconhecer no Cristo
que passa o Messias libertador, que está disponível para seguir Jesus no
caminho do amor e da entrega, que aceita o convite de Jesus para entrar na sua
casa e para viver em comunhão com Ele, que é capaz de testemunhar Jesus e de
anunciá-l'O aos outros irmãos.
Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto a viverem de forma
coerente com o chamamento que Deus lhes fez. No crente que vive em comunhão com
Cristo deve manifestar-se sempre a vida nova de Deus. Aplicado ao domínio da
vivência da sexualidade - um dos campos onde as falhas dos cristãos de Corinto
eram mais notórias - isto significa que certas atitudes e hábitos desordenados
devem ser totalmente banidos da vida do cristão.
LEITURA I - 1 Sam 3, 3b-10.19
Leitura do Primeiro Livro de Samuel
Naqueles dias,
Samuel dormia no templo do Senhor,
onde se encontrava a arca de Deus.
O Senhor chamou Samuel
e ele respondeu: «Aqui estou».
E, correndo para junto de Heli, disse:
«Aqui estou, porque me chamaste».
Mas Heli respondeu:
«Eu não te chamei; torna a deitar-te».
E ele foi deitar-se.
O Senhor voltou a chamar Samuel.
Samuel levantou-se, foi ter com Heli e disse:
«Aqui estou, porque me chamaste».
Heli respondeu:
«Não te chamei, meu filho; torna a deitar-te».
Samuel ainda não conhecia o Senhor,
porque, até então,
nunca se lhe tinha manifestado a palavra do Senhor.
O Senhor chamou Samuel pela terceira vez.
Ele levantou-se, foi ter com Heli e disse:
«Aqui estou, porque me chamaste».
Então Heli compreendeu que era o Senhor
que chamava pelo jovem.
Disse Heli a Samuel:
«Vai deitar-te; e se te chamarem outra vez, responde:
'Falai, Senhor, que o vosso servo escuta'».
Samuel voltou para o seu lugar e deitou-se.
O Senhor veio, aproximou-Se e chamou como das outras vezes:
«Samuel! Samuel!»
E Samuel respondeu:
«Falai, Senhor, que o vosso servo escuta».
Samuel foi crescendo;
o Senhor estava com ele
e nenhuma das suas palavras deixou de cumprir-se.
AMBIENTE
O Livro de Samuel refere-se a uma das épocas
mais marcantes da história do Povo de Deus. Os acontecimentos narrados abrangem
um arco de tempo que vai de meados do séc. XI a.C. até ao final do reinado de
David (972 a.C.) e dão-nos uma visão global do caminho feito pelo Povo de Deus
desde que eram um conjunto de tribos autónomas e sem grande ligação entre si,
até ao tempo da união à volta da realeza davídica.
Os primeiros capítulos do Livro de Samuel situam-nos ainda na fase
pré-monárquica. É uma época paradoxal e cheia de ambiguidades... Por um lado,
observa-se um processo crescente de sedentarização, de consolidação e de
unificação das tribos no território de Canaan, a partir de determinados
elementos unificadores, como sejam os "juízes", os pactos de defesa
diante dos inimigos comuns, as federações de tribos vizinhas e os santuários
que periodicamente acolhem a Arca da Aliança e assentam as bases da fé
monoteísta; por outro lado, observa-se também a precariedade das coligações
defensivas diante dos ataques inimigos, a escassa consciência unitária, o
descrédito de alguns "juízes" (nomeadamente dos filhos de Eli e, mais
tarde, dos filhos de Samuel)... As instituições tribais revelam-se manifestamente
insuficientes para responder às novas exigências, nomeadamente à pressão
militar exercida pelos filisteus. O modelo monárquico dos povos vizinhos começa
a seduzir as tribos do Povo de Deus e a parecer a solução ideal para responder
adequadamente aos desafios da história.
Samuel aparece nesse tempo caótico. Pertence à tribo de Efraim - quer dizer, a
uma tribo instalada no centro do país, na montanha de Efraim (onde, aliás,
Samuel exerce o seu ministério). O Livro de Samuel apresenta-o como um
"juiz" (narra-se o seu nascimento maravilhoso nos mesmos moldes que o
nascimento de Sansão - 1 Sm 1; cf. Jz 13); mas logo se diz que ele foi educado
no templo de Silo, onde estava depositada a Arca da Aliança (1 Sm 2,18-21) - o
que significa que exercia igualmente funções litúrgicas. Mais tarde irá ser
chamado, num período de desolação, a conduzir o Povo no combate contra os
filisteus.
Samuel é uma figura complexa e multifacetada, simultaneamente juiz, sacerdote e
chefe dos exércitos. De algum modo, faz a ponte entre uma época de confusão e
de escassa consciência unitária, para uma época onde começa a estruturar-se uma
organização mais centralizada.
O texto que nos é proposto como primeira leitura apresenta a vocação de Samuel.
A cena situa-nos no santuário de Silo, onde estava a Arca da Aliança. Samuel,
consagrado a Deus por sua mãe, era servidor do santuário.
Para o nosso autor, o chamamento de Samuel marca o início do movimento
profético... Antes, "o Senhor falava raras vezes e as visões não eram
frequentes" (1 Sm 3,1); depois, "o Senhor continuou a manifestar-Se
em Silo. Era ali que o Senhor aparecia a Samuel, revelando-lhe a sua
Palavra" (1 Sam 3,21).
O quadro da vocação de Samuel não nos apresenta, com certeza, uma reportagem
jornalística de factos; apresenta-nos, sim, uma reflexão sobre o chamamento de
Deus e a resposta do homem, redigida de acordo com o esquema típico dos relatos
de vocação.
MENSAGEM
A primeira nota que é preciso sublinhar na
história da vocação de Samuel é que a vocação é sempre uma iniciativa de Deus
("o Senhor chamou Samuel" - vers. 4a). É Deus que, seguindo critérios
que nos escapam absolutamente mas que para Ele fazem sentido, escolhe, chama,
interpela, desafia o homem. A indicação de que "Samuel ainda não conhecia
o Senhor porque, até então, nunca se lhe tinha manifestado a Palavra do
Senhor" (vers. 7) sugere claramente que o chamamento de Samuel parte só de
Deus e é uma iniciativa exclusiva de Deus, à qual Samuel é, num primeiro
momento, totalmente alheio.
Uma segunda nota é sugerida pelo enquadramento temporal do chamamento: Deus
dirige-Se a Samuel enquanto este estava deitado, presumivelmente, durante a
noite. É o momento do silêncio, da tranquilidade e da calma, quando a
algazarra, o barulho e a confusão se calaram. A nota sugere que a voz de Deus
se torna mais facilmente perceptível ao vocacionado no silêncio, quando o
coração e a mente do homem abandonaram a preocupação com os problemas do dia a
dia e estão mais livres e disponíveis para escutar os apelos e os desafios de
Deus.
Uma terceira nota diz respeito à forma como se processa a resposta de Samuel ao
chamamento de Deus.
Antes de mais, o autor do texto sublinha a dificuldade de Samuel em reconhecer
a voz do Senhor. Jahwéh chamou Samuel por quatro vezes e só na última vez o
jovem conseguiu identificar a voz de Deus. O facto sublinha a dificuldade que
qualquer chamado tem no sentido de identificar a voz de Deus, no meio da
multiplicidade de vozes e de apelos que todos os dias atraem a sua atenção e
seduzem os seus sentidos.
Depois, sobressai o papel de Eli na descoberta vocacional do jovem Samuel. É
Eli que compreende "que era o Senhor quem chamava o menino" e que
ensina Samuel a abrir o coração ao chamamento de Jahwéh ("se fores chamado
outra vez, responde: «fala, Senhor; o teu servo escuta»" - vers. 9). O
pormenor sugere que, tantas vezes, os irmãos que nos rodeiam têm um papel
decisivo na percepção da vontade de Deus a nosso respeito e na nossa
sensibilização para os apelos e para os desafios que Deus nos apresenta.
Finalmente, o autor põe em relevo a disponibilidade de Samuel para ouvir e para
acolher a voz de Deus: "fala, Senhor; o teu servo escuta" (vers. 10).
No mundo bíblico, "escutar" não significa apenas ouvir com os
ouvidos; mas significa, sobretudo, acolher no coração e transformar aquilo que
se ouviu em compromisso de vida. O que Samuel está aqui a dizer a Deus é que
está disposto a acolher os seus apelos e desafios e a comprometer-Se com eles.
O que Samuel está a dizer a Jahwéh é que aceita embarcar no desafio profético e
ser um sinal vivo de Deus, voz "humana" de Deus, na vida e na
história do seu Povo.
ACTUALIZAÇÃO
Considerar, na reflexão e na partilha, os
seguintes elementos:
• A vocação é sempre uma iniciativa,
misteriosa e gratuita, de Deus. Antes de mais, o profeta deve ter plena
consciência de que na origem da sua vocação está Deus e que a sua missão só se
entende e só se realiza em referência a Deus. Um profeta não se torna profeta
para realizar sonhos pessoais, ou porque entende ter as "qualidades
profissionais" requeridas para o cargo e faz uma opção profissional pela
profecia... O profeta torna-se profeta porque um dia escutou Deus a chamá-lo
pelo nome e a confiar-lhe uma missão. Todos nós, chamados por Deus a uma missão
no mundo, não podemos esquecer isto: a nossa missão vem de Deus e tem de se
desenvolver em referência a Deus; não nos anunciamos a nós próprios, mas
anunciamos e testemunhamos Deus e os seus projectos no meio dos nossos irmãos.
• O "quadro" da vocação de Samuel
situa-nos num quadro temporal próprio: de noite, quando já terminaram as
tarefas do dia e quando o santuário de Silo está envolvido na tranquilidade, na
calma e no silêncio... Provavelmente, o catequista autor deste texto não
escolheu este enquadramento por acaso. Ele quis sugerir que é mais fácil
detectar a presença de Deus e ouvir a sua voz nesse ambiente favorável de
silêncio que favorece a escuta. Quando corremos de um lado para o outro, afadigados
em mil e uma actividades, preocupados em realizar com eficiência as tarefas que
nos foram confiadas, dificilmente temos espaço e disponibilidade para ouvir a
voz de Deus e para detectar esses sinais discretos através dos quais Ele nos
indica os seus caminhos. O profeta necessita de tempo e de espaço para rezar,
para falar com Deus, para interrogar o seu coração sobre o sentido do que está
a fazer, para ouvir esse Deus que fala nas "pequenas coisas" a que
nem sempre damos importância.
• São muitas as "vozes" que ouvimos
todos os dias, vendendo propostas de vida e de felicidade. Muitas vezes, essas
"vozes" confundem-nos, alienam-nos e conduzem-nos por caminhos onde a
felicidade não está. Como identificar a voz de Deus no meio das vozes que dia a
dia escutamos e que nos sugerem uma colorida multiplicidade de caminhos e de
propostas? Samuel não identificou a voz de Deus sozinho, mas recorreu à ajuda
do sacerdote Heli... Na verdade, aqueles que partilham connosco a mesma fé e
que percorrem o mesmo caminho podem ajudar-nos a identificar a voz de Deus. A
nossa comunidade cristã, a nossa comunidade religiosa, desafia-nos,
interpela-nos, questiona-nos, ajuda-nos a purificar as nossas opções e a
perceber os caminhos que Deus nos propõe.
• Depois de identificar essa "voz"
misteriosa que se lhe dirigia, Samuel respondeu: "fala, Senhor; o teu
servo escuta". É a expressão de uma total disponibilidade, abertura e
entrega face aos desafios e aos apelos de Deus. É evidente que, na figura de
Samuel, o catequista bíblico propõe a atitude paradigmática que devem assumir
todos aqueles a quem Deus chama. Como é que me situo face aos apelos e aos
desafios de Deus? Com uma obstinada recusa, com um "sim" reticente,
ou com total disponibilidade e entrega?
SALMO RESPONSORIAL - Salmo 39 (40)
Refrão: Eu venho, Senhor, para fazer a vossa
vontade.
Esperei no Senhor com toda a confiança
e Ele atendeu-me.
Pôs em meus lábios um cântico novo,
um hino de louvor ao nosso Deus.
Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;
não pedistes holocaustos nem expiações,
então clamei: «Aqui estou».
«De mim está escrito no livro da Lei
que faça a vossa vontade.
Assim o quero, ó meu Deus,
a vossa lei está no meu coração».
«Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Não escondi a justiça no fundo do coração,
proclamei a vossa bondade e fidelidade».
LEITURA II - 1 Cor 6,13c-15a.17-20
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São
Paulo aos Coríntios
Irmãos:
O corpo não é para a imoralidade, mas para o Senhor,
e o Senhor é para o corpo.
Deus, que ressuscitou o Senhor,
também nos ressuscitará a nós pelo seu poder.
Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo?
Aquele que se une ao Senhor
constitui com Ele um só Espírito.
Fugi da imoralidade.
Qualquer outro pecado que o homem cometa
é exterior ao seu corpo;
mas o que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo.
Não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo,
que habita em vós e vos foi dado por Deus?
Não pertenceis a vós mesmos,
porque fostes resgatados por grande preço:
glorificai a Deus no vosso corpo.
AMBIENTE
No decurso da sua segunda viagem missionária,
Paulo chegou a Corinto, depois de atravessar boa parte da Grécia, e ficou por
lá cerca 18 meses (anos 50-52). De acordo com Act 18,2-4, Paulo começou a
trabalhar em casa de Priscila e Áquila, um casal de judeo-cristãos. No sábado,
usava da palavra na sinagoga. Com a chegada a Corinto de Silvano e Timóteo (2
Cor 1,19; Act 18,5), Paulo consagrou-se inteiramente ao anúncio do Evangelho.
Mas não tardou a entrar em conflito com os judeus e foi expulso da sinagoga.
Corinto, cidade nova e próspera, era a capital da Província romana da Acaia e a
sede do procônsul romano. Servida por dois portos de mar, possuía as
características típicas das cidades marítimas: população de todas as raças e de
todas as religiões. Era a cidade do desregramento para todos os marinheiros que
cruzavam o Mediterrâneo, ávidos de prazer, após meses de navegação. Na época de
Paulo, a cidade comportava cerca de 500.000 pessoas, das quais dois terços eram
escravos. A riqueza escandalosa de alguns contrastava com a miséria da maioria.
Como resultado da pregação de Paulo, nasceu a comunidade cristã de Corinto. A
maior parte dos membros da comunidade eram de origem grega, embora em geral, de
condição humilde (cf. 1 Cor 11,26-29; 8,7; 10,14.20; 12,2); mas também havia
elementos de origem hebraica (cf. Act 18,8; 1 Cor 1,22-24; 10,32; 12,13).
De uma forma geral, a comunidade era viva e fervorosa; no entanto, estava exposta
aos perigos de um ambiente corrupto: moral dissoluta (cf. 1 Cor 6,12-20;
5,1-2), querelas, disputas, lutas (cf. 1 Cor 1,11-12), sedução da sabedoria
filosófica de origem pagã que se introduzia na Igreja revestida de um
superficial verniz cristão (cf. 1 Cor 1,19-2,10).
Tratava-se de uma comunidade forte e vigorosa, mas que mergulhava as suas
raízes em terreno adverso. No centro da cidade, o templo de Afrodite, a deusa
grega do amor, atraía os peregrinos e favorecia os desregramentos e a
libertinagem sexual. Os cristãos, naturalmente, viviam envolvidos por este
mundo e acabavam por transportar para a comunidade alguns dos vícios da cultura
ambiente. Na comunidade de Corinto, vemos as dificuldades da fé cristã em
inserir-se num ambiente hostil, marcado por uma cultura pagã e por um conjunto
de valores que estão em profunda contradição com a pureza da mensagem
evangélica.
Em 1 Cor 6,12 aparece uma frase - possivelmente do próprio Paulo - que servia a
alguns cristãos de Corinto para justificar os seus excessos: «Tudo me é
permitido»... Paulo explica que "«tudo me é permitido», mas nem tudo é
conveniente; «tudo me é permitido», mas eu não me farei escravo de nada".
Na sequência, Paulo recorda aos crentes da comunidade as exigências da sua
adesão a Cristo.
MENSAGEM
A questão fundamental, para Paulo, é esta:
pelo Baptismo, o cristão torna-se membro de Cristo e forma com ele um único
corpo. A partir desse momento, os pensamentos, as palavras, as atitudes do
cristão devem ser os de Cristo e devem testemunhar, diante do mundo, o próprio
Cristo. No "corpo" do cristão manifesta-se, portanto, a realidade do
"corpo" de Cristo.
Por outro lado, o cristão torna-se também Templo do Espírito. Para os judeus, o
"templo" de Jerusalém era o lugar onde Deus residia no mundo e se manifestava
ao seu Povo... Dizer que os cristãos são "Templo do Espírito"
significa que eles são agora o lugar onde reside e se manifesta a vida de Deus.
No Baptismo, o cristão recebe o Espírito de Deus; e é esse Espírito que vai, a
partir desse instante, conduzi-lo pelos caminhos da vida, inspirar os seus
pensamentos, condicionar as suas acções e comportamentos.
Aqui estão os elementos fundamentais da antropologia cristã... O
"corpo" é o lugar onde se manifesta historicamente a realidade dessa
vida nova que inunda o crente, após a sua adesão a Cristo. O "corpo"
não é algo desprezível, baixo, miserável, condenado - na linha do que pensavam
algumas correntes filosóficas bem representadas na cidade de Corinto; mas é
algo que tem uma suprema dignidade, pois é nele que se manifesta para o mundo a
realidade da vida de Deus. No "corpo" do cristão que vive em comunhão
com Cristo manifesta-se - através das palavras e das acções do crente - essa
vida nova que Deus quer propor ao mundo e oferecer aos homens.
Daqui, Paulo tira as devidas consequências e aplica-as à situação concreta dos
crentes de Corinto, às vezes tentados por comportamentos pouco edificantes,
particularmente no âmbito da vivência da sexualidade... Se os cristãos são
membros de Cristo e se vivem em comunhão com Cristo, os comportamentos
desregrados no domínio da sexualidade não fazem qualquer sentido; se os
cristãos são "Templo do Espírito" e os seus corpos são o lugar onde
se manifesta a vida nova de Deus, certas atitudes e hábitos desordenados não
são dignos dos crentes.
No "corpo" dos cristãos deve manifestar-se a vida de Deus. Ora, tudo
aquilo que é expressão de egoísmo, de procura desenfreada dos próprios
interesses, de realização descontrolada dos próprios caprichos, de
comportamentos que usam e instrumentalizam o outro, está em absoluta
contradição com essa vida nova de Deus que é relação, que é intercâmbio, que é
entrega mútua, que é compromisso, que é amor verdadeiro. Os crentes são livres;
mas a liberdade cristã tem como limite o próprio Cristo: nada do que contradiz
os valores e o projecto de Jesus pode ser aceite pelo cristão. Aliás, os
crentes devem ter consciência de que o radicalismo da liberdade acaba
frequentemente na escravidão.
O nosso texto termina com um convite singular: "glorificai a Deus no vosso
corpo" (vers. 20). É através de comportamentos e atitudes onde se
manifesta a realidade da vida nova de Jesus que os crentes podem "prestar
culto" a Deus. O "culto" a Deus não passa pela prática de um
conjunto de ritos externos, mais ou menos pomposos, mais ou menos solenes, mas
por um compromisso de vida que afecta a pessoa inteira e que diz respeito à
relação do crente com os outros irmãos ou irmãs e consigo próprio. É preciso
que em todas as circunstâncias - inclusive no campo da vivência da sexualidade
- a vida do crente seja entrega, serviço, doação, respeito, amor verdadeiro. É
esse o culto que Deus exige.
ACTUALIZAÇÃO
• A questão essencial que Paulo nos coloca é a
seguinte: Deus chama-nos a acolher a vida nova que Ele nos oferece e a dar
testemunho dela em cada instante da nossa existência. A Palavra de Deus que nos
é proposta convida-nos, antes de mais, a tomar consciência desse chamamento e a
aceitar "embarcar" nessa viagem que Deus nos propõe e que nos conduz
ao encontro da verdadeira liberdade e da verdadeira realização.
• Acolher o chamamento de Deus significa
assumir, em todos os momentos e circunstâncias, comportamentos coerentes com a
nossa opção por Cristo e pelo Evangelho. Nada do que é egoísmo, exploração do
outro, abuso dos direitos e dignidade do outro, procura desordenada do bem
próprio à custa do outro, pode fazer parte da vida do cristão. O cristão é
alguém que se comprometeu a ser um sinal vivo de Deus e a testemunhar diante do
mundo - com palavras e com gestos - essa vida de amor, de serviço, de doação,
de entrega que Deus, em Jesus, nos propôs. Membro do "corpo" de
Cristo, o cristão é "corpo" no qual se manifesta a proposta do
próprio Cristo para os homens e mulheres do nosso tempo. Isto obriga-nos a nós,
os crentes, a comportamentos coerentes com o nosso compromisso baptismal.
• A propósito, Paulo coloca o problema da
vivência da sexualidade... Essa importante dimensão da nossa realização como
pessoas não pode concretizar-se em acções egoístas, que nos escravizam a nós e
que instrumentalizam os outros; mas tem de concretizar-se num quadro de amor
verdadeiro, de relação, de entrega mútua, de compromisso, de respeito absoluto
pelo outro e pela sua dignidade. Neste campo surgem, com alguma frequência,
denúncias de comportamentos e atitudes, dentro e fora da Igreja, que afectam e
magoam vítimas inocentes do egoísmo dos homens. Esses factos, se têm de ser
enquadrados no contexto da fragilidade que marca a nossa humanidade, demonstram
também a necessidade de uma contínua conversão a Cristo e aos seus valores.
Para o cristão, tudo o que signifique explorar os irmãos ou desrespeitar a sua
dignidade e integridade é um comportamento proibido.
• É importante, para os crentes, ter
consciência de que liberdade não é um valor absoluto. A liberdade cristã não
pode traduzir-se em comportamentos e opções que subvertam os valores do
Evangelho e que neguem a nossa opção fundamental por Cristo. Uma certa
mentalidade actual considera que só nos realizaremos plenamente se pudermos
fazer tudo o que nos apetecer... Contudo, o cristão tem de ter consciência de
que "nem tudo lhe convém". Aliás, certas opções contrárias aos
valores do Evangelho não conduzem à liberdade, mas à dependência e à
escravidão.
• Qual é o verdadeiro "culto" que
Deus pede? Como é que traduzimos, em gestos concretos, a nossa adesão a Deus?
Paulo sugere que o verdadeiro culto, o culto que Deus espera, é uma vida
coerente com os compromissos que assumimos com Ele, traduzida em gestos
concretos de amor, de entrega, de doação, de respeito pelo outro e pela sua
dignidade.
ALELUIA - cf. Jo 1,41.17b
Aleluia. Aleluia.
Encontramos o Messias, que é Jesus Cristo.
Por Ele nos veio a graça e a verdade.
EVANGELHO - Jo 1,35-42
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo
São João
Naquele tempo,
estava João Baptista com dois dos seus discípulos
e, vendo Jesus que passava, disse:
«Eis o Cordeiro de Deus».
Os dois discípulos ouviram-no dizer aquelas palavras
e seguiram Jesus.
Entretanto, Jesus voltou-Se;
e, ao ver que O seguiam, disse-lhes:
«Que procurais?»
Eles responderam:
«Rabi - que quer dizer 'Mestre' - onde moras?»
Disse-lhes Jesus: «Vinde ver».
Eles foram ver onde morava
e ficaram com Ele nesse dia.
Era por volta das quatro horas da tarde.
André, irmão de Simão Pedro,
foi um dos que ouviram João e seguiram Jesus.
Foi procurar primeiro seu irmão Simão e disse-lhe:
«Encontrámos o Messias» - que quer dizer 'Cristo' –;
e levou-o a Jesus.
Fitando os olhos nele, Jesus disse-lhe:
«Tu és Simão, filho de João.
Chamar-te-ás Cefas» - que quer dizer 'Pedro'.
AMBIENTE
A perícopa que nos é proposta integra a secção
introdutória do Quarto Evangelho (cf. Jo 1,19-3,36). Aí o autor, com consumada
mestria, procura responder à questão: "quem é Jesus?"
João dispõe as peças num enquadramento cénico. As diversas personagens que vão
entrando no palco procuram apresentar Jesus. Um a um, os actores chamados ao
palco por João vão fazendo afirmações carregadas de significado teológico sobre
Jesus. O quadro final que resulta destas diversas intervenções apresenta Jesus
como o Messias, Filho de Deus, que possui o Espírito e que veio ao encontro dos
homens para fazer aparecer o Homem Novo, nascido da água e do Espírito.
João Baptista, o profeta/precursor do Messias, desempenha aqui um papel
especial na apresentação de Jesus (o seu testemunho aparece no início e no fim
da secção - cf. Jo 1,19-37; 3,22-36). Ele vai definir aquele que chega e
apresentá-lo aos homens.
O nosso texto apresenta-nos os primeiros três discípulos de Jesus: André, um
outro discípulo não identificado e Simão Pedro. Os dois primeiros são
apresentados como discípulos de João e é por indicação de João que seguem
Jesus. Trata-se de um quadro de vocação que difere substancialmente dos relatos
de chamamento dos primeiros discípulos apresentados pelos sinópticos (cf. Mt
4,18-22; Mc 1,16-20; Lc 5,1-11). Mais do que uma reportagem realista de
acontecimentos concretos, o autor do Quarto Evangelho apresenta aqui um modelo
de chamamento e de seguimento de Jesus.
MENSAGEM
Num primeiro momento, o quadro situa-nos junto
do rio Jordão (vers. 35-37). Os três primeiros personagens em cena são João e
dois dos seus discípulos - isto é, dois homens que tinham escutado o anúncio de
João e recebido o seu baptismo, símbolo da ruptura com a "vida velha"
e de adesão ao Messias esperado. Estes dois discípulos de João são, portanto,
homens que, devido ao testemunho de João, já aderiram a esse Messias que está
para chegar e que esperam ansiosamente a sua entrada em cena.
Entretanto, apareceu Jesus. João viu Jesus "que passava" e indicou-O aos
seus dois discípulos, dizendo: "eis o cordeiro de Deus" (vers. 36).
João é uma figura estática, cuja missão é meramente circunstancial e consiste
apenas em preparar os homens para acolher o Messias libertador; quando esse
Messias "passa", a missão de João termina e começa uma nova
realidade. João está plenamente consciente disso... Não procura prolongar o seu
protagonismo ou conservar no seu círculo restrito esses discípulos que durante
algum tempo o escutaram e que beberam a sua mensagem. Ele sabe que a sua missão
não é congregar à sua volta um grupo de adeptos, mas preparar o coração dos
homens para acolher Jesus e a sua proposta libertadora. Por isso, na ocasião
certa, indica Jesus aos seus discípulos e convida-os a segui-l'O.
A expressão "eis o cordeiro de Deus", usada por João para apresentar
Jesus, fará, provavelmente, referência ao "cordeiro pascal", símbolo
da libertação oferecida por Deus ao seu Povo, prisioneiro no Egipto (cf. Ex
12,3-14. 21-28). Esta expressão define Jesus como o enviado de Deus, que vem
inaugurar a nova Páscoa e realizar a libertação definitiva dos homens. A missão
de Jesus consiste, portanto, em eliminar as cadeias do egoísmo e do pecado que
prendem os homens à escravidão e que os impedem de chegar à vida plena.
Depois da declaração de João, os discípulos reconhecem em Jesus esse Messias
com uma proposta de vida verdadeira e seguem-n'O. "Seguir Jesus" é
uma expressão técnica que o autor do Quarto Evangelho aplica, com frequência,
aos discípulos (cf. Jo 1,43; 8,12; 10,4; 12,26; 13,36; 21,19). Significa
caminhar atrás de Jesus, percorrer o mesmo caminho de amor e de entrega que Ele
percorreu, adoptar os mesmos objectivos de Jesus e colaborar com Ele na missão.
A reacção dos discípulos é imediata. Não há aqui lugar para dúvidas, para
desculpas, para considerações que protelem a decisão, para pedidos de
explicação, para procura de garantias... Eles, simplesmente, "seguem"
Jesus.
Num segundo momento, o quadro apresenta-nos um diálogo entre Jesus e os dois
discípulos (vers. 38-39). A pergunta inicial de Jesus ("que
procurais?") sugere que é importante, para os discípulos, terem
consciência do objectivo que perseguem, do que esperam de Jesus, daquilo que
Jesus lhes pode oferecer. O autor do Quarto Evangelho insinua aqui, talvez, que
há quem segue Jesus por motivos errados, procurando n'Ele a realização de
objectivos pessoais que estão muito longe da oferta que Jesus veio fazer.
Os discípulos respondem com uma pergunta ("rabbi, onde moras?").
Nela, está implícita a sua vontade de aderir totalmente a Jesus, de aprender
com Ele, de habitar com Ele, de estabelecer comunhão de vida com Ele. Ao
chamar-Lhe "rabbi", indicam que estão dispostos a seguir as suas
instruções, a aprender com Ele um modo de vida; a referência à "morada"
de Jesus indica que eles estão dispostos a ficar perto de Jesus, a partilhar a
sua vida, a viver sob a sua influência. É uma afirmação respeitosa de adesão
incondicional a Jesus e ao seu seguimento.
Jesus convida-os: "vinde ver". O convite de Jesus significa que Ele
aceita a pretensão dos discípulos e os convida a segui-l'O, a aprender com Ele,
a partilhar a sua vida. Os discípulos devem "ir" e "ver",
pois a identificação com Jesus não é algo a que se chega por simples
informação, mas algo que se alcança apenas por experiência pessoal de comunhão
e de encontro com Ele.
Os discípulos aceitam o convite e fazem a experiência da partilha da vida com
Jesus. Essa experiência directa convence-os a ficar com Jesus ("ficaram
com Ele nesse dia"). Nasce, assim, a comunidade do Messias, a comunidade
da nova aliança. É a comunidade daqueles que encontram Jesus que passa,
procuram n'Ele a verdadeira vida e a verdadeira liberdade, identificam-se com
Ele, aceitam segui-l'O no seu caminho de amor e de entrega, estão dispostos a
uma vida de total comunhão com Ele.
Num terceiro momento (vers. 40-41), os discípulos tornam-se testemunhas. É o
último passo deste "caminho vocacional": quem encontra Jesus e
experimenta a comunhão com Ele, não pode deixar de se tornar testemunha da sua
mensagem e da sua proposta libertadora. Trata-se de uma experiência tão
marcante que transborda os limites estreitos do próprio eu e se torna anúncio
libertador para os irmãos. O encontro com Jesus, se é verdadeiro, conduz sempre
a uma dinâmica missionária.
ACTUALIZAÇÃO
• O Evangelho deste domingo diz-nos, antes de
mais, o que é ser cristão... A identidade cristã não está na simples pertença
jurídica a uma instituição chamada "Igreja", nem na recepção de
determinados sacramentos, nem na militância em certos movimentos eclesiais, nem
na observância de certas regras de comportamento dito "cristão"... O
cristão é, simplesmente, aquele que acolheu o chamamento de Deus para seguir
Jesus Cristo.
• O que é, em concreto, seguir Jesus? É ver
n'Ele o Messias libertador com uma proposta de vida verdadeira e eterna,
aceitar tornar-se seu discípulo, segui-l'O no caminho do amor, da entrega, da
doação da vida, aceitar o desafio de entrar na sua casa e de viver em comunhão
com Ele.
• O nosso texto sugere também que essa adesão
só pode ser radical e absoluta, sem meias tintas nem hesitações. Os dois
primeiros discípulos não discutiram o "ordenado" que iam ganhar, se a
aventura tinha futuro ou se estava condenada ao fracasso, se o abandono de um
mestre para seguir outro representava uma promoção ou uma despromoção, se o que
deixavam para trás era importante ou não era importante; simplesmente
"seguiram Jesus", sem garantias, sem condições, sem explicações
supérfluas, sem "seguros de vida", sem se preocuparem em salvaguardar
o futuro se a aventura não desse certo. A aventura da vocação é sempre um
salto, decidido e sereno, para os braços de Deus.
• A história da vocação de André e do outro
discípulo (despertos por João Baptista para a presença do Messias) mostra,
ainda, a importância do papel dos irmãos da nossa comunidade na nossa própria
descoberta de Jesus. A comunidade ajuda-nos a tomar consciência desse Jesus que
passa e aponta-nos o caminho do seguimento. Os desafios de Deus ecoam, tantas
vezes, na nossa vida através dos irmãos que nos rodeiam, das suas indicações,
da partilha que eles fazem connosco e que dispõe o nosso coração para
reconhecer Jesus e para O seguir. É na escuta dos nossos irmãos que
encontramos, tantas vezes, as propostas que o próprio Deus nos apresenta.
• O encontro com Jesus nunca é um caminho
fechado, pessoal e sem consequências comunitárias... Mas é um caminho que tem
de me levar ao encontro dos irmãos e que deve tornar-se, em qualquer tempo e em
qualquer circunstância, anúncio e testemunho. Quem experimenta a vida e a
liberdade que Cristo oferece, não pode calar essa descoberta; mas deve sentir a
necessidade de a partilhar com os outros, a fim de que também eles possam
encontrar o verdadeiro sentido para a sua existência. "Encontrámos o
Messias" deve ser o anúncio jubiloso de quem fez uma verdadeira
experiência de vida nova e verdadeira e anseia por levar os irmãos a uma
descoberta semelhante.
• João Baptista nunca procurou apontar os
holofotes para a sua própria pessoa e criar um grupo de adeptos ou seguidores
que satisfizessem a sua vaidade ou a sua ânsia de protagonismo... A sua
preocupação foi apenas preparar o coração dos seus concidadãos para acolher
Jesus. Depois, retirou-se discretamente para a sombra, deixando que os
projectos de Deus seguissem o seu curso. Ele ensina-nos a nunca nos tornarmos
protagonistas ou a atrair sobre nós as atenções; ele ensina-nos a sermos
testemunhas de Jesus, não de nós próprios.
ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS PARA O 4º DOMINGO
DO TEMPO COMUM
(adaptadas de "Signes d'aujourd'hui")
1. A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao 4º Domingo do Tempo Comum, procurar
meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em
cada dia, por exemplo... Escolher um dia da semana para a meditação comunitária
da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos
eclesiais, numa comunidade religiosa... Aproveitar, sobretudo, a semana para
viver em pleno a Palavra de Deus.
2. PALAVRA DE VIDA.
Reunião de família... A voz do Pai profere uma palavra de ternura: "Tu és
o meu Filho bem amado, em ti pus todo o meu amor". Como se o Filho tivesse
necessidade de ouvir dizer que era amado pelo seu Pai... A efusão é do Espírito
para que o sopro de vida e de libertação que o Filho veio espalhar sobre a
terra seja o sopro do Espírito, um sopro que não guardará para si, pois no
Pentecostes derramará sobre os apóstolos. A solidariedade é a do Filho para
manifestar a sua humanidade. Ele é verdadeiramente homem, homem no meio dos
homens, partilhando toda a condição humana, excepto o pecado.
3. UM PONTO DE ATENÇÃO.
Dar atenção à oração universal... Na oração universal, os fiéis exercem a
função sacerdotal que receberam no Baptismo. Seria bom, de vez em quando,
solenizar este momento e sublinhar que não se trata de alinhar uma lista de
intenções, mas de se querer comprometido nos pedidos feitos a Deus. A
formulação é, pois, importante, mas também a maneira de pronunciar estas
intenções e de fazer participar a assembleia. Para dar mais importância à
oração, aqueles que a pronunciam podem colocar-se de joelhos diante do altar ou
aos pés da cruz. Algumas pessoas podem acompanhá-los, em silêncio, e mantêm
simplesmente as mãos erguidas durante a oração.
4. PARA A SEMANA QUE SE SEGUE...
«Aqui estou!» A minha resposta à maneira de Samuel... Como, sob que forma, não
necessariamente explícita, foi dada esta resposta? Que escolhas mais ou menos
importantes ela provocou? Que consequências teve a seguir? Que balanço fazer
hoje? Faço regularmente um balanço espiritual? Esta semana, voltar a dizer
"aqui estou", com generosidade, liberdade e felicidade...
UNIDOS PELA PALAVRA DE DEUS
PROPOSTA PARA
ESCUTAR, PARTILHAR, VIVER E ANUNCIAR A PALAVRA NAS COMUNIDADES DEHONIANAS
Grupo Dinamizador:
P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho
Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos)
Rua Cidade de Tete, 10 - 1800-129 LISBOA - Portugal
Tel. 218540900 - Fax: 218540909
portugal@dehonianos.org - www.dehonianos.pt
Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo e Nossa Mãe Maria Santíssima continue iluminando a todos. Abraços fraternos.
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